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PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES AO CDOF RESPONDE
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389. Qual a diferença no trabalho do bíceps braquial nos exercícios: rosca direta, scott, concentrada, pulley, alternada e variações? 02/05/02 - Maicon Pasini - estudante

Boa pergunta Maicon! O Prof. Luiz Moraes , nos traz uma bela explicação sobre o assunto, veja:

Olá Maicon e amigos do CDOF!
   O bíceps braquial é um músculo biarticular com duas origens e uma inserção atuando tanto na articulação do ombro como no cotovelo, tendo ainda participação na radio-ulnar. A primeira origem é a porção longa no tubérculo supraglenóide da escápula. A segunda, porção curta, tem origem no ápice do processo coracóide da escápula. É o principal músculo flexor do cotovelo com sua inserção na tuberosidade do rádio. Portanto, começa na escápula, atravessa o ombro, o cotovelo e termina no rádio. É auxiliado pelo braquial anterior e o braquiorradial que são monoarticulares atuando na flexão do cotovelo, e devido às características do bíceps braquial, podemos trabalhar de variadas formas: com as origens fixadas flexionando os cotovelos como no caso dos exercícios de rosca direta, scott, concentrada, braços em cruz com polia alta, ou com a inserção fixa flexionando a articulação do cotovelo, movendo o úmero em direção ao antebraço. Exemplo do tradicional exercício na barra fixa.
   Como é um músculo aparente e que mexe de certa forma com a vaidade masculina, existem vários exercícios destinados ao bíceps. A rosca scott no aparelho talvez seja o mais seguro porque obriga um trabalho isolado do bíceps braquial, braquial e braquiorradial dispensando a ação de
estabilizadores e outros auxiliares.
   A engenharia dos novos aparelhos permite que a resistência seja constante em quase toda a amplitude do movimento sendo que o maior braço de resistência e torque ocorre a 90º de flexão do cotovelo e exigência do bíceps braquial. Como ele não trabalha sozinho, a 100º de flexão do cotovelo é a vez do braquial ser mais exigido.
   Na rosca scott os braços ficam apoiados evitando-se a movimentação dos ombros isolando também a ação dos flexores de ombro. Os iniciantes devem, nesse exercício, evitar a extensão completa do cotovelo, momento de maior desvantagem mecânica.
   A ROSCA DIRETA ? É um exercício que exige muita atenção à postura por ser cercado de mitos, preconceitos e invenções sinistras. Entra em ação os estabilizadores, sinergistas, auxiliares e tudo o mais... Todo mundo trabalha um pouquinho. Os trapézios e os músculos da cintura escapular mantém a estabilidade, o abdome, os paravertebrais e os intercostais participam da postura e as pernas da base. O maior braço de resistência também acontece a 90º de flexão do cotovelo exatamente quando a barra está mais longe do corpo e o antebraço paralelo ao chão. Isso exige ação dos músculos da batata da perna (gastrocnêmios e sóleo) tentando evitar a perda do equilíbrio porque o peso da barra desloca o centro de gravidade para a frente. No início do movimento há uma tendência dos cotovelos se deslocarem para trás e pode ser evitado. As pernas devem ficar paralelas e ligeiramente flexionadas, embora nada impeça de se fazer a base do judô com uma perna mais à frente e outra atrás. Com as pernas paralelas o desequilíbrio é mais evidente. Particularmente,prefiro ter mais base.
    Um erro comum é a infeliz idéia ou invenção do "encaixa quadril". As curvaturas da coluna devem ser mantidas no seu natural. Ou seja, posição anatômica. A retificação da lombar pode diminuir a capacidade da coluna dissipar forças em até 50%. Aí, não adianta "encaixar quadril" achando poder aumentar a capacidade de levantar mais peso. A coluna pode "pagar a conta" na forma de lesão. Deve-se também evitar a flexão total de tal forma que a barra se aproxime muito do peito, ou que os cotovelos se desloquem para a frente ficando debaixo da sobrecarga exigindo muito mais dos flexores de ombro, aumentando o estresse articular dos cotovelos sem necessidade. Para se evitar isso, basta manter os cotovelos sempre ao lado do tronco.
   Outro "suposto" erro é a tradicional "roubada". Ou seja, o ato de encolher os ombros numa posição cifótica principalmente se a carga for muito pesada. A coluna e as articulações escápulo-umeral nesse caso é quem pode estar indo para o sacrifício. Portanto!!!! Sem invenções... peito pra fora, barriga pra dentro e curvaturas da coluna normal.
    Todos os exercícios destinados ao desenvolvimento do bíceps braquial são eficientes e as variações, principalmente da posição da pegada supinada, pronada ou em "martelo" tem como objetivo, pelo menos teórico, mudar a solicitação motora da porção distal, medial e proximal. Entretanto, ainda não existem estudos suficientes comprovando isso. O que se sabe é que a maior solicitação ocorre a 90º e o exercício mais anatômico é a rosca direta com a barra "w" embora, não haja também unanimidade nos estudos. Todos são tão bons ou ruins quanto. De qualquer forma, é sempre bom variar já que são tantas as opções.

