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Sex, 18/1/13 20:29

PADEL

EMOÇÃO GARANTIDA PARA TODAS AS IDADES NO JOGO DE PÁDEL

Autor: Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529-P/R
E-mail: lcmoraes@compuland.com.br
Portal: www.noticiasdocorpo.com.br
Data de Publicação: Maio de 2009.

INTRODUÇÃO

Esportes com a Mesma Origem no Uso de Bola e Raquete
   Desde os primórdios tempos o ser humano sempre desejou praticar esportes e por isso qualquer oportunidade hostil sempre se arranja em qualquer espaço um jeito de praticar alguma coisa que acaba virando um jogo. Imaginem há tempos atrás, mais precisamente em 1890, o que fazer com o tempo ocioso numa viagem de navio que duravam dias. Alguns contam que os passageiros de navios ingleses improvisavam uma quadra a bordo protegida por telas para praticar tênis. Outros contam que os marinheiros improvisavam os porões para jogar algo que seria o precursor do que se conhece hoje como Pádel. Usando remos lançavam bolas uns aos outros com auxílio das paredes fazendo a diversão dos passageiros. Essa história também se coaduna com o Squash que tem história similar com bola arremessada contra uma parede. De qualquer forma a história sempre cita as pessoas rebatendo bola com a mão, bastão ou raquete uns contra ou para os outros com ou sem auxílio de uma parede ou muro.    Na França batizado de “Paume”. Na evolução em outros países o muro foi substituído por uma corda presa a um retângulo dividindo um campo com 80 m de comprimento por 14 m de largura para seis pessoas de cada lado e virou “Longue-paume”.    Bom, de Longue-paume para “court-paume” e depois “real-tennis” na Inglaterra. Em 1873, o major inglês Walter wingfield deu as formas atuais ao tênis. O nome acabou surgindo do grito de guerra francês “tenez” que os atletas davam no momento da jogada. Se passarmos as vistas nos alfarrábios veremos que o tênis, o Squash, o Pádel, a Pelota Basca e até o carioquíssimo Frescobol a história de um jeito ou de outro esbarra no Paume. Com a mão, utensílios rudimentares, pás, panelas, tábua, pedaço de madeira, bastão entre outros, foram precursores das sofisticadas raquetes de todos esses jogos que hoje conhecemos. O que ninguém sabe mesmo ao certo é quem surgiu primeiro.
   O tênis ou o Pádel. Na Revista Brasileira de Educação Física nº. 18 editada em 1973 pelo então Ministério da Educação e Cultura o tênis derivou do Pádel, mas na Revista Paulista de Educação Física jan./jun. 2000 já cita o contrário como o Pádel tendo sido derivado do tênis. O que pelo menos todos concordam é que no Brasil a região Sul é a mais adepta onde desembarcou, por assim dizer, trazida por uruguaios e argentinos em 1988. Nas cidades gaúchas de Jaguarão e Livramento é onde foram construídas as primeiras as primeiras quadras e a Federação Gaúcha de Pádel foi a primeira do país criada em 1992. É também na região Sul onde se encontra desde as mais simples até as mais sofisticadas quadras fechadas em vidro ou blindex, bem iluminadas e com espaços confortáveis para o público assistir acirradas partidas pelos campeonatos gaúchos.

O JOGO
   O Pádel se joga sempre em dupla contra a outra numa quadra de 20 metros de comprimento por 10 de largura com paredes ao fundo e parte das laterais onde a bola pode ser rebatida assumindo certa similaridade com o Squash onde apenas dois jogadores competem lado a lado, usando também uma parede ao fundo e laterais onde a bola é rebatida. A similaridade com o tênis é a rede de 88 a 92 cm de altura que divide a quadra e as duplas que ficam frente a frente. Pela sua praticidade é um jogo acessível desde a infância até a terceira idade. A sua popularidade é tanta que justifica, além dos campeonatos regionais principalmente no sul, o campeonato Brasileiro organizado pela Confederação Brasileira de Pádel contendo provas o ano todo e seletivas infantil e adulto para provas Internacionais.

RESUMO DOS PASSOS DA HISTÓRIA
1890 – Passageiros de navios ingleses tentam adaptar o tênis a bordo. Marinheiros tentam jogar algo similar ao tênis nos porões dos navios com a diferença do uso das paredes nas rebatidas da bola.

1924 – Em terra firme o Pádel passa a ser praticado nos parques municipais de Nova Iorque a partir da improvisação de algumas quadras. O norte americano Frank Beal foi o responsável por esse feito.

1969 – A primeira quadra é construída num hotel em Acapulco no México por Enrique Corcuera que também definiu as dimensões de quadra e o regulamento mundialmente regido. Na Europa o Pádel se difundiu graças ao entusiasmo do príncipe Afonso de Hohenlohen. A FIP (Federación Internacional de Pádel) é a entidade oficial com mais de 15 países associados entre eles o Brasil, Argentina, México e Espanha.

Anos 80 – Chega à Argentina atingindo rápida popularidade chegando a ser o segundo esporte mais praticado depois do futebol. Logo depois com o surgimento de novos ídolos argentinos no mundo do tênis houve uma ligeira queda, mesmo assim permanecendo entre os mais populares.

