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PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES AO CDOF RESPONDE
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279. Tratamento Fisioterápico e Hidroterápico para pacientes de Osteoporose - 223/10/01
Estou precisando de informações sobre tratamento fisioterápico e hidroterápico para pacientes com osteoporose na coluna vertebral. Sou fisioterapeuta vou apresentar uma palestra sobre este assunto e não achei muitas informações. Encontrei o site de vocês e achei muito bom. Sei que poderei contar com seus auxilios.
Obrigada. Anna Lucia
Oi Anna Lucia, sobre o tema voltado para a fisioterapia não encontramos quase nada, mas na área de Educação Física temos alguns textos que acrescentamos abaixo. No entando, enviamos sua pergunta para alguns Consultores, e veja o que eles retornaram:

Leonardo Duarte Picchi
Bom dia!!
Não sei se ajudarei muito, mas preconiza-se no tratamento da osteoporose os exercícios de baixo impacto, por exemplo, a hidroterapia.
Obtive algumas informações há pouco tempo, mas não confirmadas, que existe uma pesquisa realizada na USP-SP com a utilização da musculação para pacientes com osteoporose que vem tendo grandes resultados.
Sabe-se que o repouso excessivo e os exercícios de impacto são prejudiciais à osteoporose, por contribuir à progressão da doença ou por haver risco de fraturas, respectivamente.
Para que as trabéculas ósseas tornem-se resistentes é necessário o trabalho de baixo impacto utilizando assim, as forças piezoelétricas. Estas forças atraem partículas osteogênicas (condroblastos) por diferenças de cargas elétricas que, sem estas, fica inviável a regerenação celular.
Diante disto, dá para executar várias atividades visando a melhora do paciente em questão.
Qualquer dúvida, entre em contato. Ft. Leonardo Duarte

Profa. Ms. Ana Cristina Rodrigues,

Anna Lúcia, A melhor forma de obter informações atuais sobre o tratamento fisioterápico de pacientes com osteoporose na coluna vertebral é por meio do Medline. Para isso você deve entrar no endereço eletrônico http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed/
Estou enviando (enviado via e-mail para a usuária) o resumo de alguns artigos em inglês sobre o assunto. Ana Cristina R. Lacerda

Leia ainda alguns textos sobre a Osteosporose:
Hidro x Osteoporose;
Hidro e Osteoporose - Tem ou não tem Impacto? Eis a questão.
;
Artrite, Artrose e Osteoporose ;
O que é Osteoporose ? ;
Osteoporose, fatores de risco e opções terapêuticas
;

280. A religião x Educação Física - 23/10/01
Ao entrar em uma igreja protestante e ao escutar as músicas daquela igreja, percebi que ao som das músicas, os fiéis começavam a dançar. Então, gostaria de saber se há alguma relação entre Educação Física e religião, sendo que a Educação Física é o estudo do movimento do corpo e a religião também trabalha com isso no que tange à dança. Gostaria de saber também se eu poderia fazer uma monografia ou defender uma tese com esse assunto. Hugo Barbosa de Paulo - Estudante de E.F.
Oi Hugo, muito interessante sua observação ! Nos parece um ótimo tema para pesquisa e talvez tenha condições de procurar por outros que já elaboraram suas teses e monografias dentro do mesmo assunto. Uma dica é acessar o rol de links de pesquisa em nossa página, aqui. Procure em sites brasileiros de universidades como o CEV.
Convidamos um de nossos Consultores que há muito tempo lida com a dança, costumes brasileiros etc...para lhe dar uma luz sobre o tema, o Prof. José Anchieta, o qual, prontamente, lhe retornou o seguinte:
   Na verdade, muitas religiões apresentam canções e alguma forma de dança. E na história da humanidade muitas influenciaram as culturas onde se manifestaram e, vice-versa, muitas religiões sofreram influências regionais e folclóricas em seus cultos. O Brasil é exemplo disso. O Candomblé representa uma fonte de inspiração e influência muito forte em nosso folclore.
Contudo, encontrar uma relação direta com a educação física seria forçar demais. Onde há música há dança e isso, não significa que onde há dança deva existir preocupação ou correlação educacional ou pedagógica.
Religião está mais relacionada com folclore e arte do que com educação, mas isso não invalida uma análise de movimentos corporais ou expressivos que podem ser utilizados em algum processo pedagógico corporal. Assunto que também já foi estudado e levantado em técnicas de aulas que utilizam ritmos folclóricos. José Anchieta.
Boa sorte !

