Qua, 17/12/08 22:10
PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES
AO CDOF RESPONDE
CONSULTORIA GRATUITA CDOF
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410.
Distribuição
das fibras brancas e vermelhas - 03/06/02
Olá caros colegas do CDOF!!!! Eu gostaria de saber como são distribuídas
as fibras musculares brancas e vermelhas ou de resistência e de força.
Em quais grupos musculares há mais fibras brancas ou vermelhas... Muito
obrigadoo!!!! Fábio Cim.
Olá Fábio, Convidamos
alguns Consultores para lhe ajudar e veja que ele retornaram:
Prof.
Jorge Henrique Peixoto:
Sob um ponto de vista funcional, as células musculares
não constituem um tecido homogêneo. Muitos músculos são
constituídos de fibras musculares com diferentes propriedades mecânicas.
Existe uma relação entre estas propriedades e as caracterísitcas
histoquímicas e morfológicas das fibras (BURKE e EDGERTON, 1975).
As fibras são distribuídas pelo nosso sistema muscular e classificadas
da seguinte forma:
1 - fibras de contração lenta (ST, tipo I, ou vermelhas)
2 - fibras de contração rápida (FT, tipo 2, ou brancas)
Há subdivisões para os dois tipos de fibra: LENTA:
1A e 1B, RÁPIDA: 2A, 2B, 2C. Para detectar ou especificar em quais grupos
musculares há mais fibras brancas ou vermelhas pode-se fazer uma biópsia,
entretanto por ser de difícil acesso temos outra forma: ao fazer uma avaliação
física completa deve-se prestar bastante atenção se o indivíduo
está mais adaptado a realizar exercício aeróbio (fibras
tipo I - contração lenta-vermelha) ou se o mesmo está preparado
para desempenhar piques de trabalho de alta intensidade e curta duração
- musculação, corrida de 40m, anaeróbios- (fibras tipo II-contração
rápida-branca).
CARACTERÍSITCAS
TIPO I TIPO II
Força por área de seção
transversa BAIXA ALTA
Atividade da ATPase miofribrilar (pH 10,4) BAIXA ALTA
Reservas musculares de ATP BAIXA ALTA
Reservas musculares de PC BAIXA ALTA
Velocidade de contração LENTA RÁPIDA
Tempo de relaxamento
LENTA RÁPIDA
Atividade Enzimática Glicolítica BAIXA ALTA
Endurance ALTA BAIXA
Reservas intramusculares de glicogênio S/DIFERENÇA
Reservas intramusculares de triglicerídeos ALTAS BAIXA
Conteúdo
da mioglobina BAIXO
Atividade enzimática aeróbica ALTA BAIXA
Densidade capilar ALTA BAIXA
Densidade mitocondrial ALTA BAIXA
Leia Mais:
Teste para
verificar o tipo de fibra do atleta
Fibras brancas
e vermelhas e o tipo de
treino
Prof.Luiz Carlos Chiesa,
Quadríceps
Fibras brancas: Vasto medial,
vasto lateral
Fibras vermelhas: reto femural
Tríceps sural
Fibras brancas: gastrocnêmio
Fibras vermelhas: sóleo
Jarrete
Fibras brancas: semimembranoso
Fibras
vermelhas: semitendíneo
Outros
Tibial anterior
Bíceps braquial
Deltóide
Músculo Quadríceps
Atletas
|
Fibras Brancas
|
Fibras Vermelhas
|
Corredor de maratona
|
18%
|
82%
|
Nadadores
|
26%
|
74%
|
Atleta masculino
médio
|
55%
|
45%
|
Halterofilistas
|
55%
|
45%
|
Corredores curta
distância
|
63%
|
37%
|
Saltadores
|
37%
|
37%
|
Fonte: Stegemann; 1979.
411. Desenvolvimento de grupo muscular com pouco desenvolvimento
- 3/06/02
Gostaria de saber o que fazer para hipertrofiar um grupo muscular (no caso
o bíceps) que desenvolve muito pouco, ou seja, eu treino este grupo
muscular mas ele não responde de maneira satisfatória, ele aumenta
muito pouco e seu aumento é desproporcional aos outros grupos musculares.