Rerefências:
1) CAMPOS, Maurício de Arruda - Biomecânica da Musculação. Ed Sprint RJ 2000.
2) BRUNNSTROM, Signe - Cinesiologia Clínica - Ed. Manole Ltda. - 4ª edição - São Paulo - 1989.
3) DELAVIER, Frédéric - Guia dos Movimentos de Musculação - Abordagem Anatômica. Ed. Manole 1ª Edição
Brasileira, S.P. 2000.
4) KAPANDJI, A. I. (Ibrahim Adalbert) - Fisiologia Articular, 5ª edição - volume 1 - Membro Superior - São Paulo - Ed.Panamericana, Rio de Janeiro ed. Guanabara Koogan, 2000.
5) KENDALL, Florence Peterson e Elizabeth K. Mc Creary - Músculos Provas e Funções. Ed. Manole Ltda. 3ª edição, 1987.
6) ZATSIORSKY, Vladimir M. - Ciência e Prática do Treinamento de Força - São Paulo - S.P. - Phorte Editora Ltda,
1999.

Espero estar ajudando! Um grande abraço! Luiz C. Moraes CREF1 RJ 3529
Nosso abraço !

390. Para ministrar aulas de artes marciais precisa ter curso de E.F.? - 03/05/02
Olá pessoal do CDOF, mais uma vez parabéns pelo site!!!! Poderiam me informar, se para ministrar aulas de artes marciais o professor precisa ser formado em Educação Física, ou seja, ser registrado no CREF? Grato pela atenção. Prof. Fábio

   Olá Fábio, você já deve estar sabendo, que com a nova lei 9.696, de 1º de setembro de 1998, de Regulamentação da E.F., as coisas andaram mudando para o não graduados em Educação Física. Portanto, procuramos informação especializada com quem atua diariamente nesta área. Consultamos alguns CREFs e quem nos retornou foi a Secretária do Conselho Regional CREF5 - Fortaleza - Marcela Moreira. Site: www.cref5.org.br, dizendo o seguinte:
   Oi Fábio, se o professor já atuava na área da Educação Física antes de 1995 (3 anos antes da lei) ele tem direito ao registro. Precisa ter o registro para trabalhar, sim. E se você não trabalhava na área até antes de 1995, só poderá exercer a profissão se concluir curso superior de EF.
    No caso de ser formado: segundo o Documento de Intervenção Profissional e a Lei 9696/98, e prerrogativa do Profissional de Educação Fisica (devidamente habilitado) ministrar aulas de qualquer atividade física, incluindo dança, artes marciais e recreação, sendo necessário ser registrado no CONFEF.

Leia mais: Praticante de Ciclismo trabalhando como Professor de Spinning

Nosso abraço !

391. Efeito "Sanfona" - 06/05/02
Olá amigos do CDOF! Moro no Sul de Minas e gostaria de iniciar um trabalho de conscientização com os alunos da academia, pois está chegando o inverno, e como aqui faz muito frio, os alunos, por preguiça ou até mesmo pela baixa temperatura (propícia ao acúmulo de gordura) não freqüentam regularmente a academia. Com isso, na véspera do verão esperam um corpo perfeito. Gostaria de saber mais sobre o efeito "sanfona" e seus malefícios a saúde. Obrigado...Fabiano.

