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208.
Lesões Na Dança
- 18/06/01
Faço faculdade de Educação Física e estou fazendo um trabalho de monografia
sobre traumatismo na dança,está sendo difícil de encontrar bibliografias, peço
a ajuda de vocês, obrigada desde já!! Renata - Estudante de E.F.
Olá Renata, levamos seu caso para um de nossos
consultores o Dr. Renato Romani e
ele diz o seguinte:
Prezados Amigos, Dessa vez separei alguns artigos que julguei importantes sobre
as lesões da dança. Esses artigos são encontrados no site www.bireme.br. (entre
palavras do tipo: injuries dance, dance, dança, )
Uma observação, o tema "Traumatismos na dança" irá explorar
uma visão intervencionista, típica para a medicina, acredito que o aspecto da
Educação Física poderia ser um tema que abordasse como evitar ou amenizar os
traumas na dança, aí sim a base de dados serviria para elaborar um trabalho relevante
aos profissionais que lidam com a dança. De outra forma irá apresentar-se como
uma revisão bibliográfica de traumatologia.
Na dança, a maioria da lesões deve-se a erros de técnica e
de treinamento. O erro mais freqüente é o giro forçado. Forçar o pé a rotar para
fora no solo, às custas dos joelhos, quadris e costas provoca um padrão previsível
de lesões, inclusive tendinite do flexor do quadril, irritação das facetas articulares,
fraturas de estresse das porções interarticulares, inflamação crônica do ligamento
colateral medial e síndrome de estresse tibial medial.
Um erro freqüente de treinamento tanto em bailarinas jovens
como experientes é a repetição de uma parte da coreografia, geralmente não familiar,
para treinar a exaustão e conseguir realiza-la. Infelizmente, as repetições continuam
mesmo depois da fadiga de ponta, devido à determinação das bailarinas de atingirem
a perfeição. É importante indagar da dançarina lesionada sobre a prática de novas
coreografias ou habilidades. A maioria das lesões ocorre com o aumento de classe,
ensaios ou forma súbita da técnica.
A desigualdade dos parceiros também é fonte de lesão, particularmente
na introdução de classes de pareamento no nível intermediário. Muitas vezes os
bailarinos não foram preparados para levantar com exercícios especiais ou não
aprenderam a técnica de levantamento de pesos antes da primeira tentativa de
levantar a bailarina. Além disso, as bailarinas a serem levantadas podem se inexperientes
e despreparadas para participar ativamente dos levantamentos. Atenciosamente;
Dr. Renato Romani
Outras fontes: http://www.physsportsmed.com/95index.htm (entre
com as palavras dance and injuries, dance),lá encontrará algumas
pesquisas em inglês.
Fica o nosso abraço!
209. AB-SLIDE funciona? - 19/06/01
Sou Formado em E.F. e gostaria de saber a opinião de algum especialista,
sobre o aparelho abdominal "AB-SLIDE", se é realmente eficaz na
tonificação e enrijecimento da musculatura abdominal e se pode
causar alguma lesão à coluna vertebral. AGOSTINHO MAGNO - DRT/RN
Oi Agostinho , pedimos ajuda para alguns consultores
e o professor Prof. Luiz Carlos de
Moraes nos retornou e explica o seguinte:
Amigo leitor e do CDOF! A maioria dos aparelhos destinados à execução
de abdominal que aparece na televisão, são apenas indicados para o iniciante
que nunca fez esse tipo de exercício. Geralmente têm formato que induz a execução
correta, isso analisando sob a ótica da biomecânica de aproximar a origem à inserção
para haver a contração, o que considero importante no iniciante. Ou seja, aprender
corretamente o movimento e isso não dispensa orientação profissinal. A falha
desses equipamentos é que eles são projetados para um determinado biotipo não
permitindo regulagem para o baixinho, o gordo e o "zé grandão".
Aqueles abdômens definitos do tipo "tanque de lavar roupa" que normalmente
acompanha a propaganda não se consegue só com o aparelho. Depois de um período
inicial de aprendizagem é importante abandoná-lo e fazer o abdominal com sobrecarga
progressiva. Claro, fazendo parte de um programa completo de atividades físicas.
Quanto à lesão, qualquer exercício mau executado pode causar danos. No caso,
nunca é demais lembrar dos cuidados com a coluna dorsal que deve estar sempre
apoiada e as pernas flexionadas na execução do "antigo" abdominal supra umbilical.
