Benefícios da
Hidroginástica Deep-Water no Período Gestacional
Alessandra Paula Machado de Faria
Nathália Sant’Ana de Menezes
Tâmara Teles Araújo Reis
Publicado em 30/06/2010
INTRODUÇÃO
A hidroginástica começou a se tornar uma
atração universal para os entusiastas da
aptidão física por causa de sua versatilidade,
que varia da reabilitação a uma aplicação
de exercícios gerais. Pessoas de todas as idades
e níveis de condicionamento físico estão
aptas a praticar a hidroginástica, pois a água é um
ambiente seguro e afetivo para a prática de exercícios
(BONACHELA, 1999).
A hidroginástica, por ser uma atividade que atende
uma infinidade de pessoas, vem sendo muito procurada
por suas respostas expressiva e objetiva. Esta procura
vem ocorrendo cada vez mais por indicação
médica, indicação de amigos e até mesmo
por uma curiosidade pessoal, por ser uma atividade que
além de “curar”, dá prazer
e estimula as pessoas a progredir na vida como um todo.
Hoje, a hidroginástica tem uma clientela bastante
diversificada, dentre elas a Gestante que procura a hidroginástica,
pois a diminuição relativa do peso corporal
na água, já é uma grande vantagem.
Essa “falta de peso” ocasionado pela força
do empuxo alivia a gestante de sobrecarga nas articulações
e coluna fazendo com que ela se sinta livre e solta,
além de ter sua barriga integralmente massageada
pela água através da pressão hidrostática
(ROCHA, 1999).
Á
gua e exercício físico é uma combinação
saudável que sempre deu certo. Aqueles que não
se sentem bem numa sala de ginástica, ficam bem à vontade
dentro da piscina fazendo hidroginástica (BONACHELA,
1999).
Segundo Primo (2008) existem algumas modalidades de hidroginástica,
as mais praticadas são a Shallow-Water que é realizada
em águas rasas e a Deep-Water que é realizada
em águas profundas em suspensão com a ajuda
de um colete e acessórios necessários para
garantir a manutenção da flutuação
do corpo e sobrecarga de trabalho, enquanto se prática
exercícios e deslocamentos sem que seja necessário
mergulhar a cabeça ou saber nadar, bastando ao
aluno apenas ser adaptado ao meio líquido. Alunos
mais avançados dispensam o uso de coletes flutuadores,
o que proporciona um trabalho muito mais intenso.
Cada modalidade de hidroginástica pode garantir
vantagens e benefícios a seus praticantes, associando
sua prática aos benefícios do meio líquido.
Dessa forma, o objetivo desse trabalho é conhecer
os benefícios que a modalidade da hidroginástica
conhecida como Deep-Water (com utilização
do colete), pode beneficiar a gestante na manutenção
de sua saúde e qualidade de vida até o
momento do parto.
Segundo Chaves Netto (2004) a gravidez é a conseqüência
da fecundação do óvulo por um espermatozóide
gerando um zigoto. Após sua implantação
no útero feminino, retirará dele seus nutrientes
para poder se desenvolver e se tornar um novo ser, a
partir desse momento ocorre mudanças importantes
e contínuas no corpo para adaptações
dessa nova fase.
REVISÃO DE
LITERATURA
Atividades e exercícios físicos: benefícios
São inúmeras as razões pela quais
deve-se exercitar regularmente: recomendação
médica, aparência física, condicionamento
físico, convívio social, competição
e principalmente para sentir-se bem (GUISELINI, 2006).
O exercício físico é um poderoso
remédio, muito diferente de qualquer pílula
disponível. A atividade física pode ser
eficiente na prevenção e no tratamento
de uma ampla variedade de distúrbios que afetam
homens e mulheres (NIEMAN, 1999).
O exercício físico é toda atividade
física planejada, estruturada e repetitiva, que
tem por objetivo a melhoria e manutenção
de um ou mais componentes da aptidão física
(GUISELINI, 2006). A literatura especializada faz referência
a várias definições de exercício
físico, relacionando-o com saúde, desempenho,
aprendizagem de habilidades motoras, recuperação,
ou seja, objetivos específicos de cada tipo de
exercício. Define-se exercício físico
como “a prática sistemática de um
ou mais movimentos básicos, realizados para atingir
um objetivo pré-estabelecido” (GUISELINI,
2006). Já atividade física é todo
movimento corporal voluntário humano, que resulta
num gasto energético acima dos níveis de
repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e
pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento
inerente ao ser humano com características biológicas
e sócio-culturais (CONFEF, 2002).
