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Ter, 25/5/10 11:16

O TÊNIS NA ESCOLA: DIAGNÓSTICO DA NECESSIDADE E PERSPECTIVAS PARA A SUA IMPLANTAÇÃO

* Silvio Pinheiro De Souza
** Joaquim Martins Junior

RESUMO

Partindo-se da premissa de que as aulas de educação física devem incorporar as diferentes práticas corporais oriundas das diferentes manifestações culturais da comunidade, este estudo, com características descritivas, teve como objetivo verificar a possibilidade das escolas municipais de Arapongas, PR incluir o tênis de campo como atividade regular das suas aulas de Educação Física e em que condições esta modalidade esportiva poderia ser implantada na escola. Para isso, quatorze diretores e dezessete professores de educação física, pertencentes às escolas municipais daquele município foram questionados a respeito. Os resultados demonstraram que os conteúdos mais priorizados nas escolas pesquisadas têm sido a dança, o futsal e a ginástica sendo a escolha dessas atividades feita pelo próprio professor ou em conjunto com a direção das escolas. O material esportivo, recebido do Estado ou do Município, é insuficiente até mesmo para as suas próprias aulas e para atender ao esporte escolar. De forma geral, as escolas municipais de arapongas carecem de adaptações nas instalações já existentes, pois, contam com apenas uma quadra poliesportiva e não oferecem atividades no período do contra turno escolar. Assim sendo, a partir de instalações e de materiais adaptados, o tênis poderia ser inserido nas escolas municipais de arapongas tanto na disciplina de educação física escolar, quanto no contra turno em conjunto com a proposta pedagógica do professor, da Secretaria Municipal de Educação ou em projetos especificamente formulados para tal.

______________________________________________________________
* Acadêmico do 3º ano de Educação Física do CESUMAR
** Prof. Dr. do Curso de Educação Física do CESUMAR

1. INTRODUÇÃO

As aulas de educação física permitem aos alunos vivenciarem diferentes práticas corporais oriundas de manifestações culturais da comunidade onde a escola está inserida e que fazem parte do acervo da vida cotidiana dos indivíduos.

Essas manifestações fazem parte do conjunto de propostas sugeridas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs (BRASIL, 1997). e pelas Diretrizes curriculares do Estado DCE (PARANÁ, 2008). Desse conjunto de atividades estão inseridas as danças, os esportes, as lutas, os jogos e as ginásticas que compõem um vasto patrimônio cultural a ser valorizado, conhecido e desfrutado por todos.

Um olhar mais aguçado nas atividades docentes revela a oferta de formas de atuação diversas e em lugares diversos, porém é preciso a articulação de pluralidade de experiências ao ensino cotidiano do professor.

As citadas diretrizes evidenciam a possibilidade da inclusão no acervo de possibilidades a serem incluídas na Educação Física Escolar os diferentes esportes, através dos princípios básicos, táticas e regras, além dos seus principais fundamentos, a serem ministradas com e sem materiais e equipamentos.

Nesta perspectiva, autores como Alexander e Luckmann (2001) e Graça (2004 apud BALBINOTTI et al. 2009 p. 36), referem que:

Por meio do esporte, o indivíduo pode melhorar a qualidade de vida, exercer o convívio social, ampliar as relações de amizade, vivenciar o trabalho em equipe, gerar resoluções de problemas na prática de jogos, desenvolver condutas esportivas apropriadas por meio do jogo e o respeito às regras, assumir papeis de liderança e experimentar o prazer e o divertimento.

 

Sabe-se que a maioria das situações de práticas esportiva desperta no jovem praticante um grau de excitação somático produzidas pelo próprio corpo, onde através da elevação do batimento cardíaco e do tônus muscular, as expectativas de prazer e satisfação, a possibilidade de gritar e comemorar configura um contexto em que sentimentos de prazer, raiva, alegria, entre outros, são vividos e expressos de maneira intensa e muitas vezes inédita pelos alunos.

O movimento da cultura escolar possibilita a abertura de diálogos, não se restringindo somente às normas, mas também aos sujeitos e suas práticas cotidianas de relações com alteridade e poder.

Tal premissa é reforçada por autores como Martins Junior (2004, p. 77), para quem:

A escola deve buscar uma aproximação com a comunidade com procedimentos extraclasse e extra-escolar, intercâmbios, convênios, jogos, torneios, festivais além de promover atividade para as quais a comunidade seja convidada a participar, para que os alunos não sintam a diferença entre a prática ministrada na escola com aquela praticada e desenvolvida na comunidade.