O ato de flexionar as pernas visa anular a ajuda dos flexores de quadril, isso
inclui não fixar os pés no chão, seja por ajuda de alguém, prender em algum
batente ou mesmo estar com caneleiras pesadas no tornozelo fazendo o abdominal.
Os novos aparelhos que
estão, na verdade, ressurgindo das cinzas em decúbito ventral, que mais parece
um brinquedo com uma ou duas rodinhas, onde o aluno segura com as duas mãos de
bruço e ficando de joelhos e escorregando para frente num "vai e volta" tem a
intensão de trabalhar, e realmente trabalha, o transverso do abdome. Só que ele
deve, na minha opinião particular, somente ser usado por pessoas muito bem treinadas
e fortes. "Não é para iniciante". Não é difícil fazer uma análise biomecânica
desse aparelho observando os braços de alavanca. A lombar faz um ponto de apoio
sobrecarregando as L3 e L4 e respectivos discos intervertebrais, especialmente,
perigoso principalmente para quem não tem força no abdome. A falta da força acaba
levando o aluno a hiperlordizar a lombar. Esses aparelhos foram condenados no
passado exatamente por isso.
Ora! Quem tem força no abdome também não precisa desse aparelho porque existem
outros métodos mais seguros. Todos os exercícios de abdome "bem orientados" considero
muito mais importante para a saúde do que a visão estética: Proporciona equilíbrio
da coluna diminuindo a sobrecarga dos paravertebrais, facilita a respiração,
melhora a postura, o trânsito intestinal, a expulsão dos gases, na gestante
proporciona um parto melhor com uma recuperação mais rápida e mantém os órgãos
internos em bom funcionamento pelo simples fato de mantê-los no lugar
anatômico. Espero ter ajudado Um grande abraço. Moraes CREF/1 RJ 003529
Leia ainda: OS "ABOMINÁVEIS" ABDOMINAIS (texto
do Prof. Paulo de Aguiar)
Boa sorte !
210.
A importância da Educação Física no
Processo de Alfabetização - 20/06/01
Me chamo Léa, sou de Blumenau (SC), estou cursando Pós
Graduação em Ciência do Movimento Humano em Balneário Camboriú pelo instituto
IBPEX de Curitiba. Bem, estou precisando de material para desenvolver meu tema
de monografia que é o seguinte: "A importância da práxis da Educação Física
no processo de alfabetização de crianças de 6 e 7 anos". É necessário relacionar
o processo de alfabetização às aulas de Educação Física para isto preciso me
embasar sobre a alfabetização (histórico), para poder fazer esta relação. Tenho
dúvida que tipo de instrumento de coleta de dados aplicar na pesquisa.
Olá Léa, já enviamos algum material
para você que vai ser colocado no final desta pergunta para auxiliar
outros que pesquisarem e também enviamos sua perrgunta para alguns consultores
e recebemos a colaboração do Prof.
Luiz Carlos de Moraes que lhe diz o seguinte:
Amigo estudante, professores
e leitores de CDOF!
A O. M. S. (Organização Mundial e Saúde) divide o desenvolvimento humano em:
primeira infância 0 a 6 e segunda infância de 6 a 12 anos.
Na primeira deve ser dado estímulo ao desenvolvimento das atividades motoras
naturais tais como: engatinhar, levantar, sentar, andar, correr, puxar, empurrar,
trepar, prensar e etc. Tudo ao seu tempo.
Na segunda, pode ser dada a oportunidade de melhorar de modo natural, e sem
cobranças, a atividade motora fina e a coordenação motora combinando todas
os movimentos permitidos pelo corpo humano.
Sendo assim, é essencial que a criança na primeira infância brinque de forma
natural. Elas sabem quais são os limites e elas mesmas, nos jogos e brincadeiras,
estabelecem as regras de cada jogo. Além da atividade motora, fazem um bom
exercício de comportamento social.
