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328.
Musculação
para Mulheres - 08/01/02
Minha dúvida é sobre a musculação feminina, sou
acadêmico do curso de Educação Física gostaria de
saber sobre este assunto pois em muitas academias os instrutores se baseiam
na Musculação masculina para passar os exercícios para
as mulheres. Queria saber sobre os exercícios, tempo de treinamento,
quantas séries e repetições, quais os principais grupos
musculares a serem trabalhados, tempo de repouso durante uma série e
outra e tempo de repouso entre um exercício e outro. Osório -
Estudante de E.F.
Oi Osório ! Seu tema é excelente e para esclarecê-lo convidamos
alguns colegas e recebemos como retorno:
Prof. Marcelo
de Oliveira :
Com relação a musculação para mulheres,
a primeira coisa a ser observada é com relação aos objetivos.
Aliás, isto é um princípio que deve ser observado em qualquer
situação. Já foi comprovado que a força muscular
relativa é igual tanto para homens como para mulheres.
Porém, em relação a força absoluta, o homem é mais
forte, devido a sua maior quantidade de massa muscular.
Normalmente, as mulheres procuram definir suas musculaturas, preferindo, na
maioria das vezes, enrigecimento de MMSS e hipertrofia de MMII, além
de tonificar o abdome, eliminando gorduras localizadas. Mas, como já foi
dito, tudo depende de cada objetivo individual.
O prof. Dr. Turíbio de Barros Leite lançou recentemente este
livro de fisiologia que tem material interessante de pesquisa nesta área:
PROGRAMA DAS 10 SEMANAS: UMA PROPOSTA PARA TROCAR GORDURAS POR MÚSCULOS".
Ed. Manole - "EXERCÍCIO, SAÚDE E DESEMPENHO FÍSICO".
Ed. Atheneu - Abraço, Prof. Marcelo.
Prof.
Luiz Moraes :
Amigo graduando!
A Musculação feminina, no que se refere a séries,
repetições e grupos musculares, é prescrita quase da mesma
forma que para os homens. A diferença a ser levada em conta é a
variação hormonal, nível de força, tempo de treinamento
e objetivos da cliente. Elas são na média 30% menos forte. Se comparada
só a parte superior do corpo, essa diferença é maior chegando,
segundo Laubach 1976, citado por Fleck, a 55,8% da força dos homens. Mas
a parte inferior, essa diferença é menor e na média das
pesquisas e de autores consagrados ela chega a 78%. O grupo muscular com percentual
mais próximo é o quadríceps, 81%. Em condições
normais (sem drogas), mesmo a mulher treinando pesado não fica masculinizada
como acreditam ou pregam os "do contra". A diferença hormonal é a
justificativa mais evidente. Sabe-se que o desenvolvimento da força física
está associado, no caso, ao hormônio masculino testosterona com
características anabólicas e androgênicas. A produção
desse hormônio no homem chega a 10 mg diária e na mulher não
passa de 0,1 mg. O teste de feminilidade no controle antidoping adotado pelo
COI (Comitê Olímpico Internacional), a partir de 1968 se baseia
nisso. Se desejar se aprofundar aí vai:
1) FLECK Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - 2ª edição
- Porto Alegre - R.S. - Editora Artes Médicas Sul Ltda - 1999.
2) HOLLMAN, Wildor & HETTINGER, Theodor - Medicina de Esporte - Ed. Manole
- S.P. 1983.
3) Fisiologia
do Exercício - Energia, Nutrição e Desempenho humano -
Mcardle e Katch
Espero ter ajudado. Um grande
abraço.
Luiz Carlos de Moraes.
Leia mais:
Homens x Mulheres
329.
Padronização
do Treinamento da Musculação - 08/01/02
Sou Professor de Musculação de um grande clube no interior paulista,
trabalho com muitas pessoas e para o ano de 2002 gostaria de organizar a academia
para isso vejo como solução a padronização do treinamento,
gostaria de receber dicas e conselhos para não cometer injustiças
na programação dos exercícios!!! Muito Obrigado !!!! Espero
ansioso a resposta!!! Francisco Paulino de Abreu Neto - E.F.