 

Porém muitas vezes, os alunos entendem que os esportes e as demais atividades corporais não devem ser privilégios apenas dos esportistas ou das pessoas em condições de pagar por academias e clubes.

Assim é que, os já referidos PCNs, sugerem para a área da educação física (BRASIL, 1997), que os conteúdos das aulas desta disciplina deveriam abranger uma gama de possibilidades motoras, como correr, saltar, arremessar, receber, equilibrar objetos, equilibrar-se, desequilibrar-se, quicar bolas, bater e rebater, além de ter acesso aos objetos como bolas, cordas, alvos, bastões, raquetes sendo vivenciados em situações não competitivas que garantam espaço e tempo para o trabalho individual.

Partindo desta premissa, questiona-se porque esportes como o tênis não são inserido nas atividades curriculares ou extracurriculares da escola como uma atividade regular? Como o nosso país possui, em cada uma das suas regiões, uma série de esportes, jogos, lutas e ginásticas que lhes são tradicionais, concomitantemente, as escolas dessas regiões poderiam oferecê-las, uma vez que os próprios PCNs sugerem a inclusão dessas atividades nos currículos escolares.

Assim sendo, uma dessas atividades, o tênis, pelas suas características poderia ser um excelente instrumento para serem utilizados nas escolas, cujos reflexos se estenderiam diretamente no período em que os alunos deixam as escolas, para se tornar expoentes nacionais e quiçá, internacionais.

A reforçar esta possibilidade, a Federação Internacional de Tênis - ITF (ITF, 2008), refere que o tênis, por se constituir num esporte democrático, onde todos podem jogar juntos, independente do biotipo, sexo e idade, é um esporte passível de ser praticado durante a vida toda, fato que, contribui para tornar o praticante uma pessoa saudável.

Com esta perspectiva, Ferraz e Knijnik (2007) propõem que o tênis não é mais um esporte de elite, sendo praticado hoje em toda parte, seja em quadras oficias ou através da adaptação dos espaços disponíveis. Entende que, para isso, é necessária a elaboração de projetos, nos quais, a escola poderia perfeitamente ser aproveitada para tal.

Essas e outras considerações que serão frutos de uma revisão de literatura específica levam-nos a questionar a priori: Será possível as escolas incluir o tênis como atividade regular das suas aulas de Educação Física? Na eventualidade de uma resposta positiva a esta questão, pergunta-se também: em que condições o tênis poderia ser implantado na escola?

Visando responder a essas e a outras questões emergentes do estudo, esta pesquisa visa diagnosticar a necessidade e as perspectivas de implantação do tênis na escola. E também, verificar junto aos diretores e professores de educação física das escolas municipais de Arapongas sobre que condições esporte poderiam ser incluídas como conteúdo regular das suas aulas de educação física.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A ATUAL EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

As atuais leis educacionais possibilitam que se caminhe no sentido coletivo e autônomo, entretanto ainda há muita resistência e temor para o profissional assumir a condição de construção pedagógica dentro da escola.

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná D.C.E. (PARANÁ, 2008), ao inserir os conteúdos das aulas, o professor deve se perguntar em que medida essa prática escolar contribuirá para a formação dos alunos. Pensar, na riqueza das manifestações corporais em diferentes culturas escolares, inseridas em diferentes comunidades, porém que dividem os mesmos constrangimentos estruturais para tentar quebrar a padronização cultural, o mecanismo do trato do corpo e a banalização do trato com o conhecimento.

Portanto, segundo Gaelzer (1979, apud MARTINS JUNIOR, 2004), a escola deveria ser ativa, utilizando a natureza como laboratório de experiência e os programas devem proporcionar ao aluno experiências novas, fora do ambiente escolar ou da família, que desenvolvam a sua capacidade de ambientação, de colaboração, de iniciativa e de criatividade.

A partir da década de 80, o movimento esporte para todos (PEREIRA DA COSTA, 1981, apud MARTINS JUNIOR, 2004), suscitou uma série de discussões e de reflexões entre os professores de educação física acerca da necessidade de proporcionar na escola conteúdos ecléticos e diferentes, afim de melhor motivar os alunos para a prática esportiva desenvolvida de forma regular e continuada.

Dentro dos conteúdos propostos para a finalidade de movimentos em descoberta e estruturação, Oliveira (2004) cita as habilidades motoras (andar, correr, saltar), a coordenação viso motora (lançar, receber, rebater), e as combinações de movimento, podendo ser incorporado com mais ou menos intensidade de acordo com a faixa etária trabalhada.