Os exercícios no solo oferecem muitos benefícios,
mas quase sempre eles vêm acompanhados por impactos,
superaquecimento, transpiração e sensação
de exaustão. Exercícios na água
permitem que se alcance os excelentes benefícios
dos exercícios, com a vantagem de eliminar alguns
efeitos colaterais (SOVA, 1998).
Exercícios aquáticos
A atividade aquática é muito antiga. Era
praticada pelos romanos e gregos e acontecia em piscinas
públicas onde as pessoas se reuniam para sessões
de hidroterapia. Na Grécia antiga isso era tão
comum quanto à sauna e proporcionava bastante
bem-estar (PRIMO, 2008).
Advinda da hidroterapia e evoluindo para uma prática
física mais intensa e com a temperatura da água
variando entre 28º e 30º (AEA, 2001) a hidroginástica,
chega ao Brasil como uma atividade derivada da ginástica
aeróbica, porém no meio líquido
com o objetivo de evitar as lesões, principalmente
de joelhos, ocasionadas por essa atividade. Começou
a ser difundida aproximadamente há 20 anos e atualmente é bastante
divulgada e praticada em clubes, academias de ginástica,
universidades, para as mais diversas faixas etárias,
inclusive fazendo parte do programa de treinamento de
diversas modalidades esportivas (BONACHELA, 1999).
Desde a sua “criação” o desenvolvimento
da hidroginástica foi dividido em dois estilos
caracterizado por tocar ou não os pés no
fundo da piscina: Hidroginástica Shallow-Water
que toca os pés no fundo da piscina e Hidroginástica
Deep-Water que não toca os pés no fundo
da piscina.
A Shallow-Water é um programa de exercícios
aquáticos praticados na parte rasa da piscina,
com pés tocando no fundo da piscina ou em suspensão,
sendo composta de movimentos rítmicos, coreografados
ou não, utilizando-se o efeito da resistência
e flutuação da água com ou sem auxílio
de acessórios, como sobrecarga de trabalho (PRIMO,
2008).
A Deep-Water é uma modalidade d Hidroginástica,
feita na parte funda da piscina com a ajuda de um colete
e alguns acessórios, que garantem a manutenção
da flutuação do corpo e sobrecarga de trabalho
enquanto se pratica exercícios e deslocamentos.
Durante a aula de Deep-Water não é necessário
mergulhar a cabeça ou saber nadar (quando se utiliza
o colete), o grande desafio é a adaptação
da posição adequada para os exercícios
com equilíbrio e coordenação, que
geralmente são superados em no máximo 1-2
meses de aula. O trabalho do Deep-Water é feito
praticamente sem impacto, proporcionando grandes benefícios
em flexibilidade, amplitude articular, condicionamento
físico geral e força. Como não há necessidade
de tocar os pés no chão, há redução
do impacto e estresse nas articulações
dos quadris, joelhos, tornozelos e pés. A fim
de movimentar tais articulações é necessário
flexionar e estender os tornozelos (PRIMO, 2008).
Segundo Primo (2008) o estilo de Hidroginástica
Deep-Running, introduzida nos EUA em meados dos anos
90 com o propósito de reabilitar maratonistas
lesionados, evitando perdas no treinamento, com o tempo
foi adaptada para treinamentos de hidroginástica
incluindo outros exercícios além das corridas.
Estudiosos como Dr. Luiz Fernando Kruel, Ricardo Mendes
e Roberta Rosas desenvolveram excelentes trabalhos tanto
em águas rasas (Shallow-Water), quanto em águas
profundas (Deep-Water), fazendo dissiminar em todo Brasil
a propagação desta maravilhosa atividade.
Praticar hidroginástica regularmente melhora todos
cinco componentes do condicionamento físico: condicionamento
aeróbico, força muscular, resistência
muscular, flexibilidade e composição corporal
(SOVA, 1998).
Segundo estudo de Gonçalves R. e Gonçalves
B. (2009) mostrou que dentre os motivos mais relatados
que levam às pessoas a procura da Hidroginástica
estão: melhorar o condicionamento físico,
benefícios psicológicos, socialização,
gravidez (facilitar na hora do parto) e qualidade de
vida, nesta ordem.
Alguns autores como (BONACHELA, 1999; NORM et al., 1998;
ROCHA, 1999) citam vários benefícios da
prática da hidroginástica, dentre eles:
melhora do condicionamento físico geral, emagrecimento,
melhora força e postura, melhora a amplitude articular,
melhora a flexibilidade, equilibra a pressão arterial,
combate ao estresse, aumenta a capacidade respiratória,
ativa a circulação, alivia dores na coluna
lombar, as articulações sofrem mínimo
impacto, melhora os aspectos físicos, mentais
e psicológicos.