281. Brinquedos e Brincadeiras como recurso fisioterapêutico - 24/10/01
Onde posso encontrar informações sobre brinquedos e brincadeiras como recurso fisioterapêutico?
Agradeço desde já! Priscila Cunha Santos - Estudante de Fisioterapia
Olá Priscila, ficamos meio que sem entender para que área você poderia estar querendo estes recursos. Então pedimos ajuda para o Prof. Leonardo Picchi, nos sugeriu o seguinte:
   Essa usuária, provavelmente, trabalha ou quer trabalhar com crianças portadoras de patologias neurológicas, portanto o melhor lugar para ela tirar qualquer tipo de dúvida é a AACD (em SP).
Seria muito subjetivo eu dar exemplos de brincadeiras, pois depende muito das dificuldades do paciente e do trabalho que a/o terapeuta deseja executar, asssim como da criatividade do mesmo. Qualquer dúvida, entrem em contato. Abraços Leonardo

Então, a partir daí, buscamos ajuda especializada do Dr. Luzimar Teixeira, que desenvolve um belo trabalho com deficientes na USP, nos retornando o seguinte:
   Cara usuária, se você for de São Paulo - Capital, ou tiver facilidade de acesso sugiro visitar a Estação Especial da Lapa, que tem um Centro Lekotek (Uma Biblioteca de brinquedos, sendo sua principal atividade orientar e apoiar as famílias de crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais) . Mantêm também uma parceria com o Centro de Habilitação "Promove", que visa estabelecer relação e vínculos entre as pessoas através de jogos e brinquedos. Os brinquedos também são emprestados para as famílias.
Os contatos com a Estação:

Rua Guaicurús, 1274 Lapa SP
Fone/fax (11)3873-6760
homepage www.fussesp.sp.gov.br
e-mail para contato teresinhamauro@sp.gov.br

Abraços. Luzimar
Tudo de Bom!

282. Periodização do Treinamento de Voleibol - 26/10/01
Preciso montar um macrociclo de vôlei, na verdade, um projeto anual de treinamento. Poderiam me exemplificar como fazer? Obrigado. Aguardo ansiosa. Eliane Madureira
Olá Eliane, enviamos sua pergunta para alguns consultores e alguns, gentilmente, nos retornaram o seguinte:

Prof. Romu Romualdo,
Querida Eliane Madureira,
Existem duas linhas de estudos sobre periodização de treinamento: uma atende as necessidades das crianças e adolescentes que poderá ser encontrado no livro " O PROCESSO DE TREINAMENTO DESPORTIVO", da editora LIVROS HORIZONTE LTDA, cujo o autor é L. MATVEIV. A outra pode ser melhor aplicado em adultos e poderá ser encontrada nos livros: CIÊNCIA DO TREINAMENTO DESPORTIVO do grupo PALESTRA ESPORTE, cujo o autor é ANDREI ZAKHAROV com a adaptação cientifica do Prof. ANTÔNIO CARLOS GOMES; no outro livro você encontrará trabalho especifico para esporte coletivo, por exemplo programa para desenvolvimento da potência de salto dos jogadores de voleibol. O livro é FORÇA - Treinamento da Potencia muscular/ método de choque, editora MIDIOGRAF- Londrina/PR, o autor YURI VITALI VERKHOSHANSKI. No livro do Matveiv você encontrará um modelo mais tradicional de periodização e nos outros dois livros(do Zakharov e do Verkhoshanski) você encontrará modelo mais recentes, aqui no Brasil, de periodização em Bloco cujo o professor Antônio Carlos Gomes da Universidade Estadual de Londrina, Doutor em Treinamento Desportivo na Rússia, é um dos maiores especialista do assunto no Brasil. Onde você poderá encontrar as mesmas informações é no livro do ESTÉLIO H. M. DANTAS, A PRÁTICA DA PREPARAÇÃO FÍSICA da editora SHAPE. Em anexo encaminhei um modelo de periodização para voleibol feminino de 15 a 17 anos (clique aqui para fazer o download), o qual nosso clube trabalhou este ano e espero que possa te ajudar. Mas não esqueça, a melhor maneira de ajudar é através da leitura e do estudo. É o que mais precisamos na nossa profissão. Prof. Romu.

Prof. Marcelo de Oliveira,
Antes, você precisa ter um calendário de competições (se for possível). Deve-se dividir o treinamento em período de base (com bastante volume e baixa intensidade, priorizando as características físicas e técnicas gerais. Passado este período, vamos lentamente entrando no específico, com aumento gradativo de intensidade e diminuição de volume de treino. Começam-se os treinamentos de técnica específicas e táticas de jogo.
Próximo do início das competições, entra-se no refinamento de técnica individual e aumenta-se a intensidade de coletivos.

