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Dom, 23/10/11 20:14

ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DECORRENTE DE DOIS TREINAMENTOS RESISTIDO DISTINTOS: TREINAMENTO DE RESISTIDO TRADICIONAL COM PESOS E O TREINAMENTO RESISTIDO NO MEIO LÍQUIDO

Rodrigo Pereira 1
Rodrigo Vilarinho 1
Dilmar P. Guedes Junior 1,4,5
Fabrício Madureira 1,2,
Tacito Pessoa de Souza Junior 1,6

1Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES);
2Universidade Paulista (UNIP);.
3Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício (CEFE-UNIFESP)
4Faculdade de Educação Física e Esporte (FEFESP-UNISANTA)
5Universidade Federal do Paraná(UNIFEP)

Rodrigo Pereira
Tel: (55)(13) 33272769
e-mail: rodrigopereirads@hotmail.com
End.: Rua Dr. Egydio Martins, n.195, ap.43.
Bairro: Ponta da Praia
Santos – São Paulo – Brasil
CEP: 11030-161


Alterações morfofuncionais decorrente de dois treinamentos resistidos distintos: treinamento resistido tradicional com pesos e o treinamento resistido no meio líquido

RESUMO: O objetivo do presente estudo foi comparar as modificações morfofuncionais decorrentes de dois protocolos de treinamentos de força em ambientes distintos: musculação (MUSC) e treinamento resistido no meio liquido (TRML). Trinta e um indivíduos foram divididos em dois grupos, MUSC e TRML. O grupo MUSC com 14 indivíduos (seis mulheres e oito homens), média de idade de 24,7 anos e realizaram treinamento de força com pesos, e o grupo TRML com 17 indivíduos (oito mulheres e nove homens), média de idade de 22,8(3,69) anos e que realizaram treinamento de força com a resistência da água. Ambos os grupos treinaram 6 vezes semanais por um período de 6 meses (24 semanas), e realizaram um pré-teste (semana 0) e um pós-teste (após a semana 24), para avaliar a força muscular máxima dinâmica. Foi utilizado o teste clássico de carga máxima dinâmica para supino reto (1 AVMD); a resistência muscular de membros superiores foi avaliada pelo teste de 1 minuto de flexões de braço (RES_BR); a resistência muscular dos músculos flexores do tronco foi medida através do teste de 1 minuto de abdominais (RES_ABD); e resistência de membros inferiores (falta referencia) (RES_MMII) que foi avaliada contando o número total de saltos sobre uma corda durante 1 minuto. Para avaliação da antropometria e composição corporal foi utilizada medidas de circunferências e dobras cutâneas. Foi calculado a estimativa da secção transversa de braço (ASTM_BR) e coxa (ASTM_CX). O grupo MUSC obteve os seguintes aumentos significativos (P<0,01): 1RM (17,48%); RES_ABD (25,1%); RES_BR (40,94%); RES_MMII (28,34%); ASTM_BR (16,17%); ASTM_CX (16,63%). O WF também obteve as seguintes melhoras significativas (P<0,01): 1RM (27,88%); RES_ABD (30,87%); RES_BR (40,69%); RES_MMII (46,15%); ASTM_BR (14,04%); ASTM_CX (11,63%). Entretanto, não foram observadas interações estatísticas significativas entre os grupos, exceto para massa corporal (P=0,0106). Os treinamentos com pesos MUSC e no meio liquido TFML são benéficos em relação às modificações morfofuncionais, principalmente de força de membros superiores, hipertrofia muscular e resistência de força.


APRESENTAÇÃO
    O treinamento resistido tem sido utilizado para o aumento da massa muscular e redução da massa gorda. Alguns autores como DA SILVA (5), KRAEMMER(14) e BARBOSA(3) observaram a diminuição de gordura corporal decorrente desse tipo de treinamento
Os indivíduos que participam de um programa de treinamento resistido esperam por resultados, como aumento da força máxima e resistência muscular; hipertrofia diminuição da gordura corporal e melhora do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária.
Torna-se cada vez mais evidente a importância da manutenção de bons níveis de potência e resistência muscular para qualidade de vida, capacidades físicas necessárias para realizar atividades simples do cotidiano, como: sustentação, locomoção, entre outras. Níveis adequados de força tornam as pessoas capazes de desenvolver tarefas diárias com menor esgotamento fisiológico.
O desenvolvimento da força é uma manifestação adaptativa do sistema neuromuscular frente à sobrecarga, assim se pode esperar que o treinamento de força utilizando a resistência da água também seja uma alternativa para o aumento de força e hipertrofia. Contudo, são poucos e recentes os estudos que demonstram os efeitos de protocolos de treinamento de força que utiliza propriedades da água como forma de sobrecarga(17,18,22).


