ATLETA
OU NÃO TODO SER HUMANO SE SENTE ATRAÍDO PELOS
ESPORTES COM PRANCHA PRATICADOS NO MAR
Por:
Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529-P/R
E-mail: lcmoraes@compuland.com.br
Portal: www.noticiasdocorpo.com.br
Data de Publicação: 8/06/2009
SURF – Equilíbrio
a Toda Prova em Cima de Uma Prancha

O
Começo de Tudo
No começo eram apenas umas pessoas se equilibrando em
cima de umas tábuas pegando onda como uma brincadeira
de criança. Houve um tempo que passou até ser um
símbolo de quem não tinha o que fazer o dia inteiro
na praia. Hoje, o Surf é um dos esportes mais praticados
conhecidos e reconhecidos no mundo inteiro. Conta com uma estrutura
fabulosa gerando renda para muita gente desde os atletas profissionais,
treinadores, imprensa, fabricantes de material esportivo e tudo
o mais.
Surf é quase sinônimo de Havaí porque foi
lá onde tudo começou e onde tem as ondas mais desafiadoras
do mundo. Surfar no Havaí e quase uma recompensa sem limite
como se fosse um batismo.
Pois bem. Quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago
do Havaí lá encontrou nativos canibais da ilha
Chuka-chuka deslizando nas ondas do mar em cima de pranchas rudimentares
de madeira.
O navegador gostou da idéia, mas a prática desse
esporte sofreu um atraso na sua divulgação de cem
anos impedido pelas igrejas protestantes. Somente em 1912 o esporte
ficou mundialmente conhecido quando o havaiano Duke Paoa Kahanamoku
ao vencer a prova de natação de 100 metros livre
pelos Estados Unidos declarou que era surfista passando a ser
o principal divulgador do esporte.
Na década de 50 o esporte caiu no gosto dos jovens californianos
popularizando-se na costa oeste americana.
O caminho natural seria o profissionalismo no mundo inteiro fato
que aconteceu a partir das décadas de 70 e 80. O campeonato
mundial é organizado pela ASP (Associação
de Surfistas Profissionais).
No Brasil
Foi com ajuda dos amigos João Roberto Suplicy Haffers
e Júlio Putz que o santista Osmar Gonçalves guiado
por um artigo da Revista americana “Popular Mechanic” fabricou
no início de 1939 uma prancha com 3,60 metros pesando
80 kg. As primeiras que aqui chegavam eram chamadas de “tábuas
havaianas”.
O Rio de Janeiro com suas praias maravilhosas tendo Copacabana
entre as mais famosas do mundo, não poderia estar fora
dessa história. Em 1952 com pranchas de madeirite um grupo
e cariocas liderado por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman
e Irencyr Beltrão começava a “pegar onda” nas águas
de Copacabana. Somente em 1964 é que as primeiras pranchas
de fibra de vidro chegaram ao Brasil importadas da Califórnia.
O Rio de Janeiro não perdeu tempo e fundou em julho de
1965 a Federação Carioca, primeira entidade do
país, mas somente em 1988 o Conselho Nacional de Desportos
reconheceu oficialmente o esporte ficando a cargo da Associação
Brasileira dos Surfistas Profissionais (ABRASP) a organização
do esporte e todo o país.
Rico de Souza
A história do desenvolvimento do surf no Brasil especialmente
no Rio de Janeiro também passa por Rico de Souza. Um apaixonado
pelo esporte cuja figura faz lembrar os tempos dos pranchões
em madeirite. Rico conquistou seis vezes o título nacional,
três deles na categoria pranchinha (1969/72/73), e os outros
três na categoria longboard (1987 / 88/ 89), além
do vice-campeonato mundial amador de longboard em 1988 e no Circuito
Mundial de Longboard da ASP em 1989. O surfista e empresário
contribuiu com iniciativas pioneiras no país. No início
dos anos 90, Rico inaugurou a primeira escola de surf do Brasil,
que está em funcionamento até hoje, além
de promover o Campeonato Brasileiro de Longboard desde 2002.
Rico se tornou especialista em pranchas longas tanto que é dele
o recorde mundial batido em novembro de 2008. Ele conseguiu surfar
com uma prancha de 9,16 m durante 10 segundos, tempo exigido
pelo Guinness Book para homologação do feito. Após
esse tempo a prancha de partiu em duas.