Poderiam me ajudar? Muitissimo obrigado!!Fábio Cim.
Oi Fábio, mais uma vez os professores colaboram com você lhe trazendo
o seguinte:
Prof. Jorge Henrique Peixoto,
Segundo Dilmar Pinto Guedes Junior, a hipertrofia é atribuída
aos seguintes fatores:
A - Aumento do número e tamanho das miofibrilas por fibra muscular -
síntese proteica - sobrecarga tensional (miofibrilar) - 1 a 6 repetições
(Com cargas elevadas). Estável, ou seja, com a parada do treinamento
os resultados permanecem por tempo prolongado.
B - Aumento da quantidade total de proteína particularmente no filamento
de miosina.
C - Aumento da densidade capilar - com o treinamento, o número de capilares
por fibra muscular chega a duplicar.
D - Aumento da quantidade dos tecidos conjuntivos, tendinosos e ligamentos.
E - Modificações bioquímicas resultando um aumento do
ATP-CP, glicogênio, mitocôndrias, várias enzimas e água
- sobrecarga metabólica (sarcoplasmática)- consegue-se com repitições
em torno de 10 a 15 ou mais, com cargas mais leves. Instável, pois com
a parada do treinamento os resultados logo desaparecem. Antes de tudo deve-se
levar em consideração:
A
- PRICÍPIOS CIENTÍFICOS
DE TREINAMENTO:
1 - Individualidade Biológica;
2 - Adaptação;
3 - Sobrecarga;
4 - Interdependencia Volume X Intensidade;
5 - Continuidade;
6 - Especificidade.
Ver mais
B
- SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA:
1. Pirâmide
2. Super Série
3. Alternado Por Segmento
4. De Volume
5. Roubada
6. Negativa
7. Pausa
8. Parcelado
9. Blitz
10. Superbomba
11. Triplo
12. Queima
13. Repetição Forçada
14. Drop Set... dentre outros.
Além disso, podemos também considerar outros
fatores:
- divisão de grupos musculares
- tempo total de treino/diário
- descanso ente os dias de treino
- descanso entre as séries de treino
- alimentação / suplementação - genética.
OBRIGADO, JORGE HENRIQUE
Prof.Luiz Carlos Chiesa,
Tente o seguinte expediente:
(Microciclo 1)
Treine durante 4 semanas três vezes por semana com cargas
de 70% a 79% da carga máxima; aproximadamente 7 a 10 repetições
no limite. Junte 3 exercícios para o bíceps e faça 4 grupos
ou sets com a carga equivalente a 70% a 79%. A velocidade dos movimentos neste
ciclo deve ser moderada a rápida.
(Microciclo 2)
Treine durante 4 semanas com cargas mistas entre 70 % a 79%
e 50% a 59%, respectivamente 7 a 10 e 16 a vinte repetições. Faça
dois sets de 7 a 10 e 1 set de 16 a 20 repetições. As repetições
neste ciclo devem ser executadas com velocidade lenta a moderada.
(Microciclo 3)
Durante as próximas 4 semanas aumente o número
de exercícios para 4, e retorne para o percentual de carga do microciclo
1. Refaça os 3 ciclos de treinamento 1 vez e entre novamente em contato
conosco.
Luiz Nascimento.
412. Iniciação lúdica
ao Taekwondo - 03/06/02
Meu nome é Harrison, sou acadêmico de E. F. e estou fazendo meu
trabalho de conclusão de curso. É um Programa de iniciação
LÚDICA ao Taekwondo pra crianças de 5 a 8 anos, e gostaria de
um auxílio para conceituar a LUDICIDADE. Espero contar com esta ajuda.
Desde já agradeço.
Oi Harison, sua resposta vem de nossa nova Consultora Profa.
Keyla Loureiro, que contribui prontamente o seguinte:
Saudações Harrison!
A palavra "Lúdico" é derivada do latim "Ludo" que
significa "Jogo".