OBJETIVO
    Comparar as modificações morfofuncionais decorrentes de dois protocolos de treinamento resistido em ambientes distintos: treinamento resistido com pesos (MUSC) e treinamento resistido no meio líquido (TRML).

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS

Delimitação do Problema
    O treinamento resistido na água não é uma modalidade muito utilizada para obter-se hipertrofia muscular e aumento da força, potência ou resistência muscular. São poucas as pesquisas que comparam medidas de força e/ou hipertrofia muscular após a realização de treinamento com pesos e treinamento resistido na água.
    O presente estudo comparou os resultados dessas modalidades em jovens adultos, que participaram de dois protocolos distintos de treinamento resistido, com pesos e o treino resistido na água, na Universidade Metropolitana de Santos, na cidade de Santos-SP. Foram consideradas as diferenças em relação à composição corporal, peso corporal, estatura e dobras cutâneas dos sujeitos da pesquisa, durante todo o período treinamento.


Amostra, métodos e procedimentos
    O estudo foi submetido ao comitê de ética da Universidade Metropolitana de Santos. Os participantes assinaram o termo de consentimento, detalhado livre esclarecido, detalhando a qual tipo de experimento eles seriam submetidos e posteriormente foram submetidos ao exame médico e a avaliações físicas propostas pelo estudo.
    Foram avaliados 31 indivíduos divididos em dois grupos, MUSC e TRML. O grupo MUSC com 14 indivíduos (seis mulheres e oito homens), média de idade de 24,7(4,27) anos e que realizaram o treinamento de força com pesos, e o grupo TFML com 17 indivíduos (oito mulheres e nove homens), média de idade de 22,8(3,69) anos e que realizaram o treinamento de força no meio líquido. Ambos os grupos treinaram 6 vezes semanais por um período de 6 meses (24 semanas), e realizaram um pré-teste (semana 0) e um pós-teste (após a semana 24).
    Para avaliar a força muscular máxima dinâmica foi utilizado o teste clássico de uma ação voluntária máxima no supino reto (1 AVM) descrito por KRAEMER e FLECK(13); a resistência muscular de membros superiores foi avaliada pelo teste de 1 minuto de flexões de braço (RES_BR)(16); a resistência muscular dos músculos flexores do tronco foi medida através do teste de 1 minuto de abdominais (RES_ABD)(16); e resistência de membros inferiores (RES_MMII)(16) que foi avaliada contando o número total de saltos sobre uma corda durante 1 minuto(12).

    Os testes de avaliações antropométricas foram os de circunferência de braço (CCF_BR), antebraço (CCF_ATB), cintura (CCF_CT), abdome (CCF_ABD), coxa (CCF_CX) e perna (CCF_PN), seguindo o protocolo de JACKSON e POLLOCK(11). Para testar a potência de membros superiores foi utilizado o arremesso de Medicine Ball de 2kg (POT_MMSS) e de membro inferior que foi o salto horizontal (POT_MMII)(12).
    Para a composição corporal foi mensurada a massa corporal total (MC), a dobra cutânea de tríceps (DC_TRI), bíceps (DC_BI), peito (DC_PEI), abdome (DC_ABD), coxa (DC_CX), medial (DC_PM) e panturrilha lateral (DC_PL). Para estimar a área de secção transversa do braço (AST_BR) e área de secção transversa da coxa (AST_CX) foram utilizados dois cálculos proposto por MALINA(15).