Na água, o aluno é capaz de exercitar-se
com mais conforto. A flutuação proporciona
alivio do peso corporal e a força da gravidade é contra
balanceada pela flutuação através
do empuxo (BONACHELA, 1999).
Assim, a hidroginástica é indicada e requisitada
não só por pessoas “sadias”,
mas, por grupos especiais para trabalhos de reabilitação
e tratamento de problemas musculares, articulares, cardíacos,
etc. Dentro dos grupos especiais, a gestante irá fazer
parte do nosso estudo, pois a hidroginástica irá propiciar
benefícios que irão atuar diretamente auxiliando
na melhora das alterações decorrentes do
período gestacional.
A hidroginástica proporciona que a gestante tenha
uma adaptação especial atendendo suas necessidades,
já que durante este período a mulher passa
por uma série de modificações orgânicas
e psicológicas que a torna diferente das outras
mulheres. A prescrição de exercícios
para gestantes baseia-se nos conhecimentos de que a prática
de exercícios faz bem em qualquer estado e fase
da vida (BARROS, GHORAYEB, 1999). Normalmente as atletas
e as pessoas que se exercitam, obtém maiores benefícios
e afastam as complicações relacionadas à gravidez
e ao parto, por estarem ativas e melhorando o condicionamento
físico geral (FOSS et al., 2000; BARROS et al.,
1999; ARTAL et al., 1999). Em função de
uma grande procura desta atividade no período
de gestação, que se dá, na maioria
das vezes, por recomendação médica,
se fez necessário criar um novo método
adaptado à “ginástica” e à gestante
a um trabalho no meio líquido que traz muitos
benefícios à mulher e ao bebê, proporcionando
melhores condições para o crescimento fetal
dentro do útero até o nascimento (ROCHA,
1999).
Gestação e suas alterações
Segundo
Artal et al., (1999, p. 9): A gravidez distingui-se por
vários ajustes fisiológicos
e endócrinos direcionados a criação
de um ambiente ideal para o feto. Todo sistema orgânico
da gestante bem com sua personalidade são intimamente
envolvidos nesse processo complexo.
A gravidez induz alterações profundas
na anatomia e fisiologia maternas em repouso e durante
o exercício físico envolvendo todos os
sistemas (metabólico, termorreguladores, bioquímicos,
anatômicos e psicológicos, sistema locomotor
(neuromusculoesquelético); sistema gerador de
energia (gastrintestinal, respiratório, cardiovascular);
sistema de eliminação (trato urinário,
pele); sistema endócrino) (ZIEGEL et al., 2008;
BARROS, GHORAYEB, 1999; POWERS, HOWLEY, 2005).
Artal et al. (1999) descreve que na gestante as mudanças no sistema
reprodutor precisam ser apoiadas por ajustes secundários de outros sistemas.
Tais ajustes não constituem uma ameaça à saúde
da mãe se forem atingidas adequadamente. As modificações
principais e mais visíveis no período gestacional ocorrem no útero,
tais como o seu aumento, a distribuição e modificação
das fibras musculares, a contratilidade aumentada no decorrer da gestação,
a forma, posição e aumento da circulação sanguínea
(BARROS, GHORAYEB, 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
Em relação ao sistema músculo-esquelético, o abdômen
protuso, marcha gingada e lordose exagerada, são aspectos normais de
uma gestação. Apesar do útero não pertencer ao
sistema músculo-esquelético ele é o principal responsável
pelas alterações na estática e dinâmica deste sistema
na gestante. Todas essas mudanças causam grande instabilidade motora,
mudança de centro de gravidade e para estabilizar o corpo, é exigida
uma alta carga dos músculos e ligamentos da coluna. A modificação
postural é um mecanismo compensatório, que tende a minimizar
os efeitos ligados ao aumento de massa e distribuição corporal
na gestante. Por exemplo, a hiperlordose lombar decorrente da distensão
dos músculos da parede abdominal e á projeção do
corpo para frente (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
Com relação ao sistema neurológico, a literatura ainda é escassa,
mas demonstra que na gestante ocorrem alterações nos sentido
de percepção, na visão (justificativa para não
prescrição de correções ópticas neste período),
no paladar e olfato (aguçamento e/ou borramento), que podem ser os responsáveis
pelos desejos e/ou aversões por certos tipos de alimentos, tempo de
reação e força de membros superiores (principalmente para
movimentos rápidos, provoca implicações em segurança
para o trabalho e exercício). Existe evidência de alterações
até nas atividades emocionais e cognitivas mais sofisticadas, provocando
tendência à insônia, labilidade emocional, ansiedade e funções
cognitivas que são ligeiramente prejudicadas (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL,
GRANLEY, 2008).