Assim sendo, cabe ao professor propor atividades que desafiem os alunos na busca do aprendizado, com tarefas variadas e com opções para que o aluno possa vivenciar diferentes níveis de desafio implementados no seu cotidiano e, assim, manter a criança motivada a participar. Os diferentes níveis de desafios nas tarefas respeitam os ritmos e as individualidades de cada um.

2.2. TÊNIS NA ESCOLA

2.2.1 O tênis no contexto escolar

A iniciação esportiva é vista como um meio para promover a integração social, a vivência de cultura esportiva e a adoção de um estilo de vida saudável e prazeroso. Nesta perspectiva o enfoque é educativo, pois engloba os participantes em uma abordagem de desenvolvimento, e entendido como essencialmente social, agregador e inclusivo em escolas, nos clubes e nas demais entidades.

Julia (2001) cita que a cultura escolar apresenta-se como um conjunto de normas que definem conhecimento a ensinar e condutas. Entretanto, é importante entende-la como algo que vai além do prescrito e juntar a ela as culturas nos recreios acrescentando ao peso atribuído às normas a atenção às práticas cotidianas.

Nesta perspectiva, Silva (2007) refere que o histórico do tênis carrega consigo algumas qualidades do velho e bom espírito esportivo tais como o cavalheirismo, elegância, respeito às regras, sociabilidade entre os sexos, longevidade, embate de estilos e personalidades, glamour, alta competitividade, diversão ao ar livre, responsabilidade social e bom humor, estes que estão presentes até hoje em clubes, academias, parques. Por que não nas ruas de bairros e nas escolas?

Na escola, a criança apresenta uma maior autonomia e atividade social, sendo assim, a criança pode vivenciar o tênis, adaptado de forma lúdica e recreativa para podem enriquecer o seu repertório motor, além de servir como importante facilitador do processo de aprendizagem específica ou para toda a vida futura. Por sua vez, o professor é o encarregado de tomar decisões referentes à contextualização dos objetivos e conteúdos prescritos, aplicação de métodos, estruturação do espaço, do tempo de execução do processo de aprendizagem e a articulação dos recursos disponíveis.

Crespo (1999), afirma que os professores de educação física são capazes de levar conhecimentos gerais sobre a educação física de base, pois contam com conhecimentos acadêmicos de biomecânica, didática, pedagogia, organização social grupal, que se convertem a ser o candidato ideal para a difusão e desenvolvimento do tênis na versão escolar, mini tênis.

Tal idéia é reforçada por Urgeles (2006), ao referir que, atualmente, os aspectos metodológicos ligados a pratica mais correta do processo de ensino aprendizagem são de grande importância, pois, geralmente refere-se ao desenvolvimento dos alunos, sendo que depende do que cada um adquire com os processos de aprendizagem.

Para Silva (2007), o tênis pode ser comparado ao basquetebol, pois o tenista precisa grudar os olhos na bola e fazer trocas rápidas de direção e também com o xadrez, por ser um jogo puramente mental, de antecipação das possíveis jogadas do adversário, é assim, um jogo de estatística e quem erra menos provavelmente vencerá a partida.

Estas e outras colocações demonstram a possibilidade do tênis ser implantado na escola, carecendo, porém, de uma metodologia específica para esta modalidade.


2.2.2 Técnicas e processos para o ensino do tênis na escola

Entre as formas que se utiliza para a iniciação do tênis na escola, destaca-se o mini tênis, que é um processo simplificado para o seu ensino, destinado às populações de menor faixa etária.
Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT, 2007), este processo é um método utilizado para ensinar iniciantes a jogar tênis, que consiste de uma maneira divertida e ativa utilizando a superfície de jogo e materiais adaptados como redes baixas, bolas de espuma, raquetes pequenas para que se aprenda a jogar rapidamente.

Para esta Entidade, além do aprendizado mais facilitado, o mini-tênis proporciona a possibilidade de praticar uma atividade física mais agradável e divertida, estimulando os jogadores a continuar jogando tênis em clubes, academias e outros espaços e as habilidades utilizadas podem ser aprendidas no mini tênis e depois transferidas para a quadra grande, pois desde o primeiro momento o aluno pode bater, rebater, e pontuar.