PROTOCOLOS DE TREINAMENTOS

Treinamento resistido com Pesos

    O grupo MUSC participou de um programa de treinamento com pesos nos aparelhos de musculação. Um aquecimento de 10 a 15 minutos era feito na esteira ou na bicicleta ergométrica antes do início do treino específico. Os participantes passaram por um período de adaptação de uma semana ao treinamento com pesos, realizando 2 séries de 15 a 17 repetições com a sobrecarga de 4 a 5 níveis da escala (1-10) de percepção subjetiva de esforço (PSE) de BORG(4), o intervalo foi de no máximo 2 minutos. Após esse período, o número de séries foi aumentado para 3 séries de 10 a 12 repetições máximas, com intervalo reduzido para 1 minuto e 20 segundos, durante as semanas 1 a 10. Da semana 11 até o término do experimento houve outro aumento na intensidade/volume, os voluntários executaram 4 séries de 8 a 12 repetições máximas, sendo o intervalo máximo inter-séries de 1 minuto.
    Os participantes foram instruídos a executarem o máximo de repetições por série, ajustando a sobrecarga sempre que fizessem um número de repetições superior ou inferior ao que era estipulado. Durante as 24 semanas, o treinamento com pesos foi dividido em 3 treinos diferentes:

A Músculos adutores horizontais, abdutores, flexores da articulação do ombro e músculos extensores da articulação do cotovelo;
B Músculos extensores, abdutores horizontais, adutores da articulação do ombro e músculos flexores da articulação do cotovelo.
C Músculos flexores, extensores, abdutores da articulação do quadril; músculos extensores e flexores da articulação do joelho; músculos flexores e extensores da articulação do tornozelo.
    Os exercícios abdominais eram feitos em dias alternados 3 por semana. Os sujeitos do grupo MUSC não utilizaram os exercícios supino reto, inclinado e declinado, para evitar a aprendizagem do gesto motor o que poderia causar uma vantagem no momento da avaliação devido à prática constante desses exercícios, haja vista, que o grupo TRML, também não poderia executá-los, pelo motivo dos exercícios do treinamento de força no meio líquido ser completamente diferentes.

Treinamento resistido na água

    O treinamento do grupo TRML, contou com um período de adaptação de 1 semana, com 3 séries de 15 a 17 repetições com a sobrecarga de 4 a 5 PSE. Após o período de adaptação, o número de séries foi aumentado para 4 de 10 repetições com uma contração isométrica de 5 segundos após a décima repetição, a sobrecarga foi de 7 a 8 PSE, e o intervalo de 45 segundos, durante as semanas 2 a 10. Da semana 11 até o término do experimento houve outro aumento na intensidade/volume, os voluntários executaram 5 séries de 10 a 14 repetições máximas com sobrecarga de 9-10 PSE, sendo o intervalo máximo inter-séries de 30 segundos.
    Os participantes foram encorajados a sempre executarem o movimento com o máximo esforço a cada repetição por série. Todo o período de treinamento no meio líquido foi dividido em 3 treinos diferentes:
A Músculos adutores horizontais, abdutores, flexores da articulação do ombro e músculos flexores da articulação do cotovelo;
B Músculos extensores, abdutores horizontais, adutores da articulação do ombro e músculos extensores da articulação do cotovelo.
C Músculos flexores, extensores, abdutores, rotadores internos e externos da articulação do quadril; músculos extensores e flexores da articulação do joelho; músculos flexores e extensores da articulação do tornozelo.
    Como exercitar-se na água possui o componente excêntrico muito baixo, o tempo de trabalho muscular é menor fazendo com que o número de séries seja mais elevado quando comparado ao do grupo MUSC. Além disso, como a recuperação muscular também se torna mais rápida, o tempo de intervalo entre as séries foi mais baixo do que o grupo MUSC. Esses ajustes tanto no número de repetições quanto no tempo de descanso tiveram a intenção de igualar a curva volume/intensidade de ambos os treinamentos estudados.

ANÁLISE ESTATÍSTICA
    Foi aplicada a prova estatística de Shapiro-Wilk, bem como a inspeção do gráfico de quantis (qq-plot) com o objetivo de verificar se as observações seguiam uma distribuição próxima à distribuição normal.
    Uma vez que as variáveis avaliadas apresentavam distribuição que podia ser aproximada pela distribuição normal, se optou por descrevê-las utilizando à média, como estimador de posição e o desvio padrão, como estimador de dispersão. Empregou-se o intervalo de confiança, com coeficiente de confiança definido em 95%, como estimador da incerteza relativa à alteração média calculada em função do treinamento.
    Para verificar o efeito do treinamento e comparar se os métodos de treino diferiam entre si, se empregou um modelo de efeitos mistos, considerando como efeito fixo o período do treino (pré ou pós treino), o método de treino (TRML ou MUSC) e a interação entre os fatores período e método de treino. Foram modelados como efeitos aleatórios o intercepto e os coeficientes angulares obtidos para os termos período e método de treino, considerando a influência dos voluntários sobre tais termos. Aceitou-se a significância estatística em a = 0,05.