Os sistemas geradores de energia funcionam em maior potência durante
a gestação para suprir as necessidades basais da mãe e
do feto. O custo energético da gravidez é estimado em aproximadamente
300 Kcal/dia. Essa quantidade é necessária para suprir o crescimento
e desenvolvimento do feto, síntese de tecido materno como útero,
mamas, gordura e compensação do metabolismo aumentado. Para atender
a esse custo de energia, o organismo toma partido de duas formas, aumento da
ingestão de alimentos e redução do gasto de energia. Mesmo
a gestante sem restrições alimentares aumenta o consumo de alimentos
em média de 150 a 300 Kcal, e diminui o nível de atividade física,
por vários fatores sendo os principais a falta de estabilidade motora
e aumento dos hormônios. É imprescindível que haja uma
adequada ingestão das necessidades calóricas, para que não
haja catabolismo protéico. O ideal é ficar atento ao ganho de
peso durante o período que deve ser em media de 11 kg, em toda a gravidez
(ARTAL et al., 1999; FOSS, KETEYAN, 2002).
A principal alteração no sistema gastrintestinal no período
gestacional é a redução de sua atividade. No decorrer
da gestação, o estômago e os intestinos se deslocam para
dar espaço ao útero em crescimento, tais alterações
podem favorecer o refluxo gastroesofágico, indigestão e regurgitações
frequentes. Ocorre a redução no tônus do trato gastrintestinal,
o que resulta em prolongamento do tempo do esvaziamento gástrico e retardo
do transito intestinal, resultando em fezes duras, secas e difíceis
de expelir (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
No sistema respiratório, as alterações são extensas
e inclui alterações anatômicas e funcionais. As mudanças
ocorrem precocemente por influência hormonal, antes mesmo que o crescimento
do útero prejudique a ventilação. A redução
da capacidade pulmonar total (CPT) mostra pouca alteração (redução
de aproximadamente 300 ml) apesar do espaço ocupado pelo útero
durante a gestação. A elevação do diafragma em
aproximadamente quatro cm, provocada por alargamento das costelas inferiores
e do ângulo subcostal é compensada pelo diâmetro transversal
crescente do tórax, o resultado é que a cavidade torácica
não é reduzida, mais pode ser aumentada em até 300 ml.
O centro respiratório tem um limiar reduzido para PCO2 (concentração
de CO2 no sangue) e sensibilidade elevada para qualquer aumento de PCO2, isso
resulta que quando existe um determinado aumento em PCO2, a taxa de ventilação
pulmonar é aproximadamente quatro vezes maior durante a gravidez, mas
esse aumento de ventilação é atingido pela respiração
mais profunda e não mais freqüente (ARTAL et al., 1999; FOSS, KETEYAN,
2002; GHORAYEB et al., 1999).
As alterações no sistema cardiovascular ocorrem para suprir as
necessidades de fornecer maiores quantidades de oxigênio e combustível
para todos os órgãos. O desempenho cardiovascular aumenta mais
do que o fisiologicamente necessário, o que está relacionado
pela elevação do consumo de oxigênio. Um dos aspectos aumentados é o
débito cardíaco que aumenta aproximadamente 40%, enquanto a massa
corporal a ser suprida pelo sangue materno é de apenas 13%. O principal
aumento do débito cardíaco ocorre no início da gravidez,
no final do primeiro trimestre, e atinge o máximo em torno do final
do segundo trimestre, seguido em tempo e magnitude pelo aumento do volume sanguíneo,
que é resultante de uma elevação no volume plasmático
e do volume de eritrócitos. Essa alteração tem um efeito
dilucional nas hemácias, sendo que a mesma não interfere na distribuição
de oxigênio, mostrando exatamente que o transporte de oxigênio
aos tecidos é até maior que o necessário. O que contribui
para esse aumento são os dois componentes do débito cardíaco,
o volume de ejeção e a freqüência cardíaca,
sendo que a última aumenta principalmente no início da gravidez
e pode alcançar até 20 bpm (batimentos por minuto) acima do estado
não-gravídico (FOSS, KETEYAN, 2000; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
Em relação ao sistema metabólico que é aumentado
durante a gestação, induz a produção de subprodutos
pelo organismo, resultando em elevação do calor e produção
de produtos de degradação, que precisam ser eliminados. As alterações
decorrentes da gestação, na pele, nos rins e na função
termorregulatória facilitam essas funções. O corpo utiliza
quatro formas para dissipação de calor: radiação,
condução, convecção e evaporação.