Olá Fabiano, esta pergunta é bem interessante, e temos certeza que trará luz para muitas outras. Convidamos um colega para lhe esclarecê-la... vejamos o que o Prof. Luiz Moraes nos traz:

Amigo Fabiano e os do CDOF!
    O problema da rotatividade em academia não é só dos lugares mais frios. Mesmo nas cidades como a do Rio de Janeiro, onde teoricamente as pessoas são mais adeptas ao exercício físico e não faz tanto frio, o fluxo de alunos inscritos em determinadas épocas é muito variável também. Com isso, as pessoas vivem engordando e emagrecendo sofrendo dos chamados efeitos "sanfona".
   Os responsáveis pela obesidade são os tais adipócitos que a gente já nasce com uma quantidade determinada pelo código genético. Disso não se escapa. Entretanto, existem três fases na vida em que essa quantidade de adipócitos pode ser aumentada: durante a gestação, alimentação sólida no primeiro ano de vida antes do aparelho digestivo estar preparado para isso e na adolescência. Efeitos conhecidos como Hiperplasia das células Adiposas" McArdle 1998 (Veja: http://www.cdof.com.br/consult25.htm#193)
    A ciência não encontrou, pelo menos até agora, fórmulas para diminuir a quantidade dessas células de gordura do corpo. Os regimes apenas "desincham-nas", mas continuam lá, prontinhas para crescer de novo. A moçada adepta da lei do menor esforço facilmente são iludidas pelas dietas miraculosas, aplicações e outras paranóias que a gente conhece bem.
   O grande problema de quem engorda e emagrece, "Efeito Sanfona", é que, a cada regime, principalmente se não vier acompanhado de exercícios físicos, o corpo perde massa magra, efeito conhecido como catabolismo. Ou seja, o corpo sob restrição de nutrientes básicos vão buscar a sua energia nas proteínas tão importantes para os músculos. As dietas hipocalóricas, que normalmente as pessoas recorrem, têm grande chance de levar a isso.
    Resultado. A cada verão as pessoas têm mais dificuldades para emagrecer porque estarão com um percentual de gordura maior e menor de massa magra. Em síntese, mais gordas com menos músculos.
    É consenso entre os especialistas que uma perda de peso saudável não deve ser maior que um quilo por semana. Se a dieta vem acompanhada de exercício físico, a massa muscular adquirida será responsável pela geração de 70 a 75% do gasto de energia total. Sem contar, que as pessoas com um percentual de massa magra maior, têm um gasto calórico basal maior. Ou seja, gastam mais calorias paradas.
    Como você pretende fazer alguma coisa para estimular essas pessoas a freqüentar a academia no inverno, comece pelo estímulo criando programas atrativos e ou aulas especiais com sorteios de brindes. Um boa isca, é oferecer, por exemplo uma vantagem na mensalidade no verão para quem freqüentar no inverno. O problema é que dá trabalho para ter esse registro. Ou, se preferir faça isso no inverno.
   Como as pessoas estarão teoricamente mais preguiçosas, na musculação, monte programas com poucos exercícios multiarticulares envolvendo grandes grupos musculares onde as pessoas estarão tendo grande gasto calórico e desenvolvendo, ou pelo menos mantendo a massa magra. O ideal seria de 6 a 8 exercícios com uma a no máximo duas séries, de tal forma que o aluno não seja obrigado a ficar mais de uma hora na academia.

Bom, espero ter respondido a sua pergunta. No mais, dentro dos princípios citados use a criatividade para atrair as pessoas para a academia no
inverno. Um grande abraço. Luiz C. Moraes CREF1 RJ 3529

Leia mais:
Fatores que causam a Obesidade
Obesos que não emagrecem
A obesidade na infância
A obesidade na vida adulta
Obesidade e Exercícios Com Peso
Obesidade e Qualidade de Vida
Adipócitos
Controle de peso