Por sua vez, a Federação Internacional de Tênis (ITF, 2008) dispõe que este processo de ensino é ideal para ensinar as crianças já na idade escolar por ser um elemento de fácil assimilação por escolares de tenra idade.

Entende-se de que a iniciação a esta modalidade poderia ser realizada numa quadra pequena, demarcada em qualquer superfície plana, com a utilização de raquetes de madeira ou alumínio, leves, pequenas e com cabo fino. As vantagens de se utilizar o mini-tênis são o de se poder usar tanto o pátio de uma escola como uma quadra, as regras são muito simples, a técnica é muito básica, muito fácil, divertido, serve para jovens e adultos, e o material utilizado não é caro.

Segundo a Revista Tenisbrasil (2007 apud SILVA, 2007), quase não existem quadras públicas no Brasil, sendo que os programas de tênis nas escolas e nas universidades ainda são restritos a poucas unidades de ensino.

Incentivos para o tênis nas escolas e universidades, construção de quadras públicas e organização de torneios regionais para todas as idades e níveis de jogo trouxeram para o esporte branco cerca de vinte e nove milhões de norte americanos (USTA, 1976 apud SILVA, 2007).
Alguns projetos sociais desenvolvidos no Brasil, como a “Caravana de Esportes” dão oficinas de confecção de raquetes, mas as bolas de borracha são industrializadas. Assim sendo, um professor criativo, que desejasse implantar o tênis na sua escola, poderia improvisar a rede e as raquetes com materiais alternativos.

Ultimamente, têm-se observado que muita coisa mudou para o praticante do tênis, destacando-se uma maior leveza nos equipamentos, mais conforto, mais potencia gerado em cada rebatida, utilizando menor esforço. A indústria atendeu as crianças criando-lhes modelos de raquetes com tamanhos proporcionais a sua altura, produzidos com materiais mais leves e aros maiores das convencionais.

Se no passado era um hábito comum os professores serrar o cabo das raquetes de madeira, para que ficassem com o tamanho apropriado aos pequenos, existem hoje, raquetes com cabos coloridos para identificar a empunhadura facilitando o aprendizado e as bolas de espuma são excelentes opções para iniciar no tênis.

Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode aprender este jogo. A indústria de equipamentos esportivos está tornando o aprendizado cada vez mais fácil, com bolas mais leves e raquetes de tamanhos progressivos para cada faixa etária. Existem até redes portáteis, que podem ser montadas em ruas, parques e galpões (SILVA, 2007, p.63).

A autora complementa, afirmando que desde os cinco ou seis anos de idade, as crianças devem ser estimuladas a brincar com raquetes e bolinhas livremente, apenas para se familiarizarem com os materiais e ver o que conseguem fazer com eles. Se a criança mostrar interesse as primeiras aulas formais podem ser feitas a partir daí. Aos oito a dez anos, enfrentará, provavelmente, as suas primeiras situações de jogos em equipe, sendo, por isso, a fase crucial para continuar gostando de esportes ou afastar-se deles para sempre.

Tal fato leva à premissa de que as escolas deveriam incluir esta modalidade, pois, muitas crianças nunca mais praticam esportes por terem sido desafiadas acima de suas capacidades nesta fase, ou por ter sido humilhadas e gozadas pelos colegas de classe.

O tênis é um esporte de fácil aprendizagem, porém, a sua quadra é muito grande para os iniciantes, principalmente para as crianças, sendo a rede muito alta, as bolas muito “vivas” e raquetes pesadas. Por esta razão, devem ser realizadas adaptações no sentido de colaborar com o aprendizado do esporte.

O mini tênis trouxe uma série de adaptações para os iniciantes desta modalidade, desde os pequenos até os maiores. Hoje, na sua aprendizagem, o mini tênis pode apresentar as seguintes características e soluções:

 PROBLEMAS Distância do corpo x bola   Velocidade do quique da bola   Força do golpe e tamanho da quadra
SOLUÇÕES

 Utilizar raquete mais curta Trocas às bolas normais por mais lentas Reduzir as dimensões da quadra e a altura da rede
PROGRESSÕES · Com a mão
· Raquete de tênis de mesa
· Jogar com raquetes de madeira ou plástico
· Utilizar raquetes de tênis com a seguinte progressão de tamanhos: 21'; 23'; 25'; 26'; junior's e adultas
·   Grandes bolas
·   Utilizar bolas de plástico grande
·   Utilizar bola de tênis de espuma (soft)
·   Bolas de tênis murchas
·   Bolas usadas
·   Bolas novas