Se o seu trabalho é sobre iniciação Lúdica ao Taekwondo
(tkd), o que você pretende é transformar execercíos e atividades
educativas, para o aprendizado do mesmo, em jogos e brincadeiras que tenham
encutidos em seu conteúdo essa iniciação ao tkd, seja
do ponto-de-vista psicomotor, tático, técnico e até mesmo
de condicionamento físico.
Como não sou uma especialista em tkd, vou dar um exemplo
de como você poderia fazer isto com uma outra modalidade:
Ex: modalidade Voleibol
- conteúdo a ser desenvolvido: aprendizado do saque "por cima'" (tipo
tênis)
- atividade lúdica criada p/ desenvolver o conteúdo objetivado:
o jogo: consiste atirar o maior número de bolinhas por cima da rede
durante um determinado tempo com objetivo de mantê-las no campo adiversário;
as duas equipes farão isto ao mesmo tempo, portanto, as bolinhas que
chegarem no sua quadra deverão ser atiradas de volta para a quadra adversária,
constantemente, até que o tempo se acabe.
Obs.:
1- material: 1 bolinha de tênis para cada criança;
2- cada membro da equipe deverá se posicionar na distância da
rede que melhor lhe proporcione êxito;
3- o professor cronometrará cada "set" que neste jogo terá a
duração de no máximo 45 segundos;
4- a altura da rede deverá ser aumentada gradativamente conforme haja
melhoras nos resultados;
5- quando o tempo parar, o prof. deverá contar com a ajuda das 2 equipes
quantas bolinhas ficaram em cada quadra;
6 -a equipe tiver menos bolinhas em sua quadra é a vencedora;
7- a bola de tênis deverá ser trocada por bolas gradativamente
maiores até chegar na bola de voleibol; como a criaça não
conseguirá atirar bola de volei com a mesma técnica que usava
para atirar a de tênis, devido ao seu tamanho, o prof. deverá introduzir
as técnicas para o saque que incluem o arremesso e o contato;
8- outras variações da mesma atividade podem ser criadas... Conclusão:
este joguinho é extremamente simples e motivante para a faixa etária
de 5 a 8 anos, pois além do componente "competitividade" as
crianças precisam correr contra o tempo... sem perceber elas descobrem,
por si só, a maneira mais eficiente de atirar a bolinha por cima da
rede, que acabará sendo, em quase 100% das crianças participantes,
o movimento do saques tipo tênis; posteriormente, ficará muito
fácil introduzir a bola de vôlei uma vez que o movimento já está concebido.
Outro exemplo mais familiar é o jogo "câmbio" que é uma
forma lúdica de ensinar posicionamento e movimentação de
jogo do voleibol.
RECEITA DE BOLO: Tudo o que você tem a fazer é identificar o seu
objetivo e quais os métodos formais de desenvolver cada um deles; em
seguida acrescente àquelas atividades e/ou exercícios convencionais
uma boa dose de diversão e prazer; misture bem usando o dobro da medida
criatividade e PRONTO...você já tem os ingredientes perfeitos
para iniciar crianças ao tkd.
Se ainda restarem dúvidas, fique à vontade para consultar-nos
novamente. Um Abraço, Keyla Loureiro.
Equipe do CDOF:
Lúdico= relativo a jogos, engraçado. (Minidicionário da
língua portuguesa - Soares Almeida, 1997)
413. Hérnia-de-Disco
- 04/06/02
Quais são os fatores etiológicos (causadores) da hérnia-de-disco??
Muito obrigado!! Abraços. Fernanda
Oi Fernanda, nossa equipe deu uma pesquisada e encontramos no livro Exercícios
Aquáticos Terapêuticos , 1992, o seguinte:
Chamado de protusão discal, a hérnia-de-disco
refere-se à uma patologia em que parte do núcleo do disco faz protusão
em uma área enfraquecida ou fissurada do anel.
Como ocorre: o mecanismo mais comum é a lesão de torcer a coluna
ou levantar um objeto do solo. A carga levantada não precisa ser muito
pesada para causar a lesão. Frequentemente, um disco protrai porque
o levantamento é executado quando a coluna não está preparada
para suportar o estresse naquele momento particular.
