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Qua, 17/12/08 22:10

PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES AO CDOF RESPONDE
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410. Distribuição das fibras brancas e vermelhas - 03/06/02
Olá caros colegas do CDOF!!!! Eu gostaria de saber como são distribuídas as fibras musculares brancas e vermelhas ou de resistência e de força. Em quais grupos musculares há mais fibras brancas ou vermelhas... Muito obrigadoo!!!! Fábio Cim.

Olá Fábio, Convidamos alguns Consultores para lhe ajudar e veja que ele retornaram:
Prof. Jorge Henrique Peixoto:

   Sob um ponto de vista funcional, as células musculares não constituem um tecido homogêneo. Muitos músculos são constituídos de fibras musculares com diferentes propriedades mecânicas. Existe uma relação entre estas propriedades e as caracterísitcas histoquímicas e morfológicas das fibras (BURKE e EDGERTON, 1975). As fibras são distribuídas pelo nosso sistema muscular e classificadas da seguinte forma:

1 - fibras de contração lenta (ST, tipo I, ou vermelhas)
2 - fibras de contração rápida (FT, tipo 2, ou brancas)

   Há subdivisões para os dois tipos de fibra: LENTA: 1A e 1B, RÁPIDA: 2A, 2B, 2C. Para detectar ou especificar em quais grupos musculares há mais fibras brancas ou vermelhas pode-se fazer uma biópsia, entretanto por ser de difícil acesso temos outra forma: ao fazer uma avaliação física completa deve-se prestar bastante atenção se o indivíduo está mais adaptado a realizar exercício aeróbio (fibras tipo I - contração lenta-vermelha) ou se o mesmo está preparado para desempenhar piques de trabalho de alta intensidade e curta duração - musculação, corrida de 40m, anaeróbios- (fibras tipo II-contração rápida-branca).

CARACTERÍSITCAS TIPO I TIPO II
Força por área de seção transversa BAIXA ALTA
Atividade da ATPase miofribrilar (pH 10,4) BAIXA ALTA
Reservas musculares de ATP BAIXA ALTA
Reservas musculares de PC BAIXA ALTA
Velocidade de contração LENTA RÁPIDA
Tempo de relaxamento LENTA RÁPIDA
Atividade Enzimática Glicolítica BAIXA ALTA
Endurance ALTA BAIXA
Reservas intramusculares de glicogênio S/DIFERENÇA
Reservas intramusculares de triglicerídeos ALTAS BAIXA
Conteúdo da mioglobina BAIXO
Atividade enzimática aeróbica ALTA BAIXA
Densidade capilar ALTA BAIXA
Densidade mitocondrial ALTA BAIXA

Leia Mais:
Teste para verificar o tipo de fibra do atleta
Fibras brancas e vermelhas e o tipo de treino

Prof.Luiz Carlos Chiesa,

Quadríceps
Fibras brancas: Vasto medial, vasto lateral
Fibras vermelhas: reto femural
Tríceps sural
Fibras brancas: gastrocnêmio
Fibras vermelhas: sóleo
Jarrete
Fibras brancas: semimembranoso
Fibras vermelhas: semitendíneo
Outros
Tibial anterior
Bíceps braquial
Deltóide

Músculo Quadríceps

Atletas
Fibras Brancas
Fibras Vermelhas
Corredor de maratona
18%
82%
Nadadores
26%
74%
Atleta masculino médio
55%
45%
Halterofilistas
55%
45%
Corredores curta distância
63%
37%
Saltadores
37%
37%

Fonte: Stegemann; 1979.



411. Desenvolvimento de grupo muscular com pouco desenvolvimento - 3/06/02
Gostaria de saber o que fazer para hipertrofiar um grupo muscular (no caso o bíceps) que desenvolve muito pouco, ou seja, eu treino este grupo muscular mas ele não responde de maneira satisfatória, ele aumenta muito pouco e seu aumento é desproporcional aos outros grupos musculares. Poderiam me ajudar? Muitissimo obrigado!!Fábio Cim.