Oi Francisco! Nada como iniciar
um ano com novas mudanças e para melhor, maravilhosa iniciativa
! Vamos ver o que nossos colegas nos aconselham sobre seu caso:
Prof. Marcelo
de Oliveira:
Caro Professor,
A padronização pode ser uma solução imediata, porém
negativa. A Musculação é interessante, justamente porque
trabalha com as individualidades (por isso o uso da ficha). As pessoas possuem
histórias, forças e requerimentos específicos e adotar
uma padronização pode ser muito perigoso, principalmente para
a saúde dos praticantes. Seria interessante que a sala de Musculação
adotasse o sistema de agendamento para a primeira sessão do aluno.
Nesta primeira sessão, o praticante seria abordado sobre possíveis
problemas relacionados à saúde e objetivos. Aí sim poderia
ser feita a ficha e serem apresentados os exercícios. Vale dizer que
um aluno bem orientado na primeira sessão dá muito menos "trabalho".
Trabalho só na sala de Musculação e, adotando este sistema,
facilitou muito meu dia-a-dia.
Abraço, Prof. Marcelo.
Prof.
Luiz Moraes:
Amigo Professor!
Se você trabalha em um grande clube com certeza trabalha com outros Profissionais
e os clientes são de um grupo heterogênio. Reúna a equipe
e proponha um trabalho conjunto e discuta as idéias com todos. Assim
a idéia não será de um e sim da equipe e todos irão
trabalhar para dar certo. As grandes academias costumam especificar grupos
musculares a serem trabalhados a cada dia. Isso no caso de aulas regulares
que não sei se é o caso. Aí vai sugestão de literatura
:
1) PEREIRA, Marinês Monteiro Freixo Pereira - Academia Estrutura Técnica
e Administrativa - Ed. Sprint Ltda. Rio de
Janeiro, R. J. 1996.
2) NETO, Jurandir Araguaia Leite - Marketing de Academia - Ed. Sprint Ltda.
Rio de Janeiro, R. J. 1994.
Espero ter ajudado . Um grande abraço! Luiz Carlos de Moraes
Boa sorte e sucesso !
330.
Que músculo é agonista
no Pullover ? 08/01/02
Sou Prof. de E. F. e gostaria de esclarecimentos sobre o músculo agonista
no exercício pullover. Pois em algumas literaturas "BODY FOR LIFE" e
no site "exrx.net" mostram o grande dorsal como agonista, no Guia
dos Movimentos de Musculação - Abordagem Anatômica- DELAVIER,
Frédéric - tem como agonista o peitoral. Obrigado !!! Erb Santos.
Oi Erb, alguns colegas gentilmente nos retornaram o seguinte:
Prof.
Marcelo de Oliveira :
Com relação ao pullover, é necessário
verificar o braço de alavanca do movimento e, isto é, algo um pouco
complexo. Porém, dentro do meu conhecimento, o pullover tem como agonista
o grande peitoral, mais especificamente a porção interna. Se você observar,
vai
perceber que o grande dorsal e o tríceps braquial também são
acionados. Porém, dentro de meu entendimento, são músculos
sinergistas e não agonistas. De uma olhada no livro Cinesiologia
Clínica - -BRUNNSTROM, Signe.
Atenciosamente, Prof. Marcelo .
Prof.
Luiz Moraes lhe esclarecendo o seguinte:
Amigo Professor!
Em primeiro lugar, em determinados exercícios, nem sempre temos apenas
um grupo muscular atuando como agonista e ou como motor primário. Até em
determinadas angulações, a função de sinergistas,
auxiliares, agonistas e antagonistas vão mudar e ou solicitar mais ou
menos grupos diferenciados. Portanto, a melhor forma de chegar à sua
própria conclusão é você mesmo fazer o exercício
bem pesado e ver o resultado da dor muscular tardia que vai sentir no dia seguinte.
Ou senão, pegue um ou vários alunos voluntários e observe
atentamente a execução desse exercício. Em segundo lugar,
tudo que lemos, devemos filtrar as informações de acordo com
o bom senso pessoal e se a informação tem fundamentação
científica. Qualquer um pode escrever livros mas a fidelidade da informação
deve ser calcada na ciência. Qualquer site de busca, se você digitar
exercícios para o peitoral quase sempre vai aparecer o pullover muitas
vezes como opcional. Por isso acho oportuno você fazer as suas próprias
experiências.
Espero ter ajudado. Um grande
abraço!
Luiz Carlos de Moraes
Boa sorte !
331.