O profissional de Educação Física de escola, considero eu, um dos mais importantes
na formação do ser humano. Se hoje, nós profissionais de academia, enfrentamos
o grande problema da rotatividade e não aderência aos programas é justamente
porque o aluno não adquiriu os bons hábitos de vida saudável na escola. Sabemos
que em muitos educandários o que "rola" mesmo é jogar bola ou fazer um Marketing
com campeonatos. "A nossa escola ganha todas" ! Não que isso tenha menos importância,
mas a proposta da escola não é formar atletas. A criança excessivamente estimulada
a competir acaba adquirindo a síndrome da saturação esportiva. Em contrapartida
a criança não estimulada ajuda a engrossar a lista de adultos com doenças classificadas
como hipocinéticas (falta de movimento): obesidade, sedentarismo, hipertensão
arterial, hipotrofias musculares entre outras, além é claro, de não poder desfrutar
de uma qualidade de vida melhor. Bom, esta é a minha opinião particular pois
a escola não é bem a "minha praia" e acredito que os outros consultores poderão
acrescentar... e muito. Esse, a meu ver, é um assunto muito importante. Um
grande abraço Moraes CREF/1 RJ 003529
Uma boa dica é procurar em:
Em nosso texto para criança: aqui
A influência da alfabetização
e http://www.cev.org.br/redir/15.htm entrar
em Nuteses e com palavras-chave do tipo: alfabetização, educação Física infantil,
etc...
E também em :
http://www.nib.unicamp.br/publ.htm
http://www.efdeportes.com/temat0.htm
http://brasil2.salutia.com/ (entre
com palavras-chave do tipo esporte na infância )
Você encontrará diversas teses e monografias com bibliografias para consulta.
Boa sorte ! Equipe do
Retorno da Usuária: Olá para todos da
equipe cdof. Fiquei felissícima pela grande ajuda que vocês me deram. Um abração!
Léa.
211. Hidroginástica
para gestantes - 20/06/01
Eu estou fazendo uma monografia sobre HIDROGINÁSTICA PARA GESTANTES, você tem
algo para me ajudar?
Olá André, recebemos algumas indicações
de sites e bibliografias, como contribuição da Profa.
Claudia Melem, confira:
- Natação para gestantes - Cláudia Melem - Editora Ícone ( se não achar me
ligue que eu tenho comigo para revenda )
- Exercicios na gravidez - R.Artal, R.Wiswell - Manole
- Ginástica médica em ginecologia - H. Gunther - Manole
- Da barriga coração - S. Mello - Typus
- Como ter um bebê mantendo-se em forma - E. Otto - Manole
- Exercise before childbirth - K. Vaughan - Faber
- A vida secreta antes de nascer - T. Verny - Salmi
www.wmulher.com.br
www.obsidiana.com.br
www.she.com.br
www.bebe2000.com.br
E também poderá encontrar algo em nossa página sobre gravidez.
Um abraço do
212.
Doença de Hirayama - 20/06/01
Queria obter uma informação . Eu estou com uma atrofia muscular
espinhal que é chamada de Doença de Hirayama . Queria saber informações
sobre a doenca e como tratá-la . E se eu vou obter bons resultados .
Gustavo
Olá Gustavo, embora este tipo de pergunta deva ser feita em consulta
com um médico especialista, tendo tempo de tirar todas as suas dúvidas
e, mais importante, ser avaliado individualmente, levamos sua dúvida
para o Dr.Casella. Veja o que
ele nos traz:
Olá. Esta patologia, atrofia muscular espinhal, também chamada de Doença de
Hirayama, é relativamente rara sendo que atinge principalmente, asiáticos e
seus descendentes (predominantemente japoneses), sendo muito difícil aparecer
em ocidentais.
Geralmente, tem início no período de adolescência e acomete principalmente
jovens do sexo masculino. Desconhece-se até o momento o(s) agente(s) causal
e ,portanto, torna-se um pouco difícil uma abordagem terapêutica especifica.
Porém, como parece ser uma patologia de evolução relativamente benígna
com recuperação em poucos anos, alguns autores só recomendam proteção cervical
com colar protetor. Espero ter ajudado um pouco. Um abraço.
Segue algumas referências bibliográficas bem recentes, inclusive com
revisão do próprio Hirayama,onde você poderá aprofundar-se mais no assunto.
-Hirayama K, Toyocura Y, Tsubaki T. Juvenile muscular atrophy of unilateral
extremity: a new entity. Jpn J Psychiatry Neurol 1959; 61:2190-2197.