1988 – Trazido pelos uruguaios e argentinos o esporte chega ao Brasil invadindo a região sul.

1992 – Fundada a Federação Gaúcha de Pádel, a primeira do país na Sociedade Aliança em Novo Hamburgo. Daí para o esporte ser difundido por outros estados brasileiros foi muito rápido onde Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco se tornaram os mais adeptos.

AS VALÊNCIAS FÍSICAS
   Pela característica de lançamentos exigindo ora força, ora efeito inteligente nos saques com ou sem efeito usando as rebatidas na parede o Pádel desenvolve a capacidade aeróbia, anaeróbia, a resistência da força rápida, explosiva e máxima, o raciocínio rápido a coordenação motora e a espacial, a agilidade e a flexibilidade. Alguns jogadores são oriundos do tênis e quando por qualquer razão começam a ter certa dificuldade por ser o tênis mais exigente encontram no Pádel o esporte ideal para jogar pelo resto da vida. Um potente saque, por exemplo, que no tênis poderia ser fatal para o adversário se a bola bater na parede perderá a força permitindo a continuidade da disputa do ponto. Se ela vier em diagonal, mais chance terá o adversário porque a bola baterá na parede do fundo e na da lateral permitindo reação. Daí ser um esporte dinâmico e com muita ação onde a bola fica mais tempo em jogo permitindo que competidores de potencial diferente se igualem ponto a ponto.

AVALIAÇÃO DAS VALÊNCIAS FÍSICAS
Agilidade – O competidor deve ser capaz de executar movimentos rápidos, com mudança de direção própria de saques e rebatidas simples e complexas com auxílio das paredes.
Flexibilidade – Leva vantagem o competidor que tem maior amplitude angular nos movimentos principalmente na busca de bolas difíceis. O alongamento que é o exercício específico para desenvolver a flexibilidade deve estar incluído na planilha de treinamento o ano todo.
Resistência Aeróbia – Um jogo mais disputado entre competidores de igual índice técnico, teoricamente leva vantagem quem tiver maior VO². Ou seja, vai cansar primeiro quem tiver menos resistência aeróbia.
Potência Muscular – As contrações musculares no menor espaço de tempo são decisivas tanto no saque quanto nas rebatidas difíceis.
Resistência Muscular Localizada – Como toda modalidade esportiva existe uma predominância de determinados movimentos repetitivos nos mesmos grupos musculares que se traduz na manifestação da força que esses grupos musculares podem suportar por longo período de tempo.
Resistência Anaeróbia – Quanto mais disputado o jogo maior deverá ser a capacidade do competidor suportar esforço máximo.
Resistência de Força Rápida – É a capacidade de realizar um grande número de contrações sem perder a amplitude do movimento, freqüência e força de execução com alta velocidade. Por ser um jogo que a bola fica mais tempo em disputa essa valência física pode ser decisiva também.
Velocidade – É capacidade de percorrer uma determinada distância o mais rápido possível, valência física importante na hora de rebater uma bola considerada perdida por conta de jogadas inteligentes como, por exemplo, o “lob”.

AS REGRAS
   As regras e a contagem dos pontos são muito similares ao tênis. Para regulamento completo acesse: http://www.pdnews.com.br/regras-oficiais.html

A PREPARAÇÃO FÍSICA
   Tanto os profissionais como os jogadores amadores devem se preocupar com a preparação física do Pádel. Os profissionais porque dele dependem e por isso pagam o preço da pressão e cobrança por resultado. Os amadores para terem mais prazer e poderem praticar o esporte com mais tranqüilidade com menos dores musculares e riscos de lesões. Nos dois casos o preparador físico e o técnico deverão atuar em sintonia para que o trabalho de um ajude o do outro. Tudo deve começar pela avaliação técnica e física dos pontos fortes e fracos para montar um plano de treinamento eficiente e uma evolução gradativa se possível periodizada.





CONCLUSÃO
   Como vimos o competidor de Pádel mesmo amador, usa praticamente todos os grupos musculares do corpo combinando movimentos simples, complexos e com muita variação de direção. Isso exige preparação física geral consistente que encontra bom respaldo na musculação onde o preparador físico deverá saber conjugar os métodos com a intensidade adequados a cada um. Um dos métodos de boa aceitação é o circuito que pode ser montado de acordo com as valências físicas e os grupos musculares que o competidor mais precise desenvolver.



SUGESTÃO DE LITERATURA:
NOGUEIRA Madeira, Alongamento para todos os esportes – Editora Sprint – 3ª edição R.J. 1995.
FLECK, Steven J. & William J. Kraemer - Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - Editora Artmed – 3ª Edição – 2006.
MAXIMO, de Castellote – Padel, un Gran Deporte – Madrid 2005.
PEREIRA, Flávio Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 14(1):32-54, jan./jun. 2000. Disponível na Internet: http://www.usp.br/eef/rpef/v14n1/v14n1p32.pdf Acesso em: 05/05/2009.
PINTO Ronis – A Origem do Pádel – Disponível na Internet em: http://www.padel.info/index.php?url_channel_id=15&url_publish_channel_id=1922&url_subchannel_id=&well_id=2 Acesso em 05/05/2009.


 

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