Periodização
no treinamento de alongamentos para Handebol - 08/01/02
Fui selecionado para fazer a preparação física e a parte
de alongamento de uma equipe de handebol adulta e gostaria de saber qual e
o tipo de treino que melhor se adápta para um período de preparação
e durante o ano. Se existe uma bibliografia especifica a respeito. Rodolfo
S. Junior
Oi Rodolfo, recebemos uma contribuição de nosso colega Prof.
Luiz Moraes lhe esclarecendo o seguinte:
Amigo Profissional!
O Handebol como é uma atividade que movimenta praticamente
todo o corpo com ênfase um pouco maior dos membros superiores, o treinamento
de flexibilidade deve ser direcionado aos grandes grupos musculares e principais
articulações. O foco pode variar para mais ou para menos em determinados
grupos conforme a fase da periodização. É importante também
lembrar que no caso não vai ser uma regra fixa. Alguns atletas podem estar
precisando de mais flexibilidade independente do período do que outros.
Ou seja, mesmo numa equipe, o trabalho muitas vezes terá de ser individual
e não uma receita de bolo.
Entre em www.terrazul.com.br/fragente.htm e
abra o texto do Prof. Estélio Dantas "A Flexibilidade no Treinamento
do Atleta de Alto Rendimento. Espero ter ajudado. Um grande abraço! Luiz
Carlos de Moraes.
Boa sorte !
332.
Fases Excêntricas
e Concêntricas no treinamento da Musculação
- 08/01/02
Como é que se explica que na Musculação a melhor fase
de hipertrofia é a excêntrica, e o que acontece na fase concêntrica
se isso for verdade? Desde já agradeço a resposta e fico muito
feliz que os Profissionais e estudantes de E. F. tenham um site tão
bom! Paulo Fernando Ramos Cabrera Júnior.
Oi Paulo, agradecemos os elogios
e acrescentamos que é a frequente participação e contribuição
de pessoas como você que fazem nosso site crescer tanto...continue
conosco !
Recebemos uma contribuição do colega Prof.
Luiz Moraes nos esclarecendo o seguinte:
Amigo Leitor!
A informação não é bem assim ao pé da letra.
Para haver hipertrofia, numa linguagem bem simples, tem que haver a quebra
da homeostase para que as fibras se recomponham (supercompensação).
Tanto na fase concêntrica como excêntrica, dependendo da carga,
esse efeito vai existir. A diferença é que alguns estudos, e
não são novos, sugerem que o treinamento excêntrico é o
que mais espolia a musculatura induzindo assim uma resposta melhor à hipertrofia.
Isso também não quer dizer que só vamos trabalhar com
o treinamento excêntrico para hipertrofiar. Os diversos métodos
existem, entre outros objetivos, para promover uma hipertrofia muscular mais
harmoniosa. Dê uma olhada em:
1) FLECK Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - 2ª edição
- Porto Alegre - R.S. - Editora Artes Médicas Sul
Ltda - 1999.
2) Fisiologia
do Exercício - Energia, Nutrição e Desempenho humano -
Mcardle e Katch
Site: www.noticiasdocorpo.com.br/ano1n013/ano1n013.htm
Site de Busca: www.google.com/advanced_search
Espero ter ajudado. Um grande
abraço.
Luiz Carlos de Moraes
333.
Quais as principais e mais comuns lesões da articulação
do ombro? 18/01/02 Davi Camargo - Professor
Oi Davi, enviamos sua pergunta para alguns consultores e recebemos
o retorno do nosso amigo Prof. Leonardo
Duarte Picchi que nos ensina o seguinte:
As lesões mais comuns no ombro dependem muito da atividade que o indivíduo
executa, mas existe um grande número de lesões do tendão
do músculo supra-espinhal conhecido também por Síndrome
do Impacto e do dos tendões longo e curto do músculo bíceps
braquial (mais comum em jogadores de Voleibol e Handebol).
No Manual de Medicina do Esporte da Sociedade Brasileira de
Medicina Esportiva Comissão Científica - Pfiezer, o Dr. João
Carazzato cita que em esportes competitivos, os tipos de lesões no ombro
mais frequentes são:
Tipo
de Lesão
|
%
|
Mioentesite
|
32,0
|
Entorse |
15,5 |
Rutura Muscular |
14,0 |
Tendinite |
12,5 |
Luxação |
7,2 |
Contusão |
7,0 |
Instabilidade |
5,2 |
Bursite |
4,8 |
Fratura |
1,3 |
Neurite |
0,5 |
E as modalidades que mais apresentam
problemas nesta região são aquelas em que há sustentação
ou maior utilização dos ombros como: Ginástica
Olímpica, Voleibol, Handebol, Natação, etc...
e não são tão comuns em algumas modalidades,
ao contrário do que a grande maioria pensa: basquetebol,
esgrima, judô.