-Hirayama K.-Juvenile muscular atrophy of distal upper extremity (Hirayama
disease): focal cervical ischemic poliomyelopathy.-Neuropathology. 2000 Sep;20
Suppl:S91-4. (Revisão)
-Hirayama K.-Juvenile muscular atrophy of distal upper extremity (Hirayama
disease). -Intern Med. 2000 Apr;39(4):283-90.
-Kira J, Ochi H.-Juvenile muscular atrophy of the distal upper limb (Hirayama
disease) associated with atopy.-J Neurol Neurosurg Psychiatry 2001 Jun;70(6):798-801
-Nascimento OJ, Freitas MR.-Non-progressive juvenile spinal muscular atrophy
of the distal upper limb (Hirayama's disease): a clinical variant of the benign
monomelic amyotrophy.-Arq Neuropsiquiatr 2000 Sep;58(3B):814-9
Um abraço do
213. Emagrecimento na Musculação
- 212/06/01
Vocês tem alguma informação sobre redução de tecido adiposo estimulado pelos
exercícios com pesos, nos mesmos níveis dos que ocorrem com os exercícios aeróbios.
Fico na espera e um grande abraço. Romu
Caro Prof. Romu, este tema é muito interessante
e parece ser uma dúvida de todos. Enviamos sua dúvida para alguns
consultores e nossos colegas Prof.
Luiz Carlos de Moraes e Prof.Fábio
Venturim ,prontamente, nos enviaram uma resposta,
que parecem ser unânimes. Veja o que eles dizem:
Prof.
Luiz Carlos de Moraes, Amigo Romu, do CDOF
e leitores! Esse é um assunto relativamente novo ,pois o próprio Colégio Americano
de Medicina Esportiva até 1995 não atestava isso. Um dos estudiosos nesse assunto é o
Dr. José Maria Santarém com quem tive a oportunidade de fazer um desses cursos
relâmpago e em um dos seus artigos encontra-se nos arquivos do CDOF. Eu mesmo,
calcado nisso, tenho um artigo publicado na Tribuna de Petrópolis que aí vai:
EMAGRECIMENTO NA MUSCULAÇÃO: Eis aí mais uma questão há muito tempo debatida
e que de uma certa forma, criou-se muitos mitos. Nos anos 70, muita gente endeusou
tanto os aeróbios que chegava-se a pensar ser a solução para todos os problemas
de saúde. Sem dúvida nenhuma trazem mesmo muitos benefícios cardiovasculares
importantes e emagrecem bastante. Mas, não são os únicos. Como durante todo
esse tempo falou-se muito que os aeróbios são bons, criou-se uma imagem negativa
com relação aos anaeróbios, como por exemplo a musculação. Por si só, não trazem
tantos benefícios para a saúde. Não adianta nada. Só serve pra ficar forte
e, não emagrece - Diziam - Ledo engano! Vamos ver porque?
A comunidade científica já provou ser o emagrecimento na musculação igual aos
exercícios aeróbios mais tradicionais como as caminhadas, as corridas e o ciclismo.
A explicação é simples. A gente sabe que os aeróbios utilizam a gordura como
principal fonte de energia. Sabe-se também que determinadas zonas de intensidade
gastam mais gorduras do que outras e esse gasto também se relaciona com o tempo
de permanência nessa zona. Tudo isso é verdade e está cientificamente comprovado.
Mas, também é verdade, e a literatura fidedigna mostra que os anaeróbios como
a musculação emagrecem na mesma proporção. A diferença é que na hora do exercício
o corpo utiliza o glicogênio muscular como principal fonte de energia. Depois
tem que repor e vai buscar nas gorduras proporcionando o emagrecimento. Simples,
né? E tem mais. Sabe-se que o aumento da massa muscular acelera o metabolismo
basal fazendo a longo prazo o corpo gastar mais energia parado. Como o que
vale nessa questão é o balanço calórico, se for positivo, engorda; negativo
emagrece.
É a lógica, ou não? Bom, a gente não precisa também recorrer à comunidade científica
para comprovar isso. A olhos vistos, os fisioculturistas têm um percentual de
gordura tão baixo quanto os atletas de resistência. Steven Fleck cita no seu
livro: Fundamentos do Treinamento de Força Muscular, que nesses atletas o percentual
de gordura varia de 8,3 a 12,2% e as mulheres da mesma modalidade estão na média
de 13,2 a 20,4%. Portanto, muito abaixo da maioria considerada normal que é de
14 a 16% para os homens e 20 a 24% para as mulheres. Claro, tudo isso só funciona
também se vier acompanhado de uma dieta saudável. Se o sujeito malhar bastante
e depois comer mais do que o necessário não adianta absolutamente nada. Aí tanto
faz se o exercício é aeróbio ou anaeróbio.