Este surfista carioca já havia escrito, e três ocasiões,
seu nome no mais famoso livro dos recordes ao colocar o maior
número de surfistas na mesma onda: 42 em 2005, 84 em 2007
e 100 em 2008 além da prancha anterior de 8,05 m. Rico,
com 57 anos em junho de 2009 é o idealizador do museu
itinerante do surf.
Ficar em pé em cima de uma prancha no mar não assim
tão fácil, imagine então fazer as manobras
mais alucinantes com toda intimidade com as ondas. O surfista
tem conhecer muito bem as marés, saber como elas se formam
e principalmente respeitar seus próprios limites, pois
o mar pode cobrar um preço muito alto pelas ousadias sem
limites. Muitos surfistas perderam a vida. Para melhor entender
as manobras acesse: www.ibrasurf.com.br/home/aulasdesurf/manobras.php
As Valências Físicas
É
claro que o primeiro passo é aprender não só a
nadar como ter grande habilidade e intimidade com o mar para
poder se defender nos imprevistos.
O surf desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia,
a agilidade, o raciocínio rápido, a coordenação
motora e a espacial, além da flexibilidade em toas as
articulações.
A Preparação Física.
A preparação física e técnica devem
andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante
até os profissionais. As diversas manifestações
da força podem ser desenvolvidas com a musculação
e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade
com aulas de alongamento. Outra boa opção são
as aulas com bola suíça que desenvolve o equilíbrio,
a coordenação e a propriocepção.
WINDSURF – A Arte de Surfar velejando

O
Começo de Tudo
...E foi assim. Alguém pensou unir as características
do surf com a arte de velejar principalmente em dias com poucas
ondas, ou águas tranqüilas que surgiu o Windsurf.
A idéia inicial foi do casal Newman e Naomi Darby na década
de 1960, mas como não levaram o projeto adiante em 1968
Hoyle Schweitzer e Jim Drake respectivamente empresário
surfista e engenheiro aeroespacial patentearam a idéia
batizando de windsurf.
O equipamento é simplesmente composto de uma prancha que
varia de tamanho que divide as categorias, um mastro preso em
uma base giratória, uma vela que também varia de
tamanho e o trapézio que permite variar as direções
com o surfista podendo mudar a qualquer momento de lado conforme
as manobras desejadas.
Como o ser humano está sempre em busca de aventura o windsurf
passou a não ser usado apenas para velejar tranquilamente
em águas calmas. Logo, logo os surfistas descobriram que
podiam fazer as mais variadas manobras voando e dando giros sobre
as ondas do mar. Para conhecer as manobras acesse: http://pt.wikipedia.org/wikiWindsurf
Não demorou muito também surgiram as categorias
permitindo os mais variados estilos, manobras e velocidade de
acordo com as características de construção
do equipamento dando acesso inclusive às crianças
que participam com um equipamento construído pensando
nelas.
Os Cuidados
Como qualquer modalidade esportiva o windsurf deve ser orientado
por profissionais do ramo e o ideal é aprender em escolas
apropriadas existentes em quase todas as regiões de
praia. Claro, é preciso sabe nadar, conhecer muito bem
não só o comportamento do mar e principalmente
do vento. Velejar, por exemplo, quando o vento estiver na direção
do mar pode ser perigoso se faltar experiência para voltar.
Preparação Física
O windsurf exige bastante das pernas, braços e especialmente
das costas. Por isso a preparação física
deve ser direcionada à resistência muscular desses
segmentos corporais completados com aulas de alongamento para
melhorar a flexibilidade em todas as articulações
principalmente das pernas. Se fosse apenas velejar não
seria tão complicado. O praticante deve estar preparado
fisicamente para enfrentar os contratempos como, por exemplo,
subir na prancha e levantar a vela novamente em pleno mar depois
de perder o controle numa rajada de vento mais forte ou numa
manobra mais arriscada. O treinamento com bola suíça
favorece o desenvolvimento da propriocepção que é a
capacidade de percepção do corpo no espaço
e tem tudo a ver com o equilíbrio e a ação
dos pequenos músculos mais profundos.
No Brasil
A Confederação Brasileira de Vela e Motor é a
entidade que organiza o esporte e a Associação
Brasileira de Windsurf normatiza, promove e divulga os eventos.