A gestante necessita de muita vigilância durante os exercícios,
porque nem todas as formas são totalmente eficientes. (ARTAL et al.,
1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
Para Artal et al., (1999, p.17):
O
mecanismo de radiação e o de condução
são eficazes apenas sob certas condições
em que a temperatura ambiente é menor do que a
da pele. Caso contrário, a única forma
pela qual o corpo pode se livrar do calor é por
evaporação.
O calor é produzido principalmente
no centro do corpo e necessita ser conduzido até a
pele, para que sua eliminação seja eficaz.
Deve levar em conta o tecido subcutâneo, rico em
gordura, que é um isolante térmico eficiente
e pode prejudicar a condução direta. A
rede capilar da pele é utilizada como um radiador
para o corpo e o sangue funciona como refrigerador, e
as glândulas
sudoríparas são os meios na exploração
do mecanismo de evaporação como perda de
calor. A hiperemia da pele decorrente durante o período
gestacional ocasiona aumento da atividade das glândulas
sebáceas e sudoríparas, conseqüentemente
o aumento da sudorese, para a gestante esse processo é dificultado
devido a maior concentração de gordura
corporal (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
O feto depende totalmente da mãe para sua dissipação
de calor. Qualquer aumento na temperatura central materna
se reflete imediatamente em elevação da
temperatura fetal, podendo causar “defeitos” no
tubo neural da criança (ARTAL et al., 1999).
Os rins conseguem manter uma capacidade funcional grande,
visto que se pode sobreviver com apenas um rim e ainda
recuperar a função renal a níveis
normais. Portanto, a gestante consegue atender à sua
demanda e do feto de depuração e eliminação
dos produtos de degradação adicionais.
Para isso os rins aumentam sua capacidade funcional durante
o período gestacional, aumentam de tamanho e peso
e seu sistema coletor se dilata. Mas apesar dessa capacidade
funcional estar aumentada, a eliminação
de constituintes do organismo é muito grande principalmente
de aminoácidos, glicose e vitaminas hidrossolúveis
(ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
Mudanças significativas no perfil endócrino
ocorrem durante a gestação, destacando-se
quatro hormônios que desempenham um papel fundamental
para a mãe e para o feto. Dois desses são
os hormônios sexuais femininos estrogênio
e progesterona, os quais são secretados pelo ovário
durante o ciclo menstrual normal, passando a ser secretados
em grandes quantidades pela placenta durante a gestação.
Outros dois importantíssimos são: a gonodotrofina
coriônica e a somatomamotropina coriônica
humana (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
- Estrogênio - As principal funções
do estrogênio são promover: proliferação
de determinadas células, aumento da vagina, desenvolvimento
dos grandes e pequenos lábios, crescimento de
pelos pubianos, alargamento pélvico, crescimento
das mamas e de seus elementos glandulares, além
de deposição de tecido adiposo em áreas
específicas femininas, tais como coxas e quadris,
ou seja, o estrogênio é responsável
por desenvolver as características sexuais femininas.
Durante as primeiras 15-20 semanas de gravidez o corpo
lúteo, responsável pela secreção
do estrogênio e da progesterona, aumenta a secreção
desses dois hormônios em duas a três vezes
o que é normal, porém após a décima
sexta semana a placenta passa a secretar esses hormônios,
aumentando de forma drástica sua produção
e fazendo com que a secreção de estrogênio
fique cerca de 30 vezes maior que o normal. Durante a
gravidez o estrogênio provoca uma rápida
proliferação da musculatura uterina, aumento
acentuado do crescimento do sistema vascular para o útero,
dilatação do orifício vaginal e
dos órgãos sexuais externos e relaxamento
dos ligamentos pélvicos, permitindo assim uma
maior dilatação do canal pélvico
o que facilita a passagem do feto no momento do nascimento.
O estrogênio também é responsável
por uma maior deposição de tecido adiposo
nas mamas (algo em torno de ½ quilo) fazendo com
que elas cresçam, aumentando o número de
células glandular e tamanho dos ductos (ARTAL
et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
- Progesterona - Ao contrário do estrogênio,
a progesterona praticamente não exerce influência
sobre as características sexuais femininas, mas
sim sobre o preparo do útero para receber o óvulo
fertilizado e da mama para secreção do
leite. Durante a gestação, a progesterona
atua disponibilizando para o uso do feto, nutrientes
que ficam armazenados no endométrio. A progesterona
também é responsável pelo efeito
inibidor da musculatura uterina, uma vez que se isso
não ocorresse, as contrações expulsariam
o óvulo fertilizado ou até mesmo o feto
em desenvolvimento. As mamas também recebem influência
da progesterona, fazendo com que os elementos glandulares
fiquem ainda maiores e formem um epitélio secretor,
promovendo a deposição de nutrientes nas
células glandulares (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL,
GRANLEY, 2008).
