Qua, 17/12/08  21:31
            
            PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES
                AO CDOF RESPONDE
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            279.
                Tratamento Fisioterápico e Hidroterápico
                para pacientes de Osteoporose - 223/10/01
              Estou precisando de informações sobre tratamento fisioterápico
  e hidroterápico para pacientes com osteoporose na coluna vertebral.
  Sou fisioterapeuta vou apresentar uma palestra sobre este assunto e não
  achei muitas informações. Encontrei o site de vocês e achei
  muito bom. Sei que poderei contar com seus auxilios.
  Obrigada. Anna Lucia
  Oi Anna Lucia, sobre o tema voltado para a fisioterapia não encontramos
  quase nada, mas na área de Educação Física temos
  alguns textos que acrescentamos abaixo. No entando, enviamos sua pergunta para
  alguns Consultores, e veja o que eles retornaram:
            Leonardo
                Duarte Picchi
  Bom dia!!
  Não sei se ajudarei muito, mas preconiza-se no tratamento da osteoporose
  os exercícios de baixo impacto, por exemplo, a hidroterapia.
  Obtive algumas informações há pouco tempo, mas não
  confirmadas, que existe uma pesquisa realizada na USP-SP com a utilização
  da musculação para pacientes com osteoporose que vem tendo grandes
  resultados.
  Sabe-se que o repouso excessivo e os exercícios de impacto são
  prejudiciais à osteoporose, por contribuir à progressão
  da doença ou por haver risco de fraturas, respectivamente.
  Para que as trabéculas ósseas tornem-se resistentes é necessário
  o trabalho de baixo impacto utilizando assim, as forças piezoelétricas.
  Estas forças atraem partículas osteogênicas (condroblastos)
  por diferenças de cargas elétricas que, sem estas, fica inviável
  a regerenação celular.
  Diante disto, dá para executar várias atividades visando a melhora
  do paciente em questão.
  Qualquer dúvida, entre em contato. Ft.
  Leonardo Duarte
            Profa.
                Ms. Ana Cristina Rodrigues,
            Anna Lúcia, A melhor forma de obter informações
              atuais sobre o tratamento fisioterápico de pacientes com
              osteoporose na coluna vertebral é por meio do Medline. Para
              isso você deve entrar no endereço eletrônico http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed/ 
              Estou enviando (enviado via e-mail para a usuária) o resumo de alguns
  artigos em inglês sobre o assunto. Ana Cristina R. Lacerda 
            
            Leia ainda alguns textos sobre a Osteosporose: 
              Hidro x Osteoporose;
              Hidro e Osteoporose - Tem ou não tem Impacto? Eis a questão.;
                Artrite, Artrose e Osteoporose ;
                O que é Osteoporose
            ? ; 
            Osteoporose, fatores de risco e opções terapêuticas; 
            
 
            280.
                A religião x Educação
              Física - 23/10/01
              Ao entrar em uma igreja protestante e ao escutar as músicas daquela
  igreja, percebi que ao som das músicas, os fiéis começavam
  a dançar. Então, gostaria de saber se há alguma relação
  entre Educação Física e religião, sendo que a Educação
  Física é o estudo do movimento do corpo e a religião também
  trabalha com isso no que tange à dança. Gostaria de saber também
  se eu poderia fazer uma monografia ou defender uma tese com esse assunto. Hugo
  Barbosa de Paulo - Estudante de E.F.
  Oi Hugo, muito interessante sua observação ! Nos parece um ótimo
  tema para pesquisa e talvez tenha condições de procurar por outros
  que já elaboraram suas teses e monografias dentro do mesmo assunto.
  Uma dica é acessar o rol de links de pesquisa em nossa página, aqui.
  Procure em sites brasileiros de universidades como o CEV.
  Convidamos um de nossos Consultores que há muito tempo lida com a dança,
  costumes brasileiros etc...para lhe dar uma luz sobre o tema, o Prof.
  José Anchieta,  o qual, prontamente,
  lhe retornou o seguinte:
   Na verdade, muitas religiões apresentam canções
e alguma forma de dança. E na história da humanidade muitas influenciaram
as culturas onde se manifestaram e, vice-versa, muitas religiões sofreram
influências regionais e folclóricas em seus cultos. O Brasil é exemplo
disso. O Candomblé representa uma fonte de inspiração e
influência muito forte em nosso folclore. 
Contudo, encontrar uma relação direta com a educação
  física seria forçar demais. Onde há música há dança
  e isso, não significa que onde há dança deva existir preocupação
  ou correlação educacional ou pedagógica.
  Religião está mais relacionada com folclore e arte do que com
  educação, mas isso não invalida uma análise de
  movimentos corporais ou expressivos que podem ser utilizados em algum processo
  pedagógico corporal. Assunto que também já foi estudado
  e levantado em técnicas de aulas que utilizam ritmos folclóricos.
  José Anchieta.
  Boa sorte !
            281.
                Brinquedos e Brincadeiras como recurso fisioterapêutico
                - 24/10/01
              Onde posso encontrar informações sobre brinquedos e brincadeiras
  como recurso fisioterapêutico?
  Agradeço desde já! Priscila Cunha Santos - Estudante de Fisioterapia
  Olá Priscila, ficamos meio que sem entender para que área você poderia
  estar querendo estes recursos. Então pedimos ajuda para o Prof.
  Leonardo Picchi, nos sugeriu o seguinte:
   Essa usuária, provavelmente, trabalha ou quer trabalhar
com crianças portadoras de patologias neurológicas, portanto o
melhor lugar para ela tirar qualquer tipo de dúvida é a AACD (em
SP).
Seria muito subjetivo eu dar exemplos de brincadeiras, pois depende muito das
  dificuldades do paciente e do trabalho que a/o terapeuta deseja executar, asssim
  como da criatividade do mesmo. Qualquer dúvida, entrem em contato. Abraços
  Leonardo
            