BODYBOARD – Brincando com
as ondas
Para variar surfar deitado numa
prancha os alfarrábios
não podiam deixar de citar o Havaí onde surgiu
a partir de um desporto conhecido por lá por paipo-board
praticado pelos nativos muito mais como uma brincadeira numa
prancha de madeira.
Como sempre acontece com a maioria dos esportes, alguém
observa uma atividade rudimentar, gosta, aperfeiçoa a
idéia e transforma em prática esportiva regulamentada.
Foi o que aconteceu com o bodyboard. Um surfista chamado Tom
Morey aperfeiçoou a idéia dos nativos construindo
uma prancha de espuma de polietileno, que os nativos chamavam
de paipo. Em 1974 na Califórnia começou uma pequena
produção cujos direitos foi, no ano seguinte comprada
por uma multinacional que passou a produzir em grande escala.
Por ser teoricamente mais seguro e acessível a um maior
número de pessoas que gostam de desafiar as ondas, mas
por diversas razões não conseguem ficar em pé na
prancha e no bodyboard o sujeito desce deitado e nunca desgruda
da prancha, o esporte cresceu assustadoramente no mundo inteiro.
Logo logo o desporto ganhou regras de prática, com manobras
oficiais que somam pontos e até permissão de uso
de nadadeiras (pé de pato) para facilitar a entrada e
a condução da direção como se fosse
um leme nas ondas. Um sistema de pontos avalia a dificuldade
e conjugação das manobras dentro da água
onde as mais conhecidas são os "loopings" que é o
giro em torno de si e o giro de 360° em torno do eixo da
prancha. Quando o atleta pega uma onda boa consegue dar vários "loopings" combinados
com giros de 360°.
Embora aparentemente mais fácil que surfar, o bodyboard
exige um bom preparo físico tanto do iniciante como dos
profissionais. A posição deitada com o peito aprumado
com os cotovelos apoiados na prancha segurando-a firmemente com
as mãos exige bastante da coluna lombar. São razões
mais que suficientes para aprender nas escolas existentes na
maioria das praias mais conhecidas.
As Valências Físicas.
O Bodyboard desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia,
a agilidade, o raciocínio rápido, a coordenação
motora e a espacial. Como qualquer atividade no mar o primeiro
passo é saber nadar muito bem e ter intimidade com as
ondas.
A Preparação Física.
A preparação física e técnica também
devem andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante
até os profissionais. As diversas manifestações
da força podem ser desenvolvidas com a musculação
e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade
com aulas de alongamento. Tal como o surf as aulas com bola suíça
desenvolve o equilíbrio, a coordenação e
a propriocepção. A atenção especial
deve ser dada ao reforço do abdome, os músculos
intercostais e os paravertebrais que formam a cinta protetora
da coluna lombar. Os alongamentos também devem ser priorizados
para esses grupos musculares.
No Brasil.
Como toda modalidade esportiva, em cada lugar, uma ou várias
pessoas com os mesmos pensamentos são responsáveis
por promover e/ou divulgar fazendo crescer o número de
adeptos. No Brasil apesar de ter chegado em 1978, somente dez
anos depois aconteceu o primeiro circuito de bodyboarding em
Guarujá e Florianópolis. O professor Marcus Cal
Kung foi o grande responsável pelo desenvolvimento do
bodyboard no Brasil e continua atuante escrevendo em sites, jornais
e revistas especializadas, ministrando palestras, fabricando
prancha e conduzindo sua escola na Barra da Tijuca no Rio de
Janeiro credenciada inclusive pelo CREF (Conselho Regional de
Educação Física). A CBRASB (Confederação
Brasileira de Bodyboard) organiza, rege e define as regras do
esporte em território nacional.
KITESURF – O
Surf Puxado por uma Pipa
Surfar fazendo manobras mirabolantes
em sintonia com as ondas já não era tão
interessante assim. Como o ser humano que ir mais além
que tal surfar sendo puxado por uma pipa aproveitando a força
do vento? As possibilidades de saltos e manobras espetaculares
são ainda maiores.