334. É possível
corrigir uma retificação de cervical?18/01/02 Tatiana
Camargo-Acadêmica em Fisioterapia
Oi Tatiana, enviamos sua pergunta para alguns consultores e recebemos o pronto
retorno do Prof. Leonardo Duarte Picchi que
lhe dá um rápido conselho: É possível sim corrigir
uma retificação cervical, mas é necessário um tratamento
específico, p. exemplo, o R.P.G. (Reeducação Postural
Global).
335.
Interrupção
do teste ergométrico submáximo - 21/01/02
Estou com uma dúvida sobre o seguinte: num teste ergométrico
submáximo (cicloergômetro) há também uma FC submáxima
na qual o avaliado (se for muito descondicionado) ao atingí-la, deve-se
encerrar o teste?
Aguardo resposta. Abraços, Regina Salvador.
Oi Regina convidamos o Prof.
Fabrício Gontijo para esclarecer sua dúvida
e ele responde o seguiinte:
Cara Regina,
Para a realização de testes de esforço, é necessário
muita experiência, conhecimento e bom senso no procedimento. Você tem
razão ao se preocupar com este parâmetro fundamental (a FC), mas
não é só este ele que determina a interrupção
do teste. O Colégio Americano de Medicina Esportiva (em seu "Guidelines")
estabelece uma série de critérios para que o avaliador interrompa
o teste de esforço, sendo ele um teste máximo ou submáximo.
Verique:
POLLOCK, M.L., WILMORE, J.H. Exercicio
na Saúde e na Doenca: Avaliação e Prescrição
de Exercícios . 2a. ed. Medsi. 1993 (capítulo 6).
Um abraço e disponha. Fabrício G. Sá
Existem bons livros, também, que se consultados podem lhe embasar melhor
sobre o assunto. Recomendamos:
» Composição
Corporal -
teoria e prática da avaliação" - Prof. Ms. Roberto Fernandes da Costa - Ed.
Manole
» Avaliação e Prescrição de Atividade Física
- Guia Prático - Marins e Giannichi (1998)
» Testes em Ciência do Esporte (Livro e CD-Rom) CELAFISCS - Victor
Matsudo;
» A Prática da Avaliação Física - Fernandes
Leia mais: Alterações
da pressão durante o teste de esforço
Boa sorte !
336.
A influência
do açúcar refinado no organismo - 23/01/02
Gostaria de saber, se você teria alguma informação sobre
a influência do açúcar (refinado) no organismo, de preferência
no cérebro. Sou estudante universitária do UNASP e ficaria muito
agradecida ao receber algum material. Desde já, agradeço. Evelyn
Grellmann.
Olá Evelyn,
Em geral consumimos muitos produtos ricos em gordura e açúcar
refinado e nenhum ou quase nenhum carboidrato complexo, segundo Nutrition For
Fitness and Sport - WILLIAMS, M.H., Tal dieta pode nos causar inúmeros
problemas de saúde e estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças
crônicas e da obesidade.
Uma dieta rica em açúcar refinado foi eleita
como uma das causas de problemas de saúde, como aflições
psicológicas como a hiperatividade, TPM (Tensão Pré-menstrual)
e doenças mentais. A ingestão de carboidratos, principalmente o
açúcar refinado, tem sido estudado devido ao seu efeito negativo
no humor e comportamento dos seres humanos.
Como isso ocorre? Os Triptofanos livres facilitam a entrada
da substância Triptofano no cérebro estimulando a formação
do neurotransmissores seretonina, que são responsáveis pela mudança
no estado do humor e comportamentos nos indivíduos. Uma dieta rica em
carboidratos estimula a produção de insulina, que apenas mobiliza
glicose para dentro das células corporais assim como aminoácidos,
particularmente nas massas musculares. Mas seu excesso pode dificultar a formação
da cadeia de aminoácidos nas células.
A seretonina no cérebro induz ao relaxamento e sonolência
e pode funcionar, as vezes, como um anti-depressivo.
Paradoxalmente, a hiperatividade segundo Judith Wurtman do Instituto de Tecnologia
em Massachusetts é fruto do excesso da ingestão de sacarose nas
crianças, e uma recente revisão feita por Gans confirma também
esta relação.