Oi Fábio, mais uma vez os professores colaboram com você lhe trazendo o seguinte:

Prof. Jorge Henrique Peixoto,

   Segundo Dilmar Pinto Guedes Junior, a hipertrofia é atribuída aos seguintes fatores:
A - Aumento do número e tamanho das miofibrilas por fibra muscular - síntese proteica - sobrecarga tensional (miofibrilar) - 1 a 6 repetições (Com cargas elevadas). Estável, ou seja, com a parada do treinamento os resultados permanecem por tempo prolongado.
B - Aumento da quantidade total de proteína particularmente no filamento de miosina.
C - Aumento da densidade capilar - com o treinamento, o número de capilares por fibra muscular chega a duplicar.
D - Aumento da quantidade dos tecidos conjuntivos, tendinosos e ligamentos.
E - Modificações bioquímicas resultando um aumento do ATP-CP, glicogênio, mitocôndrias, várias enzimas e água - sobrecarga metabólica (sarcoplasmática)- consegue-se com repitições em torno de 10 a 15 ou mais, com cargas mais leves. Instável, pois com a parada do treinamento os resultados logo desaparecem. Antes de tudo deve-se levar em consideração:

A - PRICÍPIOS CIENTÍFICOS DE TREINAMENTO:
1 - Individualidade Biológica;
2 - Adaptação;
3 - Sobrecarga;
4 - Interdependencia Volume X Intensidade;
5 - Continuidade;
6 - Especificidade.

Ver mais

B - SISTEMAS DE TREINAMENTO DE FORÇA:
1. Pirâmide
2. Super Série
3. Alternado Por Segmento
4. De Volume
5. Roubada
6. Negativa
7. Pausa
8. Parcelado
9. Blitz
10. Superbomba
11. Triplo
12. Queima
13. Repetição Forçada
14. Drop Set... dentre outros.

   Além disso, podemos também considerar outros fatores:
- divisão de grupos musculares
- tempo total de treino/diário
- descanso ente os dias de treino
- descanso entre as séries de treino
- alimentação / suplementação - genética.

OBRIGADO, JORGE HENRIQUE

Prof.Luiz Carlos Chiesa,
   Tente o seguinte expediente:
(Microciclo 1)
   Treine durante 4 semanas três vezes por semana com cargas de 70% a 79% da carga máxima; aproximadamente 7 a 10 repetições no limite. Junte 3 exercícios para o bíceps e faça 4 grupos ou sets com a carga equivalente a 70% a 79%. A velocidade dos movimentos neste ciclo deve ser moderada a rápida.
(Microciclo 2)
   Treine durante 4 semanas com cargas mistas entre 70 % a 79% e 50% a 59%, respectivamente 7 a 10 e 16 a vinte repetições. Faça dois sets de 7 a 10 e 1 set de 16 a 20 repetições. As repetições neste ciclo devem ser executadas com velocidade lenta a moderada.
(Microciclo 3)
   Durante as próximas 4 semanas aumente o número de exercícios para 4, e retorne para o percentual de carga do microciclo 1. Refaça os 3 ciclos de treinamento 1 vez e entre novamente em contato conosco.

Luiz Nascimento.


412. Iniciação lúdica ao Taekwondo - 03/06/02
Meu nome é Harrison, sou acadêmico de E. F. e estou fazendo meu trabalho de conclusão de curso. É um Programa de iniciação LÚDICA ao Taekwondo pra crianças de 5 a 8 anos, e gostaria de um auxílio para conceituar a LUDICIDADE. Espero contar com esta ajuda. Desde já agradeço.

Oi Harison, sua resposta vem de nossa nova Consultora Profa. Keyla Loureiro, que contribui prontamente o seguinte:

Saudações Harrison!