- Gonodotrofina coriônica - A função
desse hormônio é manter ativo o corpo lúteo
durante o primeiro trimestre. Sem o corpo lúteo
em atividade a secreção de progesterona
e estrogênio seria afetada e assim o feto cessaria
seu desenvolvimento e seria eliminado dentro de poucos
dias. Após o primeiro trimestre a remoção
do corpo lúteo já não afeta mais
a gravidez, uma vez que a placenta fica responsável
pela secreção de estrogênio e progesterona
em quantidades muito elevadas. A concentração
máxima de gonodotrofina coriônica acontece
aproximadamente na oitava semana, justamente o período
que é essencial impedir a evolução
do corpo lúteo (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY,
2008).
- Somatomamotropina coriônica humana - Esse hormônio é responsável
principalmente pela nutrição adequada do
feto, diminuindo, dessa forma, a utilização
da glicose pela mãe e tornando-a disponível
em maior quantidade para o feto. Ocorre também
uma mobilização aumentada de ácidos
graxos do tecido adiposo materno, elevando a utilização
dos mesmos como fonte de energia em lugar da glicose.
Outro efeito desse hormônio é auxiliar o
crescimento fetal, efeito esse, semelhante ao do hormônio
do crescimento, contudo esse efeito é relativamente
fraco (ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
A maioria das glândulas endócrinas é alterada.
A exemplo disso temos a tireóide também
afetada, aumentando assim os efeitos do hipertireoidismo,
causando sintomas como: taquicardia, palpitações,
respiração excessiva, instabilidade emocional
e aumento da glândula tireóide. Mas em apenas
0,08% das gestantes ocorre realmente o hipertireoidismo. É comum
ocorrer aumento dos hormônios adrenais, o que provavelmente
pode contribuir para o surgimento de estrias róseas
de pele. Níveis aumentados de glicocorticóides,
estrogênios e progesterona modificam o metabolismo
da glicose aumentando assim a necessidade de insulina.
A insulinase produzida pela placenta pode afetar as necessidades
de insulina provocando em muitos casos a diabetes gestacionais
(ARTAL et al., 1999; ZIEGEL, GRANLEY, 2008).
Com relação às alterações
psicológicas, alguns autores (COLMAN, A; COLMAN,
L, 1971; MELEM, 1997) relatam que o primeiro trimestre
de gravidez é a fase da fraqueza e fadiga emocional,
na qual a depressão e agitação se
alternam, a gestante apresenta fantasias e sonhos sobre
o desconhecido em relação ao organismo
que cresce dentro dela e que ainda não é sentido.
Soifer (1984) afirma que as náuseas e os vômitos
são decorrentes da ansiedade pela incerteza quanto à existência
da gravidez. Já Colman A. e Colman L. (1971) atribuem
essas mudanças a ampliações da consciência
na gravidez.
No segundo trimestre, o equilíbrio emocional começa
a se restabelecer, como o alto risco de aborto cessa,
os enjôos diminuem e as gestantes tendem a acreditar
e aceitar a gravidez, se antes não a tinha. Concomitantemente
ela começa perceber os movimentos fetais, e isso
faz com que a grávida comece a personificar o
feto, o sentimento materno surge e começa um tipo
de comunicação entre mãe e feto
(MALDONADO, 1984; MELEM, 1997; SOIFER, 1984). A chegada
do terceiro trimestre vem acompanhada do período
de maior ansiedade e temores devido à proximidade
do parto. Surgem fortes crises de ansiedade, normalmente
inconscientes, mas também aparecem os sentimentos
positivos. A maioria das mulheres já resolveu
suas atitudes ambivalentes, e o desejo de ter a criança é intensificado.
Ela está pronta para acolher seu filho (COLMAN,
A; COLMAN, L, 1971; SZEJER, STEWART, 2002).
Deep-water: benefícios nas alterações
gestacionais
A prescrição de exercícios para
gestantes, baseia-se nos conhecimentos de que a prática
de exercícios faz bem para qualquer pessoa em
bom estado de saúde (GHORAYEB, 1999). Normalmente
as atletas e as pessoas que se exercitam obtêm
benefícios e afastam as complicações
relacionadas à gravidez e ao parto (FOSS, 2000).
Assim médicos passam a incentivar às grávidas
ativas a continuarem prática dos exercícios
e para grávidas não ativas somente depois
do primeiro trimestre de gestação com exercícios
de baixa intensidade e avançar de forma progressiva
e indicam a retomarem os exercícios físicos
logo após o nascimento do bebê (GARCIA,
LEMOS, 2001).
