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Ter, 13/1/09 10:52

GINÁSTICA CORRETIVA


ALTERAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL


Antes

Depois


   HIPERCIFOSE é aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser flexível ou irredutível.
    Podemos classificá-la como sendo postural, Scheuermann (osteocondrose espinhal), congênita, traumática , metabólica, inflamatória - mal de Pott (TBC), tumoral e outras.
   O aumento da curvatura cifótica promove alterações anatômicas ocasionando o dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento vertebral e pode ocorrer déficit respiratório, por reduzir a capacidade de sustentação da coluna vertebral e também a diminuição da expansibilidade torácica.
   A cintura escapular torna-se projetada à frente, com deslocamento das escápulas para baixo e para frente. A musculatura peitoral torna-se hipertônica e a dorsal hipotônica. A cabeça é projetada à frente da linha de gravidade, ocasionando uma hiperlordose cervical.
   Toda hipercifose, de um modo geral, tem sua lordose compensadora, cervical e lombar, para dessa forma poder manter a sustentação do corpo mesmo que descompensada.
   A cifose postural é muito comum na adolescência, tanto nos meninos como nas meninas. Estes adquirem maus hábitos no sentar, andando, estudando e até mesmo em pé. No adulto, em mulheres idosas, a cifose pode aparecer devido a osteoporose, cujas vértebras em conseqüência de uma rarefação ósseas, ficam fracas ou em forma de cunha.
Também localizamos a cifose na adolescência em meninos altos, como forma de inibir-esconder sua estatura, para não se destacar perante os colegas de mesma idade. As meninas com mamas muito grandes também adotam uma postura cifótica com o objetivo de escondê-las. No entanto, se estes adolescentes não receberem uma orientação a tempo e adequada, a cifose que inicialmente é postural, pode tornar-se estrutural.
   O tratamento para cifose postural apresenta bons resultados quando ainda não temos deformidades estruturais nos corpos vertebrais e o mesmo deve ser realizado ainda na fase de crescimento da criança.
   A cifose pode localizar-se na região dorsal, dorso-torácica e toracolombar. Neste último caso, encontraremos uma retificação da lordose lombar, contribuindo para a redução da mobilidade desta região.

   HIPERLORDOSE é aumento da curva na região cervical ou na região lombar, ou seja, acentuação da concavidade cervical e/ou lombar no plano sagital. A hiperlordose lombar está associada a uma anteversão da pelve (báscula pélvica anterior) que não deve exceder a 20º, pois angulações maiores que esta, já estará caracterizando uma acentuação da lordose lombar e consequentemente um realinhamento de todas as outras curvas da coluna para uma compensação.
   Estudos comprovam que a anteversão da pelve está associada a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que estão enfraquecidos e na musculatura lombar que se apresentará encurtada.
   Já a retificação da lordose lombar, está associada a retroversão da pelve, originando uma costa plana, com diminuição da mobilidade.
   A hiperlordose cervical é caracterizada pela proeminência da cabeça associada a hipercifose, caracterizando um pescoço mais alongado à frente. A retificação da lordose cervical caracteriza-se pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição da mobilidade cervical.
   A hiperlordose lombar é mais encontrada em mulheres devido aos saltos altos, ginástica olímpica e a própria postura feminina.

   ESCOLIOSE é um desvio assimétrico, lateral da coluna vertebral, resultado da ação de um conjunto de forças assimétricas que incidem sobre a coluna.
   Possui várias classificações, são elas: Idiopática (causa desconhecida) - infantil, juvenil e adolescente, Congênita - falha na formação dos ossos e na segmentação, Neuromuscular - poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular e outros, Traumas - fraturas, cirurgias e queimaduras, Fenômenos irritativos - tumores medulares, hérnia-de-disco e posturais - má postura "falsa escoliose".
   O termo idiopática é usado pelos médicos para designar qualquer doença, desvio postural que tem causa desconhecida, que não apresenta nenhuma anormalidade óssea ou neuromuscular.
   Uma curva escoliótica pode evoluir até 18 anos, no entanto deve ser realizado pelo médico responsável um exame que verifica a idade óssea e se ainda há crescimento. Enquanto houver crescimento a curva poderá evoluir.
   A escoliose pode apresentar suas curvas em uma única curvatura ou mais. Apresentam convexidades para a esquerda ou para a direita, abrangendo uma ou mais regiões da coluna. Quando apresentam curvas compensatórias formam um "S" ou um "S invertido". Foram definidas por Cobb como sendo Primárias (maiores - as primeiras) ou secundárias (menores - curvas de compensação). A curva primária é a que determina as alterações da estrutura óssea ligamentar, nervosa e muscular no segmento da coluna onde ela se localiza, portanto é a curva em que devemos dar maior ênfase em nossos alongamentos e exercícios de compensação.
   A curva primária tende a se tornar estruturada quando não compensada no início através de alongamentos, podem tornar oblíquas as linhas horizontais do olho e da pelve, obrigando a pessoa a adotar uma posição antifisiológica para compensar essa obliquidad. A secundária, como são curvas menores e apenas de compensação são mais flexíveis e fáceis de serem corrigidas. No entanto, não podemos nos esquecer que, quanto maior a curva primária, maior a secundária.
   As alterações anatômicas que podemos encontrar em uma coluna escoliótica são: rotação vertebral , saliência nas costelas, encurtamento vertebral e gibosidades.
   Podemos encontrar a escoliose na região cervical, torácica, toracolombar, lombar ou abranger toda a extensão da coluna formando um grande "C".
   Para sabermos se a curva da escoliose é uma curva estrutural ou funcional, fazemos uma flexão lateral contra a concavidade da curva, ou seja, uma inclinação para o lado da convexidade. Se no movimento a curva retificar, poderemos afirmar que ela é funcional, se não retificar, estrutural.

    COSTA PLANA é um desequilíbrio que se caracteriza pela retificação das curvas
fisiológicas, ou seja, diminuição das angulações das lordoses lombar e cervical e das cifoses dorsal e sacral. Diante deste desequilíbrio, as curvaturas responsáveis pela dissipação das forças proveniente da ação da gravidade são diminuídas, e consequentemente ocorrerá em determinados pontos da coluna, uma maior incidência de sobrecarga, ocasionando dores, perda da mobilidade e um desequilíbrio postural geral como forma de compensação.
   Com a retificação das curvas surge o dorso achatado com tendência a se tornar rígido e dores dorsais refratárias.
Para este desequilíbrio, necessitamos readquirir a mobilidade, promover alívio das dores, e aumento das curvas fisiológicas.


Profª Ms. Érica Verderi - FEFISO/ACM
verderi@cy.com.br
Site: www.programapostural.com.br

 

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