RESULTADOS
    Características antropométricas da amostra.
Tabela 1.
    Conforme indicando na tabela 1, houve uma interação estatisticamente significante entre ambiente e período de treino, de tal maneira que no grupo (MUSC ambiente 1)
    Observou-se um aumento médio de 3,34 kg na massa corporal, por sua vez no grupo (TRML ambiente 2) a massa corporal apresentou uma redução média de 0,76 kg; indicando que o comportamento da massa corporal total em função do treino pode depender do tipo de treino empregado. Os resultados demonstraram que o programa do grupo TRML obteve melhores modificações na massa corporal total.

Tabela 2.
    De acordo com os dados na tabela 2, a circunferência do braço apresentou um aumento médio de 1,67 cm; tal aumento foi similar entre os dois protocolos. Por sua vez na circunferência do antebraço o aumento foi inferior (~0,9 cm), e similar entre os grupos.

Tabela 3.
    Ao se avaliar o efeito de ambos os programas de treinamento sobre as circunferências relacionadas com o acúmulo de gordura central, verificou-se uma redução significativa (~1 cm) na circunferência da cintura. Porém não se observou nenhuma alteração significativa na circunferência abdominal.

Tabela 4.
    Tanto para a circunferência de coxa, quanto para a circunferência de perna, foram observados aumentos significativos de 2,1 e 0,9 cm em média, respectivamente.

Tabela 5.
    A soma de dobras cutâneas apresentou uma redução média de 2,3 mm em função do treinamento, tal alteração foi similar entre ambos os métodos de treino.

Tabela 6.
    A área de secção transversa apresentou aumentos significativos tanto para membros superiores quanto em membros inferiores. Nos braços observou-se aumento médio de 7,6 cm2; por sua vez, na coxa tal aumento foi de 19,56 cm2.

Características de força, resistência de força e potência muscular.
Tabela 7.
    Independentemente do treino empregado, foi observado um aumento de 6,4kg na carga máxima do supino após o período de treinamento. Considerando ainda os efeitos de ambos os programas de treinamento no membro superior, se evidenciou um aumento significativo (~12,4 repetições) na resistência muscular, vale destacar que tal alteração ocorreu de maneira independente ao tipo de treino empregado.

Tabela 8.
    A resistência abdominal apresentou um aumento importante e significativo, de aproximadamente 13,9 repetições em função do treino, independentemente do protocolo de treino empregado. O mesmo comportamento foi observado na resistência de membros inferiores, de tal forma que ao final do período de treino encontrou-se um aumento de 8,5 repetições.


Tabela 9.
    A potência gerada tanto por membros superiores, quanto inferiores apresentou aumento estatisticamente significativo após o período de treinamento, independente do protocolo empregado. Tais aumentos foram de 0,53 e 0,22m; para membros superiores e inferiores, respectivamente.