· Sem linhas
· Sem rede
· Com linhas e rede
· Mini tênis
· Quadras em marcação do saque
· Quadras de voleibol
· Quadra normal

PROBLEMAS
Distancia do corpo x bola
Velocidade do quique da bola
Força do golpe e tamanho da quadra

SOLUÇÕES
Utilizar raquete mais curta
Trocas às bolas normais por mais lentas
Reduzir as dimensões da quadra e a altura da rede

PROGRESSÕES
Com a mão
Raquete de tênis de mesa
Jogar com raquetes de madeira ou plástico
Utilizar raquetes de tênis com a seguinte progressão de tamanhos: 21’; 23’; 25’; 26’; junior’s e adultas
Grandes bolas
Utilizar bolas de plástico grande
Utilizar bola de tênis de espuma (soft)
Bolas de tênis murchas
Bolas usadas
Bolas novas
Sem linhas
Sem rede
Com linhas e rede
Mini tênis
Quadras em marcação do saque
Quadras de voleibol
Quadra normal

Figura 1. Problemas técnicos del tenis para iniciantes, soluciones y progresiones (CRESPO et al 1992, apud CRUZ, 2003).

Todas estas adaptações podem ser consideradas e aproveitadas pelos professores de educação física para sua aplicação no contexto escolar utilizando como meio educativo o mini tênis, pois, as adaptações e progressões no âmbito escolar podem ser muito criativas e divertidas, se comparadas ao que pode desfrutar do ensino tradicional do tênis, devido às características e condições de trabalho que existem nas escolas (espaço, instalações, numero de alunos e tempo.
Tsirakis e Knijnik (2007, apud SILVA, 2007) acreditam que as escolas de ensino fundamental e médio, bem como as de nível superior, deveriam prover aos jovens informações e prática de boa qualidade para a saúde corporal e atividade esportiva por meio das aulas de educação física utilizando-se do tênis como um das ferramentas, pois os jovens podem desenvolver aspirações morais, éticas e de saúde física.

Para os Parâmetros Curriculares Nacionais: educação física - PCNs (BRASIL (1997), a realidade das escolas brasileiras é que os espaços disponíveis para a prática da aprendizagem dos jogos, lutas, danças, esportes e ginásticas não apresentam a adequação e a qualidade necessárias. Alterar esse quadro implica em uma conjugação de esforços de comunidades e poderes públicos, podendo potencializar o uso destes espaços já disponíveis através de adaptações destes como as quadras, pátios, jardins, campinhos, espaços dentro ou próximo à escola para realizar as atividades de educação física.

Dentre os possíveis problemas de implantação no âmbito escolar pode-se destacar o numero de alunos por turma, os materiais (se utilizar o convencional), os espaços e instalações caso não queira adaptá-los em ginásios, pátios, jardins, gramados e demais superfícies.

Conforme Oliveira (2004), as variáveis das condições locais, estrutura, possibilidades de ações, administração, demais docentes, alunos e tantos outros, impedem, por vezes, a aplicação de novas ações em sua plenitude.

No sentido de popularizar o tênis nas escolas, a (ITF, 2008) propõe que:
O mini-tênis é ideal para ensinar o tênis nos colégios, é um elemento chave para popularizar o tênis em todo o mundo em nível de base, oferece uma oportunidade para atrair novos participantes e descobrir novos talentos, serve como introdução ao tênis em todas as idades, as habilidades utilizadas no futuro podem ser aprendidas no mini-tênis e transferidas para a quadra grande”.

Porém, segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná - DCE (PARANÁ, 2008), mudar os conteúdos podem gerar uma sensação de desconforto, uma vez que nos deparamos com o novo, com o não experimentado, com aquilo que não é esquemático, articulando o novo do velho, o tradicional do inovador, sem ferir as práticas e experiências de todos os envolvidos no processo de formação.

Tal fato ocorre porque,

Quando uma proposta esportiva é inserida em determinada escola, não se deve prescindir da referência a aspectos da cultura escolar de sua inserção. O tênis está inserido na busca de uma adequação que o popularize como um jogo e que dê preponderância aos benefícios sociais do lazer, ampliando assim a perspectiva da inclusão social na cultura escolar (DIAS e RODRIGUES, 2009 p. 62).

Por esta razão, para incluir qualquer nova modalidade esportiva no currículo escolar carece de uma ampla reflexão político-social em função dos desafios que precisarão ser enfrentados.

