O objetivo deste trabalho é a apresentação da importância no desenvolvimento sócio – afetivo – motor dos clientes / “pacientes” através das vivências lúdicas e desportivas no dia – a – dia.
   Outros apontamentos apresentados aqui mostram o vínculo existente direto ou indiretamente entre alguns setores da clínica, como por exemplo: recreação e marketing, recreação e corpo médico, recreação e administração.
   Mas antes saibamos um pouco mais sobre SPA. Sua origem deu-se a uma sigla que significa “Saúde Pelas Águas” (SANITAS PER AQUA), um lugar com águas termais que guerreiros frequentavam para aliviar ou curar ferimentos de combates e repor suas energias, assim surge à sigla latina “SPA” um lugar conhecido que recebeu essa sigla é SPA – Francorchamp .
Hoje em dia um SPA é procurado por muitas pessoas por diferentes motivos ou objetivos, seja um tratamento psicológico, cardíaco, estético, focando o emagrecimento, combate às dependências químicas e alcoólicas.
   Mas, também, existem os objetivos de pura prática de lazer e consequentemente almejar um atendimento médico. A fuga do cotidiano é muito explícita quando grupos surgem para eliminar o sofrimento do stress excessivo. Podemos, então, classificar dois grupos para melhor compreensão: um grupo que busca o SPA para algum tipo de tratamento e consequentemente adquirem uma prática recreativa e lazer. E outro grupo busca a clínica para praticar o lazer e o tempo livre e por consequência o tratamento (muitas vezes estético).
   A recreação tem como o intuito de completar o cotidiano dos clientes / “pacientes” seja com intervenções lúdicas durante uma aula de ginástica coletiva, durante as refeições e/ou completando o dia com atividades sócio-culturais como: passeios, jogos e atividades desportivas.
   Objetivando, além das práticas terapêuticas ocupacionais, a intenção da socialização entre os presentes (AQUINO & GONÇALVES, 2010) Porém, não podemos levar como realidade padronizada o material apresentado pelos autores, de acordo com a realidade de cada estabelecimento, no caso o Spa Médico São Pedro (localizado na cidade de Sorocaba/SP), o ambiente já propicia a socialização entre os clientes deixando a preocupação da reunião social para segundo plano. Mas a recreação surge com a prática livre de alguma atividade optativa para preencher seu tempo livre. A pratica prazerosa de algo gratuito ou de baixo custo, grupal ou não, físico ou não. É através do tempo livre que essa prática surge, com o compromisso de preencher todo o “espaço” possível amenizando a ociosidade com atividades apresentadas aos mesmos ao longo de sua estadia / internação.
   O fato pela busca de uma melhoria na saúde entre os presentes é notório, segundo a Organização Mundial da Saúde (2006) apresentam que para um indivíduo ser “saudável”, seus sistemas fisiológicos, mais seus desenvolvimentos social e mental devem estar inteiramente em ótimas condições . Já ADAMS (1998) apresenta uma controvérsia muito interessante, a “saúde” que tanto almejamos é na verdade a sábia prática de viver dentro dos limites e padrões que nos encontramos. E é embasado nessa teoria de ADAMS (1998) somado à MARCELLINO (1995) quando apresenta a recreação como um instrumento de reformulação de ambientes. Mostra a realidade de um recreador atuante no ambiente de um SPA. Transcendendo a realidade de socializar e praticar atividades físicas, segue através do estímulo motivador apresentado aos clientes. Muitas vezes explorando a espontaneidade de um recreador terapeuta.
   Concluindo este trabalho, notamos que a presença de recreadores terapeutas junto aos clientes/ “pacientes” é uma necessidade para uma motivação e enriquecimento de valores humanos, lúdicos e sociais junto aos mesmo.

Bibliografia
• <http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20071117031655AACSwaG> acessado em 08/09/2010 as 23h33.
• <www.who.int> acessado: 30-09-2009, 10h20.
• ADANS, P. Patch Adans – o amor é contagioso, Rio de Janeiro, Sextante. 1998
• AQUINO, T. & GONÇALVES, K. MANUAL DE LAZER E RECREAÇÃO: o mundo lúdico ao alcance de todos, São Paulo, Phorte. 2010.
• MARCELLINO, N. C. Lazer e Recreação, repertório de atividades por fase da vida, São Paulo, Papirus. 2006
• MARCELLINO, NC. Educação e Lazer, São Paulo, Papirus, 1995.
• MORENO, J. L. Psicodrama, São Paulo, Cultrix. 2000
• PIMENTEL, G. LAZER – Fundamentos, estratégias e atuação profissional, São Paulo, Fontoura. 2003
• SCLIAR, M. “História do Conceito de Saúde” Physis: Revista Saúde Coletiva, RJ. 17 (1): 29 – 41, 2007.
• SILVA, M. A. Marketing Empresarial, São Paulo, Madras. 2008.

Prof. Esp. Harley Augusto (Grillo):
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Qualificações
• Especializando em Psicodramaterapia (Sorocaba / SP)
• Interventor Lúdico em palestras de segurança empresarial (Sorocaba / SP)
• Diretor da ABRE – Associação Brasileira de Recreadores (Sorocaba / SP)
• Especialista em Recreação (São Paulo / SP)
• Licenciado em Educação Física (Sorocaba / SP).
• Palestrante em workshops de Recreação na cidade de Sorocaba e Região