   A palavra "Lúdico" é derivada do latim "Ludo" que significa "Jogo".
Se o seu trabalho é sobre iniciação Lúdica ao Taekwondo (tkd), o que você pretende é transformar execercíos e atividades educativas, para o aprendizado do mesmo, em jogos e brincadeiras que tenham encutidos em seu conteúdo essa iniciação ao tkd, seja do ponto-de-vista psicomotor, tático, técnico e até mesmo de condicionamento físico.
    Como não sou uma especialista em tkd, vou dar um exemplo de como você poderia fazer isto com uma outra modalidade:

Ex: modalidade Voleibol
- conteúdo a ser desenvolvido: aprendizado do saque "por cima'" (tipo tênis)
- atividade lúdica criada p/ desenvolver o conteúdo objetivado: o jogo: consiste atirar o maior número de bolinhas por cima da rede durante um determinado tempo com objetivo de mantê-las no campo adiversário; as duas equipes farão isto ao mesmo tempo, portanto, as bolinhas que chegarem no sua quadra deverão ser atiradas de volta para a quadra adversária, constantemente, até que o tempo se acabe.
Obs.:
1- material: 1 bolinha de tênis para cada criança;
2- cada membro da equipe deverá se posicionar na distância da rede que melhor lhe proporcione êxito;
3- o professor cronometrará cada "set" que neste jogo terá a duração de no máximo 45 segundos;
4- a altura da rede deverá ser aumentada gradativamente conforme haja melhoras nos resultados;
5- quando o tempo parar, o prof. deverá contar com a ajuda das 2 equipes quantas bolinhas ficaram em cada quadra;
6 -a equipe tiver menos bolinhas em sua quadra é a vencedora;
7- a bola de tênis deverá ser trocada por bolas gradativamente maiores até chegar na bola de voleibol; como a criaça não conseguirá atirar bola de volei com a mesma técnica que usava para atirar a de tênis, devido ao seu tamanho, o prof. deverá introduzir as técnicas para o saque que incluem o arremesso e o contato;
8- outras variações da mesma atividade podem ser criadas... Conclusão: este joguinho é extremamente simples e motivante para a faixa etária de 5 a 8 anos, pois além do componente "competitividade" as crianças precisam correr contra o tempo... sem perceber elas descobrem, por si só, a maneira mais eficiente de atirar a bolinha por cima da rede, que acabará sendo, em quase 100% das crianças participantes, o movimento do saques tipo tênis; posteriormente, ficará muito fácil introduzir a bola de vôlei uma vez que o movimento já está concebido.

    Outro exemplo mais familiar é o jogo "câmbio" que é uma forma lúdica de ensinar posicionamento e movimentação de jogo do voleibol.
RECEITA DE BOLO: Tudo o que você tem a fazer é identificar o seu objetivo e quais os métodos formais de desenvolver cada um deles; em seguida acrescente àquelas atividades e/ou exercícios convencionais uma boa dose de diversão e prazer; misture bem usando o dobro da medida criatividade e PRONTO...você já tem os ingredientes perfeitos para iniciar crianças ao tkd.

Se ainda restarem dúvidas, fique à vontade para consultar-nos novamente. Um Abraço, Keyla Loureiro.

Equipe do CDOF:
Lúdico= relativo a jogos, engraçado. (Minidicionário da língua portuguesa - Soares Almeida, 1997)


413. Hérnia-de-Disco - 04/06/02
Quais são os fatores etiológicos (causadores) da hérnia-de-disco?? Muito obrigado!! Abraços. Fernanda
Oi Fernanda, nossa equipe deu uma pesquisada e encontramos no livro Exercícios Aquáticos Terapêuticos , 1992, o seguinte:
   Chamado de protusão discal, a hérnia-de-disco refere-se à uma patologia em que parte do núcleo do disco faz protusão em uma área enfraquecida ou fissurada do anel.
Como ocorre: o mecanismo mais comum é a lesão de torcer a coluna ou levantar um objeto do solo. A carga levantada não precisa ser muito pesada para causar a lesão. Frequentemente, um disco protrai porque o levantamento é executado quando a coluna não está preparada para suportar o estresse naquele momento particular.

