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Dom, 12/7/09 21:25

MUITA ADRENALINA E EMOÇÃO É O QUE MOVE OS ESPORTES DE AVENTURA QUE PARECE NUNCA TER FIM

Por: Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529-P/R
E-mail: lcmoraes@compuland.com.br
Portal: www.noticiasdocorpo.com.br
Data de Publicação: 12/06/2009

PARAPENTE
   O que é aquilo lá no céu? Não é pássaro, não é avião, não é pára-quedas, não é Asa Delta. É Parapente! Um aeroplano cuja asa de sustentação inflável se assemelha a um pára-quedas sem a estrutura rígida suspenso por linhas onde o piloto viaja sentado com total controle de direção podendo ou não ser propelido por um motor. Pode-se dizer que é uma mistura de pára-quedas e asa Delta. A grande diferença entre os dois é a distância horizontal que se pode atingir a partir do ponto de salto. Característica conhecida por coeficiente de planeio do inglês L/D (Lift and Drag). Um parapente L/D 7 significa se a decolagem for de uma altura de 1 km, pode-se atingir 7 km o que não é possível com o para-queda tradicional. Na verdade, por conta das características da asa e condições meteorológicas é possível fazer um vôo ascendente, dar direção podendo ficar mais tempo no ar, ter total controle de pouso e com isso voar na horizontal por mais de 400 km.
   A prática desse esporte exige uma série de cuidados, tem regras sendo imprescindível fazer curso nas escolas autorizadas para adquirir habilitação tudo em nome da segurança. Qualquer falha pode significar a morte.

Para detalhes acesse: ABP (Associação Brasileira de Parapente) http://www.abp.esp.br/

Modalidades

Cross Country - O objetivo é voar certa distância e rota determinada pela comissão de prova no menor tempo possível. Cada piloto tem um GPS para se orientar e vence quem chegar primeiro. Nessa categoria inclui-se também a distância livre onde o piloto tenta ir o mais longe possível. Atualmente o recorde mundial está em mais de 400 km.

Acrobacias – Existe uma diferença fundamental entre manobrar e fazer acrobacia. A manobra é o domínio total e habilidade de voar. Para isso o piloto deve dominar a decolagem, o uso dos freios, as mudanças bruscas de direção a ascendência e a aterrizagem.
   As acrobacias são as manobras que fogem às características normais de vôo tais como girar em 360° com o eixo entre o piloto e a vela para frente e para trás, fazer um looping, fazer movimentos de pêndulo para os dois lados onde o piloto pode ficar até acima da vela, mudar e/ou desmanchar a aerodinâmica da vela provocando queda brusca de altitude com ou sem giro entre outras. Por força de norma as acrobacias devem ser executadas sobre a água e por pilotos experientes que devem seguir um aprendizado seqüencial do fácil ao difícil dominando em primeiro lugar todas as manobras para depois evoluir paras as acrobacias.

PÁRA-QUEDISMO
   Caracteriza-se por um esporte radical que consiste em saltar de uma aeronave ou precipício com o pára-quedas que fica fechado e dobrado de modo especial e no meio da queda livre se abre ficando inflado automaticamente ou por comando manual descendo suavemente. Existem vários modelos de pára-quedas sendo que os mais modernos permitem uma descida bem suave onde o pára-quedista consegue pousar em pé sem dificuldade. Os mais antigos, essencialmente militares, descia-se com mais velocidade exigindo técnica de rolamento para amortizar a aterrizagem.

A HISTÓRIA
   Vem desde a mitologia grega com Dédalo acalentado pelo antigo sonho do ser humano voar com asas de penas de pássaro coladas com cera.
   Em 1306 a idéia foi de chineses acrobatas se atirando de cima de muralhas com uma espécie de guarda-chuvas que amortecia a queda.
   Leonardo da Vinci em 1495 deu a idéia: "Se um homem dispuser de uma peça de pano impermeabilizado, tendo seus poros bem tapados com massa de amido e que tenha dez braças de lado, pode atirar-se de qualquer altura, sem danos para si". Ele não pulou, mas é considerado o projetista precursor do pára-quedas porque evoluiu a partir das suas idéias.
   Daí em diante o pára-quedas evoluiu primeiramente com armação que os mantinham abertos e depois com os tecidos mais leves e formatos em concha que os mantinham insuflados no ar chegando a ser largamente usados na segunda guerra mundial pelos alemães na conquista da ilha de Creta.

