Rodrigo Pereira 1
Rodrigo Vilarinho 1
Dilmar P. Guedes Junior 1,4,5
Fabrício Madureira 1,2,
Tacito Pessoa de Souza Junior 1,6
1Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES);
2Universidade Paulista (UNIP);.
3Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício (CEFE-UNIFESP)
4Faculdade de Educação Física e Esporte
(FEFESP-UNISANTA)
5Universidade Federal do Paraná(UNIFEP)
Rodrigo Pereira
Tel: (55)(13) 33272769
e-mail: rodrigopereirads@hotmail.com
End.: Rua Dr. Egydio Martins, n.195, ap.43.
Bairro: Ponta da Praia
Santos – São Paulo – Brasil
CEP: 11030-161
Alterações morfofuncionais decorrente de dois
treinamentos resistidos distintos: treinamento resistido tradicional
com pesos e o treinamento resistido no meio líquido
RESUMO: O objetivo do presente estudo foi comparar as modificações
morfofuncionais decorrentes de dois protocolos de treinamentos
de força em ambientes distintos: musculação
(MUSC) e treinamento resistido no meio liquido (TRML). Trinta
e um indivíduos foram divididos em dois grupos, MUSC
e TRML. O grupo MUSC com 14 indivíduos (seis mulheres
e oito homens), média de idade de 24,7 anos e realizaram
treinamento de força com pesos, e o grupo TRML com 17
indivíduos (oito mulheres e nove homens), média
de idade de 22,8(3,69) anos e que realizaram treinamento de
força com a resistência da água. Ambos
os grupos treinaram 6 vezes semanais por um período
de 6 meses (24 semanas), e realizaram um pré-teste (semana
0) e um pós-teste (após a semana 24), para avaliar
a força muscular máxima dinâmica. Foi utilizado
o teste clássico de carga máxima dinâmica
para supino reto (1 AVMD); a resistência muscular de
membros superiores foi avaliada pelo teste de 1 minuto de flexões
de braço (RES_BR); a resistência muscular dos
músculos flexores do tronco foi medida através
do teste de 1 minuto de abdominais (RES_ABD); e resistência
de membros inferiores (falta referencia) (RES_MMII) que foi
avaliada contando o número total de saltos sobre uma
corda durante 1 minuto. Para avaliação da antropometria
e composição corporal foi utilizada medidas de
circunferências e dobras cutâneas. Foi calculado
a estimativa da secção transversa de braço
(ASTM_BR) e coxa (ASTM_CX). O grupo MUSC obteve os seguintes
aumentos significativos (P<0,01): 1RM (17,48%); RES_ABD
(25,1%); RES_BR (40,94%); RES_MMII (28,34%); ASTM_BR (16,17%);
ASTM_CX (16,63%). O WF também obteve as seguintes melhoras
significativas (P<0,01): 1RM (27,88%); RES_ABD (30,87%);
RES_BR (40,69%); RES_MMII (46,15%); ASTM_BR (14,04%); ASTM_CX
(11,63%). Entretanto, não foram observadas interações
estatísticas significativas entre os grupos, exceto
para massa corporal (P=0,0106). Os treinamentos com pesos MUSC
e no meio liquido TFML são benéficos em relação às
modificações morfofuncionais, principalmente
de força de membros superiores, hipertrofia muscular
e resistência de força.
APRESENTAÇÃO
O treinamento resistido tem sido utilizado para o aumento da
massa muscular e redução da massa gorda. Alguns
autores como DA SILVA (5), KRAEMMER(14) e BARBOSA(3) observaram
a diminuição de gordura corporal decorrente desse
tipo de treinamento
Os indivíduos que participam de um programa de treinamento
resistido esperam por resultados, como aumento da força
máxima e resistência muscular; hipertrofia diminuição
da gordura corporal e melhora do desempenho físico em
atividades esportivas e da vida diária.
Torna-se cada vez mais evidente a importância da manutenção
de bons níveis de potência e resistência
muscular para qualidade de vida, capacidades físicas
necessárias para realizar atividades simples do cotidiano,
como: sustentação, locomoção, entre
outras. Níveis adequados de força tornam as pessoas
capazes de desenvolver tarefas diárias com menor esgotamento
fisiológico.
