Qui, 8/1/09 9:14 CORRIDA Diferença
Entre o Trote e a Corrida Quando Gastamos mais na Caminhada ou Corrida? De acordo Com Mcardle, 1992, a relação entre o consumo de oxigênio e velocidade da corrida é linear, o custo calórico total para correr determinada distância é aproximadamente o mesmo , quer o rítmo seja rápido ou lento. Quando corremos a velocidade de 10 milhas /h uma determinada distância, será necessário o dobro de energia por minuto que ao correr a uma velocidade de cinco milhas por hora; entretanto o corredor completa a milha em 6 minutos, enquanto será necessário o dobro do tempo se optar pela velocidade menor. Mas o gasto energético tanto de um quanto a de outro é aproximadamente o mesmo, ou seja, tanto para homens como mulheres, é mais dispendioso percorrer determinada distância correndo do que caminhando.Valendo também para corridas na inclinação . A velocidade da corrida pode ser aumentada de
3 maneiras: De acordo com estudos, ao duplicar a velocidade da corrida de 10 para 20 km/h, o comprimento da passada aumenta 85%, enquanto a frequência da passada aumenta apenas 9%. Aumento de velocidades acima de 23km/h eram obtidos principalmente graças ao aumento na frequência das passadas. Exceto para velocidades muito rápidas, a velocidade da corrida é aumentada principlamente pelo alongamento da passada. Isso não ocorre com o pedestrianista (velocista de marcha), quando o alongamento da passada passa a constituir um meio ineficaz de aumento da velocidade na marcha competitiva pois a marcha competitiva requer que o pé que está atraz permaneça sobre o chão , até que o pé da frente faça contato, exigindo uma maior participação da musculatura do tronco e dos braços. Esse fator explica o porque é mais econômico correr do que andar . Para correr a uma velocidade constante, parece haver uma combinação ótima de comprimento e frequência das passadas, que depende da mecânica da pessoa ou do "estilo" da corrida. Devido a essa falta de exatidão é melhor optar por uma passada exagerada que por passadas menores. Para o corredor profissional é importante deixar que ele corra com o comprimento da passada que eles escolheram através de anos de prática, produzindo um desempenho mais econômico na corrida. Por isso não existe um estilo melhor que seja característico dos corredores de elite! Apesar da análise biomecânica ajudar a corrigir certas irregularidades nos padrões de corrida.A Corrida na Esteira é Diferente Daquela Feita ao Ar Livre? Será que a energia gasta com a corrida na esteira seria a mesma com a corrida ao ar livre? Foi feita uma pesquisa com 8 fundistas que correram nos dois meios na mesma velocidade e nas mesmas condições e foi descoberto que do ponto de vista prático, não houve diferenças mensuráveis nas demandas aeróbicas da corrida submáxima (até 286 m/min), nem entre o consumo máximo de oxigênio medido em ambas as formas de exercícios nas mesmas condições ambientais. Entretanto, ainda é possível que para as velocidades mais rápidas na competição de endurance (resistência), a influência da resistência do ar se torne considerável aumentando o custo em oxigênio da corrida na pista em comparação com a corrida estacionária. A análise da corrida é basicamente a mesma da marcha ou caminhada . A diferença parece ser na amplitude e velocidade das passadas e movimentação de braços. A diferença entre a marcha e a corrida é a economia na utilização dos músculos para a corrida nas velocidades mais altas, visto que, a marcha em alta velocidade exige muito mais a atividade do pé que está atraz forçando sua permanência sobre o chão , até que o pé da frente faça contato, e uma maior participação da musculatura do tronco e dos braços que na corrida. Veja a análise da marcha ou caminhada para entender a corrida. Assim como na análise , a musculatura utilizada na corrida parece ser a mesma da marcha só diferindo na maior solicitação e intensificação de uma ou outra musculatura nas alterações de velocidades e amplitude das passadas e movimentação de braços. Veja
a musculatura utilizada na marcha ou caminhada Treinamento de Resistência Aeróbica (longas distâncias) Geralmente entende-se por resistência a capacidade psicofísica do esportista em suportar a fadiga. (Weineck,1989) Este treinamento deve ser elaborado de forma a proporcionar uma sobrecarga cardiovascular suficiente para estimular aumentos no volume de ejeção e no débito cardíaco. Essa sobrecarga deve ser realizada com os grupos musculares apropriados, de forma a aumentar simultaneamente a circulação local e o "maquinismo metabólico' dentro dos músculos específicos, ou seja, os ciclistas devem pedalar, os nadadores devem nadar e os corredores devem naturalmente correr (princípio da especificidade). Séries curtas de exercícios repetidos (treinamentos intervalados), Fartlek , assim como trabalho contínuo de longa duração (treinamento contínuo) , aumentam a capacidade aeróbica desde que o exercício seja intenso suficiente para sobrecarregar o sistema aeróbio. Treinamento
Intervalado (ou Interval Training): É um método que consiste no
aumento de intensidade de treino fracionado em tempos
de descanso, em uma ou várias sessões.