Profa. Fernanda Xineider,
O Voleibol é um esporte concentrado em trabalhos de corridas curtas, saltos e lançamentos.
Um macrociclo deve apresentar:

PREPARAÇÃO:

Fase Básica
Fase Específica
Fase de Competição
Física
60%
40%
20%
Técnica
40%
40%
40%
Tática
---
40%
40%


O livro: A PRÀTICA DA PREPARAÇÃO FÍSICA 4ª ED. ESTÉLIO H. M. DANTAS ED. SHAPE,
Poderá auxiliar a colega no que diz respeito à periodiação do treinamento. Fernanda Xineider.
Bom Trabalho!

283. Periodização do trabalho aeróbio a partir do VO2 máx e FCM- 26/10/01
Como calcular METs na esteira? Para fornecer os dados completos à minha aluna que faz caminhada na esteira, como obter os METs e km/h? Devo montar o programa de acordo com o % da FC máx X idade , ou de acordo com a % FC de treino uma vez que estas duas fórmulas apresentam respostas distintas? Patrícia Gontijo - Profa. E.F.
Olá Patrícia, estamos tentando entrar em contato pelo seu e-mail mas todas as respostas retornam, então esperamos que entre em contato para alterá-lo ok? O trabalho desta aluna vem precedido de uma Avaliação Física e de posse dos dados terá condições de trabalhar com ela. Para ajudá-la convidamos alguns consultores e nosso caro Prof. Luiz Carlos de Moraes, prontamente lhe trouxe o seguinte:

  Amiga Usuária! Para chegar a essa informação você precisa aplicar o teste ergométrico numa esteira possuindo inclinação automática cujo painel forneça dados confiáveis de velocidade e escolher um protocolo que mais se ajuste ao perfil do seu cliente. O teste visa estabelecer o VO² Máximo que é um
valor que nesse caso você precisa ter na prescrição do exercício. Para isso escolha o protocolo mais adequado ao seu cliente clicando aqui . De posse do valor do VO² Máx. você pode relacionar com MET usando as comparações de valores fisiológicos: 1 MET é igual a 3,5 ml/kg/min. Ou
seja, 3,5 ml/kg/min refere-se, de acordo com a literatura atual, ao VO² de repouso de qualquer pessoa normal.
  Para estabelecer o percentual de intensidade do exercício que você deseja para seu cliente, use as fórmulas de Karvonen, que levam em consideração VO² de Repouso ou Freqüência Cardíaca de Repouso do dia: (VO² MAX - VO² REPOUSO) x INTENSIDADE + VO² REPOUSO
  Se desejar prescrever pela Freqüência Cardíaca Máxima atingida no teste, use a fórmula também de Karvonen: FCT = (FCM - FCR) x INTENSIDADE + FCR
Onde FCT é a desejada, FCM a máxima do teste e a FCR é a de repouso tomada no dia, de preferência um pouco antes do treinamento e Intensidade é a desejada.

Vamos então a um exemplo de um cliente com VO² Máx de 27,75 mL/kg/min e FCM=151 bmp. Considerando 1 MET = 3,5 ml/kg/mim pela regra de três simples 27.75 mL/kg/min. será igual a 7,92 MET.

Prescrição Baseada em Percentual do VO² Max. utilizando a fórmula de Karwonen: (VO² MAX.- VO² REPOUSO) x INTENSIDADE + VO² REPOUSO

Considerando 60% temos: (27.75 - 3,5) x 0,60 + 3,5 = 18,05 mL/kg/min = 5,15 METs
Considerando 80% temos: (27.75 - 3,5) x 0,80 + 3,5 = 22,9 mL/kg/min = 6,54 METs

Prescrição Baseada no Comportamento da FC utilizando A fórmula de Karwonen : FCT (FCM - FCR) x INTENSIDADE + FCR

Considerando 60% temos: (151 - 60) x 0,60 + 60 = 114 BPM
Considerando 80% temos: (151 - 60) x 0,80 + 60 = 132 BPM