O açúcar refinado, também foi considerado
responsável por outros problemas de saúde como a obesidade, diabetes
e doenças do coração. Porém, a confirmação
de que o carboidrato, incluindo os açúcares refinados, são
realmente os vilões deste problema ainda não foi feita, estão
sendo pesquisadas. Segundo o National Research Council, existe uma possibilidade
muito remota de que isso seja real.
Até o presente momento, dados científicos sustentam
apenas que o açúcar refinado causa cáries dentárias
e mesmo assim não é baseado em quanto a pessoa ingere mas de que
forma e com que frequência, ou seja, balas, chicletes e bombons ingeridos
antes das refeições podem causar cáries dentárias.
Entretanto, muitas organizações de saúde
de todo o mundo recomendam a redução do açúcar refinado
para pelo menos 10% da ingestão calórica diária. Isso porque
o açúcar não contém nutrientes, mas apenas calorias
e em uma dieta balanceada deve ser restrita.
Sugestões para diminuição
do açúcar:
Leia sempre
o rótulo das embalagens e escolha aquelas com baixo teor de
açúcar;
Aprenda as várias
formas de como o açúcar aparece nos rótulos;
Reduza a inclusão
da quantidade de açúcar nos alimentos preparados em
casa;
Use sempre menos
açúcar nos alimentos à mesa;
Diminua a ingestão
de bebidas preparadas com açúcar (tente beber aquelas
light ou diet ou fazer os próprios sucos em casa);
Utilize outros
adoçantes como canela, mel ou adoçantes artificiais
para substituir os convencionais.
Boa sorte !
337.
Sequência nos
exercícios de Alongamento - 24/01/02
Sou professor de academia e gostaria de saber mais sobre cadeias musculares
em aulas de alongamento.
Qual seria uma sequência correta para uma aula de alongamento? Qual seria
um músculo que poderia ser alongado após o outro? Fernando .
Oi Fernando, pesquisamos sobre as prioridades das alavancas
especificamente e nada encontramos, mas existem alguns pontos a serem considerados
em uma aula de alongamento, vamos ver:
Segundo Exercise Standards and Guidelines, AFAA, 1995, o alongamento
deve ser sempre executado em posições adequadas e seguras para
o praticante.
Ainda deve ser feita em ritmo lento sem levar o músculo
ao máximo de sua capacidade. Deve manter o alongamento em tensão
média evitando movimentos balísticos. Assim que o músculo
for se relaxando, aumente a tensão levemente até que o ponto adequado
da mesma seja alcançado novamente.
Se sentir dor, relaxe.
A respiração deve ser lenta e controlada. Inspire
quando começar a alongar e expire quando relaxar.
Evite fazer um alongamento sem um pré-aquecimento.
O tempo de execução deve variar, no aquecimento
em torno de 10 segundos e dando prioridade para músculos que serão
utilizados em seguida durante o exercício. E no final da aula em média
20-60 segundos dando prioridade para aqueles músculos que foram movimentados
na parte prática.
Inclua alongamentos priorizando o balanceamento do corpo, ou
seja, sempre que alongar o agonista, faça também para o antagonista.
E não é necessário acompanhar uma determinada ordem, desde
que inclua todos os grupos musculares.
Sequência: A fim de manter o equilíbrio geral
no treinamento, alongue de preferência os grandes grupos musculares. Comece
da cabeça e vá até os pés ou vice-versa, desta forma
não irá esquecer qualquer grupo.
No Livro Exercícios
Aquáticos Terapêuticos os autores mencionam
que os exercícios de alongamento devem atingir os mesmos
músculos que serão envolvidos nos movimentos
de fortalecimento mais tarde, confirmando a bibliografia acima
citada. E no caso de indivíduos com recomendações
médicas ou fisioterápicas é preferível
que se utilize um programa específico para o objetivo
do mesmo que um programa generalizado.
Leia Mais:
Indicações
do Alongamento
Orientações
Gerais para o Alongamento
Esperamos ter contribuído!
338.
Doença Celíaca
- 27/01/02
Tenho uma sobrinha com doença celíaca, os médicos dizem
que ela não pode comer trigo e glútem, poderiam me informar mais
sobre a doença e como reconheço os alimentos que contenham glútem?Daizi
Terezinha Brandalize- Assistente financeiro.
