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Dom, 27/1/13 21:25

Estilo de vida e síndrome metabólica pediátrica

Universidade Católica de Santos
José Luiz Medeiros
medeirosfirst@terra.com.br
(13) 97013300
http://www.acsm.org/AM/Template.cfm?Section=Current_Comments1&Template...

Introdução
    Um problema de saúde relativamente novo que expõe os indivíduos a um maior risco de morbidade e mortalidade tem sido diagnosticado nas crianças, devido a fatores culturais de muitas famílias que incentivam a obesidade. A Síndrome Metabólica (SM) tem sido diagnosticada em adultos nos últimos 20 anos, mas apenas recentemente foi diagnosticada nas crianças, como indicado em uma nota de imprensa pelo CAME (Colégio Americano de Medicina do Esporte) em 2005. A SM não é uma doença, mas um grupo de fatores de risco para desenvolver doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares. Inicialmente ela foi chamada de “síndrome de resistência insulínica", mas é composta por uma série de irregularidades metabólicas e mais tarde foi chamada de SM.
    A resistência à insulina é um importante contribuinte para a SM. A resistência à insulina no diabetes tipo 2(DM-2) e a atual epidemia da obesidade foram descobertas apenas recentemente, portanto não é surpreendente que "SM pediátrica” seja um termo relativamente novo.

Definição de SM
    A alteração natural dos parâmetros metabólicos devido ao crescimento e desenvolvimento de crianças tornou difícil uma definição universal da SM pediátrica. Atualmente existe uma série de definições para a SM pediátrica e a maioria delas inclui variáveis metabólicas similares, mas têm diferentes pontos de corte de quando a variável torna - se um fator de risco (Alberti et al, 2005). Em outubro de 2007, a Federação Internacional de Diabetes (IDF; www.idf.org) realizou uma oficina com 10 especialistas internacionais para desenvolverem uma definição de consenso da SM pediátrica. A definição da IDF está dividida conforme a faixa etária, devido aos níveis de maturidade. A equipe da IDF concluiu que a SM não deve ser diagnosticada em crianças com menos de 10 anos de idade, mas uma resistência à insulina para desenvolver a SM podia ser diagnosticada. A definição do consenso da IDF para as crianças com 10 ou menos de 16 anos de idade, inclui o agrupamento de qualquer dos três fatores de risco que se segue: 1) obesidade, circunferência abdominal = 90% com base na idade e sexo; 2) Triglicérides = 150 mg/dL; 3) HDL-colesterol < 40 mg/dL; 3) pressão arterial sistólica = 130 / diastólica = 85 mmHg e glicose = 100 mg/dL. Para os indivíduos mais velhos (acima de 16 anos), os critérios do adulto podem ser usados.

Obesidade e a SM
    Há mais crianças que sofrem de obesidade (15 por cento de todas as crianças) que qualquer dos outros fatores de risco da SM. Portanto, a obesidade e a resistência à insulina têm maiores impactos sobre o risco de desenvolver a síndrome do que os outros fatores. A obesidade pode ser vista como uma "doença de base” (aquela a partir da qual uma série de outras se desenvolvem) como problemas de saúde associado com a obesidade infantil que era essencialmente inexistente entre 15 a 20 anos atrás. De acordo com Ribeiro et Al (2004), cerca de 62% dos meninos e meninas em situação de risco para a obesidade estavam suscetíveis a outros fatores de risco da SM. A obesidade tem sido capaz de aumentar a probabilidade de desenvolver a SM em crianças de oito a 10 vezes (Harrell et al., 2006).

Prevenção e tratamento da síndrome metabólica

    A SM é parcialmente devido a práticas de saúde, estilo de vida saudável, pois as escolhas podem auxiliar na prevenção e tratamento. Estes incluem educação, a participação em atividade física, aptidão física, regimes alimentares saudáveis e checape de saúde regular. O foco deve ser na prevenção, pelo fato de todos os fatores de risco da SM serem controláveis.
Educação
    O ambiente cultural que as crianças crescem e desenvolvem são essencialmente determinados pelos pais. Os pais devem compreender os efeitos prejudiciais que os hábitos alimentares inadequados, uma orientação ao sedentarismo, e a baixa aptidão física terão sobre a SM. Para os pais proporcionarem as crianças um ambiente de vida saudável, eles mesmos deverão ter uma prática de vida saudável. Isto deverá incluir checape de saúde regular para si e seus filhos. A ideia de mostrar a criança como viver, em vez de dizer a criança como viver, é importante para o controle desta síndrome.

A Atividade física
    A atividade física tem um efeito positivo na saúde sobre todos os fatores de risco da SM. A atividade física tem sido demonstrada em nosso laboratório de pesquisas a redução da pressão arterial sistólica de até oito a 11 mmHg. A atividade física também auxilia na manutenção do peso, como no auxilio da redução os depósitos de gordura, e na diminuição nos níveis de triglicérides plasmáticos e do HDL-C.
    A atividade física melhora a sensibilidade da célula muscular à insulina tanto aguda e crônica e também auxilia a redução do estresse metabólico associado com a inflamação da gordura corporal A atividade física é fundamental para as crianças e o tipo de atividade física que é melhor para prevenir ou controlar a síndrome metabólica em crianças é a atividade aeróbica contínua ou submáxima física

A aptidão física
    Estar em boa forma física é importante para a prevenção e tratamento da SM em crianças. A prevalência da síndrome é menor nas crianças com preparo fisico aeróbico. A aptidão física é diferente
da atividade física, a aptidão é um estado temporário de ser e a atividade física é uma processo que gasta energia. No entanto, se a aptidão aeróbica e a participação em atividade física são introduzidos e analisados matematicamente, a influência do condicionamento aeróbico sobre a síndrome metabólica não é reconhecido.

Os hábitos alimentares
    Como um dos tratamentos para a síndrome metabólica é a redução da obesidade e a monitorização da glicemia, a dieta é importante. As crianças precisam reduzir sua ingestão calórica, mantendo uma dieta equilibrada para garantir que consumam os nutrientes necessários para o seu próprio crescimento e desenvolvimento As dietas ricas em carboidratos não são geralmente boas, porque a tolerância à glicose pode ser ruim. O aumento da ingestão de frutas e vegetais e bebidas com açúcar não é recomendado para crianças.

Resumo e conclusões
A prevalência da SM continua a aumentar nas crianças. Há uma necessidade de se reconhecer a presença e dar início às mudanças de estilo de vida no início da vida da criança para reduzir o risco da síndrome. Para as crianças que estão em situação de risco ou vivenciam a síndrome, alterações de estilo de vida, tais como as mencionadas acima são essenciais. Esta síndrome pode ser prevenida e tratada com sucesso em crianças.
Escrito para o Colégio Americano de Medicina Esportiva por L. Jerome Brandon, Ph.D., FACSM

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