O desenvolvimento da força é uma manifestação
adaptativa do sistema neuromuscular frente à sobrecarga,
assim se pode esperar que o treinamento de força utilizando
a resistência da água também seja uma alternativa
para o aumento de força e hipertrofia. Contudo, são
poucos e recentes os estudos que demonstram os efeitos de protocolos
de treinamento de força que utiliza propriedades da água
como forma de sobrecarga(17,18,22).
OBJETIVO
Comparar as modificações morfofuncionais decorrentes
de dois protocolos de treinamento resistido em ambientes distintos:
treinamento resistido com pesos (MUSC) e treinamento resistido
no meio líquido (TRML).
MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
Delimitação
do Problema
O treinamento resistido na água não é uma
modalidade muito utilizada para obter-se hipertrofia muscular
e aumento da força, potência ou resistência
muscular. São poucas as pesquisas que comparam medidas
de força e/ou hipertrofia muscular após a realização
de treinamento com pesos e treinamento resistido na água.
O presente estudo comparou os resultados dessas modalidades
em jovens adultos, que participaram de dois protocolos distintos
de treinamento resistido, com pesos e o treino resistido na água,
na Universidade Metropolitana de Santos, na cidade de Santos-SP.
Foram consideradas as diferenças em relação à composição
corporal, peso corporal, estatura e dobras cutâneas dos
sujeitos da pesquisa, durante todo o período treinamento.
Amostra, métodos e
procedimentos
O estudo foi submetido ao comitê de ética da Universidade
Metropolitana de Santos. Os participantes assinaram o termo
de consentimento, detalhado livre esclarecido, detalhando a
qual tipo de experimento eles seriam submetidos e posteriormente
foram submetidos ao exame médico e a avaliações
físicas propostas pelo estudo.
Foram avaliados 31 indivíduos divididos em dois grupos,
MUSC e TRML. O grupo MUSC com 14 indivíduos (seis mulheres
e oito homens), média de idade de 24,7(4,27) anos e
que realizaram o treinamento de força com pesos, e o
grupo TFML com 17 indivíduos (oito mulheres e nove homens),
média de idade de 22,8(3,69) anos e que realizaram o
treinamento de força no meio líquido. Ambos os
grupos treinaram 6 vezes semanais por um período de
6 meses (24 semanas), e realizaram um pré-teste (semana
0) e um pós-teste (após a semana 24).
Para avaliar a força muscular máxima dinâmica
foi utilizado o teste clássico de uma ação
voluntária máxima no supino reto (1 AVM) descrito
por KRAEMER e FLECK(13); a resistência muscular de membros
superiores foi avaliada pelo teste de 1 minuto de flexões
de braço (RES_BR)(16); a resistência muscular
dos músculos flexores do tronco foi medida através
do teste de 1 minuto de abdominais (RES_ABD)(16); e resistência
de membros inferiores (RES_MMII)(16) que foi avaliada contando
o número total de saltos sobre uma corda durante 1 minuto(12).
Os testes de avaliações antropométricas
foram os de circunferência de braço (CCF_BR),
antebraço (CCF_ATB), cintura (CCF_CT), abdome (CCF_ABD),
coxa (CCF_CX) e perna (CCF_PN), seguindo o protocolo de JACKSON
e POLLOCK(11). Para testar a potência de membros superiores
foi utilizado o arremesso de Medicine Ball de 2kg (POT_MMSS)
e de membro inferior que foi o salto horizontal (POT_MMII)(12).
Para a composição corporal foi mensurada a massa
corporal total (MC), a dobra cutânea de tríceps
(DC_TRI), bíceps (DC_BI), peito (DC_PEI), abdome (DC_ABD),
coxa (DC_CX), medial (DC_PM) e panturrilha lateral (DC_PL).
Para estimar a área de secção transversa
do braço (AST_BR) e área de secção
transversa da coxa (AST_CX) foram utilizados dois cálculos
proposto por MALINA(15).
PROTOCOLOS DE TREINAMENTOS
Treinamento resistido com Pesos
O grupo MUSC participou de um programa de treinamento com
pesos nos aparelhos de musculação. Um aquecimento
de 10 a 15 minutos era feito na esteira ou na bicicleta ergométrica
antes do início do treino específico. Os participantes
passaram por um período de adaptação de
uma semana ao treinamento com pesos, realizando 2 séries
de 15 a 17 repetições com a sobrecarga de 4 a
5 níveis da escala (1-10) de percepção
subjetiva de esforço (PSE) de BORG(4), o intervalo foi
de no máximo 2 minutos. Após esse período,
o número de séries foi aumentado para 3 séries
de 10 a 12 repetições máximas, com intervalo
reduzido para 1 minuto e 20 segundos, durante as semanas 1
a 10. Da semana 11 até o término do experimento
houve outro aumento na intensidade/volume, os voluntários
executaram 4 séries de 8 a 12 repetições
máximas, sendo o intervalo máximo inter-séries
de 1 minuto.