Patologia: A protrusão do disco exerce pressão sobre o ligamento
longitudinal, o que pode causar dor intensa na região inferior das costas.
Se a protrusão for grande, ela faz pressão sobre a raiz do nervo.
Isto pode resultar em dormência, formigamento ou fraqueza nos músculos
supridos por esta raiz do nervo.
Sinais e Sintomas: Dormência, formigamento e fraqueza são sintomas
comuns, e podem estar presentes mesmo na ausência de qualquer intensidade
de dor significativa. Há aumento de dor ao tossir e no teste da elevação
da perna estendidaa. Exercícios de flexão também aumentam
a dor, mas o de extensão trazem alívio. Isso ocorre porque, a
extensão lombar faz com que o disco se movimente anteriormente, para
longe da protrusão.
Partes do Corpo Afetadas: Vértebras, músculos paravertebrais,
ligamentos espinhais, nervos, discos e facetas articulares.
Exercícios para o tratamento:
* realizar exercícios de extensão passiva;
* corrigir desalinhamento postural (incluindo qualquer desvio lateral);
* realizar exercícios de fortalecimento para os músculos abdominais
e extensores (na hérnia região lombar);
* acrescentar exercícios de flexão após ter ocorrido desaparecimento
das dores.
O Prof. Moraes sugere alguns textos
interessantes de sua autoria:
www.noticiasdocorpo.com.br/ano2n013/materia.htm
www.noticiasdocorpo.com.br/ano2n014/materia.htm
414. Recreação em Hotéis
- 05/06/02
Olá Meu nome é Karina e estou com muitas dificuldades para desenvolver
atividades recreativas em um hotel de minha cidade. Os participantes variam
de faixa etária . Tenho que recrear crianças adultos e idosos..
está muito difícil por isso estou recorrendo a vocês que
são muito bons. Poderiam me sugerir atividades... sites... e bibliografias?
Adoro este site ! beijo a todos !
Oi Karina ! Enviamos sua pergunta dois Consultores
que dominam o assunto. Veja o que eles lhe retornam:
Profa. Keyla Loureiro,
Saudações, Karina!
O que nós profissionais do Lazer temos constatado, acerca
de nossa área no mercado de trabalho é que, ainda, ela não é levado à sério
como deveria; parece contraditório, mas não é.
Desconheço sua região e talvez isso não
ocorra em outros lugares, mas afirmo, com conhecimentos de causa, que na região
onde trabalho, Circuito das Águas Paulista, com algumas raras exceções,
a visão dos hoteleiros ainda é pouco profissional quando o assunto é lazer.
Sabemos, que dentro do Lazer podemos identificar 6 interesses
culturais, e o turismo, do qual a hotelaria é dependente, é um
desses. Portanto, o turismo é apenas uma parte do Lazer, o que quer dizer
que ele vá muito além de tudo isto...
Perdoe-me pelas voltas que estou dando, Karina, mas é que
aproveito-me de sua dificuldade para discutir um dos assuntos que têm sido
constantes neste meio e que trazem prejuízos mútuos e abrangentes...
tenha paciência que chego lá !
O que pretendo é mostrar que se os hoteleiros conseguissem
enxergar, ainda que minimamente, a importância do lazer dentro de seu hotel,
eles jamais cometeriam o clássico erro de ECONOMIZAR com suas respectivas
equipes de lazer. É justamente aí, Karina, que começa o
seu problema. Se você está com dificuldades em elaborar atividades
para diversas faixas etárias, com as quais você é obrigada
a trabalhar, é porque, provavelmente, está trabalhando sozinha
ou com uma equipe, desproporcionalmente, menor... aí não há criatividade
que resista...
Para melhor ajudá-la preciso saber quais são
as condições de trabalho que o hotel lhe oferece, tais como:
- número de pessoas que compõem a equipe;
- carga horária e período de trabalho;
- recursos materiais (RM) disponíveis e/ou disponibilidade de aquisição
de RM;
- espaços físicos e equipamentos de lazer disponíveis;
- público-alvo do hotel.