   O treinamento, considerando as recomendações do Colégio Americano de Medicina esportiva, deverá situar-se entre 60% e 80% do Consumo Máximo de Oxigênio ou 60% a 80% da FCM encontradas nos testes ergométricos. Você pode também utilizar tabelas que relacione velocidade km/h com MET. Em livros mais antigos sendo um deles POLLOCK, Michael L. - Exercício na Saúde e na Doença. Ed. Medsi, 2ª edição, R.J. 1993.
Espero ter ajudado. Um grande abraço ! Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529
   Segundo o Dr. Raimundo Nascimento, Cardiologista, é sempre bom lembrar que os valores de Zona Alvo recomendados para o treinamento aeróbio, Patrícia, são para indivíduos normais, dentre os quais não entram os que tomam medicamentos do tipo: Diuréticos, Beta Bloqueadores (para esses não é necessário fazer a zona alvo apenas diminuir do valor 220-idade- 50), Digoxina, Vasodilatadores, Bloqueadores de Calcio e aqueles que têm ação no Sistema Nervoso Central. Para tais grupos de indivíduos é necessário consultar o médico para estabelecer a Zona Alvo.
Sucesso em sua Periodização!

284. Propriocepção - 26/10/01
Onde posso encontrar material sobre propriocepção?
Caro Usuário, enviamos sua pergunta para o FT. Leonardo Duarte Picchi e ele lhe dá as seguintes dicas:
   Olá! A Propriocepção é um dos trabalhos mais importantes a serem realizados principalmente em pós-cirúrgicos e também na reabilitação de entorses em geral. A importância desse assunto vem crescendo cada vez mais em nosso cotidiano. Os livros "Gould III, James A., "Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte", 2ª edição - 1993, Ed. Manole e o Knight, Kenneth L., "Crioterapia no Tratamento das Lesões Esportivas", 1ª edição brasileira - 2000, Ed. Manole" trazem ótimos textos sobre esse assunto.
Qualquer dúvida, entrem em contato. Abraços FT. Leonardo Duarte

   CDOF: Segundo o livro Cinesiologia Clínica de Brunnstrom, propriocepção é um termo que se refere ao uso do "input" sensorial dos receptores dos fusos musculares, tendões e articulações para discriminar a posição e movimento articulares, inclusive a direção, amplitude e velocidade, bem como a tensão relativa sobre os tendões, ou seja, são receptores especializados nos músculos, nas articulações e nos ligamentos que são sensíveis a distensão, à tensão e à pressão, que retransmitem rapidamente a informação acerca da dinâmica muscular e do movimento dos membros para as porções conscientes e inconscientes do sistema nervoso central, para o devido processamento. Assim o progresso de qualquer movimento ou sequência de movimentos é registrado continuamente a fim de proporcionar a base para modificar o comportamento motor subsequente (Mcardle e katch, 1992). Alguns neurofisiologistas também incluem os órgãos vestibulares no sistema proprioceptivo, porque sua eferência proporciona o conhecimento consciente da orientação e dos movimentos da cabeça. Os impulsos proprioceptivos são transmitidos por fibras aferentes o grupo I, e são integrados em vários centros sensorimotores para regular automaticamente os ajustes na contração dos músculos posturais, mantendo assim o equilíbrio postural (Brunnstrom, 1989).

Leia mais: Core Board
Abraços!

285. Repetições e séries adequadas para membros superiores e inferiores - 27/10/01
Gostaria de saber se no trabalho de hipertrofia e RML dos membros superiores e inferiores devem ter mesma série e repetições, ou se os membros inferiores devem ter séries e repetições mais altas, como afirmam várias bibliográfias? Paulo Fernando Cabrera Júnior - Estudante.
Oi Paulo,
   Essa é uma pergunta comum mas que desencadeia uma grande polêmica entre os Educadores Físicos. Existem literaturas apoiando a homogeneidade do trabalho de membros superiores e inferiores e outras apoiando justamente o contrário, devido a diferença da localização e quantidade das fibras.
   Enviamos sua pergunta para alguns consultores e dois deles nos retornaram enviando suas contribuições:

Prof. Fábio Venturim
   Ao meu ver os grupamentos devem trabalhar com os mesmos números de repetições e séries, em função de que a escolha da carga utilizada seja sempre em valores percentuais, isso dará a proporcionalidade devida em valores de peso, séries e repetições para os grupos independente de sua localização. Fábio Venturim.