Visa ter um espaçamento correto dos períodos
de exercício e repouso, realizando uma quantidade
enorme de trabalho que, normalmente, não poderia
ser completada numa sessão em que o exercício
fosse realizado continuamente. As séries repetidas
de exercícios podem variar desde poucos segundos
até vários minutos ou mais, de acordo
com o objetivo. Podendo ser modificada em termos de
intensidade e duração dos intervalos
de exercícios, da duração e tipo
de intervalo de recuperação, do número
de intervalos de trabalho (repetições
) e do número de blocos de repetições
(séries) por sessão. Treinamento
Contínuo: Consiste
num exercício cadenciado, relizado com uma intensidade
aeróbica moderada de alta (60-80% do VO2 máx.)
por um período de longa duração.
A cadência exata pode variar mas a intesidade
deve ser suficiente para assegurar uma adaptação
fisiológica. Foi esboçado um limiar de
treinamento para este ganho: A
Zona Alvo de Treinamento. Este tipo de treinamento é considerado
submáximo, portanto pode-se treinar por um tempo
considerável com bastante conforto. Por causa
do perigo de treinamentos intervalados para cardiopatas,
por ser um exercício extenuante, o treinamento
contínuo é particularmente adequado aos
que estão apenas começando um programa
de exercícios. Quando aplicado no treinamento
atlético é feito realmente com distâncias
excessivas , com a maioria dos atletas percorrendo
distâncias 2-5 vezes acima da distância
da prova real. Acredita-se que este treinamento de
distâncias excessivas produz as maiores adaptações
aeróbicas, tanto na circulação
central quanto nos tecidos periféricos. Em geral
a sobrecarga é conseguida aumentando-se a duração
do exercício ,porém a intensidade do
esforço só deverá aumentar progressivamente à medida
que são obtidos os aprimoramentos induzidos
pelo treinamento. Treinamento
Fartlek: Fartlek significa em sueco "jogo de velocidades" . Foi introduzido
nos Estados Unidos nos anos 40 e consiste em um treinamento
feito ao ar livre num terreno natural, realizado tanto
com velocidades rápidas quanto lentas, através
de um trajeto tanto plano quanto montanhoso.Neste método
não é necessário um sistema de
manipulação de séries de trabalho
e recuperação. Ao invés disso,
o praticante basea seu treinamento em "como se
sente" no momento. Se executado corretamente,
este treinamento vai desenvolver um ou todos os sistemas
energéticos.Apesar deste método não
permitir uma quantificação de treinamento,
ele se presta maravilhosamente no condicionamento geral
ou treinamento fora de temporada, assim como para manter
uma certa "liberdade"e variedade nas sessões. Treinamento Anaeróbio (corridas de curta distância) A capacidade de persistir em um exercício explosivo por curtos períodos de tempo que vão até 60 segundos, dependendo essencialmente, do ATP, é gerada pelos sistemas aneróbicos de energia imediato e a curto prazo. Os exercícios contam quase exclusivamente com a energia derivada pela reserva muscular de fosfatos. As reservas de fosfato pode ser sobrecarregada engajando músculos específicos em explosões máximas e repetidas de esforço por 5-10 seg sendo sua recuperação rápida, ou seja, uma série subsequente de exercícios pode ser iniciada após um período de repouso de 30-60 segundos. Essa técnica de esforço e descanso ( treinamento intervalado) é excelente para condicionamento anaeróbio. Ácido Láctico: à medida
que a duração do esforço máximo
(explosivo) ultrapassa 10 seg a dependência dos
fosfatos diminui ao mesmo tempo que a quantidade de
energia anaeróbica gerada pela glicólise
aumenta. Com o objetivo de aumentar a capacidade de
liberação de energia anaeróbica
pelo sistema energético a curto prazo do ácido
láctico, o programa de condicionamento fisiológico
deve concentrar neste aspecto do metabolismo energético. Velocidade de Reação: Deve ser trabalhada junto com o treinamento de aceleração. Deve ser treinado conteúdos do tipo: exercícios de partida, diferentes posições iniciais, pequenos jogos, revezamentos com reação rápida e as partidas específicas de competição. Empregando estímulos sonoros como palmas, tiros, apelos, apitos, fazendo com que o atleta se abitue para a competição. Aceleração do Sprint: A técnica de partida e força de explosão acentuam o nível do grau de aceleração. Para treiná-la, são oferecidos como conteúdo : todas as formas de exercícios de partida, saltos breves (pés juntos, em uma perna,simples,triplos - todos têm uma relação estreita com um bom comprimento da passada), saltos longos (saltos com impulso de 30,60,100 m e mais). A aplicação simultânea de saltos breves e longos apresenta um aumento quase igual da aceleração para a partida, da velocidade máxima de corrida e de resistência de velocidade. Produzindo um maior progresso em corridas de 100 m. As