            Então, a partir daí, buscamos ajuda especializada do Dr.
  Luzimar Teixeira, que desenvolve um belo trabalho com deficientes na USP,
  nos retornando o seguinte:
   Cara usuária, se você for de São Paulo
- Capital, ou tiver facilidade de acesso sugiro visitar a Estação
Especial da Lapa, que tem um Centro Lekotek (Uma Biblioteca de brinquedos, sendo
sua principal atividade orientar e apoiar as famílias de crianças
e adolescentes portadoras de necessidades especiais) . Mantêm também
uma parceria com o Centro de Habilitação "Promove", que
visa estabelecer relação e vínculos entre as pessoas através
de jogos e brinquedos. Os brinquedos também são emprestados para
as famílias. 
Os contatos com a Estação: 
  
  Rua Guaicurús, 1274 Lapa SP 
  Fone/fax (11)3873-6760 
  homepage www.fussesp.sp.gov.br 
  e-mail para contato teresinhamauro@sp.gov.br 
  
  Abraços. Luzimar 
  Tudo de Bom!
            282.
                Periodização
                do Treinamento de Voleibol - 26/10/01
              Preciso montar um macrociclo de vôlei, na verdade, um projeto
                anual de treinamento. Poderiam me exemplificar como fazer? Obrigado.
                Aguardo ansiosa.
  Eliane Madureira
  Olá Eliane, enviamos sua pergunta para alguns consultores e alguns,
  gentilmente, nos retornaram o seguinte:
            