Olá Daizi, Nossa página
fez uma pesquisa e descobriu o seguinte:
A doença celíaca é uma doença crônica
do intestino que surge em pessoas com predisposição genética
para desenvolver a doença quando ingerem alimentos contendo glútem.
Causada pela ação agressiva, sobre a mucosa do Intestino Delgado,
do glútem, uma proteína que se encontra na farinha de trigo, centeio,
cevada e aveia. Fatores genéticos predispõem a mucosa do intestino
a alterar-se, a perder as vilosidades e a ficar plana, achatada, quando o glúten é ingerido,
havendo recuperação logo que o glúten seja retirado da dieta.
Pensava-se que a Doença Celíaca era pouco frequente.
Mas hoje sabemos que por vezes os sintomas são muito ligeiros e a doença
não é diagnosticada. Calcula-se que que estará afetado 1
em cada 300 indivíduos. Assim, no Algarve, haverá cerca de 150
pessoas de ambos os sexos com Doença Celíaca.
Como se pega ? A Doença Celíaca é uma
doença hereditária mas, a forma de transmissão é ainda
desconhecida. A doença aparece em cerca de 10 % dos familiares em 1º grau,
do doente.
Sintomas: A capacidade de absorção no Intestino
Delgado fica diminuída, o que é comum em muitas doenças
que provocam má absorção. A diarréia, por vezes as
fezes são volumosas, brilhantes e muito mal cheirosas devida ao conteúdo
em gorduras (esteatorreia) e há também muita perda de peso . Mas
hoje sabemos que nos adultos muitas vezes o sintomas são atípicos
com diarreia esporádica, sem perda de peso. As vezes a diarréia
alterna com prisão de ventre e os sintomas que mais incomodam são
a dor e a distensão abdominal e os sintomas relacionados com perdas iónicas:
perdas de cálcio que levam a dores ósseas e cãibras e perdas
de magnésio e potássio que causam inchaço (edema) dos membros,
tremores, formigamentos, diminuição da sensibilidade das mãos
e dos pés e alterações do ciclo menstrual. A anemia por
carência de ferro pode ser a maneira como a doença se manifesta.
Nas crianças, a diarréia, a perda de peso, vômitos,
irritabilidade... podem aparecer logo que na dieta se introduzem alimentos com
glútem. Mas, as vezes, os sintomas aparecem mais tarde ou só na
idade adulta.
Segundo Ana Ferrão, Médica
de Família no Centro de Saúde de Cascais, autora
do artigo citado abaixo, os alimentos adequados devem ser:
Alimentos permitidos:
peixe, carne, aves;
ovos, leite, yogurts;
arroz, batata, frutos
e verduras frescas em geral;
cereais de milho
(corn flakes) e arroz (rice krispies);
pão de
milho e outros pães, bolos, bolachas e biscoitos confeccionados
com farinha sem glúten, à venda nas casas de produtos
dietéticos.
Alimentos a evitar:
todos
os derivados do trigo, centeio, cevada e aveia;
pão,
bolos, biscoitos, doces de pastelaria, tostas e bolachas;
cereais de pequeno
almoço contendo trigo;
papas para bebés
com excepção das de milho e arroz;
massas e pão
ralado;
sopas de pacote,
espessantes para molhos, cubos de caldo, caril em pó, mostarda,
molhos, refeições pré confeccionadas;
chocolate, gelados,
pudins, alguns queijos.
Leia Mais: artigoi
339. Atrofia Espinhal
Infantil - 28/01/02
Gostaria de saber mais sobre Atrofia Muscular Espinhal Infantil,
como a evolução
da doença, se existe tratamento que pode ser feito na agua e indicação
de sites especificos e aprofundados. Obrigado. Marli Bresolin Copetti - Empresária
Olá Marli, Fizemos uma pesquisa pela internet e descobrimos
os seguinte:
Atrofia muscular espinhal aguda
ou Síndrome
de Werdnig - Hoffman é uma doença hereditária
autossômica recessiva com falha no cromossomo 05. É caracterizada
por atrofia muscular progressiva devida à degeneração
dos neurônios motores dos cornos anteriores da medula espinhal.
Geralmente, afeta crianças com 2 a 4 meses de vida, com
mortalidade de 80% no quarto ano. Também conhecida como
atrofia muscular infantil, atrofia muscular espinhal familiar
ou doença de Werdnig-Hoffmann.
Como se desenvolve: Aparece antes dos 2 anos e sempre ocorre
no útero.