Patologia: A protrusão do disco exerce pressão sobre o ligamento longitudinal, o que pode causar dor intensa na região inferior das costas. Se a protrusão for grande, ela faz pressão sobre a raiz do nervo. Isto pode resultar em dormência, formigamento ou fraqueza nos músculos supridos por esta raiz do nervo.

Sinais e Sintomas: Dormência, formigamento e fraqueza são sintomas comuns, e podem estar presentes mesmo na ausência de qualquer intensidade de dor significativa. Há aumento de dor ao tossir e no teste da elevação da perna estendidaa. Exercícios de flexão também aumentam a dor, mas o de extensão trazem alívio. Isso ocorre porque, a extensão lombar faz com que o disco se movimente anteriormente, para longe da protrusão.

Partes do Corpo Afetadas: Vértebras, músculos paravertebrais, ligamentos espinhais, nervos, discos e facetas articulares.

Exercícios para o tratamento:
* realizar exercícios de extensão passiva;
* corrigir desalinhamento postural (incluindo qualquer desvio lateral);
* realizar exercícios de fortalecimento para os músculos abdominais e extensores (na hérnia região lombar);
* acrescentar exercícios de flexão após ter ocorrido desaparecimento das dores.

O Prof. Moraes sugere alguns textos interessantes de sua autoria:

www.noticiasdocorpo.com.br/ano2n013/materia.htm
www.noticiasdocorpo.com.br/ano2n014/materia.htm


414. Recreação em Hotéis - 05/06/02
Olá Meu nome é Karina e estou com muitas dificuldades para desenvolver atividades recreativas em um hotel de minha cidade. Os participantes variam de faixa etária . Tenho que recrear crianças adultos e idosos.. está muito difícil por isso estou recorrendo a vocês que são muito bons. Poderiam me sugerir atividades... sites... e bibliografias? Adoro este site ! beijo a todos !

Oi Karina ! Enviamos sua pergunta dois Consultores que dominam o assunto. Veja o que eles lhe retornam:

Profa. Keyla Loureiro,
Saudações, Karina!
   O que nós profissionais do Lazer temos constatado, acerca de nossa área no mercado de trabalho é que, ainda, ela não é levado à sério como deveria; parece contraditório, mas não é.
    Desconheço sua região e talvez isso não ocorra em outros lugares, mas afirmo, com conhecimentos de causa, que na região onde trabalho, Circuito das Águas Paulista, com algumas raras exceções, a visão dos hoteleiros ainda é pouco profissional quando o assunto é lazer.
    Sabemos, que dentro do Lazer podemos identificar 6 interesses culturais, e o turismo, do qual a hotelaria é dependente, é um desses. Portanto, o turismo é apenas uma parte do Lazer, o que quer dizer que ele vá muito além de tudo isto...
    Perdoe-me pelas voltas que estou dando, Karina, mas é que aproveito-me de sua dificuldade para discutir um dos assuntos que têm sido constantes neste meio e que trazem prejuízos mútuos e abrangentes... tenha paciência que chego lá !
    O que pretendo é mostrar que se os hoteleiros conseguissem enxergar, ainda que minimamente, a importância do lazer dentro de seu hotel, eles jamais cometeriam o clássico erro de ECONOMIZAR com suas respectivas equipes de lazer. É justamente aí, Karina, que começa o seu problema. Se você está com dificuldades em elaborar atividades para diversas faixas etárias, com as quais você é obrigada a trabalhar, é porque, provavelmente, está trabalhando sozinha ou com uma equipe, desproporcionalmente, menor... aí não há criatividade que resista...
    Para melhor ajudá-la preciso saber quais são as condições de trabalho que o hotel lhe oferece, tais como:
- número de pessoas que compõem a equipe;
- carga horária e período de trabalho;
- recursos materiais (RM) disponíveis e/ou disponibilidade de aquisição de RM;
- espaços físicos e equipamentos de lazer disponíveis;
- público-alvo do hotel.