Assim sendo, ao programar a atividade do tênis na escola, os professores poderão provavelmente se deparar com algumas dúvidas tais como quando e com o que trabalhar no decorrer dos anos escolares (OLIVEIRA, 2004).

A experiência do autor tem demonstrado que para isso, devem-se utilizar materiais adaptados como: redes baixas, bolas de espuma, raquetes pequenas, quadras menores os professores podem proporcionar as crianças um aprendizado do jogo mais rápido. As adaptações das quadras de tênis podem ser improvisadas em ginásios, pátios de cimento ou asfalto, terra ou jardins compactados, demarcados com giz, faixas, cones. As redes podem ser confeccionadas com cordas, barbantes, faixas “zebra”, postes de voleibol, elásticos e outros meios que o professor criar.

Tais providências irão se formar no ambiente escolar, grupos de amigos, que, aos poucos incorporarão outros jovens da comunidade, ensejando assim, a construção de uma quadra de tênis ou, ao menos, pintar as marcações desta modalidade na quadra poliesportiva da escola (SILVA, 2007).

Os projetos de implantação do tênis mostram como o conhecimento, a experiência e a vida significam autoconhecimento e podem resultar em ganhos individuais e coletivos no ensino fundamental, produzindo maior acesso à qualidade de ensino dos alunos e professores bem como a qualidade de vida para ambos e para as famílias que integram a cultura local da escola e do esporte na escola (DIAS E RODRIGUES, 2009).

Com base nestas informações, demonstra-se ser possível que o profissional da área possa contribuir para a popularização deste esporte e, através do processo de diversificação das aulas, incluírem-lo como um conteúdo regular do currículo escolar da educação física.

3. METODOLOGIA

Este estudo, com caráter descritivo (MARTINS JUNIOR, 2008), visa diagnosticar a necessidade e as perspectivas de implantação do tênis nas escolas municipais de Arapongas, PR.

A amostra foi composta por quatorze escolas municipais da cidade de Arapongas, das quais foram pesquisados o seu diretor e dezessete professores de ambos os sexos .

Os instrumentos utilizados nesta pesquisa foram dois questionários, sendo um, destinado aos diretores e o outro, aos professores de educação física das escolas pesquisadas Os dados foram coletados pelo próprio pesquisador nos intervalos das aulas de Educação Física, tendo os questionários sido recolhidos após o seu preenchimento. .

Os resultados, analisados de acordo com as freqüências e percentagens foram colocados em gráficos e tabelas abaixo, permitindo as seguintes análises e discussões.

4. Discussão dos resultados

Questionados inicialmente, sobre o número de alunos matriculados nas escolas municipais e o número de professores que atuam no cargo de professores de educação física, os diretores relataram que, devido à estrutura física das escolas, o número de profissionais é suficiente e que não há incentivo por parte da escola para que os mesmos possam se atualizar em conhecimentos específicos em simpósios, workshop, encontros, congressos e outros meios.

Ao questionar sobre as suas formações acadêmicas, seis professores responderam que aconteceram entre os anos de 1989 a 2000, enquanto nove professores citaram se formaram entre os anos de 2003 a 2007. Observou-se ainda, que a maioria dos professores pesquisados já tinha cursado algum curso de especialização. Tais resultados contrastam com os obtidos por Pereira (2007), ao verificar que esta realidade é diferente de cidade para cidade, pois, dos cento e quarenta e três professores que pesquisou apenas cinco possuíam alguma especialização.

Por outro lado, todas as escolas municipais de Arapongas afirmaram possuir apenas uma das instalações desportivas questionadas, tendo, na oportunidade, citado as seguintes instalações:


Figura 1. Tipos de instalações esportivas das escolas municipais de Arapongas.
Evidenciou-se então, que nove escolas possuíam uma quadra poliesportiva, duas escolas citaram um campo gramado, duas possuíam um ginásio coberto e uma escola possuía apenas um pátio para realizar as aulas de educação física.

Verificou-se ainda, que nem todas as escolas possuíam instalações esportivas adequadas para as aulas de educação física, sendo que, na época da realização desta pesquisa, essa prática era realizada em pátios e campos, uma vez que as quadras das escolas municipais de Arapongas estavam sendo reformadas e, aos poucos, sendo cobertas.

Para Martins Junior (2006), a falta de espaço não pode impedir o professor de propor atividades aos alunos, mas deve-se considerar que locais desfavoráveis atrapalham muito.

