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Dom, 27/1/13 22:18

O uso de cocaína nos esportes

Nome da Instituição: UniSantos
Nome completo do Acadêmico: Plínio Marcos Paulos
Endereço de E-mail: pmpaulos@hotmail.com
Telefone para contato: (13) 3238-4217
Endereço do link traduzido: http://www.acsm.org/AM/Template.cfm?Section=Current_Comments1&Template=/CM/ContentDisplay.cfm&ContentID=8680
Data de Publicação:
12/12/2010

   O uso de drogas recreativas, tanto lícitas (por exemplo, álcool e nicotina) como ilícitas (por exemplo, cocaína e maconha) por atletas excede em grande quantidade o seu uso de drogas para a melhora do desempenho (por exemplo, esteroides anabolizantes). A situação não é única aos atletas e muitos fatores contribuem para o uso de drogas recreativas, incluindo idade, genética, influências familiares, pressão de colegas, educação e fatores educacionais e de saúde mental.

   O uso de cocaína nos esportes atraiu a atenção nacional pela primeira vez em 1986 com as mortes por uso de cocaína dos astros do basquete e do futebol americano, Len Bias e Don Rogers, respectivamente. O uso de cocaína no âmbito esportivo colegial teve seu auge em meados dos anos 1980, quando atingiu 17%, e caiu dramaticamente na década seguinte para menos de 2%. Enquanto muitos fatores motivam um atleta a usar cocaína, muitos pontos são particularmente dignos de atenção. Primeiramente, a cocaína não é geralmente usada para a melhora do desempenho. Além disso, tem-se a ideia de que os atletas são vulneráveis a substâncias recreativas devido a alguma combinação das seguintes variáveis: fama, fortuna, tempo livre e uma sensação de invencibilidade.

   Derivada da planta chamada coca, a cocaína é um alcaloide (ecgonina) que ocorre de modo natural. O cloridrato de cocaína é a forma da droga que é inalada. No entanto, ele se decompõe quando aquecido. A cocaína aquecida e o crack (nos quais não está presente o cloridrato) são resistentes ao calor e, então, inalados na forma de fumo.

   Os efeitos da cocaína no cérebro são complexos e possuem muitas semelhanças com a anfetamina. Muitos dos seus efeitos estão ligados à habilidade de interferir nos neurotransmissores do cérebro, particularmente a dopamina e a noradrenalina.

   Muitos usuários de cocaína a inalam, a que se dá o nome de snorting. Usuários recreativos podem inalar de uma a três gramas de cocaína por semana. Fumar crack ou cocaína aquecida é a maneira mais rápida de levar a droga ao cérebro. A euforia pode ocorrer dentro de três a cinco minutos e durar por menos de dez minutos. Indivíduos viciados podem fazer uso dessas substâncias a cada dez minutos para manter a sensação de euforia intensa.

   Muitos observadores relatam uma deterioração dos atletas com o uso da cocaína; não há evidência de que ela possa melhorar o seu desempenho. Mudanças de comportamento às vezes são observadas em atletas, que podem apresentar-se para treinar muito cedo ou muito tarde, perder os treinamentos ou travar discussões com seus companheiros de equipe. Sentimentos de grandiosidade podem distorcer a percepção do atleta do desempenho real. À temperatura ambiente, a cocaína reduz a temperatura corporal; em temperaturas ambientes mais altas, especialmente durante exercícios, a substância causa um aumento da temperatura do corpo, colocando o atleta numa situação suscetível à hipertermia. Isso pode estar relacionado a mudanças induzidas pela cocaína na temperatura corporal normal e a uma diminuição na perda de calor devida à vasoconstrição periférica.

   Há numerosos efeitos adversos associados ao abuso de cocaína. No entanto, alguns deles concernem particularmente aos atletas. Entre os mais notáveis está a morte repentina, cujo mecanismo pode ser atribuído a perturbações do ritmo cardíaco, convulsões ou sangramento no cérebro.

   Os efeitos da cocaína sobre o coração são variados, como o aumento da demanda do coração por oxigênio, causando espasmos das artérias coronárias que levam sangue ao miocárdio, produzindo coágulos nas artérias coronárias, promovendo a arteriosclerose prematura e, em alguns casos, levando a ataques cardíacos, particularmente em fumantes. Além disso, atletas que usam cocaína podem sofrer palpitações, ansiedade, falta de ar e dores no peito. Inaladores crônicos de cocaína podem sofrer surtos recorrentes de sinusite, perfurar seu septo nasal e/ou serem atormentados por um escorrimento nasal crônico.

   Os metabólitos da cocaína são prontamente detectados na urina em concentrações muito baixas. O Comitê Olímpico Internacional, o Comitê Olímpico dos EUA, a Associação Atlética Universitária Nacional e as ligas profissionais de esportes proíbem especificamente o uso de cocaína.

Escrito para o Colégio Americano de Medicina Esportiva pelo Dr. Gary I. Wadler, membro do Colégio Americano de Medicina Esportiva.

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