Foi o que fizeram dois irmãos franceses, Bruno e Dominique
Legaignoux em 1985 que inventaram o KiteSurf que significa
exatamente isso. Kite de pipa, e surf de navegar. Somente a
partir dos anos 90 é que o esporte ficou mais popular
e de lá para cá vem aperfeiçoando principalmente
a pipa no sentido de tornar o vôo mais controlável
permanecendo mais tempo no ar e melhorando a facilidade de
redecolar ao cair na água. Com isso já surgiram
vários modelos, formas e tecidos das talas (a pipa),
cada uma com finalidade diferente. Da mesma forma a prancha
tem vários modelos, tipos e forma de encaixar os pés.
Veja detalhes em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kitesurf
Cada uma dessas variações permite o atleta surfar
tranquilamente por águas calmas ou fazer manobras arrojadas
sobre as ondas dando saltos impossíveis de ser realizados
com os outros esportes de prancha na água.
As Valências Físicas.
O Kitesurf também desenvolve a capacidade aeróbia,
anaeróbia, a agilidade, o raciocínio rápido,
a coordenação motora e a espacial. Claro, é preciso
saber nadar bem e ter intimidade com o mar principalmente para
se safar na hora de um imprevisto.
A Preparação Física.
A preparação física e técnica também
devem andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante
até os profissionais. As diversas manifestações
da força podem ser desenvolvidas com a musculação
e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade
com aulas de alongamento. A preparação física
deve ser geral devido as características do esporte onde
o atleta deve ter domínio tanto do ato de surfar como
o controle da pipa no ato de voar, fazer manobras no ar, flutuar
e redecolar.
WAKEBOARD – Emoção
de surfar sendo puxado por uma lancha
Se não tem onda a
gente faz e não precisa de vento.
Isso mesmo. Em grandes lagos, rios ou mesmo em mar calmo para
se fazer onda nada melhor do que uma lancha. Aí é só amarrar
uma corda não elástica à lancha e em cima
de uma prancha sair deslizando e fazendo manobras aproveitando
a onda formada no rastro da lancha. Se a emoção
for pouca dá para construir rampas no meio do caminho
e saltar por cima dela. Isso é o Wakeboard que tem as
raízes no skurfing uma invenção do norte-americano
Tony Finn em 1979.
O esporte com toda essa emoção logo caiu nas graças
dos aficionados por mar, surf e todo tipo aventura no mundo inteiro
inclusive no Brasil. Os aperfeiçoamentos principalmente
das pranchas não pararam sempre na intenção
de melhorar o deslize aumentando a velocidade. Foi o que aconteceu
em 1988 com a invenção da Hyper XP criada pelo
norte-americano Herb O Brien e o havaiano Eric Perez. Depois
foi a vez da prancha Shapiro desenvolvida por Darin Shapiro.
No Brasil o esporte entrou em 1990, mas começou para valer
em 1997 com a oficialização pela ABW (Associação
Brasileira de Wakeboard), entidade responsável pela normatização
e organização dos campeonatos e Circuito Nacional.
Como não poderia deixar de ser o esporte é mais
popular nos estados de São Paulo, Distrito Federal, Rio
de Janeiro, Minas gerais, Rio Grande do Sul, Acre e Ceará.
CUIDADOS
Por ser um esporte de alto risco é preciso cuidados especiais.
Nas praias a prática deve ser adequada às leis
vigentes começando pela documentação do
barco e do navegador além dos locais permitidos pelos órgãos
competentes. Um choque com um banhista ou qualquer embarcação
as conseqüências podem ser trágicas. Mesmo
nos locais autorizados é preciso conhecer bem a profundidade
e saber se não existem pedras submersas. Vale ressaltar
também que um tombo na água em alta velocidade
machuca bastante exigindo uso correto dos equipamentos de segurança
além da perícia do atleta em como se comportar
nessa situação.
As Valências Físicas.
O Wakeboard desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia,
a agilidade, o raciocínio muito rápido, a coordenação
motora e a espacial. Claro, é preciso saber nadar bem
e ter intimidade com a água.
A Preparação Física.
A preparação física e técnica, tal
como os outros esportes na água, devem andar lado a lado
para qualquer nível, desde o iniciante até os profissionais.
As diversas manifestações da força podem
ser desenvolvidas com a musculação e/ou a ginástica
localizada assim como a flexibilidade com aulas de alongamento.
A preparação física deve ser geral com ênfase
da resistência e flexibilidade das pernas.