Questionados sobre quais modalidades esportivas os professores desenvolviam nas suas aulas de educação física, os diretores citaram as seguintes:


Figura 3. Atividades desportivas lecionadas nas escolas municipais de Arapongas

O estudo revelou que, a dança era, na época, a modalidade mais evidente seguida do futsal, ginásticas, voleibol e futebol.

Tal fato se explica talvez pela formação recebida na graduação ou, devido às vocações dos professores para as modalidades acima, destacando também, a falta de novos esportes como ferramenta de trabalho. Este problema limita a motivação para a prática da Educação Física, pois, sabe-se que, quando essas aulas são desenvolvidas com criatividade e atividades ecléticas, constituem um elemento fundamental para o professor fomentar a mentalidade necessária para a prática esportiva continuada.

Num estudo realizado em São Paulo, Mussucato (1996, apud MARTINS JUNIOR, 1998) verificou que a falta de atividades diferentes pode desmotivar o aluno a praticar atividades físico-motoras, e leva a diminuir ainda mais tal prática com o passar dos anos escolares e o aumento da idade.

A respeito do currículo da disciplina educação físicas cinco dos diretores pesquisados disseram que cabe à escola a decisão pela oferta das atividades a serem oferecidas, enquanto nove deles responderam que a escolha é realizada pelo professor desta disciplina.

Tal diversidade de opinião é contestada por Lima, Rangel e Betti (2002, apud PEREIRA, 2007) ao destacar que as atividades precisam ser aplicadas com base em objetivos específicos e não como uma aula desassociada de outra, ou seja, sem planejamento, intencionalidade e principalmente, preocupação com o desenvolvimento das potencialidades individuais e coletivas dos educandos.

Ainda a este respeito, um estudo de Oliveira (2000, apud PEREIRA, 2007) aponta que as aulas de educação física representam uma oportunidade de conhecer, ensinar, analisar, avaliar, pesquisar e refletir. Assim sendo, se novas atividades forem propostas nas aulas de educação física, e se forem aplicadas com competência e sistematização, podem contribuir para a formação do aluno.

Para Martins Junior (2006), na preparação das suas aulas, poucos são os professores que modernizam ou modificam os conteúdos, os processos e os objetivos, ministrando assim em todos os anos escolares os mesmos assuntos e modalidades esportivas.

Um exame das respostas dos professores revelou que a escolha dos conteúdos a serem aplicados nas aulas de educação física, na maioria das escolas, é realizada pelo próprio professor, e em outras, em conjunto com a direção e ouvidas as sugestões da Secretaria Municipal de Educação. Além disto, segundo os professores, o projeto pedagógico das escolas pesquisadas, no que se refere à educação física são elaborados em conjunto de professor, e equipe pedagógica.

Sobre a oferta de práticas esportivas extracurriculares, 71,43 % dos diretores disseram que não as oferecem.

Tais resultados contrariam os estudos de Paes (2001) ao preconizar que a oferta de modalidades extracurriculares é básica para que a escola seja uma agência de promoções e difusão de culturas, até devido à dificuldade de que todos tenham acesso aos diversos esportes que como o tênis são oferecidos apenas em clubes esportivos ou a freqüentadores de academias privadas.

Sobre o estado do material disponível para as atividades extracurriculares, 25% dos diretores das escolas que as oferecem relataram que classificam como bom e atende as necessidades diárias, 25% o classificam como precário e não atende as necessidades diárias, enquanto 50% afirmaram ser satisfatório e em alguns momentos atendem as necessidades diárias. Relataram também que os materiais são adquiridos pela escola através de promoções, rifas, pelas APP`s e eventos, e que não recebe nenhuma ajuda de patrocínios.

Tal fato se deve porque na maioria das escolas públicas, o material esportivo recebido do Estado ou do Município é insuficiente até mesmo para as suas próprias aulas e para atender ao esporte escolar.

Um estudo de Martins Junior (2006) destaca a necessidade dos órgãos governamentais serem sensibilizados pela importância dos materiais e de adequadas instalações esportivas, no sentido de um melhor aproveitamento do espaço, do bem estar dos praticantes, da sua adequação às atividades pretendidas, como também para criar um ambiente motivador para as aulas da disciplina de educação física e atividades extracurriculares.

Para este autor, as escolas carecem de materiais para as aulas de educação física, da mesma forma como todas as demais disciplinas da escola.