Em http://www.saudetotal.com/saude/musvida/metabol.htm podemos
encontrar: "Nos exercícios anaeróbios, os substratos energéticos da via anaeróbia
são a fosfocreatina e a glicose. A via aeróbia no entanto, utiliza basicamente
a glicose e o ácido láctico. Assim sendo, o ácido láctico formado na via anaeróbia, é utilizado
como substrato energético pela via aeróbia paralela. A oxidação é o principal
mecanismo de eliminação do lactato durante o exercício. A compreensão da integração
das vias energéticas nos esforços pode levar à algumas considerações importantes.
A comparação clássica da produção de ATP nas duas vias metabólicas, que demonstra "maior
eficiência energética aeróbia" não tem aplicação prática, visto que a via anaeróbia é sempre
continuada pela via aeróbia, sem ser uma alternativa. O estímulo à neo-formação
capilar, o aumento das mitocôndrias, e o acúmulo de enzimas oxidativas, não
ocorrem apenas nos exercícios em estado estável, ocontecendo também nos exercícios "anaeróbios",
em função da ativação aeróbia concomitante. A não utilização importante de ácidos
graxos pelos exercícios anaeróbios não deve levar à conclusão de que tais exercícios
não contribuem para a diminuição do tecido adiposo".
Em http://www.saudetotal.com/saude/musvida/tecadip.htm podemos
encontrar: "Os exercícios resistidos são reconhecidos como os mais eficientes
para modificar favoravelmente a composição corporal. Para esse efeito, contribuem
o aumento de massa muscular, o aumento da massa óssea calcificada, e a redução
da gordura corporal. O principal determinante do processo de mobilização da
gordura corporal é o balanço calórico negativo. Sendo o tecido adiposo a principal
forma de reserva de energia do organismo, compreende-se que quando faltam calorias
na alimentação para suprir a demanda energética, ocorre mobilização de gordura
corporal. A contribuição dos exercícios físicos em geral para o processo de
emagrecimento decorre do aumento no gasto calórico diário, e do estímulo ao
metabolismo, cujos níveis de atividade tendem à redução durante dietas hipocalóricas.
No caso dos exercícios resistidos, além desses efeitos, ocorre o aumento da
taxa metabólica basal devido ao aumento da massa muscular."
"Quando uma pessoa realiza exercícios aeróbios ocorre mobilização de gordura
durante a atividade, cuja produção energética depende em grande parte dos ácidos
graxos. Durante exercícios anaeróbios, como por exemplo os exercícios com pesos,
a produção energética depende quase que exclusivamente da fosfocreatina e do
glicogênio, visto que a via aeróbia paralela oxida basicamente glicose e ácido
láctico. No entanto, os exercícios anaeróbios propiciam emagrecimento no período
pós-exercícios, quando toda atividade metabólica de síntese proteica e glicídica
ocorre às custas de energia aeróbia proveniente, na sua maior parte, dos ácidos
graxos do tecido adiposo".
Uma boa referência:
FLECK Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - 2ª edição -
Porto Alegre - R.S. - Editora Artes Médicas Sul Ltda - 1999.
Um grande abraço Moraes CREF/1 RJ 003529
Prof.Fábio
Venturim
Caro professor: este tema vem
sendo discutido por um grande número de professores em todo país
e está gerando grande controvérsia em função de alguns pontos
que eu gostaria de comentar:
- a primeira confusão existente é que o trabalho anaeróbio e mais especificamente
a musculação (exceto no trabalho de circuito aeróbio, como o proprio nome já diz)não
utiliza como substrato energético a gordura e isso é fato, se não teríamos
que reiventar a fisiologia.
- a segunda confusão é saber, se nós estamos discutindo a UTILIZAÇÃO ou a DIMINUIÇÃO
da gordura corporal. Isso porque se fizermos uma consideração em relação a
diminuição da gordura, podemos afirmar que isso é possível até sem exercícios,já que,
o balaço negativo entre ingesta e a demanda energética é que irá aumentar ou
diminuir a utilização das fontes de reserva.