Os participantes foram instruídos a executarem o máximo
de repetições por série, ajustando a sobrecarga
sempre que fizessem um número de repetições
superior ou inferior ao que era estipulado. Durante as 24 semanas,
o treinamento com pesos foi dividido em 3 treinos diferentes:
A Músculos adutores horizontais, abdutores, flexores
da articulação do ombro e músculos extensores
da articulação do cotovelo;
B Músculos extensores, abdutores horizontais, adutores
da articulação do ombro e músculos flexores
da articulação do cotovelo.
C Músculos flexores, extensores, abdutores da articulação
do quadril; músculos extensores e flexores da articulação
do joelho; músculos flexores e extensores da articulação
do tornozelo.
Os exercícios abdominais eram feitos em dias alternados
3 por semana. Os sujeitos do grupo MUSC não utilizaram
os exercícios supino reto, inclinado e declinado, para
evitar a aprendizagem do gesto motor o que poderia causar uma
vantagem no momento da avaliação devido à prática
constante desses exercícios, haja vista, que o grupo
TRML, também não poderia executá-los,
pelo motivo dos exercícios do treinamento de força
no meio líquido ser completamente diferentes.
Treinamento resistido na água
O treinamento do grupo TRML, contou com um período
de adaptação de 1 semana, com 3 séries
de 15 a 17 repetições com a sobrecarga de 4 a
5 PSE. Após o período de adaptação,
o número de séries foi aumentado para 4 de 10
repetições com uma contração isométrica
de 5 segundos após a décima repetição,
a sobrecarga foi de 7 a 8 PSE, e o intervalo de 45 segundos,
durante as semanas 2 a 10. Da semana 11 até o término
do experimento houve outro aumento na intensidade/volume, os
voluntários executaram 5 séries de 10 a 14 repetições
máximas com sobrecarga de 9-10 PSE, sendo o intervalo
máximo inter-séries de 30 segundos.
Os participantes foram encorajados a sempre executarem o movimento
com o máximo esforço a cada repetição
por série. Todo o período de treinamento no meio
líquido foi dividido em 3 treinos diferentes:
A Músculos adutores horizontais, abdutores, flexores
da articulação do ombro e músculos flexores
da articulação do cotovelo;
B Músculos extensores, abdutores horizontais, adutores
da articulação do ombro e músculos extensores
da articulação do cotovelo.
C Músculos flexores, extensores, abdutores, rotadores
internos e externos da articulação do quadril;
músculos extensores e flexores da articulação
do joelho; músculos flexores e extensores da articulação
do tornozelo.
Como exercitar-se na água possui o componente excêntrico
muito baixo, o tempo de trabalho muscular é menor fazendo
com que o número de séries seja mais elevado
quando comparado ao do grupo MUSC. Além disso, como
a recuperação muscular também se torna
mais rápida, o tempo de intervalo entre as séries
foi mais baixo do que o grupo MUSC. Esses ajustes tanto no
número de repetições quanto no tempo de
descanso tiveram a intenção de igualar a curva
volume/intensidade de ambos os treinamentos estudados.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foi aplicada a prova estatística de Shapiro-Wilk, bem
como a inspeção do gráfico de quantis
(qq-plot) com o objetivo de verificar se as observações
seguiam uma distribuição próxima à distribuição
normal.
Uma vez que as variáveis avaliadas apresentavam distribuição
que podia ser aproximada pela distribuição normal,
se optou por descrevê-las utilizando à média,
como estimador de posição e o desvio padrão,
como estimador de dispersão. Empregou-se o intervalo
de confiança, com coeficiente de confiança definido
em 95%, como estimador da incerteza relativa à alteração
média calculada em função do treinamento.
Para verificar o efeito do treinamento e comparar se os métodos
de treino diferiam entre si, se empregou um modelo de efeitos
mistos, considerando como efeito fixo o período do treino
(pré ou pós treino), o método de treino
(TRML ou MUSC) e a interação entre os fatores
período e método de treino. Foram modelados como
efeitos aleatórios o intercepto e os coeficientes angulares
obtidos para os termos período e método de treino,
considerando a influência dos voluntários sobre
tais termos. Aceitou-se a significância estatística
em a = 0,05.