Sintomas: As primeiras manifestações são a perda de força
e hipotonia. As pernas tendem a ficar na posição de "sapo" com
os joelhos flexionados. O diafragma é um pouco saltado em função
da presença da força dos músculos intercostais, e o resultado é uma
respiração difícil. Os músculos dos olhos não
são afetados e os movimentos dos olhos são preservados até os
estágios mais avançados, por isto a característica de "falar
com os olhos". Sempre são visíveis fasciculações
(pequenos tremores) na língua. O desenvolvimento mental é normal
e uma característica que chama a atenção é a vivacidade
e inteligência em contraste com a pouca atividade motora destas crianças.
Observações: Inicialmente
essas crianças tendem a ser obesas. A morte resulta de
parada respiratória ou aspiração de comida.
Em geral vivem 2 anos, podendo excepcionalmente viver vários
anos. (Fonte)
Classificações
para a atrofia espinhal muscular:
Tipo I (Severo)
O diagnóstico da criança é feito antes dos 6 meses de
idade, e pode eventualmente se detectar algo nos meses finais da gravidez,
pelo pouco movimento do feto. A maior dificuldade do bebê é levantar
e sustentar sua cabeça. Além de apresentar alguma dificuldade
com sua própria secreção. Apresentam fasciculações
(tremores) na língua. Em geral a diminuição da força
dos músculos intercostais e os músculos acessórios da
respiração alteram o diafragma, que se salienta.
Tipo
II (Crônico)
O diagnóstico é feito antes dos 2 anos de idade, em geral com
15 meses. Os sintomas são que a criança não consegue sentar
sem apoio e depois tem dificuldades para engatinhar ou ficar em pé.
Fasciculação na língua são menos frequentes na
criança com o tipo II, mas é notado um tremor nos dedos.
Tipo
III (Médio)
Ë chamada Atrofia Espinhal Muscular Juvenil e é diagnosticada depois
de 1 ano e meio até a adolescência. A criança levanta-se
e anda sozinha, mas apresenta dificuldades em correr, subir escadas ou se incomoda
em ficar na mesma posição. Pode ser visto o tremor nos dedos e
raramente fasciculações na língua.
Tipo
IV (Adulto)
Os sintomas começam antes dos 35 anos. É muito raro a atrofia
espinhal entre 18 e 30 anos. A característica é uma diminuição
lenta de movimentação, sem alterações respiratórias.
PROGNÓSTICO
Tipo I (Severo)
Neste tipo , os músculos bulbares são sempre afetados, e isto
deixa a locomoção extremamente difícil. A respiração é sempre
prejudicada devido à redução de força dos músculos
respiratórios e mais esforço é visto nas áreas
abdominais. O prognóstico é ruim devido às repetidas infecções
respiratórias.
Tipo
II (Crônico)
Pelas dificuldades de parâmetro do tipo II, é difícil dizer
qual a progressão da doença. Algumas crianças podem aprender
a andar com ajuda e passar à adolescência, enquanto outras têm
um enfraquecimento da musculatura respiratória e fazem pneumonias de
repetição. Períodos de estabilidade se alternam com períodos
de piora. A perspectiva de vida é muito variável, indo de 3 anos
até a adolescência, sendo sempre causada por infecções
respiratórias.
Tipo
III(Médio)
Pacientes deste tipo também possuem um prognóstico muito variável,
porém muito melhor que nos tipos anteriores, pois sempre andam sozinhos
e o auxílio para caminhar vem após muitos anos.
Como nos outros tipos, há uma tendência a ter problemas respiratórios.
O QUE PODE SER FEITO?
TIPO I E ALGUNS TIPO II
Para estes tipos, que ocorrem em crianças pequenas, temos que incentivá-las
e dar uma atenção especial ao seu lado emocional, com brinquedos,
balões ou jogos que despertem sua atenção.
Elas necessitam de fisioterapia respiratória, para melhorar o pulmão
de secreções acumuladas. Terapia na água pode ajudar muito
pois os movimentos das pernas e braços são mais fáceis.
Cuidar na hora da alimentação, pois elas podem aspirar comida
ou secreção e para minimizar isto, a criança pode usar
sonda nasogástrica ou gastrostomia. É bom monitorar o nível
de oxigênio e batimentos cardíacos por meio de um oxímetro,
além da oxigenação da criança, conforme a sua necessidade.
Isto até a evolução onde um respirador é necessário.
Fonte: Adriane Loper