392. Alongamentos na Natação- 07/05/02
Olá, estudo na Universidade Católica de Salvador, gostaria de ter alguma informação a respeito do alongamento em aulas de Natação para adultos e treinamento de equipe!!! Levando em consideração o curto tempo das aulas (50 min) para aperfeiçoamento das qualidades físicas, exercícios corretivos, perna, braço... será preciso ter 10 min de alongamento? Fazer antes ou depois do aquecimento? Preciso fazer no final das aulas também?... Assim a aula só teria 30 min + 20 min de alongamentos. Grato. Alexandre Macchi
   Olá Alexandre, convidamos alguns consultores para contribuir para sua pergunta e recebemos o retorno do Prof. Jorge Henrique do Nascimento, que, gentilmente, nos explica o seguinte:

Olá, Levando em consideração que não foi explícito na pergunta se o treino era para iniciantes, atletas profissionais ou não, tentarei abranger todo tipo de treino.
   Após estudar como se planeja a preparação física, convém atentar para alguns conteúdos que influenciarão decisivamente o rendimento do seu aluno. Baseando-se na experiência prática, pode-se afirmar que todo aquecimento executado dentro das técnicas apropriadas, volume e intensidade adequados, terão efeitos benéficos sobre a performance, além de salvaguardar o organismo de possíveis lesões.
   O alongamento está diretamente ligado ao aquecimento e em muitos casos são confundidos. Para que haja um bom entendimento, é bom salientar que a qualidade de uma atividade independe do alongamento ser executado antes e/ou depois da atividade e sim da intensidade e duração da mesma. Não se pode deixar de considerar a indispensabilidade de um trabalho preparatório prévio, bem como de uma volta a calma após os exercícios. Em se tratando de equipe de competição o tempo do treino, propriamente dito, varia de acordo com a fase (básica/específica/competição/transição), poderá aumentar na fase básica e específica (volume X intensidade) ou diminuirá no período de competiçãoe transição (chamada também de polimento)
   A sugestão é que varie seu tempo e aula de acordo com o lastro fisiológico, emocional e as particularidades (ex. atrofias, encurtamentos, paralisias e outras patologias) de sua clientela . Para se aprofundar um pouco mais aconselho as seguintes bibliografias:
1) NATAÇÃO QUATRO NADOS- AUTOR: MARCELO GARCIA MASSAUD - ED. SPRINT, 2001
2) ENSINO DA NATAÇÃO - AUTOR: R. CATTEAU G. GAROFF- ED. MANOLE, 1990

Bom proveito e um forte abraço! Profº Jorge Henrique Peixoto Do Nascimento.

CDOF: Alexandre, com o advento da popularização da hidroginástica, muitas pesquisas já estão sendo direcionadas para exercícios na água e ao nosso ver, elas podem ser aproveitadas para a natação. Sugerimos esta matéria sobre a hidroginástica: Aquecimento, alongamentos e temperatura ideal na Hidroginástica

Boa sorte !

393. Bioimpedância x dispositivos internos - 13/05/02
É recomendado que as pessoas com marca-passo ou outros dispositivos internos , não se submetam a avaliação da composição corporal através da bioimpedância. Gostaria de saber se o D.I.U.(dispositivo intra-uterino)se encontra na lista destes dispositivos citados, visto que o fabricante(TANITA) não relata, especificamente, quais dispositivos são esses. Agradeço desde já, Jaqueline
Olá Jaqueline, recebemos a consultoria de dois colegas, que gentilmente, nos enviam o seguinte:

Prof. Ms. Roberto Fernandes da Costa:

Amigos do CDOF,
    O DIU não é mencionado em nenhum estudo ou manual de equipamentos de impedância bioelétrica, portanto não precisamos nos preocupar com ele. Além isso, quem trabalha com a Tanita deve ter outras preocupações, já que o equipamento dispõe de equações preditivas produzidas para a população japonesa que não apresenta uma característica de acúmulo de gordura glúteo-femoral, que é o caso das mulheres brasileiras.
    Nos estudos que realizamos para testar a validade desse equipamentos, ele superestimou a gordura corporal tanto em homens quanto em mulheres, sendo que nas mulheres essa superestimativa chegou a 50%. Um abraço, Prof. Ms. Roberto Fernandes da Costa