Prof. Cláudio Bacci,
   Caro amigo, esta é uma questão muito importante e que deve ser abordada com cuidado. Necessita-se observações fisiológicas, biomecânicas e , principalmente, da individualidade do executante.
   Segundo esses pontos de vista, temos que para se treinar a força, dados de Hoeger e colegas (1987, 1990), apud Fleck e Kraemer (1999), baseiam o número de repetições e séries do programa de treino, com o percentual de 1 RM (repetição máxima), tanto para pessoas treinadas, como para não treinadas e em homens e mulheres. Foi demonstrado que essa relação varia com a quantidade de massa muscular necessária para realizar o exercício. Dessa forma, exercícios que utilizam uma grande quantidade de massa muscular, pode realizar um número maior de repetições para o que seria o máximo em 1 RM. Um exemplo, a pressão de pernas, comparado com a extensão de joelhos. Da mesma forma, a rosca bíceps, comparado à puxada alta na polia. Nessa linha de raciocínio, temos ainda o aparelho utilizado para se exercitar. Se executado com pesos livres, a dificuldade torna-se maior, para promover o equilíbrio, aumentando-se a quantidade de massa muscular solicitada, comparada aos aparelhos que estabilizam o movimento, facilitando o movimento para o executante. Observando-se o referido anteriormente, Hoeger e colaboradores (1987, 1990) abordam que o método usado para determinar a carga a ser usada para exercícios específicos em um programa de treinamento deve ser cuidadosamente pensado para cada grupo muscular, para cada tipo específico de levantamento e para o método de exercício usado (peso livre x aparelho).
   Fleck e Kraemer (1999) observam como característica de programa para objetivos básicos em treinamento de força com finalidade de hipertrofia: uma intensidade de alta à moderada (6-12 RM); números mais altos de repetições são usados algumas vezes, especialmente com superséries (séries back-to-back para o mesmo grupo muscular); grande variedade de ordem de série de exercícios; períodos de descanso curtos entre as séries e exercícios menor que 1,5 minuto e número total de séries por músculo ou grupo muscular maior que 3.
   Heyward (1997) observa como característica, o tipo de exercício, se é uni-articular ou multi-articular. Mais uma vez observamos a quantidade de massa muscular envolvida. Indica para um programa de hipertrofia, manter-se a intensidade entre 70-75% de 1 RM, ou 10-12 RM, de 5 a 6 séries, uma freqüência semanal de 5 a 6 vezes e a duração do programa maior ou igual a 12 semanas.
   Todos indicam que os exercícios que utilizam grande massa muscular (multi-articulares) devem preceder os de menor quantidade de massa muscular (uni-articulares), que fadigam precocemente.
   Caro colega, a quantidade de massa muscular envolvida no exercício é um dado importantíssimo, pelo que observamos. Dessa forma, tanto nos membros inferiores como nos superiores, deve-se programar os exercícios, segundo o grupo muscular envolvido. Observamos também, que exercícios multi-articulares de membros inferiores podem, ou não, necessitar de maiores quantidades de massa muscular, comparados a exercícios multi-articulares nos membros superiores. Devemos então, tomar todo cuidado para não generalizarmos.
   Como sugestão, procure mais referências bibliografias.

Fleck, S. J. & Kraemer W. J. Fundamentos do Treino de Força Muscular. Artmed, Porto Alegre, 1999.
Brooks, D.S. Program Design for Personal Trainers - Bridiging Theory into Application. Human Kinetcs, Champaign IL, 1998.

Prof. Cláudio Bacci.

   Procuramos também na literatura sobre o assunto e conseguimos informações vindas de outro ponto de vista. James E. Wright, PhD - 1991, descreve algumas alterações de acordo com treinamento e grupo muscular:

TOTAL DE SÉRIES POR GRUPO MUSCULAR POR TEMPO DE TREINAMENTO
 
Baixo Volume
Médio Volume
Alto Volume
Grupos Musculares
até 2 meses
de 2 a 3,5 meses
de 3,5 a 5 meses
de 5 a 6,5 meses
de 6,5 a 8 meses
de 8 a 12 meses
+ de 12 meses
Coxas
2-3
3-4
4-5
6-8
8-10
10-12
12-15
Costas
2-3
3-4
4-5
6-8
8-10
10-12
12-15
Peito
2-3
3-4
4-5
6-7
8-9
9-10
10-11
Ombros
1-2
2-3
3-4
4-6
5-7
6-8
7-9
Tríceps
1-2
2-3
3-4
4-6
5-7
6-8
7-9
Bíceps
1-2
2-3
3-4
4-6
5-7
6-8
7-9
Panturrilhas
2-3
3-4
4-5
5-6
6-8
8-10
10-12
Antebraço
----
1-2
2-3
3-4
4-6
5-7
5-7
Abdômem
1-2
2-3
4-5
5-6
6-7
8-10
8-10
       
Obs: Mulheres deste período em
diante não têm as séries
de bíceps e tríceps aumentadas
   

Leia também: Melhor série de Hipertrofia na Musculação

Abraços!

 

 

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