RESULTADOS
Características antropométricas da amostra.
Tabela 1.
Conforme indicando na tabela 1, houve uma interação
estatisticamente significante entre ambiente e período
de treino, de tal maneira que no grupo (MUSC ambiente 1)
Observou-se um aumento médio de 3,34 kg na massa corporal,
por sua vez no grupo (TRML ambiente 2) a massa corporal apresentou
uma redução média de 0,76 kg; indicando
que o comportamento da massa corporal total em função
do treino pode depender do tipo de treino empregado. Os resultados
demonstraram que o programa do grupo TRML obteve melhores modificações
na massa corporal total.
Tabela 2.
De acordo com os dados na tabela 2, a circunferência
do braço apresentou um aumento médio de 1,67
cm; tal aumento foi similar entre os dois protocolos. Por sua
vez na circunferência do antebraço o aumento foi
inferior (~0,9 cm), e similar entre os grupos.
Tabela 3.
Ao se avaliar o efeito de ambos os programas de treinamento
sobre as circunferências relacionadas com o acúmulo
de gordura central, verificou-se uma redução
significativa (~1 cm) na circunferência da cintura. Porém
não se observou nenhuma alteração significativa
na circunferência abdominal.
Tabela 4.
Tanto para a circunferência de coxa, quanto para a circunferência
de perna, foram observados aumentos significativos de 2,1 e
0,9 cm em média, respectivamente.
Tabela 5.
A soma de dobras cutâneas apresentou uma redução
média de 2,3 mm em função do treinamento,
tal alteração foi similar entre ambos os métodos
de treino.
Tabela 6.
A área de secção transversa apresentou
aumentos significativos tanto para membros superiores quanto
em membros inferiores. Nos braços observou-se aumento
médio de 7,6 cm2; por sua vez, na coxa tal aumento foi
de 19,56 cm2.
Características de força, resistência
de força e potência muscular.
Tabela 7.
Independentemente do treino empregado, foi observado um aumento
de 6,4kg na carga máxima do supino após o período
de treinamento. Considerando ainda os efeitos de ambos os programas
de treinamento no membro superior, se evidenciou um aumento
significativo (~12,4 repetições) na resistência
muscular, vale destacar que tal alteração ocorreu
de maneira independente ao tipo de treino empregado.
Tabela 8.
A resistência abdominal apresentou um aumento importante
e significativo, de aproximadamente 13,9 repetições
em função do treino, independentemente do protocolo
de treino empregado. O mesmo comportamento foi observado na
resistência de membros inferiores, de tal forma que ao
final do período de treino encontrou-se um aumento de
8,5 repetições.
Tabela 9.
A potência gerada tanto por membros superiores, quanto
inferiores apresentou aumento estatisticamente significativo
após o período de treinamento, independente do
protocolo empregado. Tais aumentos foram de 0,53 e 0,22m; para
membros superiores e inferiores, respectivamente.
DISCUSSÃO
Diversos estudos que analisaram os efeitos do treinamento
resistido obtiveram resultados positivos no que diz respeito à hipertrofia
muscular (1,6,7). Autores como WARBURTON et al.(24) e HUNTER
et al (6) utilizaram exercícios resistidos para o tratamento
da obesidade, no entanto, os resultados das pesquisas são
contraditórios. Essa contradição pode
ocorrer principalmente por causa do método de avaliação,
duração, população, e protocolo
utilizado no programa (6).
Segundo BADILLO & AYESTARÁN(2), o treinamento destinado
ao desenvolvimento da força máxima pode provocar
a redução da resistência relativa ao novo
nível de força; no entanto existem divergências
, podendo ocorrer o aumento da mesma, devido à melhor
vascularização do músculo e conseqüente
aumento no aporte de nutrientes, ou a possibilidade de redução
na densidade capilar, levando a diminuição na
endurance muscular. No presente estudo, verificou-se aumento
significativo de todas as variáveis avaliadas.