   É, colega, lazer é coisa para ser levada a sério. Espero que você não esteja sozinha nesta equipe, mas se estiver aí vai uma sugestão: - valorize seu trabalho e cobre em dobro pela sua diária de trabalho... Aguardo um novo contato, Um abraço. Keyla Loureiro

Prof. Alexandre Cardoso de Souza (Piu-Piu),

A RECREAÇÃO E O HOTEL
· A menina dos olhos;
· Faz a diferença entre a estrutura e o algo mais;
· Proporciona a integração entre os hópedes;
· Leva alegria e entretenimento ao hotel;
· Faz relações humanas.

POSTURA DO RECREADOR
· Estar sempre disposto e motivante;
· Sorrir verdadeiramente;
· Transmitir confiança;
· Ser um RELIZADOR;
· Retirar de uma situação negativa ou não esperada o melhor, o mais belo e o mais iluminado da própria/
· Se fazer ouvir;
· Ser claro com as palavras;
· Estar sempre a frente de qualquer situação e ANTECIPAR;
· Planejar sempre com antecedência.

TIPOS DE HOTÉIS
De Fazenda
De Praia
De Estância
Resorts

MONTAGEM DE PROGRAMAÇÕES
· Faixas etárias
· Horários
· Pontos de encontros ?
· Música ao vivo
· vender a atividade

ATIVIDADES E COMO E QUANDO UTILIZÁ-LAS:

INTEGRAÇÃO -
- Jornal Musical
- Nó Humano

DE CAMPO -
- Canibal
- War ou Conquista
- Vírus

DE QUADRA -
- Vassourobol
- Pac man
- Queimada de 3
- Jó Ken Pô
- Ruas e avenidas

DE SALÃO - ADULTOS -
- Mango
- Quem sabe mais

DE SALÃO - CRIANÇAS -
- Taxi
- Salada Mista ou correio geral

HIDRO RECREATIVA

GINCANA H²0 24 -
- Corrida do Garçom
- Revezamento de camisetas
- Por Cima por Baixo

MONTAGEM DE ALMOXARIFADO (Tipos de material )

Leia mais: Recreação em Hotel


415. Recreação em ônibus - 05/06/02
Caros colegas, estudo Educação Fisica e tenho que desenvolver um trabalho recreativo em um ônibus de viagem com os funcionários da firma em que desenvolvo ginástica laboral. E no momento nada me passa pela cabeça e estou desesperada... podem me ajudar?? Sou muito grata. Luiza curtis.

Oi Luiza ! Enviamos sua pergunta para a Consultora Profa. Keyla Loureiro, que lhe retorna o seguinte:

   Saudações, Luiza!
   Eu, como profissional do lazer que ministra cursos para formação de agentes de lazer, tenho notado que há uma carência muito grande de embazamento teórico por parte dos "práticos do lazer" (sem formação específica), o que tem banalizado a profissão.
   Meu objetivo aqui não dar qualquer "receita de bolo", até porque só existe uma "receita" para cada situação e como não há uma situação igual a outra, logo, não pode haver uma receita genérica para lazer.
   Quem pretende trabalhar com nesta área, obrigatoriamente, deve se instruir e se qualificar através de cursos que tenham algum conteúdo específico de fato (conceitos de lazer fundamentados), pois a grande maioria dos cursos têm meras brincadeiras como conteúdo, cursos estes que não são totalmente inúteis, mas que não preenchem este tipo de lacuna que você, Luiza, está tendo.