provas de corrida, tal como previstas nas regras
de competição atlética,
diferem entre si principalmente pela extensão
a percorrer. As distâncias praticadas nas provas
masculinas e femininas vão dos 100 m. aos 42.195
km. PROVAS
DE CURTA DISTÂNCIA : 100
m, 200 m, 400 m com barreiras, 100 m com barreiras
(mulheres). A velocidade de corrida é a maior velocidade que o corredor pode atingir; a resistência é a sua capacidade de resistir à fadiga. A velocidade máxima, só em curtos percursos pode ser mantida: não mais de 40 a 50 m para lá do percurso de arranque e aceleração. Asssim mesmo nos 100 m, é a resistência do corredor que vem decidir o resultado. Para o iniciante, o ideal é na corrida de resistência , ir avançando aos poucos sem procurar fazer esforço, deixando que o corpo se acostume aos movimentos específicos da corrida. Se necessário vá caminhando e volte a correr. Um programa de exercícios intensivo pode ser tão prejudicial quanto uma dieta intensiva. O indivíduo deve ser capaz de manter uma conversa enquanto está correndo. A medida que o mesmo for se tornando mais forte, será capaz de correr mais depressa e manter um determinado rítmo de corrida, por mais tempo, com menor esforço. Para calcular a intensidade do exercício , na corrida de resistência, calcule a Frequência cardíaca e Zona Alvo de Treinamento do indivíduo e monitore-a para que não atinja níveis extressantes sobrecarregando seu sistema cárdio-respiratório. Mas , com o tempo, o indivíduo não vai precisar medir a frequência em todos os treinos , pois, irá aprender o quão depressa deve correr para atingir o índice cardíaco desejado. Como sobrecarga para os treinos, deve melhorar o tempo ou distância percorrida . A medida que o condicionamento for melhorando, deve ser aumentada a sobrecarga de trabalho, acompanhada sempre da Monitorização da Frequência Cardíaca. Princípios Metódicos do Treinamento de Velocidade (Weineck, 1989): -A
intensidade dos exercícios
deve ser escolhida de tal modo que atinja os níveis
elevados e muito elevados, necessários para
o desenvolvimento da velocidade; Sistema de Energia utilizado na Corrida de Longa e Curta Duração ATP-CP As provas de curta duração do tipo corrida de 100 m , exigem um fornecimento imediato e rápido de energia, nos primeiros momentos da atividade. Essa energia é proporcionada quase exclusivamente, segundo Mcardle, 1995, pelos fosfatos de alta energia (ATP E CP) armazenados dentro dos músculos específicos ativados durante o exercício. Nas corridas de 100 m, o corpo não consegue manter uma velocidade máxima por um período superior a seis segundos, assim, os corredores reduzem sua velocidade na última parte da prova. Nesta situação, a quantidade de fosfato intramuscular pode influenciar muito a capacidade do indivíduo gerar energia intensa por um curto período de tempo. Também para um exercício contínuo e para a recuperação após um esforço de intensidade máxima, deverá serr gerada energia adicional para o reabastecimento de ATP. Para isso , os carboidratos, as gorduras e as proteínas armazenadas estão prontos para recarregar o reservatório de fosfatos. ÁCIDO LÁCTICO Os fosfatos de alta energia devem ser ressintetizados continuamente num rítmo rápido, para que o exercício extenuante possa continuar além de um curto período de tempo. Num exercício tão intenso, a energia para fosforilar ADP, provém da glicose e do glicogênio armazenado durante o processo anaeróbio da glicose,com subsequente formação de ácido láctico. Essa energia para ressíntese de ATP pode ser considerada como um combustível de reserva, que será utilizado para o atleta"percorrer"a última parte de uma corrida de 1.500 m ou de 1 a 2 minutos do exercício intenso. E é também de importância para fornecer energia rápida acima daquela disponível