No Brasil
   Também foi através dos militares, depois passado aos civis que o pára-quedismo evoluiu até atingir a popularidade que tem hoje no país inteiro com diversas modalidades de competição.

Veja mais detalhes em: CBPq (Confederação Brasileira de Pára-quedismo) http://www.cbpq.org.br/

RAFTING
   Imaginem a sensação de descer corredeiras dentro de um bote inflável acompanhado de mais outras 8 a 10 pessoas. Apesar de aparentemente simples é preciso cuidado e de preferência ter passado por um curso com bons instrutores experientes. Para que a aventura se torne prazerosa é preciso saber nadar, se certificar que todo equipamento está disponível, se todos os parceiros estão cientes do perigo e qual a função de cada um dentro do bote, estar organizado e familiarizado com os comandos do líder que vai na parte de trás e saber qual o grau de dificuldade do trecho a ser percorrido.
Podem ocorrer quedas ou mesmo o bote virar. A equipe deve estar treinada para estas eventualidades.

A HISTÓRIA
   Todos os relatos levam ao século 19 na exploração da região central do Grand Canyon nos Estados Unidos quando uma equipe de aventureiros liderados pelo norte-americano John Wesley atravessou o rio Colorado com botes de madeira impulsionado a remo. Como primeira experiência tiveram muitas dificuldades e com o passar dos anos o bote passou por várias evoluções até chegar nos anos 50 aos de borracha que oferecem muita segurança, resistência a choques com os obstáculos e flexibilidade. No Brasil o esporte chegou na década de 80 explorando o Rio Paraíba do Sul e Paraibuna no estado do Rio de Janeiro e rapidamente se espalhou em todo o país devido a grande bacia hidrográfica que temos.

Outras informações
   O Rafting é dividido por categoria de acordo com o grau de dificuldade do trecho a ser percorrido e pode ser praticado também em águas tranqüilas como turismo. Para maior segurança quem quer apenas se divertir num fim de semana deve procurar agências que operam nesses locais. Quem deseja competir deve procurar os cursos.
   No Brasil o esporte é normatizado pela CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem).
Acesse: http://www.cbca.org.br/

VÔO LIVRE
   O Vôo livre abrange as modalidades de Parapente, já descrita, e Asa Delta.
A Asa Delta é o esporte que mais se aproxima do antigo sonho do homem voar como os pássaros pois consegue subir aproveitando as chamadas térmicas como fazem os urubus e planam como eles podendo ir para onde desejar, ficar longas horas no ar e escolher o local de pouso.
   É um tipo de aeronave construída com tubos de alumínio e uma vela de tecido fino e resistente. O formato aerodinâmico em forma de triângulo lembra a quarta letra do alfabeto grego chamada Delta que deu origem ao nome Asa – Delta. Para se decolar com segurança existem as rampas próprias com altitudes acima de 800 metros e são muitas em função da geografia cheia de serras que temos no Brasil.

A HISTÓRIA
   Vem desde 852 d.C. o registro da primeira asa-delta construída pelo árabe Abbas Ibn Firnas. Entretanto, o alemão Otto Lilienthal que já se dedicava à construção de planadores que ele mesmo testava em um monte nas proximidades de Berlim desde 1871 é considerado o pioneiro.
   Para chegar ao que hoje são as Asas-Delta as primeiras idéias vieram da tentativa de se construir pára-quedas direcionáveis. Primeiro passaram por aeronaves apoiadas em triciclo até serem aperfeiçoadas e seguras.