DISCUSSÃO

    Diversos estudos que analisaram os efeitos do treinamento resistido obtiveram resultados positivos no que diz respeito à hipertrofia muscular (1,6,7). Autores como WARBURTON et al.(24) e HUNTER et al (6) utilizaram exercícios resistidos para o tratamento da obesidade, no entanto, os resultados das pesquisas são contraditórios. Essa contradição pode ocorrer principalmente por causa do método de avaliação, duração, população, e protocolo utilizado no programa (6).
    Segundo BADILLO & AYESTARÁN(2), o treinamento destinado ao desenvolvimento da força máxima pode provocar a redução da resistência relativa ao novo nível de força; no entanto existem divergências , podendo ocorrer o aumento da mesma, devido à melhor vascularização do músculo e conseqüente aumento no aporte de nutrientes, ou a possibilidade de redução na densidade capilar, levando a diminuição na endurance muscular. No presente estudo, verificou-se aumento significativo de todas as variáveis avaliadas.
ROCHA et al.(19) compararam os efeitos de um programa treinamento abdominal aquático e terrestre, com duração de 12 semanas, e verificaram ajustes de força significativos e similares em ambos os grupos. No presente estudo os resultados da resistência muscular abdominal (tabela 8) foram significativos, ou seja, a diferença relativa entre pré e pós treinamento foi de cerca de 32% para o grupo MUSC e 31, 8% para o grupo TFML. ROCHA et al.(20) relatam um aumento de 14,9% na resistência muscular abdominal em homens que realizaram treinamento de força na água. Já para a resistência de membros inferiores os dois protocolos de treinamento foram eficientes com mais ênfase no grupo WF, com 13 repetições após o programa.
    Na tabela 7 ambos os grupos tiveram uma diferença significativa, ou seja, os dois programas de treinamento foram eficientes em relação à força e resistência de força para membros superiores, com maior destaque para o grupo TFML que demonstrou uma diferença absoluta de 15 quilos no supino (15,2%) e de 13 repetições no teste de flexão de braço entre pré e pós treinamento, com uma diferença de 57,1%. Em estudo realizado por TSOURLOU et al.(23) mostrou um aumento entre 25,7-29,4% na força muscular no teste de 3RM de em idosos que realizaram um treinamento de força na água.
    As amostras estudadas levam a concluir que os treinamentos com pesos e no meio liquido são benéficos em relação às modificações morfofuncionais, principalmente de força de membros superiores, hipertrofia muscular, resistência de força dos testes aplicados, potência de membros superiores e inferiores e diminuição das dobras cutâneas. Não foram encontrados modificações em relação à circunferência de abdome, no entanto ocorreu aumento significativo a resistência deste mesmo grupamento muscular. O treinamento de força no meio líquido pode ser mais uma alternativa para o treinamento dessa capacidade física, sendo este capaz de promover efeitos semelhantes aos exercícios com pesos em relação aos objetivos propostos nesse estudo, desta forma, esse programa pode servir de alternativa para pessoas que possuem algum tipo de limitação para se exercitar em terra, ou tem preferência pelo meio liquido.

APLICAÇÕES PRÁTICAS
    Para os profissionais que irão utilizar esse experimento como referência atletas/alunos, sugere-se que realizem um período de adaptação aos exercícios do protocolo de treinamento. Outras sugestões são: utilizar cargas progressivas no treinamento com pesos ou diminuição da pausa entre as séries com o objetivo de aumentar a sobrecarga sobre os grupamentos musculares solicitados. No meio liquido, ajustar os movimentos, ou seja, executar os movimentos com aceleração e utilizar materiais que aumentem a resistência da água a fim de aumentar a solicitação muscular trabalhada.


AGRADECIMENTOS

6. Agradecimentos
- A Universidade Metropolitana de Santos por ceder o espaço para realização do experimento;
- Ao Laboratório de avaliação física e performance motora, pela coleta de dados;
- Aos jovens universitários pelo voluntariado no experimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2. BADILLO, J.J. G. & AYESTARÁN, E.G. Fundamentos do treinamento de força – aplicação ao alto rendimento desportivo. 2 ed. São Paulo, SP: Artmed, 2001.

3. BARBOSA, A.R., SANTARÉM, J.M., JACOB FILHO, W., MARUCCI, M. F. N. Body composition and food intake in elderly women subjected to resistance training. rev. nutr. vol.14 no.3 . 2001

4. BORG, G. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine and Science in Sports and Exercise, 14:377- 81. 1982.

5. DA SILVA,C. M., GURJÃO, A. L. D., FERREIRA,L., GOBBI, L. T. B. GOBBI, S. Effect of resistance training, prescribed by zone of maximum repetitions, on the muscular strength and body composition in older women. Brazilian journal kinanthropometry and human performance. E-ISSN 1980-0037, impressa ISSN 1415-8426. 2006

5. GUEDES JR, D.P. Musculação: estética e saúde feminina. 3ed. São Paulo, SP: Phorte, 2007.
6. Hunter GR, Bryan DR, Wetzstein CJ, Zuckerman PA, Bamman MM. Resistance training and intra- abdominal adipose tissue in older men and women. Med Sci Sports Exerc 2002; 34 (6):

11. JACKSON, A. S., POLLOCK, M. L. Generalized equations for predicting body density of men. British Journal of Nutrition. 40:497-504. 1978.