DR. Renato Romani,

Cara Jaqueline,
   Existem diversos modelos de bioempedância e de marca-passos no mercado o que possibilitaria uma série de combinações possíveis e não possíveis, mas entendendo como funciona o marca-passo talvez entenderíamos porque do risco da bioempedância.
   O marca passo é um dispositivo implantado no corpo humano com a intensão de criar campos elétricos na área do coração, os quais iniciariam o processo elétrico do batimento cardíaco. Como um pequeno choque. Porém esses aparelhos recebem influência de ondas eletromagnéticas como por exemplo o aparelho de micro-ondas, torres de transmissão de eletricidade, ressonância magnética, entre outros exemplos. Os aparelhos mais modernos recebem uma blindagem contra esse tipo de interferência possibilitando uma vida sem tantos medos.
   O aparelho de bioimpedância cria uma corrente galvânica pelo corpo para tentar, através da diferença da resistência alcançada no corpo humano predizer a taxa de gordura, por isso se o indivíduo tomar um copo d'água a leitura será errada!
   Dá para entender então que a bioimpedância poderá causar alguma interferência, assim sugiro o método de dobras cutâneas, pois se bem realizado você terá um erro muito semelhante ao do aparelho de bioimpedância.
   Já o DIU é um aparelho inerte, ele não funciona com cargas elétricas, magnéticas ou eletro-magnéticas, não interferindo; porém, muito provavelmente a leitura não será fidedigna pois a resistência elétrica do corpo humano com DIU poderá ser diferente. Nesse caso faça um comparativo entre a Bioimpedância e as Dobras, pois não afetará o corpo humano nem o correto funcionamento do DIU.

Atenciosamente. Dr. Renato Romani



394. Recreação para crianças portadoras de deficiência visual - 13/05/02
Estou desenvolvendo minha monografia com o tema "Recreação para crianças com idade compreendida entre 7 a 10 anos portadoras de deficiência visual" e gostaria de saber se você tem alguma informação para me ajudar ou tem alguma referência bibliográfica para indicar. Aguardo respostas ansiosamente. Sem mais, Renata.

Oi Renata o Prof. Sergio Castro contribui conosco trazendo algumas fontes de consulta, veja:

Alô amiga Renata, favor consultar os sites:
www.sentidos.com.br/subhome/esportevivo.asp
www.abdcnet.com.br/meio.htm
www.abdcnet.com.br

Boa sorte ! Prof. Sérgio Castro

Outros sites sobre o assunto:
www.sac.org.br/edu_fis.htm
(sociedade de assistência ao cego)
Associação de esportes para surdos e mudos dos E.U.A

Esperamos que consiga um bom material e, quem sabe, possa dividir seu trabalho com os outros usuários no futuro. Seja em forma de aulas práticas, seja nos enviando seu resumo bibliográfico. Sucesso !

395. Teste para verificar o tipo de fibra do atleta - 13/05/02
Caros colegas, gostaria de saber se há algum teste para se descobrir que tipo de fibra um atleta possui. Robson Rigonato - Dourados-MS (Acadêmico de Educação Física da UNIGRAN)
Oi Robson, contamos com a ajuda de alguns professores para esclarecimentos, e unindo todos os trabalhos temos uma boa pesquisa, veja abaixo:
Prof. Humberto Silva
   As características de uma fibra muscular só podem ser conhecidas através de biópsia muscular para poder se constatar as características histoquimicas. Humberto

Prof. Moraes
Amigo Robson!
    O teste para identificar o tipo de fibra muscular consiste numa biópsia mas de certa forma, segundo os estudiosos no assunto, é caro, doloroso e com poucos resultados práticos. Em primeiro lugar, sabe-se que o corpo humano é composto basicamente de dois tipos de fibras musculares: contração lenta, fibras tipo I e contração rápida ou tipo II.
    Os problemas começam que a agulha para retirada de tecido é mais ou menos da grossura de um lápis. Em segundo lugar, as fibras do tipo II, que são subdivididas em IIa e IIb se transformam com o estímulo ao treinamento de força mudando as suas características. As tipo IIb se transformam em IIa assim como as tipo I migram para IIa. Cargas muito altas na musculação com poucas repetições alteram a composição das fibras musculares de IIb para IIa. Em terceiro lugar, é que tudo isso ainda gera muita discussão e, sendo caro e doloroso...
Dê uma olhada em:
www.bvbv.hpg.ig.com.br/acervo/une/une29.html
www.noticiasdocorpo.com.br/ano1n002/materia.htm
www.cdof.com.br/consult39.htm