A Deep-Water pode beneficiar a gestante em diferentes
aspectos, em especial diminuir a ação das
forças gravitacionais, o que facilita suportar
o peso corporal, ajuda a manter o equilíbrio durante
a execução dos exercícios e gera
baixo risco de lesões (STEFANE, MARTINS, 2009).
Pode propiciar também:
Sistema músculo-esquelético:
- Diminuição do impacto nas articulações:
nesta fase as articulações dos joelhos
e dos tornozelos tornam-se menos estáveis, e as
da coluna vertebral e do quadril alcançam uma
mobilidade que, apesar de modesta, expõe a musculatura
dessas regiões a maior tensão (GHORAYEB,
BARROS, 1999). Na Deep-Water o corpo fica exposto à força
contrária à da gravidade (empuxo) e é auxiliado
com a utilização do colete, fazendo com
que se torne mais “leve” (redução
do peso hidrostático), diminuindo, assim, o problema
do impacto sobre as articulações. (FINKELSTEIN
et al., 2004).
- Para a gestante a flexibilidade na aula de Deep-Water é facilitada
pela pouca gravidade, ou seja, devido a maior profundidade
onde o exercício é praticado o corpo está mais
sujeito às forças contrárias da
gravidade e flutuação e a falta de apoio
nos exercícios e movimentos mais amplos, favorece
a amplitude articular, em níveis superiores aos
executados fora d’água ou no raso (PRIMO,
2008).
Sistema cardiovascular:
- Melhora na circulação sanguínea:
durante a gestação a demanda de sangue
aumenta de 25% a 50%. O coração pode bater
um pouco mais rápido do que batia antes da gravidez,
impondo uma demanda maior, o que é normal. A principal
causa da diminuição do retorno venoso durante
a gestação, é a compressão
que o útero exerce nas veias intra-abdominais à medida
que vai crescendo. Com isso fica dificultado o retorno
venoso e o sangue “estaciona” nos membros
inferiores provocando edemas, tendo uma sensação
de peso e inchaço de pernas e pés e o surgimento
de varizes, pois durante a gravidez a quantidade de sangue
que circula no corpo aumenta, fazendo com que as veias
trabalhem mais, isso significa que durante a gestação
a quantidade de progesterona, hormônio que dilata
as veias também aumentam resultando em veias mais
grossas, alem disso com o peso da barriga e do bebê influenciam
no desenvolvimento das varizes (RAMOS, 2002). A Deep-Water
irá preparar o coração e o sistema
circulatório para lidar com essas demandas com
maior facilidade, pois o sangue deve ser transportado
do seu corpo para a placenta, que oferecerá oxigênio
e nutrição para o seu filho. O retorno
venoso é facilitado pela pressão hidrostática
que segundo Bonachela (1999) é a pressão
do líquido que é exercida igualmente sobre
todas as áreas da superfície de um corpo
imerso, a uma determinada profundidade, por isso auxiliaria
para a diminuição de inchaços e
edemas, pois a pressão hidrostática empurra
os fluidos extravasculares para os espaços vasculares,
produzindo aumento do volume central de sangue, que provavelmente
aumentará o fluxo sanguíneo uterino (KATZ,
1999).
- Diminuição da Frequência Cardíaca
e equilíbrio da Pressão Arterial: no período
de gestação a frequência cardíaca
aumenta nitidamente no início do 1º trimestre,
juntamente com a pressão arterial. A partir de
então, a frequência cardíaca pode-se
elevar gradualmente até o fim da gestação,
podendo aumentar em até 15 batimentos por minuto
(ZIEGEL, GRANLEY, 2008). Com relação à pressão
arterial, o aumento do volume sanguíneo fará com
que eleve a pressão exercida na parede das artérias,
exigindo que as artérias e veias sejam irrigadas
com mais sangue, assim as valvas nas veias das pernas
terão de trabalhar contra a pressão do
peso adicional no abdômen. Sob essa tensão,
as valvas podem se tornar menos eficientes no retorno
do sangue para o coração e pulmões;
então, as veias ficam dilatadas, visíveis
e, às vezes, bem incômodas (KATZ, 1999).
A Deep-Water vai trabalhar diretamente na frequência
cardíaca e pressão arterial, porque o trabalho é feito
em suspensão e na posição vertical,
fazendo ocorrer à diminuição tanto
da frequência cardíaca, quanto da pressão
arterial (FINKELSTEIN et al., 2004).
Sistema energético:
- Manutenção do peso: o ganho de peso médio
durante a gravidez é de cerca de 12,5 Kg, a maior
parte ocorrendo durante os dois últimos trimestres.