É, colega, lazer é coisa
para ser levada a sério. Espero que você não esteja sozinha
nesta equipe, mas se estiver aí vai uma sugestão: - valorize
seu trabalho e cobre em dobro pela sua diária de trabalho... Aguardo
um novo contato, Um abraço. Keyla Loureiro
Prof.
Alexandre Cardoso de Souza (Piu-Piu),
A RECREAÇÃO E O HOTEL
· A menina dos olhos;
· Faz a diferença entre a estrutura e o algo mais;
· Proporciona a integração entre os hópedes;
· Leva alegria e entretenimento ao hotel;
· Faz relações humanas.
POSTURA DO RECREADOR
· Estar sempre disposto e motivante;
· Sorrir verdadeiramente;
· Transmitir confiança;
· Ser um RELIZADOR;
· Retirar de uma situação negativa ou não esperada
o melhor, o mais belo e o mais iluminado da própria/
· Se fazer ouvir;
· Ser claro com as palavras;
· Estar sempre a frente de qualquer situação e ANTECIPAR;
· Planejar sempre com antecedência.
TIPOS DE HOTÉIS
De Fazenda
De Praia
De Estância
Resorts
MONTAGEM DE PROGRAMAÇÕES
· Faixas etárias
· Horários
· Pontos de encontros ?
· Música ao vivo
· vender a atividade
ATIVIDADES E COMO E QUANDO UTILIZÁ-LAS:
INTEGRAÇÃO -
- Jornal Musical
- Nó Humano
DE CAMPO -
- Canibal
- War ou Conquista
- Vírus
DE QUADRA -
- Vassourobol
- Pac man
- Queimada de 3
- Jó Ken Pô
- Ruas e avenidas
DE SALÃO - ADULTOS -
- Mango
- Quem sabe mais
DE SALÃO - CRIANÇAS -
- Taxi
- Salada Mista ou correio geral
HIDRO RECREATIVA
GINCANA H²0 24 -
- Corrida do Garçom
- Revezamento de camisetas
- Por Cima por Baixo
MONTAGEM DE ALMOXARIFADO (Tipos de material )
Leia mais: Recreação
em Hotel
415. Recreação em ônibus
- 05/06/02
Caros colegas, estudo Educação Fisica e tenho que desenvolver
um trabalho recreativo em um ônibus de viagem com os funcionários
da firma em que desenvolvo ginástica laboral. E no momento nada me passa
pela cabeça e estou desesperada... podem me ajudar?? Sou muito grata.
Luiza curtis.
Oi Luiza ! Enviamos sua pergunta para a Consultora Profa.
Keyla Loureiro, que lhe retorna o seguinte:
Saudações, Luiza!
Eu, como profissional do lazer que ministra cursos para formação
de agentes de lazer, tenho notado que há uma carência muito grande
de embazamento teórico por parte dos "práticos do lazer" (sem
formação específica), o que tem banalizado a profissão.
Meu objetivo aqui não dar qualquer "receita de
bolo", até porque só existe uma "receita" para cada
situação e como não há uma situação
igual a outra, logo, não pode haver uma receita genérica para lazer.
Quem pretende trabalhar com nesta área, obrigatoriamente,
deve se instruir e se qualificar através de cursos que tenham algum conteúdo
específico de fato (conceitos de lazer fundamentados), pois a grande maioria
dos cursos têm meras brincadeiras como conteúdo, cursos estes que
não são totalmente inúteis, mas que não preenchem
este tipo de lacuna que você, Luiza, está tendo.
Para tentar te ajudar o que posso lhe adiantar é que
ao elaborar uma programação de lazer há que considerar diversos
fatores, de cunho técnico, que são imprescindíveis para
orientar na escolha das atividades, tais como:
Quando ocorrerá esta
viagem? Em que período do ano (verão, inverno, etc?)? Que tempo
você terá para programar?
Qual é, exatamente,
o nicho de mercado em que se insere a empresa?