O presente estudo revelou que para 85,71% dos diretores pesquisados, as práticas esportivas de suas escolas são consideradas curriculares, portanto inseridas no projeto pedagógico da escola enquanto que 14,29% as consideram extracurriculares, embora também estivessem inseridas no seu projeto pedagógico. Todas as escolas que oferecem atividades extracurriculares confirmam que as atividades oferecidas não substituem as aulas regulares de educação física e que os alunos não são dispensados dessas aulas.

Indagados se as escolas possuem algum tipo de parceria como estágio com alguma escola superior de educação física para realizar ou implantar as práticas esportivas extracurriculares os diretores de apenas duas disseram que sim, as outras doze não firmam nenhuma parceria.

Tal fato talvez seja devido à inexistência de convênios ou alguma Resolução da Secretaria Municipal de Educação para tal, ou talvez pelo fato de as escolas não terem como hábito a participação em competições externas.

Por sua vez as escolas que oferecem as práticas extracurriculares relatam que oferecem estas atividades com a finalidade de integração, socialização, concentração, maior interação com a família, disciplina e principalmente ocupar o tempo ocioso das crianças buscando a formação completa dos alunos.

Questionados se a oferta de uma boa estrutura e qualidade nos serviços prestados poderia modificar a visão que a comunidade tem sobre as suas escolas, 94,12% responderam afirmativamente.

Tais respostas são semelhantes às obtidas por Vale (1995, apud MARTINS JUNIOR, 1996), ao revelar que os educadores em geral, utilizam as instalações esportivas da escola com práticas de atividades físicas e esportiva sendo uma das formas de aproximar a escola da comunidade, estreitando assim, as relações entre professores e a sociedade civil.

No julgamento dos professores quanto a oferta de práticas esportivas extracurriculares pelas escolas 76,47% concordam que estas práticas contribuem com a Educação, a disciplina e o respeito entre as crianças, melhorariam o seu desenvolvimento cognitivo e motor, ocupariam melhor o tempo ocioso do aluno, motivam para as aulas curriculares de educação física, esporte, para a descoberta de novos talentos e na motivação para o esporte.

Tabela 1. Contribuições das atividades extracurriculares

Modalidades

F

%

Educação e respeito entre as crianças 3 7,50%
Melhoria do desenvolvimento cognitivo e motor 3 7,50%
Ocupar o tempo ocioso do aluno 7 17,50%
Motivação e compreensão para as aulas curriculares de educação física 1 2,50%
Descoberta de novos talentos 1 2,50%
Na motivação para o esporte 11 27,50%
Na disciplina para a escola 14 35,00%
N = 17 40 100%

Indagou-se então, aos professores, o que estaria faltando à sua escola para que esta oferecesse novas modalidades esportivas nas aulas curriculares e ou extracurriculares e 50% destes professores em suas respostas destacam a falta de espaço físico ou estrutura, 31,82% que falta material adequado, 13,64% o não interesse da população administrativa do município, e 4,55% que tenha profissionais disponíveis e interessados.

Desde a década de 70, é sabido que o interesse por qualquer atividade deve ser estimulado na criança desde o seu ingresso na escola. Jolibois (1976, apud MARTINS JUNIOR). Barbosa (2003, apud BALBINOTTI et al. 2009) relata que os professores de educação física alegam que a omissão de oferta da modalidade tênis de campo se deve primordialmente à falta de materiais e espaço apropriado a tal prática.

Diante deste fato o tênis e outros esportes poderiam ser inseridos nas escolas, pois estas práticas não devem ser limitadas a educação física, mas prolongadas pelas atividades desenvolvidas durante toda a vida, trabalho e horas de lazer dos indivíduos, até porque podem ser adaptados os materiais.

5. Conclusão

A pesquisa realizada com diretores e professores de educação física das escolas municipais de Arapongas permitiu verificar que os professores têm amplas condições de oferecer o tênis na escola, bastando para isso, pequenas modificações nas instalações e utilização de equipamentos adaptados.

Demonstrou-se também, que a modalidade tênis de campo pode se juntar à lista dos conteúdos fundamentais a serem utilizados para o desenvolvimento integral do aluno. Fato que se ocorrer oferta desta modalidade, se constituirá uma novidade para os alunos, podendo ser motivados ainda mais para a prática da educação física escolar.

Sugere-se assim que, o tênis pode ser inserido nas escolas municipais de Arapongas, tanto como um conteúdo regular das aulas de Educação Física como aproveitando o período do contra turno escolar, em projetos realizados em parceria com a Secretaria Municipal e com a Secretaria Estadual de Educação.

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