Esse aumento de peso geralmente é composto pelo
feto que pesa cerca de 3,5 Kg, 2,5 Kg são de líquido
amniótico, placenta e membranas fetais. O útero
aumenta cerca de 1 Kg e as mamas, em torno de 0,5 Kg.
Líquido extravascular e sangue somam 2,5 Kg. Uma
fração de 3,0 Kg é o resultado de
alterações metabólicas que derivam
de aumento da água celular e da deposição
de gordura e proteína (reservas maternas) (CORRÊA
et al., 2004). O ganho de gordura é um fator diferenciado
para cada mulher, dependendo da tendência anterior,
da dieta seguida, dos alimentos ingeridos (MELEM, 1997).
A Deep-Water ajudará a gestante no controle do
peso, possibilitando trabalhar atividades intensas a
partir do aumento gradual do peso corporal que ocorre
no avanço do período gestacional. Propicia
também a diminuição ou equilíbrio
do peso corporal a partir da atividade física “sem
impacto”, sem prejuízo. Já que é possível
manter-se ativa por toda a gravidez, é mais fácil
controlar o peso com ganhos que são “apenas
do bebê” (bebê, placenta e líquido
amniótico). Isso proporciona uma gestação
mais confortável, facilitando a recuperação
e o retorno à forma original depois do nascimento
(KATZ, 1999).
Sistema termorregulatório:
- Temperatura Corporal: É recomendável
que a grávida evite o aumento de temperatura corporal,
já que a temperatura central da gestante aumenta,
passando a ter maiores dificuldades em dissipar o calor,
por ter que realizar a ação por dois indivíduos
(PRIMO, 2008). Assim a temperatura ideal da água
deve ser entre 28ºC a 30ºC, pois águas
muito frias poderão provocar câimbras súbitas
devido ao excessivo resfriamento do corpo; se muito quente,
podem aumentar a temperatura corporal, levando a vasodilatação
periférica, com conseqüências para
a mãe e o feto (CORRÊA et al., 2004). Na
Deep-Water o corpo da gestante terá menor aquecimento,
por ter maior contato da superfície da pele com
a água mais fria, contribuindo assim para uma
melhor dissipação do calor, proporcionando
o equilíbrio térmico (PRIMO, 2008).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Atualmente vê-se a necessidade e importância
da prática de exercícios físicos,
seja ela em qualquer idade, com a devida orientação
profissional, pois se sabe dos inúmeros benefícios
que a prática do mesmo proporciona.
A Deep-Water é uma modalidade que apesar de não
ser muito divulgada, proporciona inúmeros benefícios
por ser um exercício completo, além de
desenvolver a capacidade aeróbia, é considerado
um exercício com componentes de força e
resistência muscular localizada, tais benefícios
podem ser obtidos para o público em geral, inclusive
para as gestantes, como uma forma de praticar uma atividade
física de forma diversificada e descontraída.
Antes médicos e especialistas, recomendavam a
interrupção de quaisquer exercícios
físicos durante a gestação, por
acreditar que tal prática poderia acarretar algum
acometimento na formação e desenvolvimento
do feto. Muitas pesquisas demonstraram que é importante
manter-se ativa neste período. Após verificarem
as inúmeras vantagens e benefícios, médicos
e especialistas orientam e recomendam a continuidade
ou início de um exercício físico.
É
muito importante ter bom senso, respeitando todas as
alterações fisiológicas, hormonais,
psicológicas, entre outras que ocorrem na gestante,
adequando sempre à melhor maneira os exercícios
físicos, evitando assim desconfortos e riscos à mãe
e o bebê.
Os exercícios aquáticos têm sido
muito recomendados por oferecer os benefícios
dos exercícios no solo, e vantagens que só a água
proporciona.
A Deep-Water proporciona as gestantes, benefícios,
atuando na minimização do impacto nas articulações,
nos sistemas músculo-esquelético, cardiovascular,
respiratório, na termorregulação.
Atuando sistematicamente nos aspectos fisiológicos,
psicológicos e sociais da praticante.
Os profissionais de Educação Física,
devem ter um maior conhecimento específico e cientifico
para lidar com as diversas alterações gravídicas.
Informados e aptos para orientar com segurança
a Deep-Water para gestantes, respeitando sempre os limites
e individualidade dos praticantes, tornando o exercício
agradável e saudável.
Por ser realizado em piscinas profundas, é difícil
encontrar locais que tenham essa estrutura para atender
essa prática. Em Belo Horizonte essa modalidade é encontrada
no Circulo Militar e no C.E.U.
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Contato:
Nathália
Sant’Ana de Menezes: nataxe2005@ig.com.br