a partir dos fosfagênios armazenados durante uma corrida de 400 m, por exemplo. O acúmulo mais rápido e os níveis mais altos de ácido láctico são alcançados durante um exercício que pode ser sustentado por 60-180 s. E esse acúmulo se eleva de maneira exponencial para aproximadamente 55% da capacidade máxima para o metabolismo aeróbio dos indivíduos sadios, porém , destreinados. E ocorre a medida que o exercício vai ficando mais intenso e as células musculares não conseguem satisfazer aerobicamente as demandas adicionais de energia. Esse padrão é o mesmo para um indivíduo treinado , exceto que o limiar para acúmulo de ácido láctico, ocorre num percentual mais alto da capacidade aeróbica , ou seja, mais tarde. A capacidade de aumentar o nível de ácido láctico no exercício máximo é através do aumento do exercício anaeróbio específico e diminui com o destreinamento. SISTEMA AERÓBIO O sistema aeróbio é um importante estágio final para a transferência de energia, especialmente se o exercício vigoroso prossegue por mais alguns minutos (2-3 minutos), o sistema aeróbio passa a ser de maior predominância. O consumo de O2 sobe rapidamente durante os primeiros minutos do exercício. Entre o terceiro e quarto minutos, é alcançado um platô e o consumo de O2 se mantém relativamente estável pelo resto do período do exercício. O platô da curva do consumo é chamado de estado estável, equilíbrio. Este equilíbrio é a estabilidade entre a energia necessária para os músculos ativos e o rítmo de produção de ATP através do metabolismo aeróbio. Nessa região, as reações que consomem O2 fornecem a energia para o exercício e qualquer ácido láctico produzido é ou oxidado ou transformado em glicose, no fígado ou rins. Alguns fatores limitantes impedem que o indivíduo corra ou se exercite indefinidamente: são a perda de líquidos e a depleção eletrolítica , principalmente em dias quentes. Para que um indivíduo prolongue seu exercício é importante a manutenção de reservas adequadas de combustível, em particular , a glicose, para a fução do sistema nervoso central e do glicogênio do fígado e armazenados nos músculos específicos utilizados na atividade. Assim que as reservas de glicogênio são depletadas , a capacidade do trabalho é reduzida.
Alimentação nos exercícios prolongados e intensos Os atletas que treinam para exercício de endurance tipo corrida de longa distância, experimentam um tipo de fadiga crônica, no qual os dias sucessivos de treino duro se tornam extremamente mais dfíceis. Esta "estafa"pode estar relacionada com a depleção gradual de reservas corporais de carboidratos, observada com o treinamento extenuante e repetido, até mesmo quando a dieta do atleta contém o percentual recomendado de carboidratos. Ela ocorre quando o exercício é realizado até o ponto em que o glicogênio no fígado e nos músculos ativos sofre uma redução intensa, até mesmo quando existe O2 para os músculos e a energia proveniente da gordura armazenada continua quase ilimitada. Na corrida de longas distâncias , o combustível utilizado é o glicogênio, que está relacionado a ingestão de carboidratos. Alguns pesquisadores recomendam aumentar a ingestão dietética de carboidratos para 70% das calorias ingeridas ou mais, a fim de se evitar a depleção de reservas corporais de glicogênio e induzir uma preservação de proteínas com os dias sucessivos de treinamento árduo, Mcardle, 1995. Com o treinamento mais moderado, a ingestão pode ser reduzida para 50-60% de carboidratos. Mesmo
que o indivíduo tenha uma
dieta rica em carboidratos, deve ingerir pelo menos
48 horas antes para restaurar os níveis musculares
de glicogênio após o exercício
prolongado e exaustivo, apesar do glicogênio
hepático ser restaurado rapidamente. Alguns
indivíduos, podem até levar mais de 5
dias para restabelecer os níveis musculares
de glicogênio , quando a dieta contém
quantidades moderadas de carboidrato. Isso certamente
proporciona uma justificativa nutricional de alguns
técnicos e treinadores reduzirem gradualmente
ou minorar a intensidade das sessões de treinamento
vários dias antes de uma competição. Uma
das funções da glicose
sanguínea é fornecer energia para o sistema
nervoso central e ativar o metabolismo das gorduras. |
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