   Para tentar te ajudar o que posso lhe adiantar é que ao elaborar uma programação de lazer há que considerar diversos fatores, de cunho técnico, que são imprescindíveis para orientar na escolha das atividades, tais como:

Quando ocorrerá esta viagem? Em que período do ano (verão, inverno, etc?)? Que tempo você terá para programar?
Qual é, exatamente, o nicho de mercado em que se insere a empresa?
Qual será público-alvo (faixa etária, sexo, perfil profissional, etc.)?
Quem estará promovendo a viagem? Você , enquanto instrutora de ginástica laboral ou empresa, enquanto atividade institucional?
Qual o objetivo da viagem?
Qual será a origem e o destino da viagem?
Que serviços (serviço de bordo, guia, etc.) e que recursos eletrônicos e audiovisuais (microfone, TV, vídeo, etc.) serão oferecidos a bordo do ônibus?
    Todas estas questões devem ser resolvidas antes planejar sua programação e, sem dúvida alguma, suas respostas irão influenciar totalmente nas atividades a serem propostas. Sem considerá-las você corre um grande risco de se frustrar com os resultados da aplicação de atividades escolhidas aleatoriamente.
   Bem, Luiza, espero ter ajudado. Se precisar de mais esclarecimentos contate-nos a qualquer momento sem exitar. Um abraço, Keyla Loureiro

416. Equação de Densidade Corporal por circunferência para Mulheres - 05/06/02
Eu gostaria, se possível que, me esclarecessem uma dúvida em relação a fórmula do % de Gordura que está nessa referência abaixo. Tran ZV, Weltman A. generalized equation for predicting body density of women from girth measurements. Med Sci Sports Exerc. 1989; 21: 101-04
Fórmula: Db (g/cc)ª= 1.168297 - 0.002824(Abdominal 1) + 0.0000122098(Abdominal 2) - 0.000733128 (Quadril) + 0.000510477(Estatura) - 0.000216161(Idade)
1) Qual a medida de "abdominal 1" ? E qual a medida de abdominal 2?
Sei que tem uma medida que é feita a nível da cicatriz umbilical, outra que é feita entre a crista ilíaca e a última costela e por fim uma outra realizada no ponto médio entre o processo xifóide e a cicatriz umbilica. qual delas eu devo usar na fórmula? E em qual local da fórmula?
2) Qual o valor do % de gordura obtido através dessa fórmula (por circuferências) é valido?
3) E por fim eu queria saber se existem tabela de classificação do % de gordura para crianças em diferentes faixas etárias? Abraço. Ricardo Silva.

Oi Ricardo, sua pergunta foi respondida e retornada imediatamente por alguns colegas, veja:

Prof. Ms. Roberto F. Costa:
   A equação enviada não está correta, sua forma conforme foi publicada é:
Db (g/cc)ª= 1,168297 - 0,002824(Circ. Ab) + 0,0000122098(Circ. Ab)2 - 0,000733128 (Circ. Quadril) + 0,000510477(Estatura) - 0,000216161(Idade)

Onde:
Circ Ab = circunferência média abdominal [(Ab1 + Ab2)/2]
Ab1 = circunferência abdominal medida anteriormente no ponto médio entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical.
Ab2 = circunferência abdominal medida na altura da cicatriz umbilical
Obs: na segunda vez que a Circ Ab aparece na equação ela é elevada ao quadrado = (Circ. Ab)2
   Quanto à validade dessa equação, podemos dizer que sempre que se tenta estimar gordura corporal utilizando medidas somente de perímetros os resultados esperados podem ser bastante discrepantes da realidade, pois os perímetros contém massa gorda, massa muscular, massa óssea e massa residual, o que torna muito difícil identificar a proporção de gordura corporal total.
    Em relação a valores referenciais de gordura corporal para crianças de diferentes idades, podem ser obtidos em: Docherty, D. Measurement in pediatric exercise science. Champaign, IL., Human Kinetics, 1996. Um abraço, Roberto Costa

   Retorno de Ricardo Silva: Olá professores.. Agradeço pelos esclarecimentos ! Mas ainda fiquei com uma dúvida.... Qual dessas fórmulas utilizo para achar o gordura ? Essa {[4.95/DC]- 4.50}X 100 OU {[4.57/DC]- 4.142}X 100 ou Outra? Professor .. no seu livro possui essas fórmulas para o cálculo do % de gordura através de circunferências? Existe um software onde eu possa colocar esses valores de circunferências, para q esses dados fiquem armazenados? onde encontrá-lo. Desde já um grande Abraço .. !!!