            Prof. Romu Romualdo,
  Querida Eliane Madureira,
  Existem duas linhas de estudos sobre periodização de treinamento:
  uma atende as necessidades das crianças e adolescentes que poderá ser
  encontrado no livro " O PROCESSO DE TREINAMENTO DESPORTIVO", da editora
  LIVROS HORIZONTE LTDA, cujo o autor é L. MATVEIV. A outra pode ser melhor
  aplicado em adultos e poderá ser encontrada nos livros: CIÊNCIA
  DO TREINAMENTO DESPORTIVO do grupo PALESTRA ESPORTE, cujo o autor é ANDREI
  ZAKHAROV com a adaptação cientifica do Prof. ANTÔNIO CARLOS
  GOMES; no outro livro você encontrará trabalho especifico para
  esporte coletivo, por exemplo programa para desenvolvimento da potência
  de salto dos jogadores de voleibol. O livro é FORÇA - Treinamento
  da Potencia muscular/ método de choque, editora MIDIOGRAF- Londrina/PR,
  o autor YURI VITALI VERKHOSHANSKI. No livro do Matveiv você encontrará um
  modelo mais tradicional de periodização e nos outros dois livros(do
  Zakharov e do Verkhoshanski) você encontrará modelo mais recentes,
  aqui no Brasil, de periodização em Bloco cujo o professor Antônio
  Carlos Gomes da Universidade Estadual de Londrina, Doutor em Treinamento Desportivo
  na Rússia, é um dos maiores especialista do assunto no Brasil.
  Onde você poderá encontrar as mesmas informações é no
  livro do ESTÉLIO H. M. DANTAS, A PRÁTICA DA PREPARAÇÃO
  FÍSICA da editora SHAPE. Em anexo encaminhei um modelo de periodização
  para voleibol feminino de 15 a 17 anos (clique
  aqui para fazer o download), o qual nosso clube trabalhou este ano e espero
  que possa te ajudar. Mas não esqueça, a melhor maneira de ajudar é através
  da leitura e do estudo. É o que mais precisamos na nossa profissão.
  Prof. Romu.
            Prof.
                  Marcelo de Oliveira,
              Antes, você precisa ter um calendário de competições
  (se for possível). Deve-se dividir o treinamento em período de
  base (com bastante volume e baixa intensidade, priorizando as características
  físicas e técnicas gerais. Passado este período, vamos
  lentamente entrando no específico, com aumento gradativo de intensidade
  e diminuição de volume de treino. Começam-se os treinamentos
  de técnica específicas e táticas de jogo.
  Próximo do início das competições, entra-se no
  refinamento de técnica individual e aumenta-se a intensidade de coletivos. 
            Profa.
                  Fernanda Xineider,
              O Voleibol é um esporte concentrado em trabalhos de corridas curtas,
  saltos e lançamentos.
  Um macrociclo deve apresentar:
  
  PREPARAÇÃO: 
            
            
              
                |                   
                 | 
                                   Fase
                        Básica 
                 | 
                                   Fase
                        Específica 
                 | 
                                   Fase
                        de Competição 
                 | 
              
              
                | Física | 
                                   60% 
                 | 
                                   40% 
                 | 
                                   20% 
                 | 
              
              
                | Técnica | 
                                   40% 
                 | 
                                   40% 
                 | 
                                   40% 
                 | 
              
              
                | Tática | 
                                   --- 
                 | 
                                   40% 
                 | 
                                   40% 
                 | 
              
            
            
  O livro: A PRÀTICA DA PREPARAÇÃO FÍSICA 4ª ED.
  ESTÉLIO H. M. DANTAS ED. SHAPE,
  Poderá auxiliar a colega no que diz respeito à periodiação
  do treinamento. Fernanda Xineider.
  Bom Trabalho!
            283.
                Periodização
                do trabalho aeróbio a partir do VO2 máx e FCM-
                26/10/01
              Como calcular METs na esteira? Para fornecer os dados completos à minha
  aluna que faz caminhada na esteira, como obter os METs e km/h? Devo montar
  o programa de acordo com o % da FC máx X idade , ou de acordo com a
  % FC de treino uma vez que estas duas fórmulas apresentam respostas
  distintas? Patrícia Gontijo - Profa. E.F.
  Olá Patrícia, estamos tentando entrar em contato pelo seu e-mail
  mas todas as respostas retornam, então esperamos que entre em contato
  para alterá-lo ok? O trabalho desta aluna vem precedido de uma Avaliação
  Física e de posse dos dados terá condições de trabalhar
  com ela. Para ajudá-la convidamos alguns consultores e nosso caro Prof.
  Luiz Carlos de Moraes, prontamente lhe trouxe o seguinte:
            
  Amiga Usuária! Para chegar a essa informação
você precisa aplicar o teste ergométrico numa esteira possuindo
inclinação automática cujo painel forneça dados confiáveis
de velocidade e escolher um protocolo que mais se ajuste ao perfil do seu cliente.
O teste visa estabelecer o VO² Máximo que é um
valor que nesse caso você precisa ter na prescrição do
  exercício. Para isso escolha o protocolo mais adequado ao seu cliente clicando
  aqui . De posse do valor do VO² Máx. você pode relacionar
  com MET usando as comparações de valores fisiológicos:
  1 MET é igual a 3,5 ml/kg/min. Ou
  seja, 3,5 ml/kg/min refere-se, de acordo com a literatura atual, ao VO² de
  repouso de qualquer pessoa normal.
  Para estabelecer o percentual de intensidade do exercício
que você deseja para seu cliente, use as fórmulas de Karvonen, que
levam em consideração VO² de Repouso ou Freqüência
Cardíaca de Repouso do dia: (VO² MAX - VO² REPOUSO) x INTENSIDADE
+ VO² REPOUSO
  Se desejar prescrever pela Freqüência Cardíaca
Máxima atingida no teste, use a fórmula também de Karvonen:
FCT = (FCM - FCR) x INTENSIDADE + FCR 
Onde FCT é a desejada, FCM a máxima do teste e a FCR é a
  de repouso tomada no dia, de preferência um pouco antes do treinamento
  e Intensidade é a desejada.
            Vamos então a um exemplo de um cliente
                com VO² Máx de 27,75 mL/kg/min e FCM=151 bmp. Considerando
                1 MET = 3,5 ml/kg/mim pela regra de três simples 27.75
                mL/kg/min. será igual a 7,92 MET. 
              