- se considerar-mos a afirmação feita acima, podemos concluir que até mesmo
os exercícios aneróbios irão ajudar na diminuição da gordura corporal, pois
para realizá-los deverá ocorrer demanda energética, neste caso de glicogênio,
e esta deverá ser reposta, o que acontecerá aerobiamente como deixa claro a
fisiologia.
- parece-me clara, também, que o aumento da massa magra, aumenta a demanda
energética basal, fazendo com que qualquer atividade realizada se torne menos
economica. Ratificando, gostaria de deixar claro que a discussão, não pode
ser feita em função da utilização da gordura no exercício e sim em todo gasto
calórico que os exercícios com pesos podem oferecer através do aumento da massa
magra e da diminuição das reservas de glicogênio
E finalizando é bom deixar claro que o trabalho com pesos me parece um dos
estudados e vem ganhando cada vez mais sustenção científica, porém, ainda temos
muitas pesquisas a serem realizadas. Fábio Vanturim
Leia ainda: ALGUMAS BOAS
RAZÕES PARA A PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO (textos do Prof. Benito)
Um abraço do
214. A influência da E.F. no
futuro da Criança - 23/06/01
Sou estudante de Educaçao Fisica,e estou realizando um trabalho sobre a influência
da Educaçao Física Escolar no futuro da criança de 8 a 12 anos (com
uma aula bem estruturada a criança será ativa voluntariamente e se desenvolverá como
adulto ativo). Gostaria de saber onde posso pesquisar ? Maria
Cecília.
Maria Cecília, repassamos sua pergunta para o Prof.
Romu, e veja o que ele lhe aconselha:
Olá amigos! Espero que minha resposta
possa atender as necessidades e tirar a dúvida do usuário. Um grande abraço.
A questão para que uma criança torne-se voluntariamente um adulto ativo é mais
profunda que simplesmente elaborar uma aula bem estruturada. Os estudos abaixo
relacionados podem dar melhor noção sobre o assunto.
1) BITTENCOURT,
D. O; LIMA, F. at all. A escola e a Educação Física encaminham para uma vida ativa? Universidade
Federal de Santa Catarina, Centro de Desporto departamento de recreação
e prática Desportiva, Mestrão em Educação física;
2) FIGUEIRA JR, A; ANDRADE, D. at al. Barreiras para a aderência à atividade
física em adolescentes e adultos. Centro de estudos do laboratório de aptidão
física de São Caetano do Sul - CELAFISCS.
Na Educação Física tem-se observado que o maior problema é estabelecer prioridades
educacionais para cada faixa etária ou série, de acordo com as características
e necessidades de cada nível escolar. Desta forma é importante construir currículos
que atendam às necessidades dos indivíduos, os conteúdos e as experiências
devem ter uma seqüência lógica, para que possam manter o entusiasmo e o interesse
dos alunos.
Se o objetivo é fazer com que os alunos venham a incluir hábitos de atividades
físicas em suas vidas, é fundamental que compreendam os conceitos básicos relacionados
com a saúde e a aptidão física, que sinta prazer na prática de atividades físicas
e que desenvolvam um certo grau de habilidade motora, o que lhe dará a percepção
de competência e motivação para essa prática (NAHAS, 2001).
Abaixo segue a Bibliografia e o site para procura:
NAHAS, M. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf,
2001.
www.agitasp.com.br
Nós
do CDOF selecionamos alguns sites para que você procure
as teses e monografias :
http://www.cev.org.br/redir/15.htm entrar
em Nuteses e com palavras-chave do tipo:criança e a Educação
Física, Educação Física infantil, etc...
E também em :
http://www.nib.unicamp.br/publ.htm
http://www.efdeportes.com/temat0.htm
http://brasil2.salutia.com/ (entre
também com palavras-chave )
POR UMA EDUCAÇÃO FÍSICA COM
CARA DE CRIANÇA (entre nas pesquisas do Prof. Bahia)
Uma
nova concepção em E.F.
Desenvolvimento Motor
e outras fontes
de busca
Leia ainda nosso texto para criança: aqui
Um abraço do
215. Escoliose
- 23/06/01
Para uma pessoa que possua escoliose acentuada, uma das recomendações do médico
ortopedista é de fortalecimento da musculatura lombar (além do abdômen).