   Retorno do Prof. Ms. Roberto F. Costa: Na verdade, essa duas equações de conversão de densidade corporal em porcentagem de gordura (a de Siri e a de Brozek) não apresentam diferenças sinificativas, mas normalmente a mais utilizada é a de (a primeira). Entretanto, Lohman (1986) sugere que esta equação é adequada somente para homens de 20 a 50 anos e propõe várias correções nas constantes para diferentes faixas etárias e de acordo com o sexo. Sim, essas equações estão disponíveis no meu livro, e o software que acompanha o livro realiza esses cálculos, podendo armazená-los e emitir laudos.
Espero ter podido ajudar. Um abraço, Roberto F. Costa

Prof. Fabrício:
2) Abdominal 1 e abdominal 2, tratam-se do "perímetro abdominal médio" e refere-se a média das medidas
feitas ao nível da cicatriz umbilical e aquela mensurada no ponto médio entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical;
3) O valor do %G, evidentemente é válido, mas tem um erro padrão de estimativa em que o autor deve citar;
4) Sim, existem tabelas de classificação do %G para crianças: você vai encontrar em:
LOHMAN, T.G. Measurements in Pediatrics Exercise Science. Human Kinetics. 1996.

Leia mais: Equações de % gordura para crianças e adolescentes




417. Fadiga Muscular - 06/06/02
Quais são as causas da fadiga muscular, e como tratá-la?
Olá caro usuário, para esclarecê-lo contamos com a ajuda do Prof. Ms. Leandro Lazzareschi, que lhe escreve uma resposta parcial. Veja:

Definição: Declínio da tensão muscular com a estimulação repetitiva.

Componentes envolvidos na contração:
SNC (Sistema Nervoso Central)
Nervos Periféricos
Junção Neuromuscular
Fibras Musculares

Causas: Diminuição significativa no conteúdo do glicogênio, falta de 02 (Oxigênio) e aumento do ácido lático e do PH, prejuízo no sistema de transferência de energia, distúrbio no sistema tubular para a transmissão do IN (Impulso Nervoso) e desequilíbrio iônico. Fadiga na junção neuro-muscular e fadiga neural falha na transmissão neural ou placa. Dados obtidos segundo a disciplina de Bioenergética do curso de Fisiologia do Exercício - UNIFESP/EPM

" A fadiga envolve diferentes processos associados com o sistema nervoso central e o mecanismo periférico. Ela foi classificada de maneira geral em "fadiga central" e em "fadiga periférica " ou "local". (fonte: JONATH, V. - Praxis der leichtathletik. Bartel & Wernitz, K.G., Berlin, 1973.

Espero que essas definições segundo boas referências, tenha esclarecido. Qualquer dúvida me escrevam.
Abraços. Prof. Leandro

   CDOF:Segundo McArdle e Katch, 1992, O glicogênio muscular e a glicose sanguínea são os combustíveis primários durante o exercício intenso. As reservas corporais de glicogênio também desempenham um papel importante no equilíbrio energético do exercício moderado e contínuo como a corrida de maratona e natação em longa distãncia. Uma dieta hipoglicídica depleta rapidamente o glicogênio muscular e hepático reduzindo o desempenho do exercício de curta duração, assim como de atividades de endurance prolongadas e submáximas. Tanto para atletas como para indivíduos que reduzem, demasiadamente , o percentual de glicídios, como em dietas líquidas e de inanição. Essas dietas tornam difícil, do ponto de vista do fornecimento de energia, participar na atividade ou no treinamento físico vigoroso fazendo com que o praticante tenha fadiga muscular mais cedo.

Vamos aguardar para ver se sua pergunta recebe uma complementação por parte de outros colaboradores. Um abraço.

 

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