12.JOHNSON, B. L.; NELSON, J. K. Practical measurements for evaluation in physical education. 4ed. Edina, MN: Burgess Publishing, 1986.

13. KRAEMER, W.J., FLECK, S.J. Designing resistance training programs. 3ed. Champaign, IL: Human Kinetics, 2004.

14. Kraemer WJ, Adams K, Cafarelli E, Dudley GA, Dooly C, Feigenbaum MS, et al. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. 2002;34(2):364-80.

15. MALINA, R.M. Anthropometry. In: Maud, P.J., Foster, C. Physiological Assessment of Human Fitness. Champaign, IL: Human Kinetics, 2006, pp. 205-219.
16. POLLOCK, M.L., WILMORE, J.H. Exercise in Health and Disease: Evaluation and Prescription for Prevention and Rehabilitation. 2ed. Philadelphia, PA: W.B. Saunders, 1990.

17. POYHONEN, T., SILIPÃ, S., KESKINEN, K.L., HAUTALA, A., SAVOLAINEN, J., MAKIA, E. Effects of aquatic resistance training on neuromuscular performance in healthy woman. Medicine Science of Sports Exercise. 34(12):2103-2109. 2002.

18. ROBINSON, L.E. The effects of land vs. aquatic plyometric on power, torque, velocity and muscle soreness in women. Journal of Strength and Conditioning Research. 16: 18(1):84-91. 2004.

19. ROCHA, A.C, DUBAS, J.P., MADUREIRA, F.; GUEDES Jr., D.P. Comparação do treinamento abdominal dentro e fora d’água. Congresso Internacional de Educação Física, 19. Paraná. Anais FIEP. Foz do Iguaçu: Federation Internationale D’ Education Physique. 74(Special edition): 125. 2007.

20. ROCHA, A.C.; VILARINHO, R.; GHERARDI, F., BULO, F; BARBOZA, M.; DUBAS, J. P., GUEDES Jr., D.P., MADUREIRA, F. Alterações morfofuncionais causadas pelo treinamento de força no meio líquido. Fitness e Performance Journal. 6(3):188-94. 2007.

22. TAKESHIMA, N. ROGERS, M.E; WATANABE, E. et al. Water – Based exercise improves health – related aspect of fitness in older women. Medicine Science of Sports Exercise. 34(3):544-551. 2002.

23. TSOURLOU, T., BENIK, A., DIPLA, K., ZAFEIRIDIS, A., KELLIS, S. The effects of a twenty-four-week aquatic training program on muscular strength performance in healthy elderly women. Journal of Strength and Conditioning Research. 20(4):811-8. 2006.

24. WARBURTON, D.E., GLEDHILL, H., QUINNEY, A. The effects of changes in musculoskeletal fitness on health. Can. J. Physiol. 26(2):161-216. 2001.

  Título Pag.
Tabela 1. Descrição da idade e massa corporal de acordo com o período e método de treino. 11
Tabela 2. Descrição da circunferência de braço e antebraço de acordo com o período e método de treino. 11
Tabela 3. Descrição da circunferência de cintura e abdome de acordo com o período e método de treino. 12
Tabela 4. Descrição da circunferência de coxa e perna de acordo com o período e método de treino. 12
Tabela 5. Descrição da soma de dobras cutâneas de acordo com o período e método de treino. 12
Tabela 6. Descrição da área de secção transversa de braço e coxa de acordo com o período e método de treino. 12
Tabela 7. Descrição da carga máxima dinâmica de supino e resistência de membros superiores de acordo com o período e método de treino. 12
Tabela 8. Descrição da resistência de abdome e de membros inferiores de acordo com o período e método de treino. 13
Tabela 9. Descrição da potência de membros superiores e inferiores de acordo com o período e método de treino. 13

Tabelas
Tabela 1. Descrição da idade e massa corporal de acordo com o período e método de treino.
  Idade (anos) Massa corporal (kg)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 24,7 (4,2) 24,7 (4,3) 66,97 (11,27) 68,70 (11,33)
WF 24,6 (6,4) 24,6 (6,5) 66,29 (10,60) 65,96 (11,28)*
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
* interação estatisticamente significante (P = 0,0106), entre período e ambiente.