Qual será público-alvo
(faixa etária, sexo, perfil profissional, etc.)?
Quem estará promovendo
a viagem? Você , enquanto instrutora de ginástica laboral ou empresa,
enquanto atividade institucional?
Qual o objetivo da viagem?
Qual será a origem
e o destino da viagem?
Que serviços (serviço
de bordo, guia, etc.) e que recursos eletrônicos e audiovisuais (microfone,
TV, vídeo, etc.) serão oferecidos a bordo do ônibus?
Todas estas questões devem ser resolvidas antes
planejar sua programação e, sem dúvida alguma, suas respostas
irão influenciar totalmente nas atividades a serem propostas. Sem considerá-las
você corre um grande risco de se frustrar com os resultados da aplicação
de atividades escolhidas aleatoriamente.
Bem, Luiza, espero ter ajudado. Se precisar de mais esclarecimentos
contate-nos a qualquer momento sem exitar. Um abraço, Keyla Loureiro
416.
Equação de Densidade
Corporal por circunferência para Mulheres - 05/06/02
Eu gostaria, se possível que, me esclarecessem uma dúvida em
relação a fórmula do % de Gordura que está nessa
referência abaixo. Tran ZV, Weltman A. generalized equation for predicting
body density of women from girth measurements. Med Sci Sports Exerc. 1989;
21: 101-04
Fórmula: Db (g/cc)ª= 1.168297 - 0.002824(Abdominal 1) + 0.0000122098(Abdominal
2) - 0.000733128 (Quadril) + 0.000510477(Estatura) - 0.000216161(Idade)
1) Qual a medida de "abdominal 1" ? E qual a medida de abdominal
2?
Sei que tem uma medida que é feita a nível da cicatriz umbilical,
outra que é feita entre a crista ilíaca e a última costela
e por fim uma outra realizada no ponto médio entre o processo xifóide
e a cicatriz umbilica. qual delas eu devo usar na fórmula? E em qual
local da fórmula?
2) Qual o valor do % de gordura obtido através dessa fórmula
(por circuferências) é valido?
3) E por fim eu queria saber se existem tabela de classificação
do % de gordura para crianças em diferentes faixas etárias? Abraço.
Ricardo Silva.
Oi Ricardo, sua pergunta foi respondida e retornada imediatamente por alguns
colegas, veja:
Prof. Ms. Roberto
F. Costa:
A equação enviada não está correta,
sua forma conforme foi publicada é:
Db (g/cc)ª= 1,168297 - 0,002824(Circ. Ab) + 0,0000122098(Circ. Ab)2 -
0,000733128 (Circ. Quadril) + 0,000510477(Estatura) - 0,000216161(Idade)
Onde:
Circ Ab = circunferência média abdominal [(Ab1 + Ab2)/2]
Ab1 = circunferência abdominal medida anteriormente no ponto médio
entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical.
Ab2 = circunferência abdominal medida na altura da cicatriz umbilical
Obs: na segunda vez que a Circ Ab aparece na equação ela é elevada
ao quadrado = (Circ. Ab)2
Quanto à validade dessa equação, podemos
dizer que sempre que se tenta estimar gordura corporal utilizando medidas somente
de perímetros os resultados esperados podem ser bastante discrepantes
da realidade, pois os perímetros contém massa gorda, massa muscular,
massa óssea e massa residual, o que torna muito difícil identificar
a proporção de gordura corporal total.
Em relação a valores referenciais de gordura
corporal para crianças de diferentes idades, podem ser obtidos em: Docherty,
D. Measurement in pediatric exercise science. Champaign, IL., Human Kinetics,
1996. Um abraço, Roberto Costa
Retorno de Ricardo Silva: Olá professores.. Agradeço
pelos esclarecimentos ! Mas ainda fiquei com uma dúvida.... Qual dessas
fórmulas utilizo para achar o gordura ? Essa {[4.95/DC]- 4.50}X 100 OU
{[4.57/DC]- 4.142}X 100 ou Outra? Professor .. no seu livro possui essas fórmulas
para o cálculo do % de gordura através de circunferências?