ROCHA et al.(19) compararam os efeitos de um programa treinamento
abdominal aquático e terrestre, com duração
de 12 semanas, e verificaram ajustes de força significativos
e similares em ambos os grupos. No presente estudo os resultados
da resistência muscular abdominal (tabela 8) foram significativos,
ou seja, a diferença relativa entre pré e pós
treinamento foi de cerca de 32% para o grupo MUSC e 31, 8%
para o grupo TFML. ROCHA et al.(20) relatam um aumento de 14,9%
na resistência muscular abdominal em homens que realizaram
treinamento de força na água. Já para
a resistência de membros inferiores os dois protocolos
de treinamento foram eficientes com mais ênfase no grupo
WF, com 13 repetições após o programa.
Na tabela 7 ambos os grupos tiveram uma diferença significativa,
ou seja, os dois programas de treinamento foram eficientes
em relação à força e resistência
de força para membros superiores, com maior destaque
para o grupo TFML que demonstrou uma diferença absoluta
de 15 quilos no supino (15,2%) e de 13 repetições
no teste de flexão de braço entre pré e
pós treinamento, com uma diferença de 57,1%.
Em estudo realizado por TSOURLOU et al.(23) mostrou um aumento
entre 25,7-29,4% na força muscular no teste de 3RM de
em idosos que realizaram um treinamento de força na água.
As amostras estudadas levam a concluir que os treinamentos
com pesos e no meio liquido são benéficos em
relação às modificações
morfofuncionais, principalmente de força de membros
superiores, hipertrofia muscular, resistência de força
dos testes aplicados, potência de membros superiores
e inferiores e diminuição das dobras cutâneas.
Não foram encontrados modificações em
relação à circunferência de abdome,
no entanto ocorreu aumento significativo a resistência
deste mesmo grupamento muscular. O treinamento de força
no meio líquido pode ser mais uma alternativa para o
treinamento dessa capacidade física, sendo este capaz
de promover efeitos semelhantes aos exercícios com pesos
em relação aos objetivos propostos nesse estudo,
desta forma, esse programa pode servir de alternativa para
pessoas que possuem algum tipo de limitação para
se exercitar em terra, ou tem preferência pelo meio liquido.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Para os profissionais que irão utilizar esse experimento
como referência atletas/alunos, sugere-se que realizem
um período de adaptação aos exercícios
do protocolo de treinamento. Outras sugestões são:
utilizar cargas progressivas no treinamento com pesos ou diminuição
da pausa entre as séries com o objetivo de aumentar
a sobrecarga sobre os grupamentos musculares solicitados. No
meio liquido, ajustar os movimentos, ou seja, executar os movimentos
com aceleração e utilizar materiais que aumentem
a resistência da água a fim de aumentar a solicitação
muscular trabalhada.
AGRADECIMENTOS
6. Agradecimentos
- A Universidade Metropolitana de Santos
por ceder o espaço
para realização do experimento;
- Ao Laboratório de avaliação física
e performance motora, pela coleta de dados;
- Aos jovens universitários pelo voluntariado no experimento.
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|
Título |
Pag. |
Tabela 1. |
Descrição da idade e massa corporal de acordo
com o período e método de treino. |
11 |
Tabela 2. |
Descrição da circunferência de braço e antebraço
de acordo com o período e método de treino. |
11 |
Tabela 3. |
Descrição da circunferência de cintura e
abdome de acordo com o período e método de treino. |
12 |
Tabela 4. |
Descrição da circunferência de coxa e perna
de acordo com o período e método de treino. |
12 |
Tabela 5. |
Descrição da soma de dobras cutâneas de
acordo com o período e método de treino. |
12 |
Tabela 6. |
Descrição da área de secção transversa de
braço e coxa de acordo com o período e método de treino. |
12 |
Tabela 7. |
Descrição da carga máxima dinâmica de supino
e resistência de membros superiores de acordo com o período
e método de treino. |
12 |
Tabela 8. |
Descrição da resistência de abdome e de
membros inferiores de acordo com o período e método de
treino. |
13 |
Tabela 9. |
Descrição da potência de membros superiores
e inferiores de acordo com o período e método de treino. |
13 |
Tabelas
Tabela 1. Descrição da idade e massa
corporal de acordo com o período e método de treino.