              Prescrição Baseada em Percentual do VO² Max. utilizando
  a fórmula de Karwonen: (VO² MAX.- VO² REPOUSO) x INTENSIDADE
  + VO² REPOUSO
             Considerando 60% temos: (27.75 - 3,5) x
                0,60 + 3,5 = 18,05 mL/kg/min = 5,15 METs
  Considerando 80% temos: (27.75 - 3,5) x 0,80 + 3,5 = 22,9 mL/kg/min = 6,54
  METs
            Prescrição
                Baseada no Comportamento da FC utilizando A fórmula de
                Karwonen : FCT (FCM - FCR) x INTENSIDADE + FCR
             Considerando 60% temos: (151 - 60) x 0,60
                + 60 = 114 BPM
  Considerando 80% temos: (151 - 60) x 0,80 + 60 = 132 BPM
                O treinamento, considerando
                as recomendações do Colégio Americano de
                Medicina esportiva, deverá situar-se entre 60% e 80% do
                Consumo Máximo de Oxigênio ou 60% a 80% da FCM encontradas
                nos testes ergométricos. Você pode também
                utilizar tabelas que relacione velocidade km/h com MET. Em livros
                mais antigos sendo um deles POLLOCK, Michael L. - Exercício
                na Saúde e na Doença. Ed. Medsi, 2ª edição,
                R.J. 1993.
              Espero ter ajudado. Um grande abraço ! Luiz Carlos de
                Moraes CREF1 RJ 003529
   Segundo o Dr. Raimundo Nascimento, Cardiologista, é sempre
bom lembrar que os valores de Zona Alvo recomendados para o treinamento aeróbio,
Patrícia, são para indivíduos normais, dentre os quais não
entram os que tomam medicamentos do tipo: Diuréticos, Beta Bloqueadores
(para esses não é necessário fazer a zona alvo apenas diminuir
do valor 220-idade- 50), Digoxina, Vasodilatadores, Bloqueadores de Calcio e
aqueles que têm ação no Sistema Nervoso Central. Para tais
grupos de indivíduos é necessário consultar o médico
para estabelecer a Zona Alvo.
Sucesso em sua Periodização!
            284.
                Propriocepção
                - 26/10/01
              Onde posso encontrar material sobre propriocepção?
              Caro Usuário, enviamos sua pergunta para o FT. Leonardo
  Duarte Picchi e ele lhe dá as seguintes dicas:
   Olá! A Propriocepção é um dos trabalhos
mais importantes a serem realizados principalmente em pós-cirúrgicos
e também na reabilitação de entorses em geral. A importância
desse assunto vem crescendo cada vez mais em nosso cotidiano. Os livros "Gould
III, James A., "Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte",
2ª edição - 1993, Ed. Manole e o Knight, Kenneth L., "Crioterapia
no Tratamento das Lesões Esportivas", 1ª edição
brasileira - 2000, Ed. Manole" trazem ótimos textos sobre esse assunto.
Qualquer dúvida, entrem em contato. Abraços FT. Leonardo Duarte
            