Tabela 2. Descrição da circunferência de braço e antebraço de acordo com o período e método de treino
  Braço (cm) Antebraço (cm)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 28,48 (2,94) 30,19 (2,87)¤ 24,93 (2,01) 26,24 (2,24)¤
WF 28,74 (3,09) 30,38 (3,86)¤ 24,92 (2,35) 25,73 (2,77)¤
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
¤ Indica diferença estatisticamente significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino.

Tabela 3. Descrição da circunferência de cintura e abdome de acordo com o período e método de treino.
  Cintura (cm) Abdome (cm)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 73,91 (6,94) 74,15 (5,78)* 79,31 (6,61) 79,15 (6,94)
WF 76,19 (8,78) 74,51 (7,34)* 79,18 (7,63) 79,28 (7,47)
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
* Indica diferença estatisticamente significante (P = 0,0402) em relação ao pré treino.
 
Tabela 4. Descrição da circunferência de coxa e perna de acordo com o período e método de treino.
  Coxa (cm) Perna (cm)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 52,02 (3,39) 54,61 (4,23)¤ 34,99 (2,23) 35,93 (2,01)¤
WF 53,79 (3,94) 55,48 (3,92)¤ 36,12 (2,70) 36,96 (2,86)¤
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
¤ Indica diferença estatisticamente significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino.

Tabela 5. Descrição da soma de dobras cutâneas de acordo com o período e método de treino.
  Soma de dobras cutâneas (mm)
Pré Pós
MUSC 50,93 (23,51) 48,29 (21,05)*
WF 54,62 (26,57) 52,50 (26,89)*
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
* Indica diferença estatisticamente significante (P = 0,0402) em relação ao pré treino.

Tabela 6. Descrição da área de secção transversa de braço e coxa de acordo com o período e método de treino.
  ASTM# do braço (cm2) ASTM# da coxa (cm2)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 49,71 (15,88) 57,75 (16,95)¤ 136,18 (32,80) 158,83 (42,28)¤
WF 51,34 (17,09) 58,55 (22,18)¤ 140,64 (42,97) 157,00 (45,46)¤
# área de secção transversa muscular.
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão). ¤ Indica diferença estatisticamente significante (P ≤ 0,001) em relação ao pré treino.

Tabela 7. Descrição da carga máxima dinâmica de supino e resistência de membros superiores de acordo com o período e método de treino.
  Carga máxima no supino (kg) Resistência de membros superiores (rep.)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 53,43 (18,17) 62,77 (20,95)* 29,31 (8,89) 41,31 (8,04)¤
WF 52,75 (24,72) 67,45 (24,69)* 31,53 (10,78) 44,36 (9,45)¤
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
* Indica diferença estatisticamente significante (P = 0,0001) em relação ao pré treino.
¤ Indica diferença estatisticamente significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino.

Tabela 8. Descrição da resistência de abdome e de membros inferiores de acordo com o período e método de treino.
  Resistência abdominal (rep.) Resistência de membros inferiores (rep.)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 54,54 (17,05) 68,23 (12,81)¤ 28,62 (12,54) 36,73 (9,48)*
WF 48,19 (15,87) 63,07 (18,93)¤ 27,43 (13,07) 40,09 (18,89)*
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
* Indica diferença estatisticamente significante (P = 0,0003) em relação ao pré treino.
¤ Indica diferença estatisticamente significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino.

Tabela 9. Descrição da potência de membros superiores e inferiores de acordo com o período e método de treino.
  Potência de membros superiores (m) Potência de membros inferiores (m)
Pré Pós Pré Pós
MUSC 4,99 (1,42) 5,31 (1,21)¤ 2,24 (0,33) 2,41 (0,33)¤
WF 4,54 (1,49) 5,22 (1,52)¤ 2,19 (0,39) 2,52 (0,32)¤
Os dados são apresentados na forma de média (desvio padrão).
¤ Indica diferença estatisticamente significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino.

 

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