|
|
Idade (anos) |
Massa corporal (kg) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
24,7 (4,2) |
24,7 (4,3) |
66,97 (11,27) |
68,70 (11,33) |
WF |
24,6 (6,4) |
24,6 (6,5) |
66,29 (10,60) |
65,96 (11,28)* |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
* interação estatisticamente significante
(P = 0,0106), entre período e ambiente. |
Tabela 2. Descrição da circunferência
de braço e antebraço de acordo com o período e método de
treino |
|
Braço (cm) |
Antebraço (cm) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
28,48 (2,94) |
30,19 (2,87)¤ |
24,93 (2,01) |
26,24 (2,24)¤ |
WF |
28,74 (3,09) |
30,38 (3,86)¤ |
24,92 (2,35) |
25,73 (2,77)¤ |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
¤ Indica diferença estatisticamente
significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino. |
Tabela 3. Descrição da circunferência
de cintura e abdome de acordo com o período e método de
treino. |
|
Cintura (cm) |
Abdome (cm) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
73,91 (6,94) |
74,15 (5,78)* |
79,31 (6,61) |
79,15 (6,94) |
WF |
76,19 (8,78) |
74,51 (7,34)* |
79,18 (7,63) |
79,28 (7,47) |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
* Indica diferença estatisticamente
significante (P = 0,0402) em relação ao pré treino. |
|
Tabela 4. Descrição da circunferência
de coxa e perna de acordo com o período e método de treino. |
|
Coxa (cm) |
Perna (cm) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
52,02 (3,39) |
54,61 (4,23)¤ |
34,99 (2,23) |
35,93 (2,01)¤ |
WF |
53,79 (3,94) |
55,48 (3,92)¤ |
36,12 (2,70) |
36,96 (2,86)¤ |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
¤ Indica diferença estatisticamente
significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino. |
Tabela 5. Descrição da soma de dobras
cutâneas de acordo com o período e método de treino.
|
|
Soma de dobras cutâneas (mm) |
Pré |
Pós |
MUSC |
50,93 (23,51) |
48,29 (21,05)* |
WF |
54,62 (26,57) |
52,50 (26,89)* |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
* Indica diferença estatisticamente
significante (P = 0,0402) em relação ao pré treino. |
Tabela 6. Descrição da área de secção
transversa de braço e coxa de acordo com o período e método
de treino.
|
|
ASTM# do braço (cm2) |
ASTM# da coxa (cm2) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
49,71 (15,88) |
57,75 (16,95)¤ |
136,18 (32,80) |
158,83 (42,28)¤ |
WF |
51,34 (17,09) |
58,55 (22,18)¤ |
140,64 (42,97) |
157,00 (45,46)¤ |
# área de secção transversa
muscular. |
Os dados são apresentados
na forma de média (desvio padrão). ¤ Indica diferença
estatisticamente significante (P ≤ 0,001) em relação
ao pré treino. |
Tabela 7. Descrição da carga máxima
dinâmica de supino e resistência de membros superiores
de acordo com o período e método de treino.
|
|
Carga máxima no supino (kg) |
Resistência de membros superiores
(rep.) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
53,43 (18,17) |
62,77 (20,95)* |
29,31 (8,89) |
41,31 (8,04)¤ |
WF |
52,75 (24,72) |
67,45 (24,69)* |
31,53 (10,78) |
44,36 (9,45)¤ |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
* Indica diferença estatisticamente
significante (P = 0,0001) em relação ao pré treino. |
¤ Indica diferença estatisticamente
significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino. |
Tabela 8. Descrição da resistência
de abdome e de membros inferiores de acordo com o período
e método de treino.
|
|
Resistência abdominal (rep.) |
Resistência de membros inferiores
(rep.) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
54,54 (17,05) |
68,23 (12,81)¤ |
28,62 (12,54) |
36,73 (9,48)* |
WF |
48,19 (15,87) |
63,07 (18,93)¤ |
27,43 (13,07) |
40,09 (18,89)* |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
* Indica diferença estatisticamente
significante (P = 0,0003) em relação ao pré treino. |
¤ Indica diferença estatisticamente
significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino. |
Tabela 9. Descrição da potência
de membros superiores e inferiores de acordo com o período
e método de treino.
|
|
Potência de membros superiores (m) |
Potência de membros inferiores (m) |
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
MUSC |
4,99 (1,42) |
5,31 (1,21)¤ |
2,24 (0,33) |
2,41 (0,33)¤ |
WF |
4,54 (1,49) |
5,22 (1,52)¤ |
2,19 (0,39) |
2,52 (0,32)¤ |
Os dados são apresentados na forma
de média (desvio padrão). |
¤ Indica diferença estatisticamente
significante (P ≤ 0,0001) em relação ao pré treino. |