Outras informações
   O vôo livre só é seguro para quem se propõe a seguir todas as regras de segurança e procedimentos começando com o curso de pilotagem credenciado pela Associação Brasileira de Vôo Livre existente em várias cidades brasileiras. A entidade é a responsável pela normatização do esporte e orientação aos clubes que promovem os campeonatos. Acesse: http://www.abvl.com.br/
   Tal como o Parapente é possível ficar muitas horas no ar e viajar por mais de 400 km além do local de decolagem e escolher o local mais seguro para aterri

CANYONING
   Essa é uma atividade meio que parente, por assim dizer, da corrida de aventura. Imagine que você tenha uma direção em linha reta a seguir no meio da mata sabendo que não pode mudar porque está se guiando pela bússola e de repente tenha que transpor um rio entre despenhadeiro, Canyon. Como você está com uma equipe o mais fácil seria usar uma tirolesa, mas alguém vai ter que descer, e não vai ser sozinho, transpor o rio e subir do outro lado para fixar as cordas. Ou então a bússola indica uma direção e dá de cara com uma cachoeira. O que fazer? Não tem jeito. É encarar a aventura.

A HISTÓRIA
   A origem está na espeleologia, atividade de exploração de grutas e cavernas que na maioria das vezes ficam em lugares de difícil acesso. Daí os primeiros desbravadores desenvolveram técnicas para transpor as dificuldades caso a caso.
   Cada país tem as suas necessidades de conhecer o seu território explora-lo e domina-lo. Assim, segundo os alfarrábios relatam, o governo francês no início do século contratou Edouard Alfred Martel um explorador nato, para explorar e catalogar canyons, gargantas e cavernas entre os limites geográficos da França e Espanha. Martel acabou sendo reconhecido como precursor do canyonismo.
   No Brasil por ser um esporte ainda novo com pouco mais de 20 anos não é considerado atividade esportiva e sim recreativa embora já existam regras de competição. O maior incentivador e divulgador da atividade é um grupo chamado “H2Omem” que tem se encarregado de cadastrar as cachoeiras em mais de 12 estados brasileiros já tendo mapeado mais de 2000.

A COMPETIÇÃO
   Normalmente cada grupo recebe um trajeto e a exemplo das provas de carros de rali, as equipes são premiadas somando pontos por regularidade nos postos de controle. As equipes recebem mapas, coordenadas e com o auxílio da bússola e outras técnicas de orientação seguem seus rumos. Ganha quem fizer mais pontos e nem sempre é quem chega primeiro.

EQUIPAMENTOS
   Cada modalidade esportiva tem o seu material próprio e o canyonismo deve-se ter mais atenção ainda. A mochila, as roupas reservas, lanterna, pilha reserva, fósforos, sacos plásticos, alimentação seca nutritiva e de fácil digestão, cordas, mosquetão e tudo o mais deve ser minuciosamente checado para não ter surpresa desagradável no caminho. Embora os organizadores teoricamente saibam onde cada equipe está a falta de um equipamento pode complicar a aventura e até se perder. É bom que cada grupo tenha pelo menos uma pessoa experiente e se faça previsão de contratempos.

QUEM PODE PRATICAR
   Qualquer pessoa com espírito aventureiro, destemido e com um bom condicionamento físico. Pela lógica é bom começar com trechos pequenos de fácil transposição e ir aumentando o grau de dificuldade aos poucos.
Os militares principalmente do exército chamados infantes, da ativa ou não, e que tenham feito curso de sobrevivência na selva se entrar numa prova dessas tiram “de letra”. Ao contrário das competições de aventura e canyonismo no treinamento de selva a organização trabalha para atrapalhar, dispersar e fazer o grupo propositadamente se perder no meio do mato lançando bombas de efeito moral simulando um ataque inimigo. Se o grupo for coeso se espalha, se defende e depois se reúne outra vez guiado pelos pontos de referência marcados passo a passo. No canyonismo é mais fácil porque a organização trabalha para ajudar.

   O esporte vem crescendo no Brasil e em outubro de 2005 o VI encontro Brasileiro de canyonismo reuniu em Baenpendi, Minas Gerais mais de 80 pessoas. Quem deseja praticar esse esporte deve procurar as escolas especializadas nas diversas cidades brasileiras. Para mais informações sobre o canyonismo espeleologia e outros esportes de aventura e/ou radical acesse: http://oradical.uol.com.br/canyoning

 

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