Espero estar ajudando ! Um grande abraço. Luiz Carlos de Moraes

Prof. Fabrício Gontijo
Caro ROBSON: a Biópsia é uma maneira de se verificar que tipo (ou tipos) de fibra muscular o indivíduo possui. Trata-se de um método bastante invasivo, pois retira-se uma parte do tecido do corpo. Através da micrografia eletrônica (uma espécie de radiografia do tecido) e técnicas específicas de coloração e reação é possível identificar o tipo de fibra muscular. Por exemplo: com um determinado reagente, as células coradas em tom escuro têm altos níveis de ATPase miosínica e são, pois, fibras tipo II. Pesquise mais ! abraços. Fabrício G. Sá;

396. Educativos de correção do Costa e Crawl para Crianças de 6-14 anos - 13/05/02
Olá pessoal do CDOF ! Gostaria de saber quais os educativos que podem ser aplicados com crianças de 6 à 14 anos para o nado crawl e costas. Tenho crianças com dificuldades no crawl: rotação do quadril; só um braço faz a fase de recuperação; não consegue fazer respiração lateral. Dificuldades no costas: não há elevação de quadril; só um braço faz a fase de recuperação. Aproveito a oportunidade para solicitar o endereço de algum site específico de natação e hidroginástica. Grata pela atenção. Rita de Cássia Bahú
Olá Rita, nossa querida Consultora Profa. Soraia Dutra colabora conosco trazendo o seguinte:
Oi Rita,
   Em primeiro lugar, não há educativos específicos para crianças ou adultos. Você deve sim, diferenciar o modo como explica para uma criança, levando em consideração suas experiências (que são poucas).
    Para o ensinamento de qualquer um dos nados é preciso, em primeiro lugar, ter uma boa base na adaptação, ou seja - Este aluno está executando corretamente a perna? Esta é o seu equilíbrio, a sua base. A partir daí os outros educativos poderão ser adicionados conforme o desenvolvimento da sua aprendizagem.

Com relação à respiração lateral faça o seguinte educativo:

*Pernada lateral:
1– Segurando com uma mão na prancha (estendida acima) e a outra colada na coxa, executar a pernada com o corpo decúbito lateral, com a cabeça fora d´água.
2- Peça que façam a pernada em decúbito ventral, de crawl, por três tempos (contando até 3) e depois passem para decúbito lateral por mais três tempos. Lembrando sempre que é expressamente proibido olhar pra frente. Daí para a respiração lateral é direto.
    A execução da braçada é muito melhor assimilada após o ensinamento da respiração lateral. E lembre-se de pedir a troca de lado (tanto na respiração quanto na braçada) para que o aluno se obrigue a executar e educar para os dois lados.
    Quanto à rotação de quadril, esta não é executada durante o nado. O que é feito é uma “pernada lateral” na execução da braçada com respiração lateral, ou seja, o corpo todo passa para o decúbito lateral, e não apenas o tronco. Isso é tão rápido e muitas vezes imperceptível.

*Nado de Costas:
   A base é a mesma do crawl, uma boa execução de pernada. Para quadril baixo, em primeiro lugar observe a postura de seu aluno. O corpo encontra-se alinhado ou curvado? Muitas vezes a cabeça se encontra acima do nível da água, favorecendo a descida dos quadris. Peça para que o aluno mantenha o “umbigo” fora d´água e este automaticamente subirá os quadris para que isso aconteça. E também, lembre-se de que a pernada é na superfície da água e não no fundo ou acima da mesma.
    Quanto aos educativos da braçada siga sempre a progressão pedagógica, ou seja, do mais simples ao mais complexo. Comece com o auxílio da prancha, ela ajuda no equilíbrio quando um novo educativo é proposto. Com o braço estendido a frente do corpo segurando a prancha, comece pedindo a execução somente para um lado, pois a alternância dificulta o exercício por ser mais complexo.

   Rita, se for preciso entre na água, pegue na mão do aluno. Mostre que ele é importante e que você se preocupa e está atenta ao seu aprendizado, incentivando e elogiando quando um exercício proposto é feito corretamente e, principalmente, quando uma barreira é ultrapassada.
Boa sorte e espero estar ajudando de alguma forma. Soraya Dutra.

Sobre o os sites de hidro sugerimos que entre em Hidro Shallow e Hidro Deep , em nossa própria página. Acesse também nossos links indo ao título Hidroginástica.

397. Dificuldades encontradas na fase de aprendizado da natação - 13/05/02
Estou realizando minha monografia de término do curso, onde o enfoque principal é sobre as dificuldades encontradas pelas crianças na fase de aprendizado, quando a mesma não obteve um bom trabalho na fase de adaptação, ou seja, não houve uma preocupação do professor com um trabalho de percepção corporal e apenas um ensinamento técnico dos objetivos propostos na fase trabalhada, dificultando com isso um entendimento dos alunos com relação aos exercícios passados , para obtenção das técnicas. Fernanda Berger
   Oi Fernanda, mais uma vez a Profa. Soraia Dutra nos fornece consultoria e lhe diz o seguinte:
   Quando iniciamos a elaboração da Monografia é preciso ficar atenta ao tema e sua problemática. Você percebeu algo importante, que é a falta de preparação dos professores no trabalho de adaptação ao meio líquido. Mas, dificilmente você encontrará bibliografias a respeito deste assunto, porque não interessa muito o que fez com que esses professores não percebessem que seus trabalhos não estão sendo bem realizados, mas sim, qual trabalho poderia e pode ser feito para uma melhor adaptação dos alunos. A pesquisa de campo requer tempo, trabalho e muitas vezes não comprova sua questão. Sendo a revisão bibliográfica muito mais utilizado em monografias de graduação. Procure ver por outro prisma. Como melhorar? Através de que? Como executar? Descobrir o porque do erro não é fácil, mas tentar consertá-lo para que da próxima vez saia certo é muito mais prático. Boa sorte e que esse seu olhar possa te levar a um futuro brilhante. Soraya Dutra.

Sugestão de alguns livros:
» A ciência do Ensino da Natação - Mervyn L. Palmer
» Natação, uma alternativa metodológica - GOMES, Wagner D. F- Ed. Sprint.1995.
» Natação - Ensino e Aprendizagem - Carlos Antônio de Santos - Sprint
» Coleção Natação 100 - Aprendizado de 7-12 anos - Greice Rose de Carvalho Braz - Sprint
» Escola de Natação - Célia Regina Corrêa e Marcelo Garcia Massaud

398. Ensino do Futsal para categoria fraldinha - 14/05/02
Sou estudante de educação física da universidade estadual de londrina, e preciso de umas dicas de como posso planejar um treinamento da categoria fraldinha no futsal. Como poderia ensinar os fundamentos do futsal de maneira mais apropriada? Obrigada, Flavia.
Oi Flávia, contamos com a ajuda de nosso consultor Prof. Romu para esclarecimentos. Veja o que ele escreve:
Olá Flávia,
   Espero que minhas informações possam te ajudar de alguma maneira. Nesta categoria e dependendo da experiência do grupo, você tem que ir com cuidado. O planejamento dever ser voltado para motivar e despertar essas crianças a gostarem do esporte que estão fazendo.
    A especialização precoce é muito comum no Brasil. Não é difícil ver crianças que pressionadas pelos pais e técnicos são excelentes atletas entre oito e doze anos e desistem do esporte. Nesta categoria você deve entrar com estimulação e o método que eu usaria seria o global, eu não trabalharia parcialmente, quer dizer, os fundamentos propriamente dito. Por isso, tudo depende da idade, da vivência e dos objetivos que você tem com essas crianças. Mesmo quando for trabalhar os fundamentos, utilize o global e de forma recreativa, com estafetas e conteste para despertar o interesse delas.
    Nesta categoria as crianças não ficam paradas por muito tempo, geralmente os processos pedagógicos devem durar de 3 a 5 minutos e devem ser bem diversificados. Procure dar experiências novas aos seus alunos, mesmos não sendo pertinente a modalidade em questão, pois isto vai melhorar o esquema motor e ajudá-las no futuro. As dicas que posso te dar são essas, a questão técnica você encontra em qualquer livro. Boa sorte em seu trabalho. Prof. Romu Farias.

 

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