Torções no tornozelo e o atleta
NOME
DA INSTITUIÇÃO: Universidade Católica de Santos
- UNISANTOS
NOME COMPLETO DO ACADÊMICO: Leandro Eugênio Costa Santos
ENDEREÇO DE EMAIL: le.eugenio@globo.com
TELEFONE PARA CONTATO: 13 3221 4253
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Data de Publicação: 04/07/2011
Relatórios
estimam que 25.000 americanos sofrem de uma torção
no tornozelo a cada dia. Torções no tornozelo contam
como metade das lesões esportivas e são um motivo comum
para afastamento dos atletas de suas atividades. O diagnóstico
preciso é crucial, já que alguns estudos sugerem que
40 por cento dos tornozelos torcidos são mal-diagnosticados
ou tratados precariamente, levando a dor crônica e incapacidade
atlética. A auto-educação é, portanto,
importante a fim de reduzir o risco dessa complicação
debilitante.
O que é uma torção no tornozelo?
Uma torção no tornozelo é uma lesão em
um ou mais ligamentos do tornozelo. Essas faixas fortes e fibrosas
fixam os ossos do calcanhar e são propensas à lesão
devido a movimentos extenuantes e atividade repetitiva. Há duas
categorias de ligamentos do tornozelo: os externos e aqueles nas
superfícies internas do tornozelo. As regiões mais
comuns à lesão são nos ligamentos externos ou "laterais".
Causas comuns
Mais de 80 por cento das torções no tornozelo são
resultado de uma inversão, ou rolagem reversa, do tornozelo.Isso é vivenciado
comumente em atividades atléticas que envolvem corrida,rodopios,
e saltos.
Enquanto movimentos repentinos, forçosos são certamente
a causa de muitas torções no tornozelo, traumas repetitivos
menores também podem enfraquecer ou lesionar os ligamentos
do tornozelo.Os fatores de risco para distensões no tornozelo
incluem lesões antigas no tornozelo, equilíbrio/postura
desviada , tipo de esporte praticado, posição,e déficits
na força muscular/raio-de-movimento. Peso excessivo também
pode ser um fator de risco para homens.
Avaliação e diagnóstico
Obter um completo e detalhado histórico de eventos é fundamental
na avaliação de dor no tornozelo, com o objetivo de
conduzir a um diagnóstico preciso. A avaliação
imediata é importante para determinar se há alguma
outra lesão, como por exemplo uma fratura. Sinais comuns e
sintomas de uma torção no tornozelo incluem inchaço,
dor, falta de equilíbrio e ferimentos. Dormência ou
fraqueza profunda podem estar relacionadas a lesão no nervo.
Um exame do tornozelo em busca de evidência de falta de equilíbrio
ou dor localizada é parte do tratamento inicial. Os médicos podem,
por sua vez, solicitar raios-x ou ressonância magnética para uma
avaliação mais detalhada. Uma legítima e sensível
regra para avaliar torções no tornozelo é a regra do dedão,
chamada Regra do Tornozelo de Ottawa. Havendo dor nas laterais do tornozelo com
apalpamento e o paciente for incapaz de dar quatro passos sem dor, a Regra do
Tornozelo de Ottawa recomenda o uso de imagens para diagnosticar possível
fratura. Torções no tornozelo são geralmente divididas em
três graus:
Grau I: O mais comum; essas são associadas com um leve grau de inchaço
e dor relacionados à distensão do ligamento;
Grau II: Mais comuns em lesões esportivas; são associadas a um
grau moderado de inchaço e relacionadas a um rompimento parcial dos ligamentos;
Grau III: De todas, a torção mais grave; essas estão associadas
a consideráveis dores e inchaços, e relacionadas a um completo
rompimento dos ligamentos.
Tratamento inicial e prognóstico
Depois de obtido um diagnóstico preciso, o tratamento vai variar dependendo
da gravidade da lesão.
Tratamento precoce e abrangente continuam sendo o melhor precedente de uma boa
recuperação. O tratamento inicial inclui quatro conceitos referentes
a R².E.C. (Repouso, Resfriamento, Elevação e Compressão).
Ocasionalmente é necessário repouso e interrupção
na prática esportiva. Bolsas de gelo aplicadas em intervalos de 20 minutos
três vezes ao dia, por pelo menos 24 horas pós-lesão, aliadas
a compressãoe elevação, podem reduzir o inchaço e
a dor. Uma completa avaliação de um especialistaajudará a
determinar outros tratamentos possíveis, incluindo imobilização,
bandagens e anti-inflamatórios.
O prognóstico é diretamente relacionado à gravidade da lesão.
Avaliação e tratamento imediato levarão a uma maior chance
de recuperação completa. Raramente é necessária a
cirurgia, já que a maioria das torções no tornozelo é curada
com tratamento tradicional.
Reabilitação
Um programa de reabilitação abrangente é uma parte essencial
no tratamento de torções no tornozelo. Com a orientação
de um fisioterapeuta experiente ou um preparador físico, alongamento e
fortalecimento das juntas do tornozelo e músculos da panturrilha vão
acelerar o tempo de recuperação e reduzir o risco de uma nova lesão.
Manter uma boa condição cardiorespiratória durante a recuperação,
caminhar/correr numa piscina ou pedalar é recomendável, já que
o peso sobre o tornozelo é diminuído. Re-treinar a sensibilidade
muscular (chamada proprioceção ou cinestesia) e controle postural
(equilíbrio) deve ser um componente fundamental em qualquer programa de
reabilitação. Treinar o equilíbrio, usando “pranchas
oscilantes” é uma excelente técnica de reabilitação
que ajuda a fortalecer e estabilizar o tornozelo, reduzindo o risco de nova lesão.
Retornar à atividade geralmente varia de tempo: em questão de dias
ou 2 meses, dependendo da gravidade da lesão.
Prevenção de nova lesão
Prevenção no atletismo é sempre um assunto importante a
se discutir com um médico clínico capacitado em medicina esportiva.
Suportes externos aplicados apropriadamente (fita, suspensórios rígidos
e semi-rigidos) e exercício de equilíbrio em prancha podem reduzir
o risco de nova lesão em mais de 50%. Essas estratégias de prevenção
são especialmente efetivas para aqueles com um histórico de lesão
anterior no tornozelo.
Resumo
Torções no tornozelo estão entre as lesões mais comuns
nos atletas.
Um diagnóstico rápido e preciso, tratamento abrangente e reabilitação
são cruciais na redução de risco de nova lesão ou
dor crônica e debilitante no tornozelo.
A prevenção de lesões deveria ser parte de qualquer plano
de exercícios e treinos. O objetivo maior de qualquer programa de tratamento é melhorar
a funcionalidade sem inibir o desempenho do atleta.
Redigido para o Colégio Americano de Medicina do Esportepor Victor Ibrahim,Doutor
em Medicina, Zinovy Meyler, Médico Ortopedista, e Andre Panagos, Doutor
em Medicina.
PARCERIA DE TRADUÇÕES: