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Seg, 8/6/09 17:23

ATLETA OU NÃO TODO SER HUMANO SE SENTE ATRAÍDO PELOS ESPORTES COM PRANCHA PRATICADOS NO MAR

Por: Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529-P/R
E-mail: lcmoraes@compuland.com.br
Portal: www.noticiasdocorpo.com.br
Data de Publicação: 8/06/2009

SURF – Equilíbrio a Toda Prova em Cima de Uma Prancha

O Começo de Tudo
   No começo eram apenas umas pessoas se equilibrando em cima de umas tábuas pegando onda como uma brincadeira de criança. Houve um tempo que passou até ser um símbolo de quem não tinha o que fazer o dia inteiro na praia. Hoje, o Surf é um dos esportes mais praticados conhecidos e reconhecidos no mundo inteiro. Conta com uma estrutura fabulosa gerando renda para muita gente desde os atletas profissionais, treinadores, imprensa, fabricantes de material esportivo e tudo o mais.
Surf é quase sinônimo de Havaí porque foi lá onde tudo começou e onde tem as ondas mais desafiadoras do mundo. Surfar no    Havaí e quase uma recompensa sem limite como se fosse um batismo.
   Pois bem. Quando o navegador James Cook descobriu o arquipélago do Havaí lá encontrou nativos canibais da ilha Chuka-chuka deslizando nas ondas do mar em cima de pranchas rudimentares de madeira.
   O navegador gostou da idéia, mas a prática desse esporte sofreu um atraso na sua divulgação de cem anos impedido pelas igrejas protestantes. Somente em 1912 o esporte ficou mundialmente conhecido quando o havaiano Duke Paoa Kahanamoku ao vencer a prova de natação de 100 metros livre pelos Estados Unidos declarou que era surfista passando a ser o principal divulgador do esporte.
   Na década de 50 o esporte caiu no gosto dos jovens californianos popularizando-se na costa oeste americana.
   O caminho natural seria o profissionalismo no mundo inteiro fato que aconteceu a partir das décadas de 70 e 80. O campeonato mundial é organizado pela ASP (Associação de Surfistas Profissionais).


No Brasil
   Foi com ajuda dos amigos João Roberto Suplicy Haffers e Júlio Putz que o santista Osmar Gonçalves guiado por um artigo da Revista americana “Popular Mechanic” fabricou no início de 1939 uma prancha com 3,60 metros pesando 80 kg. As primeiras que aqui chegavam eram chamadas de “tábuas havaianas”.
   O Rio de Janeiro com suas praias maravilhosas tendo Copacabana entre as mais famosas do mundo, não poderia estar fora dessa história. Em 1952 com pranchas de madeirite um grupo e cariocas liderado por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão começava a “pegar onda” nas águas de Copacabana. Somente em 1964 é que as primeiras pranchas de fibra de vidro chegaram ao Brasil importadas da Califórnia.
   O Rio de Janeiro não perdeu tempo e fundou em julho de 1965 a Federação Carioca, primeira entidade do país, mas somente em 1988 o Conselho Nacional de Desportos reconheceu oficialmente o esporte ficando a cargo da Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais (ABRASP) a organização do esporte e todo o país.

Rico de Souza
   A história do desenvolvimento do surf no Brasil especialmente no Rio de Janeiro também passa por Rico de Souza. Um apaixonado pelo esporte cuja figura faz lembrar os tempos dos pranchões em madeirite. Rico conquistou seis vezes o título nacional, três deles na categoria pranchinha (1969/72/73), e os outros três na categoria longboard (1987 / 88/ 89), além do vice-campeonato mundial amador de longboard em 1988 e no Circuito Mundial de Longboard da ASP em 1989. O surfista e empresário contribuiu com iniciativas pioneiras no país. No início dos anos 90, Rico inaugurou a primeira escola de surf do Brasil, que está em funcionamento até hoje, além de promover o Campeonato Brasileiro de Longboard desde 2002.
   Rico se tornou especialista em pranchas longas tanto que é dele o recorde mundial batido em novembro de 2008. Ele conseguiu surfar com uma prancha de 9,16 m durante 10 segundos, tempo exigido pelo Guinness Book para homologação do feito. Após esse tempo a prancha de partiu em duas.
   Este surfista carioca já havia escrito, e três ocasiões, seu nome no mais famoso livro dos recordes ao colocar o maior número de surfistas na mesma onda: 42 em 2005, 84 em 2007 e 100 em 2008 além da prancha anterior de 8,05 m. Rico, com 57 anos em junho de 2009 é o idealizador do museu itinerante do surf.
   Ficar em pé em cima de uma prancha no mar não assim tão fácil, imagine então fazer as manobras mais alucinantes com toda intimidade com as ondas. O surfista tem conhecer muito bem as marés, saber como elas se formam e principalmente respeitar seus próprios limites, pois o mar pode cobrar um preço muito alto pelas ousadias sem limites. Muitos surfistas perderam a vida.    Para melhor entender as manobras acesse: www.ibrasurf.com.br/home/aulasdesurf/manobras.php


As Valências Físicas

   É claro que o primeiro passo é aprender não só a nadar como ter grande habilidade e intimidade com o mar para poder se defender nos imprevistos.
   O surf desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia, a agilidade, o raciocínio rápido, a coordenação motora e a espacial, além da flexibilidade em toas as articulações.

A Preparação Física.
   A preparação física e técnica devem andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante até os profissionais. As diversas manifestações da força podem ser desenvolvidas com a musculação e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade com aulas de alongamento. Outra boa opção são as aulas com bola suíça que desenvolve o equilíbrio, a coordenação e a propriocepção.

WINDSURF – A Arte de Surfar velejando

O Começo de Tudo
...E foi assim. Alguém pensou unir as características do surf com a arte de velejar principalmente em dias com poucas ondas, ou águas tranqüilas que surgiu o Windsurf. A idéia inicial foi do casal Newman e Naomi Darby na década de 1960, mas como não levaram o projeto adiante em 1968 Hoyle Schweitzer e Jim Drake respectivamente empresário surfista e engenheiro aeroespacial patentearam a idéia batizando de windsurf.
O equipamento é simplesmente composto de uma prancha que varia de tamanho que divide as categorias, um mastro preso em uma base giratória, uma vela que também varia de tamanho e o trapézio que permite variar as direções com o surfista podendo mudar a qualquer momento de lado conforme as manobras desejadas.
Como o ser humano está sempre em busca de aventura o windsurf passou a não ser usado apenas para velejar tranquilamente em águas calmas. Logo, logo os surfistas descobriram que podiam fazer as mais variadas manobras voando e dando giros sobre as ondas do mar. Para conhecer as manobras acesse: http://pt.wikipedia.org/wikiWindsurf
Não demorou muito também surgiram as categorias permitindo os mais variados estilos, manobras e velocidade de acordo com as características de construção do equipamento dando acesso inclusive às crianças que participam com um equipamento construído pensando nelas.

Os Cuidados
Como qualquer modalidade esportiva o windsurf deve ser orientado por profissionais do ramo e o ideal é aprender em escolas apropriadas existentes em quase todas as regiões de praia. Claro, é preciso sabe nadar, conhecer muito bem não só o comportamento do mar e principalmente do vento. Velejar, por exemplo, quando o vento estiver na direção do mar pode ser perigoso se faltar experiência para voltar.
Preparação Física
O windsurf exige bastante das pernas, braços e especialmente das costas. Por isso a preparação física deve ser direcionada à resistência muscular desses segmentos corporais completados com aulas de alongamento para melhorar a flexibilidade em todas as articulações principalmente das pernas. Se fosse apenas velejar não seria tão complicado. O praticante deve estar preparado fisicamente para enfrentar os contratempos como, por exemplo, subir na prancha e levantar a vela novamente em pleno mar depois de perder o controle numa rajada de vento mais forte ou numa manobra mais arriscada. O treinamento com bola suíça favorece o desenvolvimento da propriocepção que é a capacidade de percepção do corpo no espaço e tem tudo a ver com o equilíbrio e a ação dos pequenos músculos mais profundos.

No Brasil
A Confederação Brasileira de Vela e Motor é a entidade que organiza o esporte e a Associação Brasileira de Windsurf normatiza, promove e divulga os eventos.

 

BODYBOARD – Brincando com as ondas

   Para variar surfar deitado numa prancha os alfarrábios não podiam deixar de citar o Havaí onde surgiu a partir de um desporto conhecido por lá por paipo-board praticado pelos nativos muito mais como uma brincadeira numa prancha de madeira.
Como sempre acontece com a maioria dos esportes, alguém observa uma atividade rudimentar, gosta, aperfeiçoa a idéia e transforma em prática esportiva regulamentada. Foi o que aconteceu com o bodyboard. Um surfista chamado Tom Morey aperfeiçoou a idéia dos nativos construindo uma prancha de espuma de polietileno, que os nativos chamavam de paipo. Em 1974 na Califórnia começou uma pequena produção cujos direitos foi, no ano seguinte comprada por uma multinacional que passou a produzir em grande escala.
   Por ser teoricamente mais seguro e acessível a um maior número de pessoas que gostam de desafiar as ondas, mas por diversas razões não conseguem ficar em pé na prancha e no bodyboard o sujeito desce deitado e nunca desgruda da prancha, o esporte cresceu assustadoramente no mundo inteiro. Logo logo o desporto ganhou regras de prática, com manobras oficiais que somam pontos e até permissão de uso de nadadeiras (pé de pato) para facilitar a entrada e a condução da direção como se fosse um leme nas ondas. Um sistema de pontos avalia a dificuldade e conjugação das manobras dentro da água onde as mais conhecidas são os "loopings" que é o giro em torno de si e o giro de 360° em torno do eixo da prancha. Quando o atleta pega uma onda boa consegue dar vários "loopings" combinados com giros de 360°.
   Embora aparentemente mais fácil que surfar, o bodyboard exige um bom preparo físico tanto do iniciante como dos profissionais. A posição deitada com o peito aprumado com os cotovelos apoiados na prancha segurando-a firmemente com as mãos exige bastante da coluna lombar. São razões mais que suficientes para aprender nas escolas existentes na maioria das praias mais conhecidas.

As Valências Físicas.
   O Bodyboard desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia, a agilidade, o raciocínio rápido, a coordenação motora e a espacial.    Como qualquer atividade no mar o primeiro passo é saber nadar muito bem e ter intimidade com as ondas.

A Preparação Física.
   A preparação física e técnica também devem andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante até os profissionais. As diversas manifestações da força podem ser desenvolvidas com a musculação e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade com aulas de alongamento. Tal como o surf as aulas com bola suíça desenvolve o equilíbrio, a coordenação e a propriocepção. A atenção especial deve ser dada ao reforço do abdome, os músculos intercostais e os paravertebrais que formam a cinta protetora da coluna lombar. Os alongamentos também devem ser priorizados para esses grupos musculares.

No Brasil.
   Como toda modalidade esportiva, em cada lugar, uma ou várias pessoas com os mesmos pensamentos são responsáveis por promover e/ou divulgar fazendo crescer o número de adeptos. No Brasil apesar de ter chegado em 1978, somente dez anos depois aconteceu o primeiro circuito de bodyboarding em Guarujá e Florianópolis. O professor Marcus Cal Kung foi o grande responsável pelo desenvolvimento do bodyboard no Brasil e continua atuante escrevendo em sites, jornais e revistas especializadas, ministrando palestras, fabricando prancha e conduzindo sua escola na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro credenciada inclusive pelo CREF (Conselho Regional de Educação Física). A CBRASB (Confederação Brasileira de Bodyboard) organiza, rege e define as regras do esporte em território nacional.

KITESURF – O Surf Puxado por uma Pipa

   Surfar fazendo manobras mirabolantes em sintonia com as ondas já não era tão interessante assim. Como o ser humano que ir mais além que tal surfar sendo puxado por uma pipa aproveitando a força do vento? As possibilidades de saltos e manobras espetaculares são ainda maiores. Foi o que fizeram dois irmãos franceses, Bruno e Dominique Legaignoux em 1985 que inventaram o KiteSurf que significa exatamente isso. Kite de pipa, e surf de navegar. Somente a partir dos anos 90 é que o esporte ficou mais popular e de lá para cá vem aperfeiçoando principalmente a pipa no sentido de tornar o vôo mais controlável permanecendo mais tempo no ar e melhorando a facilidade de redecolar ao cair na água. Com isso já surgiram vários modelos, formas e tecidos das talas (a pipa), cada uma com finalidade diferente. Da mesma forma a prancha tem vários modelos, tipos e forma de encaixar os pés. Veja detalhes em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kitesurf
   Cada uma dessas variações permite o atleta surfar tranquilamente por águas calmas ou fazer manobras arrojadas sobre as ondas dando saltos impossíveis de ser realizados com os outros esportes de prancha na água.

As Valências Físicas.

   O Kitesurf também desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia, a agilidade, o raciocínio rápido, a coordenação motora e a espacial. Claro, é preciso saber nadar bem e ter intimidade com o mar principalmente para se safar na hora de um imprevisto.

A Preparação Física.
   A preparação física e técnica também devem andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante até os profissionais. As diversas manifestações da força podem ser desenvolvidas com a musculação e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade com aulas de alongamento. A preparação física deve ser geral devido as características do esporte onde o atleta deve ter domínio tanto do ato de surfar como o controle da pipa no ato de voar, fazer manobras no ar, flutuar e redecolar.

WAKEBOARD – Emoção de surfar sendo puxado por uma lancha

   Se não tem onda a gente faz e não precisa de vento. Isso mesmo. Em grandes lagos, rios ou mesmo em mar calmo para se fazer onda nada melhor do que uma lancha. Aí é só amarrar uma corda não elástica à lancha e em cima de uma prancha sair deslizando e fazendo manobras aproveitando a onda formada no rastro da lancha. Se a emoção for pouca dá para construir rampas no meio do caminho e saltar por cima dela. Isso é o Wakeboard que tem as raízes no skurfing uma invenção do norte-americano Tony Finn em 1979.
   O esporte com toda essa emoção logo caiu nas graças dos aficionados por mar, surf e todo tipo aventura no mundo inteiro inclusive no Brasil. Os aperfeiçoamentos principalmente das pranchas não pararam sempre na intenção de melhorar o deslize aumentando a velocidade. Foi o que aconteceu em 1988 com a invenção da Hyper XP criada pelo norte-americano Herb O Brien e o havaiano Eric Perez. Depois foi a vez da prancha Shapiro desenvolvida por Darin Shapiro.
   No Brasil o esporte entrou em 1990, mas começou para valer em 1997 com a oficialização pela ABW (Associação Brasileira de Wakeboard), entidade responsável pela normatização e organização dos campeonatos e Circuito Nacional. Como não poderia deixar de ser o esporte é mais popular nos estados de São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas gerais, Rio Grande do Sul, Acre e Ceará.

CUIDADOS
   Por ser um esporte de alto risco é preciso cuidados especiais. Nas praias a prática deve ser adequada às leis vigentes começando pela documentação do barco e do navegador além dos locais permitidos pelos órgãos competentes. Um choque com um banhista ou qualquer embarcação as conseqüências podem ser trágicas. Mesmo nos locais autorizados é preciso conhecer bem a profundidade e saber se não existem pedras submersas. Vale ressaltar também que um tombo na água em alta velocidade machuca bastante exigindo uso correto dos equipamentos de segurança além da perícia do atleta em como se comportar nessa situação.

As Valências Físicas.
   O Wakeboard desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia, a agilidade, o raciocínio muito rápido, a coordenação motora e a espacial. Claro, é preciso saber nadar bem e ter intimidade com a água.

A Preparação Física.
   A preparação física e técnica, tal como os outros esportes na água, devem andar lado a lado para qualquer nível, desde o iniciante até os profissionais. As diversas manifestações da força podem ser desenvolvidas com a musculação e/ou a ginástica localizada assim como a flexibilidade com aulas de alongamento. A preparação física deve ser geral com ênfase da resistência e flexibilidade das pernas.

 

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