   CDOF: Segundo o livro Cinesiologia Clínica de Brunnstrom,
propriocepção é um termo que se refere ao uso do "input" sensorial
dos receptores dos fusos musculares, tendões e articulações
para discriminar a posição e movimento articulares, inclusive a
direção, amplitude e velocidade, bem como a tensão relativa
sobre os tendões, ou seja, são receptores especializados nos músculos,
nas articulações e nos ligamentos que são sensíveis
a distensão, à tensão e à pressão, que retransmitem
rapidamente a informação acerca da dinâmica muscular e do
movimento dos membros para as porções conscientes e inconscientes
do sistema nervoso central, para o devido processamento. Assim o progresso de
qualquer movimento ou sequência de movimentos é registrado continuamente
a fim de proporcionar a base para modificar o comportamento motor subsequente
(Mcardle e katch, 1992). Alguns neurofisiologistas também incluem os órgãos
vestibulares no sistema proprioceptivo, porque sua eferência proporciona
o conhecimento consciente da orientação e dos movimentos da cabeça.
Os impulsos proprioceptivos são transmitidos por fibras aferentes o grupo
I, e são integrados em vários centros sensorimotores para regular
automaticamente os ajustes na contração dos músculos posturais,
mantendo assim o equilíbrio postural (Brunnstrom, 1989).
            
  Leia mais: Core Board
  Abraços!
 
            285.
                Repetições
                e séries adequadas para membros superiores e inferiores
                - 27/10/01
              Gostaria de saber se no trabalho de hipertrofia e RML dos membros
                superiores e inferiores devem ter mesma série e repetições, ou se
  os membros inferiores devem ter séries e repetições mais
  altas, como afirmam várias bibliográfias? Paulo Fernando Cabrera
  Júnior - Estudante.
  Oi Paulo,
   Essa é uma pergunta comum mas que desencadeia uma grande
polêmica entre os Educadores Físicos. Existem literaturas apoiando
a homogeneidade do trabalho de membros superiores e inferiores e outras apoiando
justamente o contrário, devido a diferença da localização
e quantidade das fibras. 
   Enviamos sua pergunta para alguns consultores e dois deles
nos retornaram enviando suas contribuições:
            
            Prof.
                  Fábio Venturim
                 Ao meu ver os grupamentos devem trabalhar
              com os mesmos números de repetições e séries,
              em função de que a escolha da carga utilizada seja
              sempre em valores percentuais, isso dará a proporcionalidade
              devida em valores de peso, séries e repetições
              para os grupos independente de sua localização. Fábio
              Venturim.
            Prof.
                  Cláudio Bacci, 
   Caro amigo, esta é uma questão muito importante
e que deve ser abordada com cuidado. Necessita-se observações fisiológicas,
biomecânicas e , principalmente, da individualidade do executante.
   Segundo esses pontos de vista, temos que para se treinar a
força, dados de Hoeger e colegas (1987, 1990), apud Fleck e Kraemer (1999),
baseiam o número de repetições e séries do programa
de treino, com o percentual de 1 RM (repetição máxima),
tanto para pessoas treinadas, como para não treinadas e em homens e mulheres.
Foi demonstrado que essa relação varia com a quantidade de massa
muscular necessária para realizar o exercício. Dessa forma, exercícios
que utilizam uma grande quantidade de massa muscular, pode realizar um número
maior de repetições para o que seria o máximo em 1 RM. Um
exemplo, a pressão de pernas, comparado com a extensão de joelhos.
Da mesma forma, a rosca bíceps, comparado à puxada alta na polia.
Nessa linha de raciocínio, temos ainda o aparelho utilizado para se exercitar.
Se executado com pesos livres, a dificuldade torna-se maior, para promover o
equilíbrio, aumentando-se a quantidade de massa muscular solicitada, comparada
aos aparelhos que estabilizam o movimento, facilitando o movimento para o executante.
Observando-se o referido anteriormente, Hoeger e colaboradores (1987, 1990) abordam
que o método usado para determinar a carga a ser usada para exercícios
específicos em um programa de treinamento deve ser cuidadosamente pensado
para cada grupo muscular, para cada tipo específico de levantamento e
para o método de exercício usado (peso livre x aparelho).
   Fleck e Kraemer (1999) observam como característica
de programa para objetivos básicos em treinamento de força com
finalidade de hipertrofia: uma intensidade de alta à moderada (6-12 RM);
números mais altos de repetições são usados algumas
vezes, especialmente com superséries (séries back-to-back para
o mesmo grupo muscular); grande variedade de ordem de série de exercícios;
períodos de descanso curtos entre as séries e exercícios
menor que 1,5 minuto e número total de séries por músculo
ou grupo muscular maior que 3.
   Heyward (1997) observa como característica, o tipo de
exercício, se é uni-articular ou multi-articular. Mais uma vez
observamos a quantidade de massa muscular envolvida. Indica para um programa
de hipertrofia, manter-se a intensidade entre 70-75% de 1 RM, ou 10-12 RM, de
5 a 6 séries, uma freqüência semanal de 5 a 6 vezes e a duração
do programa maior ou igual a 12 semanas.
   Todos indicam que os exercícios que utilizam grande
massa muscular (multi-articulares) devem preceder os de menor quantidade de massa
muscular (uni-articulares), que fadigam precocemente.
   Caro colega, a quantidade de massa muscular envolvida no exercício é um
dado importantíssimo, pelo que observamos. Dessa forma, tanto nos membros
inferiores como nos superiores, deve-se programar os exercícios, segundo
o grupo muscular envolvido. Observamos também, que exercícios multi-articulares
de membros inferiores podem, ou não, necessitar de maiores quantidades
de massa muscular, comparados a exercícios multi-articulares nos membros
superiores. Devemos então, tomar todo cuidado para não generalizarmos.
   Como sugestão, procure mais referências bibliografias.
            