Existe um software onde eu possa colocar esses valores de circunferências,
para q esses dados fiquem armazenados? onde encontrá-lo. Desde já um
grande Abraço .. !!!
Retorno do Prof. Ms.
Roberto F. Costa: Na verdade, essa duas equações de conversão
de densidade corporal em porcentagem de gordura (a de Siri e a de Brozek) não
apresentam diferenças sinificativas, mas normalmente a mais utilizada é a
de (a primeira). Entretanto, Lohman (1986) sugere que esta equação é adequada
somente para homens de 20 a 50 anos e propõe várias correções
nas constantes para diferentes faixas etárias e de acordo com o sexo.
Sim, essas equações estão disponíveis no meu livro,
e o software que acompanha o livro realiza esses cálculos, podendo armazená-los
e emitir laudos.
Espero ter podido ajudar. Um abraço, Roberto F. Costa
Prof. Fabrício:
2) Abdominal 1 e abdominal 2, tratam-se do "perímetro abdominal
médio" e refere-se a média das medidas
feitas ao nível da cicatriz umbilical e aquela mensurada no ponto médio
entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical;
3) O valor do %G, evidentemente é válido, mas tem um erro padrão
de estimativa em que o autor deve citar;
4) Sim, existem tabelas de classificação do %G para crianças:
você vai encontrar em:
LOHMAN, T.G. Measurements in Pediatrics Exercise Science. Human Kinetics. 1996.
Leia mais: Equações
de % gordura para crianças e adolescentes
417. Fadiga Muscular - 06/06/02
Quais são as causas da fadiga muscular, e como tratá-la?
Olá caro usuário, para esclarecê-lo contamos com a
ajuda do Prof. Ms. Leandro
Lazzareschi, que lhe escreve uma resposta parcial. Veja:
Definição: Declínio da tensão
muscular com a estimulação repetitiva.
Componentes envolvidos na contração:
SNC (Sistema Nervoso Central)
Nervos Periféricos
Junção
Neuromuscular
Fibras Musculares
Causas: Diminuição significativa no conteúdo
do glicogênio, falta de 02 (Oxigênio) e aumento do ácido
lático e do PH, prejuízo no sistema de transferência
de energia, distúrbio no sistema tubular para a transmissão
do IN (Impulso Nervoso) e desequilíbrio iônico. Fadiga na junção
neuro-muscular e fadiga neural falha na transmissão neural ou placa.
Dados obtidos segundo a disciplina de Bioenergética do curso de Fisiologia
do Exercício - UNIFESP/EPM
" A fadiga envolve diferentes processos associados
com o sistema nervoso central e o mecanismo periférico. Ela foi classificada
de maneira geral em "fadiga central" e em "fadiga periférica " ou "local".
(fonte: JONATH, V. - Praxis der leichtathletik. Bartel & Wernitz, K.G.,
Berlin, 1973.
Espero que essas definições segundo boas referências, tenha
esclarecido. Qualquer dúvida me escrevam.
Abraços. Prof. Leandro
CDOF:Segundo McArdle e Katch, 1992,
O glicogênio muscular e a glicose sanguínea são os combustíveis
primários durante o exercício intenso. As reservas corporais
de glicogênio também desempenham um papel importante no equilíbrio
energético do exercício moderado e contínuo como a corrida
de maratona e natação em longa distãncia. Uma dieta
hipoglicídica depleta rapidamente o glicogênio muscular e hepático
reduzindo o desempenho do exercício de curta duração,
assim como de atividades de endurance prolongadas e submáximas. Tanto
para atletas como para indivíduos que reduzem, demasiadamente , o
percentual de glicídios, como em dietas líquidas e de inanição.
Essas dietas tornam difícil, do ponto de vista do fornecimento de
energia, participar na atividade ou no treinamento físico vigoroso
fazendo com que o praticante tenha fadiga muscular mais cedo.
Vamos aguardar para ver se sua pergunta
recebe uma complementação
por parte de outros colaboradores. Um abraço.