Todos os anos, milhares
de lesões na cabeça e no pescoço ferem jogadores
de futebol americano de todos os níveis profissionais. Essas
lesões estão entre as mais temidas entre os atletas,
pois podem causar paralisia ou até mesmo a morte. Jogadores
lesionados devem ser cuidadosos para evitarem novas lesões.
Atualmente, o protocolo para a retirada do capacete tem divergido opiniões
entre os médicos desportivos e os profissionais do atendimento
de emergência.
A CAME (Colégio Americano de Medicina Esportiva) reforça
sua posição contrária a remoção
do capacete de um atleta inconsciente ou um atleta que tenha sofrido
uma lesão no pescoço. A equipe médica deve levar
em conta que um atleta inconsciente pode ter sofrido lesão espinhal,
pois lesões na cabeça e no pescoço freqüentemente
ocorrem juntas. A imobilização correta da coluna e o
transporte em segurança para o hospital podem ser feitos sem
a remoção do capacete, pois diferentemente dos capacetes
para motociclistas, o capacete de futebol americano é anatomicamente
correto, prevenindo que a cabeça se mova.
Quando é necessário ter acesso ao rosto do atleta para
uma ressucitação cardiopulmonar por meio das vias respiratórias
ou por qualquer outro motivo, a CAME aconselha que apenas a máscara
do capacete seja retirada, sem que o mesmo seja também removido
da cabeça do atleta. As tiras de plástico que prendem
a máscara ao capacete podem ser facilmente removidas com instrumentos
fabricados exclusivamente com essa finalidade. Essas ferramentas devem
estar à disposição durante os treinamentos e os
jogos. A remoção da máscara permite o acesso imediato
ao rosto e as vias respiratórias dos atletas além de
possibilitar que a equipe de emergência médica realize
a avaliação dos sinais vitais, o atendimento inicial
e a reanimação. O capacete em si, só pode ser
removido caso o socorrista esteja impossibilitado de realizar o procedimento
por qualquer outro motivo.
Além disso, se o socorrista retira apenas a máscara,
deixando o capacete, mantendo a cabeça em uma posição
neutra. Se o capacete for removido, a cabeça do atleta pode
sofrer uma hiperextensão. Principalmente se o atleta estiver
usando ombreiras. A CAME também aconselha que apenas profissionais
treinados, com equipamentos apropriados, tentem mover um atleta lesionado
para transportá-lo até um hospital usando uma prancha
sob a espinha dorsal.
A CAME sugere ainda que a equipe médica, preparadores físicos,
treinadores e os pais interessados se reúnam com os profissionais
responsáveis pelos cuidados emergenciais para desenvolverem
um protocolo a favor do transporte seguro de atletas gravemente lesionados,
aos quais deve incluir a prática de deixar o capacete no lugar.
Embora os ferimentos da cabeça e do pescoço possam continuar
a ser uma lesão de risco de vida, CAME afirma que tais lesões
quando tratadas cuidadosamente podem evitar agravantes. O procedimento
adequado inclui deixar o capacete no lugar, se possível, retirando
apenas a máscara da face se o acesso para o rosto for necessário,
e utilizando a experiência da equipe médica desportiva
para desenvolver um plano para tratar os atletas com lesões
na cabeça e no pescoço.
Escrito para Colégio Americano de Medicina Esportiva por M.
Kleiner e Robert C. Cantu,
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