            Fleck, S. J. & Kraemer W. J. Fundamentos do Treino de Força
            Muscular. Artmed, Porto Alegre, 1999.
  Brooks, D.S. Program Design for Personal Trainers - Bridiging Theory into Application.
  Human Kinetcs, Champaign IL, 1998. 
            
            Prof. Cláudio Bacci. 
            
               Procuramos também
                na literatura sobre o assunto e conseguimos informações
                vindas de outro ponto de vista. James E. Wright, PhD - 1991,
                descreve algumas alterações de acordo com treinamento
                e grupo muscular:
            
            
              
                |                     TOTAL
                        DE SÉRIES
                        POR GRUPO MUSCULAR POR TEMPO DE TREINAMENTO 
                 | 
              
              
                |   | 
                                   Baixo Volume 
                 | 
                                   Médio
                        Volume 
                 | 
                                   Alto Volume 
                 | 
              
              
                |                    Grupos Musculares 
                 | 
                                   até 2
                        meses 
                 | 
                                   de 2 a 3,5 meses 
                 | 
                                   de 3,5 a 5 meses 
                 | 
                                   de 5 a 6,5 meses 
                 | 
                                   de 6,5 a 8 meses 
                 | 
                                   de 8 a 12 meses 
                 | 
                                   + de 12 meses 
                 | 
              
              
                |                    Coxas 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-5 
                 | 
                                   6-8 
                 | 
                                   8-10 
                 | 
                                   10-12 
                 | 
                                   12-15 
                 | 
              
              
                |                    Costas 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-5 
                 | 
                                   6-8 
                 | 
                                   8-10 
                 | 
                                   10-12 
                 | 
                                   12-15 
                 | 
              
              
                |                    Peito 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-5 
                 | 
                                   6-7 
                 | 
                                   8-9 
                 | 
                                   9-10 
                 | 
                                   10-11 
                 | 
              
              
                |                    Ombros 
                 | 
                                   1-2 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-6 
                 | 
                                   5-7 
                 | 
                                   6-8 
                 | 
                                   7-9 
                 | 
              
              
                |                    Tríceps 
                 | 
                                   1-2 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-6 
                 | 
                                   5-7 
                 | 
                                   6-8 
                 | 
                                   7-9 
                 | 
              
              
                |                    Bíceps 
                 | 
                                   1-2 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-6 
                 | 
                                   5-7 
                 | 
                                   6-8 
                 | 
                                   7-9 
                 | 
              
              
                |                    Panturrilhas 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-5 
                 | 
                                   5-6 
                 | 
                                   6-8 
                 | 
                                   8-10 
                 | 
                                   10-12 
                 | 
              
              
                |                    Antebraço 
                 | 
                                   ---- 
                 | 
                                   1-2 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   3-4 
                 | 
                                   4-6 
                 | 
                                   5-7 
                 | 
                                   5-7 
                 | 
              
              
                |                    Abdômem 
                 | 
                                   1-2 
                 | 
                                   2-3 
                 | 
                                   4-5 
                 | 
                                   5-6 
                 | 
                                   6-7 
                 | 
                                   8-10 
                 | 
                                   8-10 
                 | 
              
              
                |   | 
                  | 
                  | 
                  | 
                                   Obs:
                        Mulheres deste período em 
                    diante não têm as séries  
                    de bíceps e tríceps aumentadas 
                 | 
                  | 
                  | 
              
            
            Leia também: Melhor
                  série de Hipertrofia na Musculação
            Abraços!