Quais exercícios são indicados para o fortalecimento desta região? Um grande
abraço e parabéns pelo ótimo trabalho. Andreza Pereira.
Olá Andreza, você pode começar lendo
nosso artigo sobre o assunto:Escolioses.
Depois pesquise em sites de busca como:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=PubMed&list_uids=11415833&dopt=Abstract
http://www.cev.org.br/redir/15.htm entrar
em Nuteses e com palavra -chave: escoliose
E também em :
http://www.nib.unicamp.br/publ.htm
http://www.efdeportes.com/temat0.htm
http://brasil2.salutia.com/ (entre
com palavras-chave do tipo esporte na infância )
Boa sorte !
216. Benefícios da Natação
para Portadores de Deficiência Mental - 25/06/01
Gostaria de obter informações sobre os benefícios da natação para portadores
de necessidades especiais(deficiencia mental). Obrigada. Valéria - E.F.
Cara Valéria, para lhe ajudar nesta questão
convidamos a Profa. Soraia Dutra quem
lhe traz o seguinte:
A natação é uma atividade física, que como muitas outras, traz benefícios para
o corpo e para a mente. Os benefícios adquiridos na natação são muitos:
*Aumento da capacidade cardiorespiratória.
*Aumento do gasto calórico diário.
*Melhoria da motricidade, dos movimentos corporais.
*Relaxamento, pois a água massageia seu corpo durante as aulas.
*Sociabilidade, pois o convívio com outras pessoas é grande.
*Livre de impacto, pois se encontra na horizontal e, portanto sem contatos
c/ o chão.
Dependendo da deficiência apresentada, o trabalho pode
ser muito limitado, se restringindo a adaptação ao meio, com caminhadas, flutuação
e brincadeiras... Para crianças é muito interessante o uso da música nas atividades,
elas associam o exercício à música e ainda se divertem bastante. Enfim, quando
um deficiente consegue executar alguns movimentos nas aulas, ele se sente mais
capaz e com isso, realizado e feliz. Espero que eu possa estar contribuindo com
o esclarecimento das dúvidas de um usuário do site. Soraia Dutra.
Fique ligada para futuros complementos, um abraço!
217.
Aumentar a capacidade aeróbica em indivíduo
com % gordura baixo - 28/06/01
Caros colegas! Venho pedir-lhes uma ajuda, pois estou
com um aluno que quer aumentar muito a sua capacidade
aeróbica, mas na sua avaliação física ele apresentou
uma porcentagem de gordura muito baixa. Gostaria que vocês me indicassem qual
seria o treino ideal para ele aumentar sua capacidade aeróbica e não diminuir
a sua gordura corporal. Atenciosamente! Jocelito Martins
Caro
Jocelito, levamos seu caso para alguns de nossos consultores e
o Prof.
Luiz Carlos de Moraes , gentilmente, lhe retorna
o seguinte:
Amigo Jocelino, do CDOF e leitores! Primeiro é preciso
separar bem as coisas. Percentual de gordura, capacidade aeróbia e massa muscular.
Depois, é preciso saber o que você está considerando percentual baixo. Qual o
protocolo? Qual o objetivo? Por que acha baixo? Se o seu aluno tem percentual
de gordura baixo e capacidade aeróbia também baixa, então esses fatores podem
estar associados à genética. Ou seja, é aquela pessoa que não engorda de jeito
nenhum, mesmo sem fazer exercício. Sugiro em primeiro lugar rever essas avaliações,
considerar objetivos e depois montar um programa que inclua a musculação visando
aumento de massa corporal. Se for programado séries de exercícios multiarticulares
usando o método alternado por segmento pode-se aumentar a massa corporal, o VO² máximo
sem diminuir tanto o percentual de gordura. É importante lembrar que o corpo
por si só, não vai diminuir o percentual de gordura abaixo dos limites genéticos
porque existe um mínimo de gordura necessário para as funções metabólicas.
Nesse caso específico seria muito bom também toda a programação de atividade
física ser casada, por assim dizer, com um nutricionista. Ou seja, atividade
física certa na intensidade certa com alimentação adequada.
Espero ter ajudado Um grande abraço.
Luiz Carlos de Moraes CREF/1 RJ 003529